sexta-feira, 18 de março de 2022


Saúde/
“É inadmíssível colocar duas mulheres numa cama de maternidade”, diz PM Nuno Nabiam

Bissau, 18 Mar 22(ANG) -  O Primeiro-ministro disse hoje que é inadmíssível colocar duas mulheres grávidas ou mães numa cama de maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes.

Nuno Gomes Nabiam em declarações à imprensa no final de visita que efectuou hoje às diferentes serviços do Hospital Simão Mendes, disse que, os técnicos lhe informaram que os serviços da maternidade deste maior estabelecimento sanitário do país, está super lotado neste momento, mas existe camas e colções em grande quantidade e não há espaço para os colocar.

O chefe do Governo, disse que é urgente construir novos pavilhões  para alargar o serviço da maternidade onde vai caber todas as mulheres grávidas e mães.

Nuno Nabiam informou que as obras de reabilitação em curso no hospital Simão Mendes vai  ser igualmente alargada em todas as regiões, e deu como exemplo a construção de  bloco operatório na região de Gabú, na cidade de Mansôa e outros.

Revelou que o interior do hospital Simão Mendes vai ser alcatroado e os seus jardins serão embelezados e na cazinha do mesmo, serão disponíveis três refeições para doentes internados, bem como a colocação de ar condicionados, medicamentos e operações grátis, novo bloco operatório, oxigénio canalizado  e alguns equipamentos de última geração.

 “Também estamos a construir uma nova fábrica de oxigénio com capacidade de fabricar 102 garrafas diário, também existe outro projeto em curso financiada pela Organização Mundial de Saúde(OMS) vai construir uma outra fábrica maior que o actual”, salientou.

 Por sua vez, o Ministro da Saúde disse que já fez vários contactos com parceiros nomeadamente em Portugal e  estão a elaborar um projeto para criar  condições  para o funcionamento do centro de Hemodiálise, que outrora teve equipamento  e não tem técnicos para manejar os equiamentos.

Questionado sobre a situação de atendimento no maior centro hospitalar do país, Dionísio Cumba respondeu que no passado houve várias queixas dos profissionais de saúde  por parte dos pacientes e seus familiares.

Adiantou que falou várias vezes com o diretor do HNSM sobre a formação dos técnicos, como neste momento existe um grupo de estrangeiros e o projeto saúde “Ianda Guiné”  que estão a dar fomação em termos de atendimento e ter espírito de humanização.

Questionado sobre a capacidade de  novo morgue respondeu que o atual tem capaciadade de albergar 12 cadaveres contra o anterior que tinha apenas 9 e falta outra parte para ser montada, não só no HNSM , mas Também no hospital militar e nas regiões.ANG/JD/ÂC

 

   Presidenciais/Timor-Leste organiza sábado maiores eleições  de sempre

Bissau, 18 Mar 22(ANG)  A República de Timor-Leste vai às urnas no sábado para as eleições presidenciais mais disputadas de sempre, com 16 candidatos a apresentarem-se a esta corrida eleitoral.

Esta é também a eleição onde há mais timorenses recenseados, estimando-se uma participação de 850 mil pessoas.

O grande embate político será entre o atual Presidente, Francisco Guterres Lú-Olo, e Ramos-Horta, prémio Nobel da Paz em 1996 pela luta pela independência do seu país e também ex-Presidente.

Não é a primeira vez que estas duas figuras políticas se confrontam, com Lu-Olo a contar com o apoio da FRETILIM e Ramos-Horta é candidato do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense.

Alguns candidatos repetentes são Ângela Freitas e Rogério Lobato, havendo também estreantes como Mariano Sabino ou Antonio da Conceição. Outro candidato de relevo é Lere Anan Timur, ex-chefe das Forças Armadas.

Devido ao grande número de candidatos, o debate transmitido na televisão privada timorenses e nas redes sociais durou mais de seis horas, sendo muito criticado pelos próprios candidatos, que consideraram que as perguntas foram monótonas e sem interesse.

Os principais temas da campanha prendem-se ainda com a independência de Timor-Leste e a necessidade de manter a paz, justiça e liberdade dentro da jovem democracia, havendo também preocupações com a situação sanitária, a juventude e agricultura.

Teme-se agora o aumento da abstenção, já que devido à covid-19, muitos timorenses abandonaram o país em busca de trabalho, não se tendo recenseado nos locais para onde emigraram. A abstenção também tem estado a aumentar no país desde as primeiras eleições livres.

De forma a atestar a regularidade deste processo eleitoral, estão em Timor mais de 30 associações nacionais e internacionais, entre elas equipas da CPLP e da União Europeia, com estas organizações a serem apoiadas por cerca de 50 funcionários locais.

As eleições deste sábado podem ter uma segunda volta caso nenhum dos candidatos reúna mais de 50% dos votos. ANG/RFI

 


Saúde
/Diretora de Saúde Materna-infantil reitera empenho das autoridades para  melhorar acesso à consultas pré-natais e partos assistidos

Bissau,18 Mar 22(ANG) – A Directora da Saúde materna-infantil reiterou esta sexta-feira o empenho das autoridades sanitárias para aumentar a cobertura de utilizaçáo de contraceptivos, redução da taxa neonatal entre adolescentes e melhorar as consultas pré-natais e partos assistidos.

Mama Mané fez esta declaração ao presidir  a cerimónia de abertura do ateliê de Validação do Estudo sobre “Conhecimentos, Práticas e Actitudes”  sobre o aborto seguro e autocuidados ligados a Saúde Produtiva”.

Disse tratar-se de um desafio enquadrado  nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável(ODS), de forma a alcançar a igualdade do género e empoderamento de todas as mulheres e meninas, incluindo o acesso universal à saúde sexual e direitos reprodutivos.

Mama Mané sublinhou que  ainda se pretende a redução da taxa de mortalidade materna global em menos de 70 mortes por mil nascidos vivos até 2030.

Segundo o director nacional da Enda Guiné-Bissau,Mamadú Aliu Djaló, a Guiné-Bissau precisa de informações constantes sobre o referido estudo para melhorar a sua resposta e a sua planificação no que toca a saúde reprodutiva e o planeamento familiar.

Mamadú  Djaló disse que a Guiné-Bissau está na lista dos países com enormes desafios, no que se refere a segurança em relação ao parto materna, incluindo o infantil.

“Uma das principais causas de evacuação do país está ligada à saúde reprodutiva.  O país carece  de quadros especializados que respondem aos desafios  da saúde reprodutiva”, disse Djaló.

O número de parteiras existentes na Guiné-Bissau, segundo Mamadú Djaló, está  abaixo dos parámetros aceitáveis e recomendados e diz que  o número de médicos genecologistas e de outras especializações na área de saúde precisam de ser melhorado.

“Não havendo técnicos e infomações estratégicas estariamos a ter dificuldades para melhorar as respostas para os referidos desafios”, disse.

O director nacional da Enda-Guiné-Bissau disse que há uma certa lacuna na legislação da Guiné-Bissau em relação ao aborto seguro, acrescentando que,contudo, é necessário uma regulamentação dos procedimentos com o aborto.

Com a duração de um dia, os 35 técnicos de saúde, das ONGs e do Sistema das Naçôes Unidas vão debruçar-se sobre  diferentes temáticas ligadas ao Aborto Seguro e Saúde Reprodutiva no país.ANG/ÂC//SG

 

 

 

            CPLP/São Tomé acolhe fórum empresarial da organização

Bissau, 18 Mar 22 (ANG) - São Tomé e Príncipe acolhe o fórum empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa entre  quinta-feira e sábado, visando o evento a dinamização das  trocas no bloco lusófono e a aposta no período pós-pandemia.

Com a redução acentuada dos casos  da  COVID-19, em  particular   nos  países  de  língua  portuguesa , o  primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, acredita que  existem condições para a retoma com normalidade dos negócios entre os  países da CPLP. 

“Creio que podemos afirmar, sem reservas, que lográmos atingir a mitigação da infeção a um nível tão seguro que nos permita retomar a normalidade das nossas vidas”, afirmou Jorge Bom Jesus.

O secretário executivo da CPLP, Zacarias Costa, acentua que o reforço multilateral é imperativo devido à alteração do actual xadrez geopolítico mundial. “No rescaldo desta crise, e também num momento em que perante os nossos olhos o xadrez da geopolítica global vive momentos de tensão, estamos empenhados em contribuir para um reforço do multilateralismo como plataforma adequada para gerar respostas conjuntas aos problemas globais”, declarou.

A ministra são-tomense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Edite Ten Jua, quer uma “visão mais ambiciosa”  em São Tomé. “Mais do que nunca, São Tomé e Príncipe deve repensar as suas estratégias de crescimento que têm de passar por uma visão mais ambiciosa de um sentido mais aguçado de aproveitamento das oportunidades existentes”, disse Edite Ten Jua.

O português é uma língua de negócios e oportunidades, ao ser a sétima língua mais falada no mundo, por mais de 200 milhões de pessoas, e a oitava língua de comunicação na Internet.ANG/RFI

 


Tentativa de golpe de Estado
/Presidente da República admite  que“negligência” das autoridades do país terá facilitado aos autores do acto

Bissau, 18 Mar 22 (ANG) -  O Presidente da República admitiu que a “negligência” das autoridades governativas do país, terá facilitado a realização da tentativa de golpe de Estado, ocorrida no passado  1 de Fevereiro, no palácio do Governo quando decorria a reunião do Conselho de Ministros.

Umaro Sissoco Embaló falava à imprensa na quinta-feira no final da primeira reunião do Conselho de Ministros , no Palácio do Governo,após a tentativa do golpe de Estado .

ʺCom a segurança que montamos agora, não acredito que vai haver mais um  ensaio dessa forma, talvez pode ter um outro tipo se calhar.A nossa simplicidade e negligência também nos levou a isto, não porque as nossas seguranças não nos avisaram” disse.

Sissoco Embaló afirmou que era um Presidente muito simplista mas que agora  toma grande precaução, de forma a fazer as pessoas sentirem, de facto,  que o Presidente está seguro em qualquer lugar onde se encontra.

Questionado sobre a vinda da missão da manutenção de paz da CEDEAO para o país, disse tratar-se de  uma decisão tomada pelos chefes do Estado da sub-região à que a Guiné-Bissau faz parte.

Acrescentou que a Guiné-Bissau também tem enviado  seguranças para vários países, pelo que a vinda da missão está inserida nas recomendações da Conferência de Chefes de Estado e governo da CEDEAO.

A CEDEAO decidiu, na sua recente reunião, enviar uma força de apoio a  segurança e paz na Guiné-Bissau, mas a medida encontra muita oposição em círculos politicos e da sociedade civil guineense, tanto dentro como fora do país. ANG/MI/ÂC//SG     

 

 

Ucrânia/”Sanções à Rússia quase duplicam as da Coreia do Norte e Irão”, diz  Lavrov

Bissau, 18 Mar 22(ANG) – As sanções contra a Rússia por ter invadido a Ucrânia correspondem a mais de 5.000 medidas e são quase o dobro das impostas à Coreia do Norte e ao Irão, disse hoje o chefe da diplomacia russa.

“Como disse o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin, somos o campeão em termos do número de sanções”, disse Serguei Lavrov numa entrevista à televisão russa RT, citada pela agência noticiosa TASS.

Lavrov, 71 anos, que é ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia desde 2004, é um dos alvos individuais das restrições impostas pelo Ocidente, tal como Vladimir Putin.

Segundo Lavrov, a Rússia foi alvo de “mais de 5.000 medidas individuais” por ter invadido a Ucrânia, em 24 de Fevereiro.

“Isto é quase o dobro do número de sanções impostas à Coreia do Norte e ao Irão”, observou.

Lavrov disse à RT que as sanções “só tornaram a Rússia mais forte” e admitiu que a “pressão sancionatória vai continuar”.

“Eles [o Ocidente] estão agora a ameaçar com uma quinta vaga de sanções, talvez depois disso venha a haver outra vaga, mas estamos habituados a isso”, desvalorizou.

O veterano da diplomacia de Moscovo considerou que a Rússia aprendeu a lição histórica de que não pode contar com parceiros ocidentais, uma “ilusão que foi completamente destruída”.

“Agora, só podemos contar com nós próprios e com os aliados que permanecerão ao nosso lado. Esta é a principal conclusão para a Rússia no contexto da geopolítica”, afirmou, citado pela TASS.

Lavrov disse que a Rússia não recusará no futuro cooperar com países ocidentais, mas deixa de os considerar fiáveis.

“Vamos cooperar com eles, [mas] lembrando-nos muito bem que não podemos pensar que são de confiança a longo prazo”, acrescentou.

Na entrevista à RT, cujas emissões foram proibidas na União Europeia desde a invasão, Lavrov também reafirmou que Moscovo considera como “alvos legítimos” todos os carregamentos chegados à Ucrânia suspeitos de transportarem armas.

“Deixámos muito claro que todos os carregamentos que chegam à Ucrânia e que, na nossa opinião, transportem armas, serão alvos legítimos [para ataque]”, afirmou Lavrov, citado pela agência espanhola EFE.

Lavrov justificou que a “operação militar especial” russa na Ucrânia, na designação oficial de Moscovo, visa precisamente “eliminar qualquer ameaça” do país vizinho à Rússia.

A operação visa também “proteger a população civil” do Donbass, que “está sob ataque há oito anos”, acrescentou, aludindo à guerra iniciada em 2014, no leste da Ucrânia, por separatistas pró-russos apoiados por Moscovo.

A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a Austrália impuseram sanções sem precedentes à Rússia, na sequência da sua intervenção militar na Ucrânia.

As medidas de retaliação provocaram uma desvalorização histórica do rublo e congelaram alguns fundos no estrangeiro, impedindo o Banco Central de apoiar a moeda russa.

Muitas empresas estrangeiras anunciaram igualmente a sua retirada da Rússia ou o fim da cooperação com Moscovo, ameaçando centenas de milhares de postos de trabalho no país.

A invasão da Ucrânia pela Rússia desencadeou uma guerra que provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

Até ao fim de quarta-feira, a ONU tinha confirmado a morte de 780 civis, incluindo 58 crianças, mas alertou que os números reais “são consideravelmente mais elevados”.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 22.º dia, também levou à fuga de quase cinco milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Inforpress/Lusa

 

Homenagem/Coligação da Juventude dos PALOP nomeia entidades para prémio “The African Figures of the Biennium 2020/2022”

Bissau, 18 Mar 22 (ANG) - A Coligação da Juventude dos Países da Língua Oficial Portuguesa (CJP) nomeou algumas entidades dos PALOP para o prémio “The African Figures of the Biennium 2020/2022” entre os quais Udé Fati, Secretária de Estado da Cooperação Internacional, Catrina Taborda, ex-Secretária de Estado do Turismo e Mariama Camará, jornalista desportivo da Rádio Difusão Nacional (RDN).

Segundo uma Nota à Imprensa  à que a ANG teve acesso esta sexta-feira, também foram nomeados a ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Carla Barbosa, Roberto Baió, da Rádio Difusão Nacional, Fidélis Forbs, ministro das Obras Públicas e Urbanismo, Adulai Bary.

As entidades nomeadas, de acordo com a CJP, foram selecionadas a juntar-se ao prémio “The African Figures of the Biennium 2020/2022” com base num conjunto de critérios que mostraram o seu trabalho na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, assim como a contribuição para o desenvolvimento da comunidade local e advocacia para o envolvimento dos jovens e questões de desenvolvimento juvenil.

Segundo a  CJP, essas entidades serão premiadas na Cimeira Internacional dos Jovens com as Embaixadas, realizar-se em Bissau, nos próximos dias 24 e 25,  sob o lema: “Mobilidade Inter-geracional no século XXI, a história, o nosso direito, a nossa comunidade e a luz da cooperação Win win”.

O evento é apoiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), União Africana e a União Europeia e visa garantir a visibilidade dos esforços empreendidos através das ações de Liderança, Boa governança e da Cidadania participativa demonstradas por personalidades da lusofonia africana nos mais variados setores sociais.  

A Coligação da juventude dos Países da Língua Oficial Portuguesa (CJP) é uma plataforma  juvenil da lusofonia africana que congrega associações e pessoas singulares dos PALOP movida pelos seus valores irreversíveis, o associativismo, coragem, a neutralidade político-partidário e irmandade.

E tem como missão, advocacia e promoção dos direitos da juventude através de ações conjuntas de consciencialização e opinião sobre a conjuntura política, socioeconómica e ambiental para a construção e consolidação dos estados de direito democrático e pelo bem-estar comum da juventude e do continente Africano.ANG/DMG/ÂC//SG

Ucrânia/Rússia qualifica como “factualmente incorreta” informação sobre acordo

Bissau, 18 Mar 22(ANG) – A Rússia descreveu quinta-feira como “factualmente incorreta” a informação sobre um plano de paz que estaria a negociar com a Ucrânia, que previa um cessar-fogo, retirada das tropas russas e neutralidade ucraniana face à NATO.

O plano, de 15 pontos, foi divulgado pelo jornal britânico Financial Times na quarta-feira, citando três fontes envolvidas nas negociações em curso entre representantes da Ucrânia e da Rússia.

O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, disse que o plano divulgado pelo jornal britânico “contém muitas compilações e informações que são do domínio público sobre as questões que estão na agenda” das negociações.

“Mas está tudo incorretamente compilado e factualmente incorreto. Há elementos corretos, mas em geral, isto não é verdade”, disse Peskov, no seu encontro diário com a imprensa.

Peskov não precisou os pontos correctos e os incorrectos, remetendo quaisquer informações para quando houver progressos nas negociações.

“O trabalho continua”, acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.

O Financial Times disse que os negociadores discutiram, na segunda-feira, um projeto de acordo que envolveria a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO e a acolher bases militares estrangeiras em troca de protecção de países como os Estados Unidos, a Turquia e o Reino Unido.

O chefe da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliak, disse na quarta-feira, na rede social Twitter, que o projecto de acordo divulgado pelo jornal britânico representa apenas as exigências da Rússia nas negociações.

“O lado ucraniano tem as suas próprias posições. A única coisa que confirmamos neste momento é [o diálogo sobre] um cessar-fogo, a retirada das tropas russas e garantias de segurança de vários países”, escreveu.

Podoliak acrescentou que os resultados das negociações só poderão ser uma realidade quando forem validados num diálogo direto entre os presidentes ucraniano, Volodymyr Zelensky, e russo, Vladimir Putin.

A França, que preside atualmente ao Conselho da União Europeia (UE), acusou hoje a Rússia de “fingir negociar” um cessar-fogo enquanto prossegue a ofensiva militar na Ucrânia.

“A Rússia optou por continuar a utilizar as suas armas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, numa entrevista ao diário Le Parisien, citada pela agência francesa AFP.

Le Drian disse que a atitude da Rússia na Ucrânia é idêntica à que usou em Aleppo (Síria) ou em Grozny (Chechénia).

“A lógica russa (…) baseia-se no tríptico habitual: bombardeamentos indiscriminados, os chamados ‘corredores’ humanitários concebidos para acusar o adversário de não os respeitar, e conversações sem outro objectivo que não seja o de fingir negociar”, acusou o chefe da diplomacia francesa.

“É um processo dramático de brutalidade a longo prazo”, afirmou.

Le Drian disse que o Ocidente continuará a “aumentar determinadamente as sanções” até Putin considerar que “o preço a pagar pela continuação do conflito é tão elevado que é preferível envolver-se num cessar-fogo e em verdadeiras negociações”.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro, numa ofensiva condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A UE e vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Japão e a habitualmente neutra Suíça, impuseram duras sanções contra interesses russos, desde a banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 22.º dia, provocou um número por determinar de baixas civis e militares, além de mais de três milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

ANG/Inforpress/Lusa

 

Desporto/FC de Canchungo consolida liderança  isolado no comando da Guiness-Liga ao derrotar por 2-1 o FC de Cupelum

Bissau, 18 Mar 22 (ANG) – O FC de Canchungo, da zona nortenha do país, consolidou a liderança da Guiness-Liga ao derrotar,no último fim-de-semana, a sua congénere FC de Cupelum por 2-1, na 8ª jornada da  maior prova de futebol do país.

Eis os resultados alcançados nas restantes partidas:

Binar-0/Bissorã-0, Balantas de Mansoa-2/FC de Pelundo-0, UDIB-1/Massaf de Cacine-2, Portos de Bissau-0/FC de Cuntum-0, Sporting Clube da Guiné-Bissau-5/Arados de Nhacra-1,  Sonaco-1/Flamengo de Pefine-1, e para encerar a jornada, o SB.Benfica-recebeu e derrotou por 4-0, o Sporting Clube de Bafatá.

Concluida essa jornada a tabela classificativa ficou assim ordenada:

1º - FC de Canchungo – 20 pts

2º - SB Benfica – 17 pts

3º - Sporting Clube da Guiné-Bissau -17 pts

4º - AC de Bissorã – 14 pts

5º - SC de Bafatá – 14 pts

6º - Mas. Cassine – 12 pts

7º - Flamengo de Pefine – 11 pts

8º - FC de Sonaco – 10 pts

9º - Balantas de Mansoa – 09 pts

10º - FC de Cuntum – 08 pts

11º - FC de Pelundo – 08 pts  

12º - Portos de Bissau – 07 pts

13º - Arados de Nhacra – 07 pts

14º - Binar FC – 06 pts

15º - UDIB – 06 pts

16º -Cupelum FC – 04 pts

ANG/LLA/ÂC//SG

 

 

quinta-feira, 17 de março de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

  ONU/Guerra já afecta a segurança alimentar em África e no Médio Oriente

Bissau, 17 Mar 22 (ANG) - O impacto do conflito na Ucrânia está já a afectar a região do Médio Oriente e do Norte de África e continuará a alastrar rapidamente, advertiu hoje o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas.

O aumento dos preços dos alimentos e a escassez de culturas resultantes do conflito já se fazem sentir no Médio Oriente e no Norte de África e estão a alastrar aos países mais vulneráveis do mundo, incluindo o Corno de África, onde as pessoas mais pobres estão mais em risco, referiu a agência da ONU sediada em Roma numa nota divulgada hoje.

"Um quarto das exportações mundiais de trigo é proveniente da Rússia e da Ucrânia" e "40% do trigo e milho da Ucrânia é destinado ao Médio Oriente e África, que já se debatem com problemas de fome, e onde a escassez de alimentos ou o aumento dos preços correm o risco de empurrar mais milhões de pessoas para a pobreza", alerta o FIDA.

A Rússia é também o maior produtor mundial de fertilizantes, e mesmo antes do conflito, os picos de preços no ano passado contribuíram para um aumento dos preços dos alimentos de cerca de 30 por cento", afirma a agência.

"Estou profundamente preocupado que o conflito violento na Ucrânia, que é já uma catástrofe para os directamente envolvidos, seja também uma tragédia para as pessoas mais pobres do mundo, que vivem nas zonas rurais, e que não podem absorver os aumentos de preços dos alimentos básicos e dos fertilizantes agrícolas que resultarão das perturbações no comércio global", afirmou o presidente do FIDA, Gilbert F. Houngbo.

"Já estamos a assistir a aumentos de preços e isto pode levar a uma escalada da fome e da pobreza com graves consequências para a estabilidade global", acrescentou o responsável.

Houngbo observou que na Somália, onde se estima que 3,8 milhões de pessoas já se encontram em grave insegurança alimentar, os custos de electricidade e dos transportes dispararam devido ao aumento dos preços dos combustíveis.

No Egipto, os preços do trigo e do óleo de girassol subiram devido à dependência do país em relação à Rússia e à Ucrânia para 85% do seu abastecimento de trigo e 73% do seu óleo de girassol.

No Líbano, 22% das famílias estão em insegurança alimentar e a escassez de alimentos ou novos aumentos de preços irá exacerbar uma situação já desesperada. O país importa até 80% do seu trigo da Rússia e da Ucrânia, mas só pode armazenar cerca de um mês de colheita de cada vez, devido à explosão no porto de Beirute em 2020, que destruiu os principais silos de cereais do país. ANG/Angop

 

 

      EAGB/Sindicato de Base dos funcionários ameaça paralisar  a empresa

Bissau, 17 Mar 22 (ANG) – O Sindicato de Base dos funcionários da Empresa da Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), ameaçou hoje avançar nos próximos dias com uma paralização total da empresa, caso o patronato não cumprir com as exigências do sindicato.

Em declarações à imprensa, Mário Banca disse que no passado dia 14  o sindicato entregou ao Governo um pré-aviso de greve no qual  exige a satisfação de algumas reivindicações, nomeadamente a regularização da situação dos trabalhadores perante a Segurança Social.

De acordo com o sindicalista, as reivindicações remitidas, cuja satisfação integral é exigida pelo sindicato náo foram, entretanto, atendidas pelo Governo.

Segundo Mário Banca, um dos pontos mais forte da reivindicação é  a regularização da situação dos trabalhadores no Instituto da Segurança Social.

“De momento, os funcionários da EAGB não estão a beneficiar dos  descontos que têm feito para a  Segurança Social”, revelou Banca.

Adiantou que  também  estão a exigir o reajuste dos salários do pessoal, de forma justa e harmoniosa, assim como a atribuição, aos trabalhadores, de parte das acções da empresa, por forma a permitir a sua representação na Assembleia constituinte da EAGB-SA.

Aquele líder sindical disse que exigem ainda o pagamento de salário aos trabalhadores recém-admitidos na empresa  e regularização das suas situações,

“Por outro lado, exigimos o pagamento de 17,5 meses de salários dividos  aos  trabalhadores, a revogação da decisão que inclui os dias de descanso semanal (sábado e domingo), e feriados iniciais e finais, no cômputo dos trinta dias estabelecidos pela lei (Art. 74º-LGT) concernente ao tempo de férias disciplinares,  entre outras ”, referiu.

Segundo o Presidente de sindicado da EAGB,  nos últimos tempos, a Empresa  funcionou com o estatuto de  Sociedade Anónima, apesar da sua capital continuar a pertencer ao Estado.

 “E nós, enquanto funcionários da empresa, pretendemos ter uma parte de acção nesta nova empresa anónima, para podermos estar representados na assembleia constituinte da mesma”, assegurou o sindicalista.

Segundo Mário Banca, o ministro de tutela convocou um encontro para sexta-feira com o sindicato, para juntos procurarem a saida do impasse prevalecente.

O Sindicato de Base dos Funcionários de EAGB, entregou no dia 14 deste mês um pré-aviso  que prevé  a observação de uma greve entre  23 e  25 de Março.ANG/LLA/ÂC//SG 

CEDEAO/Presidente  denuncia “dimensão internacional” após recentes golpes de Estado em África

Bissau, 17  Mar 22(ANG) – O presidente da CEDEAO denunciou quarta-feira a “dimensão internacional” do aumento do número de golpes de Estado em África nos últimos anos e defendeu que “algumas entidades estrangeiras os vêem como forma de impulsionar as suas ambições regionais”.

“Embora os catalisadores sejam sobretudo internos, a dimensão internacional não pode ser ignorada. A intervenção externa no fomento de mudanças anticonstitucionais, muitas vezes a favor de governos repressivos, interesses económicos estrangeiros e outros possíveis ganhos geopolíticos, são factores que também ajudam”, acrescentou o chefe de Estado ganês e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Nana Akufo-Addo.

O dirigente, que intervinha numa conferência promovida pela União Africana (UA) em Acra, considerou que as “entidades estrangeiras” participam em “todo o tipo de campanhas de desinformação para difamar a autoridade de governos democraticamente eleitos e instigar protestos da oposição contra aqueles que ocupam cargos”.

O Presidente ganês também salientou que “o ressurgimento de golpes de Estado em África em todas as suas formas e manifestações deve ser condenado por todos, pois mina seriamente o esforço colectivo para eliminar a ameaça da instabilidade e mudanças inconstitucionais de Governo”.

“Mudanças inconstitucionais de regime atrasam o crescimento de um país”, considerou, e defendeu que “a unidade e a determinação devem enviar uma mensagem clara aos que urdem golpes de Estado, que os motins nunca foram e nunca serão soluções duradouras para os desafios políticos, económicos e de segurança em África”.

“Comunicados que simplesmente condenam os golpes sem uma acção correspondente pouco ou nada alcançam, como se viu nos últimos tempos. Esse problema exige concertação colectiva, dissuasão efectiva, acção firme e, igualmente importante, medidas preventivas adequadas”, argumentou.

Neste sentido, sublinhou que “já passou muito tempo para um consenso no Gana e em África sobre qual a forma democrática de governação preferível”.

“Percorremos um longo caminho, mas não devemos dar como certo que todos aceitaram a democracia como forma preferida de Governo”, alertou, porque, destacou: “Há quem procure um mandato autoritário e pessoal porque diz que África é subdesenvolvida e a democracia é incómoda”.

“Há quem procure atalhos para exercer o poder sem limites e quem não respeite a liberdade livre e soberana do povo porque não concorda com as suas preferências ideológicas”, denunciou.

Nana Akufo-Addo sublinhou que “tem-se de trabalhar para convencer essas pessoas de que estamos todos mais seguros em democracia”.

A este propósito, o presidente em exercício da CEDEAO recordou que o Centro Africano de Estudos Estratégicos revelou que 18 líderes africanos alteraram ou eliminaram nos últimos 20 anos o limite de mandatos previstos nas Constituições dos seus países e que oito resistiram ao cumprimento dessa limitação, o que equivale a quase metade do continente.

Akufo-Addo lamentou ainda que “processos eleitorais para estabelecer a extensão ou eliminação dos limites de mandatos em África têm sido muitas vezes marcados por acusações de irregularidades generalizadas”, antes de sublinhar que “os povos africanos pagaram um alto preço pelos esforços dos seus líderes para violar os limites de prazo estabelecidos pela Constituição”.

Com base nesta situação, referiu-se aos “efeitos devastadores” dos golpes e tentativas de golpe na região, após os motins registados desde 2020 no Mali, na Guiné-Conacri e no Burkina Faso, além da tentativa na Guiné-Bissau.

“Embora sejamos rápidos em sancionar os líderes militares golpistas, os civis, que atingem fins semelhantes manipulando Constituições para permanecer no poder, não são sancionados, embora as suas acções sejam claramente proibidas nos nossos instrumentos legais. Isto quer dizer que as estruturas existentes devem ser fortalecidas para lidar com esses infractores”, concluiu.

ANG/Inforpress/Lusa


 

Eleições na Ordem de Advogados/Presidente da Comissão Organizadora diz  que apenas uma lista está em condições de ser eleita no próximo  Sábado

Bissau, 17 Mar 22 (ANG) – O Presidente da Comissão eleitoral para o cargo de Bastonário da Ordem de Advogados confirmou hoje a realização do ato eleitoral no próximo Sábado,(19) mas com apenas uma lista concorrente, a  (Verde Phonix), de Januário Pedro Correia.

Alex Bassuco Santos Lopes fez esta confirmação  esta quinta-feira,  em entrevista a à Agência de Notícias da Guiné(ANG).

 “Fixamos o dia 9 deste mês como a data do fim da entrega de candidaturas e até esse dia apresentaram apenas 2 propostas de lista de candidaturas, nomeadamente,a do Roberto Indeque da lista de Coerência, Coesão e Competência e a do Januário Pedro Correia, da Lista Verde (Phoenix)”, salientou.

Santos Lopes disse que, depois de analisadas as listas dos candidatos fixaram uma lista provisória tendo os candidatos sido solicitados a  corrigir eventuais irregularidades, após as quais se procedeu a divulgação da lista  definitiva.

Alex Santos Lopes disse que após a  divulgação da  lista definitiva algumas pessoas cujos nomes constam na lista de Roberto Indeque  reclamaram que não foram contactados para integrar essa lista, razão pela  qual solicitaram que os seus nomes fossem retirados dessa lista.

Em cnsequência dessa retirada de nomes, segundo Santos Lopes, a lista de advogado Roberto ficou sem condições para concorrer.

 “A partir de lá, a Comissão tentou falar com eles mas não conseguiu resolver a situação e decidiu afastar a referida lista . Nesse momento concorre apenas uma  única lista que é a de Januário Pedro Correia”, explicou.

Alex Lopes disse haver uma reclamação da lista do Roberto Indeque enviada à Comissão mas que a comissão já elaborou uma resposta para essa reclamação.

 “A Ordem de Advogados deve ser um exemplo à sociedade guineense. No fundo, podemos dizer que quase perdeu o que se pode considerar “o essencial e a moral”, referiu o Presidente da Comissão Eleitoral.

Duzentos e dezanove delegados entre advogados e estagiários vão escolher no próximo sábado um  novo Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau.ANG/DMG/ÂC//SG

    Mali/França e parceiros confirmam abandono das tropas do país africano

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) - O presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou esta quinta-feira, no Palácio do Eliseu, a retirada das tropas francesas e internacionais do Mali.

As relações entre Paris e Bamaco têm azedado ao ponto de o embaixador francês ter recebido um ultimato para deixar o país.

 A junta militar maliana pretendia manter-se no poder por vários anos tendo ficado sob sanções inclusive da comunidade regional, a CEDEAO.

Foi na presença do chefe de Estado senegalês e presidente em exercício da União Africana, Macky Sall, e do seu homólogo do Gana, Nana Afuko Addo, para além do presidente do Conselho europeu, o belga Charles Michel, que se confirmou em Paris o fim das intervenções Barkane (da França com os países da região) e Takuba (europeia, incluindo francesa) do Mali.

A França manteve tropas suas na antiga colónia da África ocidental ao longo de nove anos, numa primeira fase, em 2013, para evitar a ocupação por jihadistas da capital, Bamaco.

Segundo o chefe de Estado maior das forças armadas francesas, com esta retirada do Mali daqui a seis meses, manter-se-ão ainda na região entre 2 500 e 3 000 soldados gauleses.

De momento Paris mantinha 2 400 militares no Mali, 48 militares franceses perderam aí a vida, 53 em todo o Sahel.

O anúncio foi feito pelo chefe de Estado da França, Emmanuel Macron, alegando, porém, ter sido útil a intervenção e descartando qualquer fiasco quanto a esta retirada.

O inquilino do Palácio do Eliseu fez mesmo questão em frisar a sua intenção em se manter mobilizado no Sahel, e mesmo além, até aos países vizinhos do Golfo da Guiné e da África ocidental.

Os dois golpes de Estado no Mali, em 2020 e 2021, trouxeram para o poder em Bamaco uma junta militar que descarta organizar eleições antes de vários anos e que tem capitalizado o sentimento anti-francês crescente que se tem instalado.

Emmanuel Macron admitiu que a suposta presença de forças para-militares privadas russas Wagner, desmentida por ora pelas autoridades malianas, era absolutamente inaceitável para os parceiros europeus ali presentes.

"Estamos de acordo quanto ao óbvio que é não podermos ficar mobilizados militarmente ao lado das novas autoridades das quais não partilhamos nem a estratégia, nem os objectivos ocultos.

Esta é a situação com a qual estamos confrontados actualmente no Mali.

A luta contra o terrorismo não pode justificar tudo.

Com o pretexto de ser uma prioridade absoluta ela não se deve transformar no exercício de conservação indefinida do poder.

Ela também não pode justificar uma escalada da violência com recurso a mercenários cujos abusos foram testemunhados na República centro-africana e cujo exercício da força não é regulamentado por nenhuma convenção.

Nestas condições a França e os seus parceiros mobilizados em missões de luta contra o terrorismo, nomeadamente a força Takuba, tomaram a decisão de retirar a respectiva presença militar do Mali.

Esta retirada traduzir-se-á pelo fecho das bases de Gossi, Ménaka e Gao”, disse Emanuel Macron.

Por seu lado, o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, presidente em exercício da União Africana, admitiu compreender a decisão das tropas internacionais se retirarem do Mali afirmando, porém, ser necessário trabalhar com a junta militar para se encontrar uma solução na luta contra o terrorismo.

"Considerando a situação no Mali, compreendemos a decisão tomadas pelas autoridades europeias e francesas de não prosseguir as intervenções (militares). 

Esperamos que as discusões entre a CEDEAO e Mali permitam o regresso de uma normalidade das instituições civis, depois de eleições para que o país retome o curso normal”, disse Sall. ANG/RFI