quarta-feira, 27 de julho de 2022

Camarões/Macron pede aos historiadores "luz" sobre a acção da França no país

Bissau, 27 Jul 22 (ANG) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu terça-feira aos historiadores que "lancem luz" sobre a acção da França nos Camarões durante a colonização e após a independência, anunciando a abertura "completa" dos arquivos franceses sobre momentos "dolorosos" e "trágicos".

"Espero que possamos ter e lançar juntos um trabalho conjunto de historiadores camaroneses e franceses", propôs Macron numa conferência de imprensa em Yaoundé, juntamente com o seu homólogo camaronês, Paul Biya.

Antes da independência dos Camarões, em 1960, as autoridades francesas reprimiram com violência os militantes nacionalistas empenhados na luta armada contra o colonizador.

As declarações de Macron surgem no dia seguinte ao apelo de um grupo de partidos políticos camaroneses ao Presidente francês para que reconheça os "crimes da França colonial".

"Temos uma disputa histórica com a França e aproveitamos a oportunidade para sensibilizar os camaroneses em relação ao problema com a França, que é colocar todos os crimes da França sobre a mesa e resolver o problema definitivamente, se quisermos ter uma relação pacífica", disse Bedimo Kuoh, do Movimento Africano para a Nova Independência e Democracia (Manidem), numa conferência de imprensa em Douala.

Durante a última visita de um presidente francês a Yaoundé, François Hollande tinha admitido em 2015 que tinha havido "episódios extremamente atormentados, mesmo trágicos", acrescentando na altura: "Estamos abertos para que os livros de história possam ser abertos e os arquivos também".

O discurso sobre este período "alimenta uma forma de desconfiança e fantasia" que mancha a imagem da França, comentou um diplomata francês ouvido pela agência notícias France-Presse (AFP). ANG/Angop

 


Covid
-19/ Coordenador Global da vacinação discute com autoridades nacionais estratégias para reforço das doses de vacina

Bissau, 27 Jul 22 (ANG)  O Coordenador Global da Parceria para a Disponibilização de Vacinas Covid-19 (CoVDP), Ted Chaiban está na Guiné-Bissau

por uma visita de dois dias no decurso da qual vai  discutir com as autoridades nacionais estratégias para acelerar a vacinação.

Segundo o  comunicado da Unicef à que a ANG teve acesso hoje, Chaiban enalteceu os  progressos que já foram feitos nos últimos meses, com o país a aumentar a sua taxa de cobertura total de vacinação de apenas 1,2% em Janeiro para 17,4% da população total em Julho, equivalente a 26% da população alvo.

"Eu felicito o Governo da Guiné-Bissau pelos progressos que têm sido realizados nos últimos meses para acelerar a cobertura da vacinação. A identificação de grupos de alta prioridade, incluindo os funcionários de saúde e outros trabalhadores da linha da frente, professores e forças de segurança, é um excelente exemplo de boas práticas que nos ajudarão a proteger a saúde e a vida das pessoas”, afirmou em comunicado .

O programa de vacinação Covid-19 teve início na Guiné-Bissau em Abril de 2021. Cerca de 530.000 pessoas (30% da população total) receberam pelo menos uma dose e 342.000 pessoas (17,4% da população total), o que equivale a 26% da população alvo, foi totalmente vacinada até à data.

 Chaiban disse que a pandemia está longe de terminar e que o risco de novas variantes, especialmente em populações sub-vacinadas, continua elevado.

 "A Covid-19 ainda está connosco e temos de garantir que protegemos os que mais estão expostos ao risco. Os líderes comunitários e religiosos serão cruciais para manter a procura de vacinas e também para as doses de reforço que são vitais para garantir que as pessoas se mantenham protegidas contra novas variantes ao longo do tempo.  A vacina é a nossa melhor proteção contra a Covid-19”, avisou

A Unicef, OMS e a Gavi lançaram em Janeiro deste ano  uma Parceria  para a Disponibilização de Vacinas COVID-19 (CoVDP) , para apoiar os 92 países da AMC na aceleração da disponibilização de vacinas com especial enfoque nos 34 países, incluindo a Guiné-Bissau, que em janeiro de 2022 se encontravam a menos de 10%.

Segundo o comunicado, até  julho de 2022, mais de 12 mil milhões de doses de vacinas COVID-19 tinham sido administradas globalmente, e segundo a OMS, 61% da população mundial foi totalmente vacinada, mas apenas 16% nos países de baixos rendimentos.

“As regiões da OMS em África e no Mediterrâneo Oriental são responsáveis pela maior proporção de não vacinação para a população total”, refere o comunicado. ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

         Moscovo/Putin e Erdogan reúnem-se em 05 de Agosto em Sochi

Bissau, 27 Jul 22 (ANG) - O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, vão reunir-se em 05 de Agosto na cidade russa de Sochi para abordar a situação na Ucrânia e a exportação de cereais a partir desse país em guerra.

O encontro foi terça-feira confirmado pelo porta-voz do Kremlin (Presidência Russa), Dmitri Peskov, acrescentando que as conversações se vão prolongar por todo o dia, indiciou a agência noticiosa TASS.

Questões bilaterais e regionais estarão no topo da agenda, confirmou a presidência turca. Os dois líderes encontraram-se há precisamente uma semana em Teerão, a capital do Irão, onde foram recebidos pelo seu homólogo e anfitrião Ebrahim Raisi.

Nos últimos meses, Putin e Erdogan também contactaram diversas vezes por telefone. O líder turco visitou a Rússia em Setembro de 2021, quando também se reuniu com o chefe de Estado russo na estância de Sochi, margens do mar Negro.

Na semana passada, a Rússia e a Ucrânia chegaram a acordo para a exportação de cereais com o apoio da Turquia, com o objectivo de minimizar uma anunciada crise alimentar provocada pelo conflito e na sequência da invasão militar russa de 24 de Fevereiro.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prevê que sejam exportados cerca de 20 milhões de toneladas da colheita de 2021, e com a acumulada em 2022 ainda à espera de ser vendida. Nos seus cálculos, indicou que a Ucrânia possui perto de dez mil milhões de euros em cereais.

A Turquia, que não aderiu às sanções ocidentais contra a Rússia, mantém uma posição "neutral" no conflito ucraniano justificada pelos estreitos laços económicos com Moscovo e a boa relação com Kiev, a quem tem designadamente fornecido 'drones' de combate desde há vários anos. ANG/Angop

 


Política
/Braima Camará apela mobilização de todos  à volta  do II Congresso do partido em preparação

Bissau,27 Jul 22(ANG) – O Coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática(Madem-G15),apelou a conjugação de esforços de todos os dirigentes e militantes do partido para a realização do II Congresso Ordinário do partido, agendado para decorrer entre  30 de Setembro e 2 de Outubro, do ano em curso.

Braima Camará  presidia, terça-feira, a cerimónia de posse da Comissão Preparatória do II Congresso do Madem-G5 .

Disse que todos os dirigentes e militantes anónimos do partido, directa ou inderectamente, têm  grande responsabilidade na realização desse  evento magno partidário.

“Se levarmos em conta o número de delegados que irão para o Congresso e  os meios logísticos que têm que ser mobilizados,   vamos perceber que é preciso o nosso esforço, empenho, dedicação e entrega, para que o evento seja mais um exemplo de democracia na Guiné-Bissau”, salientou.

Por isso, diz,todo o apoio é necessário, porque a  missão não cabe apenas aos membros da Comissão preparatória do congresso.

“O Madem-G15 é um partido fundado com espírito de disponibilidade total de todos os seus dirigentes e militantes”, salientou.

Para o presidente da Comissão Preparatória do II Congresso do Madem-G15,Marciano Silva Barbeiro o acto se reveste de muita importância, tendo em conta que está-se a  assuimir responsabilidades  num grande partido  do cenário político guineense.

Silva Barbeiro advertiu que  tudo o que poderão fazer de bom vai depender do esforço e colaboração de todos os militantes do partido espalhados em diferentes cantos do país.

“Este acto agrupa praticamente 90 por cento dos dirigentes fundadores do partido, portanto, é prova de responsablidade ímpar na vida de todos os militantes do Madem”, disse.

A Comissão Preparatória do 2º congresso ordinário do Madem G15  conta com a seguinte composição: Marciano Silva Barbeiro-Presidente, Queba Jaite-1º Vice Presidente, Maria da Conceição Évora-2ª Vice Presidente, Abdú Mané-1º Secretário e Arcénio Djibril Baldé -2º Secretário.

Para as funções  de1º Vogal da Comissão Preparatória  foi escolhido Mário Martins e para 2ª Vogal -  Anita Djaló Sani.

A referida reunião, irá contar com a participação de 2515 delegados.ANG/ÂC//SG

       RDC/Pelo menos 15 mortos em protestos contra a missão da ONU

Bissau, 27 Jul 22 (ANG) - Pelo menos 15 pessoas morreram, desde segunda
-feira, nos protestos desencadeados no nordeste da República Democrática do Congo contra a missão de paz das Nações Unidas no país, incluindo 12 civis e três membros da missão, confirmou o governo.

“No total, desde (terça-feira) lamentamos a morte de 15 pessoas, incluindo 12 civis e três capacetes azuis (segundo a ONU, no entanto, foi um capacete azul e dois polícias militares), que morreram em Butembo", disse o porta-voz do governo em conferência de imprensa.

"Em Butembo, contamos sete civis mortos. Também 61 feridos que estão distribuídos em diferentes hospitais na província de Kivu do Norte (nordeste), principalmente em Goma (capital da província)", acrescentou o porta-voz.

Segundo o presidente da Sociedade Civil de Goma, John Banyene, as mobilizações começaram no sábado e levaram ao assalto e saque de algumas instalações da missão de paz das Nações Unidas (MONUSCO) na cidade na segunda-feira.

Manifestantes saíram às ruas para exigir a retirada da missão da ONU criada há mais de duas décadas acusando-a de ineficiência diante da violência que assola o leste da RDC, onde actuam pelo menos 122 grupos rebeldes, segundo o jornal Barómetro de Segurança Kivu (KST).

"Reitero que a missão está na RDC a convite do governo para ajudar a proteger os civis e promover a estabilidade", disse o chefe interino da missão de paz das Nações Unidas, Khassim Diagne.

O porta-voz da ONU, Farhan Haq, confirmou na terça-feira em conferência de imprensa que, "centenas de pessoas" participaram nos ataques contra várias instalações da organização, nomeadamente contra a sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Goma, onde foram "repelidas" por seguranças.

A população construiu barricadas em diferentes pontos da cidade, além de acender fogueiras em frente a alguns prédios da ONU, enquanto grande parte dos trabalhadores da organização na província teve que ser retirada.

O ataque ocorreu depois de o presidente do Senado congolês (Câmara Alta), Modeste Bahati Lukwebo, ter, em meados de Julho, acusado a MONUSCO de não ser eficaz, exigindo a sua retirada.

Desde 1998, o leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do Exército, apesar da presença da missão da ONU, com cerca de 14.000 soldados. ANG/Angop

 

Desporto/ Cerca de 400 crianças de diferentes escolas das regiões do país participam no torneio panafricano em Bissau

Bissau, 27 Jul 22 (ANG) – Cerca de 400 crianças de diferentes escolas da capital  e das regiões do interior, de idade compreendida entre 14 e 15 anos participam, desde segunda-feira, no torneio Panafricano de futebol nas categorias masculino e feminino, organizado pela Federação Nacional de Futebol, no estádio Lino Correia, em Bissau.

Trata-se da primeira edição da iniciativa da Confederação Africana de Futebol(CAF), e que não conta  apenas com a Região de Biombo.

Segundo o “Site” desportivo FUT 245,  os  vencedores das duas camadas, masculina e feminina, vão  representar o país noutros eventos do género ao nível sub-regional.

Na abertura do torneio, segunda-feira, o ministro da  Juventude, Cultura e Desportos Augusto Gomes,  disse que do evento sairão os futuros futebolistas, árbitros, massagistas e futuros jornalistas desportivos.

Gomes manifestou o seu interesse em ver organizado, anualmente, torneio de género no país, e promete dar todo o apoio para o efeito.

O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Mendes Teixeira (Caito), agradeceu a Confederação Africana de Futebol pela iniciativa e financiamento do torneio.

“O evento do género permitirá o país  produzir os futuros futebolistas que com o tempo defenderão as cores nacionais”, disse Caito Teixeira. ANG/LLA/ÂC//SG



        Rússia/Gazprom cortou 20% do abastecimento de gás à Alemanha

 Bissau, 27 Jul 22(ANG) – A empresa de gás russa Gazprom reduziu hoje “por motivos técnicos” o abastecimento à Alemanha correspondente à quinta parte da capacidade do gasoduto Nord Stream, indicam os dados publicados no portal oficial da companhia.

A redução do fluxo de combustível russo começou às 09:00 em Moscovo (05:00 em Bissau) e segundo as informações que constam do portal o volume diário de abastecimento à Alemanha, pelo Nord Stream, vai ser de 33 milhões de metros cúbicos.

De acordo com a agência federal de redes alemã (Bundesbetzagentur), o corte que se verifica a partir de hoje é uma “estratégia de guerra” por parte de Moscovo e rejeitou a justificação técnica referida pela Gazprom.

As explicações de Moscovo sobre a redução de 20% (capacidade de envio) “não são realistas”, disse o responsável pela Bundesnetzagentur, Klaus Muller, em declarações à rádio Deustchlandfunk.

A autoridade alemã confirmou hoje de manhã que se verifica a redução esperada e que corresponde “a metade” do que estava a ser abastecido nos últimos meses.

Em concreto, estão a fluir desde as 09:00 (hora de Moscovo), 1,28 metros cúbicos de gás por hora, tal como tinha anunciado a Gazprom que justifica a redução com trabalhos de manutenção assim como falhas numa turbina.

O corte ocorre depois de o serviço ter sido retomado na semana passada, após 10 dias de interrupção total devido, segundo Moscovo, a serviços de manutenção.

O chanceler alemão, Olaf Scholz e o ministro da Economia, Robert Habeck, disseram que “não há obstáculos” de ordem técnica para que se verifica o fluxo regular de gás russo através do Nord Stream.

Habeck tem acusado Moscovo de utilizar o abastecimento de gás como “arma de guerra”.

No passado mês de Fevereiro, quando começou a nova campanha militar da Rússia contra a Ucrânia, o abastecimento russo correspondia a 55% do total das importações de gás que a Alemanha recebia, um valor que no final de Junho baixou para 26%.

Habeck mantém o objectivo de conseguir até ao dia 01 de Novembro o armazenamento de 95% dos depósitos para garantir segurança energética durante o próximo inverno. Actualmente, os depósitos alemães encontram-se com 64,4% da capacidade, de acordo com o governo. ANG/Inforpress/Lusa

 

terça-feira, 26 de julho de 2022

Vias urbanas de Bissau /Ministério de Obras Públicas pretende terminar obras de infraestruturas rodoviárias até dezembro do ano em curso

Bissau, 26 jul 22 (ANG) O Ministério das Obras Públicas, através da Direção-Geral, até as obras de infraestruturas visadas, em curso de dezembro deste ano.

Em entrevista à ANG nesta terça-feira, Braima Djassim garantiu que, em relação à relação daqui a dezembro, muitas vias mudarão daqui a dezembro, adiantando que uma cidade das metas a atingir é requalificar  a cidade de Bissau até às legislativas legislativas.

Sem identificar,Djassi disse que existem muitos projetos, e espera que até a infra-estação haja progresso em relação às infra-estruturas de curso.

Aquele responsável referiu que, de momento, estão em curso algumas obras dentre as quais, a da reabilitação da estrada via Sitec, Quelelé-Bor, Bissau-Safim e  Bissau-velha.

“Em relação a Bissau-velha, queremos fazer esta obra para podermos salvaguardar a história da Guiné-Bissau e sua capital. Por isso, queremos melhorar essas ruas, melhorar a iluminação, a drenagem e até as pinturas das casas para que possam  ser mais apreciáveis ​​pelos turistas, tal como eram no tempo colonial. das Coisas Públicas e Urbanismo está a pensar em fazer voltar coisas boas da parte da cidade .

Perguntas que provavelmente ocorrerão conta das estradas,, estudos preliminares, provavelmente, terão ocorrido conta das estradas, estudos preliminares, que provavelmente não tiveram uma noção que sai clara da hidráulica das chuvas dos bairros para  desaguar para a estrada.

“Nesse águas, podem-se fazer valetas, mas vão os seus redicionamentos não podem dar   banhos de águas, e essas águas ainda vêm com muitas outras coisas sobretudos”, salientou.

Djassi referiu   que tudo isso dificultou a evacuação das   águas  através das valetas, frisando que, o estudo foi feito, mas que, talvez, houve um descuido ou esquecimento de que  todas as águas que vêm da bacia entre a cidade e o  Centro Comercial Santy devem ser consideração em consideração para os efeitos da evacuação, sem por causa da circulação rodoviária.

Braima Djassi disse que o desejo do seu Ministério era de fazer algo diferente antes do final desta legislatura de 4 anos para poder encorajar o próximo governo a fazer mais.    

“Garanto contudo que todas as nossas aspirações em termos de infraestrutura não vão ser apresentadas em quatro  anos, mas a cidade de Bissau vai conhecer o progresso nas suas rodoviárias até Dezembro”, prometeu.

Braima Djassi destacou que como mencionados obras foram financiadas na sua pelo governo guineense. ANG/DMG/ÂC//SG

Moçambique/Empresa estatal de hidrocarbonetos diz que o país pode ser alternativa ao gás russo

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) – A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), detida pelo Estado moçambicano, admitiu hoje a hipóteses de o país responder às crescentes necessidades de gás na Europa, devido à incerteza em relação ao fornecimento russo, na sequência da invasão da Ucrânia.

“Com a situação da guerra na Ucrânia, o mercado europeu aumentou a demanda por gás. Uma das formas de acelerar para que o nosso gás chegue aos mercados é usar uma segunda plataforma flutuante similar à que já está aqui em Moçambique”, disse o administrador executivo comercial da ENH, Pascoal Mocumbi Júnior, citado hoje pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Mocumbi Júnior afirmou que uma segunda plataforma flutuante de produção de gás natural liquefeito iria juntar-se a uma infraestrutura idêntica, que já existe nas águas moçambicanas, caso o país tivesse que ser parte da solução para o défice energético provocado pela guerra Rússia-Ucrânia.

O tempo de construção de uma eventual segunda unidade flutuante seria de três anos, menos dois anos em relação ao tempo que durou a construção da unidade que já arrancou com o carregamento de hidrocarbonetos, como forma de ganhar tempo e acelerar a produção do gás, acrescentou.

“Com a quantidade de gás existente em Moçambique, o país, automaticamente, se posiciona como uma alternativa para suprir a necessidade existente atualmente e quanto mais rápido o país conseguir colocar o seu gás no mercado, maior será a possibilidade de tirar vantagens da atual crise provocada pelo conflito Rússia-Ucrânia”, destacou.

 Na última semana, o embaixador cessante da União Europeia (UE) em Moçambique defendeu que o gás natural de Cabo Delgado está entre as alternativas no plano da Europa de diversificar fontes de energia face às limitações provocadas pela invasão russa da Ucrânia.

“O gás de Moçambique, com a presença de grandes companhias multinacionais europeias, tem agora um valor ainda mais importante e estratégico”, declarou Sánchez-Benedito Gaspar, em entrevista à Lusa em Maputo.

Segundo o diplomata, com a invasão russa da Ucrânia, a Europa chegou à conclusão de que “não pode confiar no parceiro antigo [a Rússia, entre os maiores exportadores de gás no mundo], que é autoritário e usa o gás como instrumento de guerra”, estando a envidar esforços para garantir fontes alternativas.

“Temos adotado uma nova estratégia na Europa, designada “RePower EU”, que tem vários elementos […] No que diz respeito ao gás, que é considerado uma energia de transição, estamos a procurar fornecedores alternativos […] Moçambique está entre as alternativas”, frisou Sánchez-Benedito Gaspar.

Embora o gás dos três projetos até agora aprovados já tenha destino, Moçambique dispõe de reservas comprovadas de mais de 180 triliões de pés cúbicos, segundo dados do Ministério dos Recursos Minerais e Energia. ANG/Inforpress/Lusa

 

Saúde/Ministro declara que Centro de Hemodiálese não pode estar no Hospital Simão Mendes

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) – O ministro da Saúde Pública afirmou que o futuro Centro de Hemodiálese não pode estar num hospital como o Simão Mendes, devido à riscos de infeção que acarreta.

Dionicio Cumba  falava hoje em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as expectativas de o país dispor de um Centro de Hemodiálese, há muito aguardado.

"A ideia que temos é que o futuro Centro de Hemodiálise não pode estar dentro de um hospital como o Hospital Nacional Simão Mendes, porque o risco de infeção que um paciente de hemodiálese vai ter no espaço onde circula é muito alto”, disse.

O  que se pode fazer, segundo Cumba,  no hospital Simão Mendes e nos seus potenciais serviços, onde haja  doentes com insuficiencia renal aguda, é arranjar  uma sala com camas que têm cadeiras de hemodiálise, nomeadamente nos Serviços de Urgência,  de Cirurgia, Medicina Interna e outros.

O governante disse que o Centro tem que estar fora do Simão Mendes com estrutura própria e construido de raiz. “E ao lado do centro, ter  uma residência para os doentes que saiem de regiões do interior dso país, em estado agúdo e que não têm família em Bissau para fazerem seus percursos de hemodiálise”, acrescentou.

Dionísio Cumba sublinhou que o resultado final da Hemodiálese leva ao transplante de rins , o que, segundo as suas palavras,  a Guiné-Bissau está longe de chegar, porque exige um conjunto de intervenções  que têm que ser feitas antes do processo de transplante, sobretudo no que toca com o cadáver ou as pessoas em vida, onde a mãe pode dar para filho ou vice versa, caso são compatíveis.

Cumba disse que o projeto vai levar ainda um pouco de tempo para se concretizar, porque tem que ser criadas as condições básicas em termos logistícas e de  infraestruturas.

Para o funcionamento do Centro propriamente dito, Dionísio Cumba realçou que tudo vai depender de financiamento, frisando   que, em termos de formação dos técnicos, não deve haver grandes problemas  e diz  que pode durar  cinco ou seis meses, para formar os enfermeiros que vão trabalhar no Centro de Hemodiálise, e para médico nefrologista, um ano.

"Durante o encontro que vamos ter com a missão da Agência de Cooperação Brasileira, cuja chegada está prevista para 01 de Agosto, vamos perceber  a disponibilidade do Brasil, em termos de financiamento do Centro  e apartir daí poderemos ver  qual será  a dimensão do Centro e se o financiamento vai nos permitir tê-lo”, explicou.

Segundo o  ministro da Saúde  já foi identificado um  espaço, em Antula, para construção de raiz do referido Centro.

 “O importante neste momento é prevenir-se de todos os factores de risco que levam a insuficiência renal, a hipertensão, diabetes e outras, que nos últimos tempos aumentaram muito no país”, disse Dionísio Cumba em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG). ANG/MI/ÂC//SG

     Rússia/MNE  destaca papel crescente de África na política externa

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) - O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje, terça-feira, durante uma visita ao Uganda, que o papel de África na política externa russa está a aumentar, enquanto os contactos com o ocidente estão a diminuir.

"O papel do continente africano na nossa política externa irá aumentar e aumentará significativamente. Isto irá acontecer independentemente do que acontecer nas relações com o ocidente", disse Lavrov, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente ugandês, Yoweri Museveni.

O chefe da diplomacia russa, que chegou ao Uganda vindo da República do Congo, foi citado pela RIA Novosti como afirmando que o papel de África está a crescer devido aos interesses da Rússia a longo prazo, e não a curto prazo, na região.

O Presidente russo, Vladimir Putin, salientou também o aumento dos contactos russos com países africanos nos últimos meses, o que levou a um aumento de 34% no comércio bilateral com o continente.

"Estamos numa nova fase de desenvolvimento e atribuímos grande importância às nossas relações com os países africanos", disse o chefe do Kremlin.

O chefe de Estado senegalês e actual presidente da União Africana (UA), Macky Sall, apelou no mês passado aos países ocidentais para que levantassem as sanções que impedem a exportação de trigo e fertilizantes russos, após um encontro com Putin para abordar os efeitos sobre África da guerra da Rússia na Ucrânia.

Na semana passada, a UA saudou o acordo assinado pela Rússia e pela Ucrânia para permitir a exportação de cereais ucranianos dos portos do Mar Negro e apelou novamente a um "cessar-fogo imediato". ANG/Angop

 

Saúde/”O projecto de implementação do Centro de Hemodiálise ainda se encontra na fase de elaboração”, diz  ministro da Saúde   

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) – O ministro da Saúde Pública afirmou que ainda não existe a data para o arranque do Centro de hemodiálise no país, porque o respetivo projeto ainda está na  fase de elaboração.

Dionisio Cumba falava em entrevista à ANG sobre as expectativas de se  inaugurar um centro de hemodiálise, que muita falta faz ao país, e diz  que o referido projeto é muito grande pelo que precisa ser pensado “muito bem” para ter sustentabilidade.

"Se não for bem pensado pode se repetir o  ocorrido em 2014, em que foram arranjadas  máquínas e colocadas no hospital Simão Mendes mas o projeto não arrancou, e todos os materiais foram deitados no lixo porque eram todos de plástico”, sustentou  o governante.

Dionísio Cumba disse que o hemodiálise é uma das preocupações  do  Presidente da República ,que na visita  ao Brasil recebeu  a promessa do seu homólogo brasileiro, no sentido de apoiar para que exista um Centro de hemodiálise no país.

Disse que estão a trabalhar  para que o projeto de  criação de um centro para o efeito seja uma realidade.

Revelou que, de momento, já receberam três propostas de parceiros  interessados em apoiar, nomeadamente do Irão, Portugal e do próprio Brasil, e cujo os dossiês estão sendo tratados através de canais diplomáticos.

Segundo Dionísio Cumba,    uma missão da Agência de Cooperação Brasileira deve estar em Bissau de 01 à 05 de  Agosto  para analisar com as autoridades sanitárias aspetos técnicos   necessários para o avanço do projeto.

Para aquele reasponsável,  hemodiálise não é só pôr uma maquína, liga-lá ao doente e filtrar seu sangue. Disse que exige  um conjunto de situações que começa com formação de quadros, nefrologistas, enfermeiros, higienistas, técnicos de laboratório,  um conjunto de profissionais para trabalhar a volta da hemodiálese.

"Tem que ser construida uma estrutura para poder albergar as pessoas não só  de internamento mas também de alojamento porque vai ter pacientes vindos de diferentes zonas e que precisarão  de um lugar para ficar, e no leque dos profissionais têm que ter  médicos cirurgiões, porque os doentes de hemodiálise precisam sempre ser canalizado através da veia”, disse.

Acrescentou que vai ser preciso  ter  cirurgiões capazes de fazer operações de fístulas que vai durar mais tempo.

Dionicio Cumba salientou que, em termos de infra-estrutura, tem que haver um espaço para internamento e alojamento durante o período em que o paciente vai ficar para tratamento, acrescentando que os pacientes de himodiálise são de natureza carrenciados que precisam ter bons logistícas para não faltar o tratamento.

Cumba disse que as pessoas com problema de hemodiálise também precisam do suporte de alimentação e que devem evitar qualquer ambiente onde há risco de infeção.

Por outro lado, sustenta que deve haver equipamentos de ponta nos seus tratamentos para não criar problemas durante o período de hemodiálise.

“O Centro de Hemodiálise deve ter equipamentos fáceis  de utilizar e de limpar e também ter um laboratório de análise clínica que vai permitir com que qualquer situação de febre do paciente, que  seja detetado de imediato”, afirmou.

O ministro da Saúde disse que, em todo este aspetos existem  componentes importante que é ter materiais sempre disponíveis e criar um circuito de fornecimento contínuo, onde não pode faltar isto mais aquilo ou seja fazer tudo funcuionar.

A Guiné-Bissau não dispõe de nenhum centro de hemodiálise pelo que os pacientes com necessidades relacionadas, se puderem recorrem ao estrangeiro para tratamento.ANG/MI/ÂC//SG

     EUA/FMI mantém crescimento de 3,8% em África este ano e 4% em 2023

 Bissau, 26 Jul 22(ANG) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve hoje a previsão de crescimento para a África subsaariana nos 3,8% este ano e 4% em 2023, salientando que as perspetivas por país mantêm-se “inalteradas ou positivas”.

“As perspectivas de evolução dos países no Médio Oriente e Ásia Central e na África subsaariana continuam, em média, inalteradas ou positivas, refletindo os efeitos dos elevados preços dos combustíveis fósseis e dos metais para alguns países exportadores de matérias-primas”, lê-se na atualização do relatório sobre as Perspectivas Económicas Mundiais, hoje divulgado em Washington.

Para as duas maiores economias da África subsaariana, a Nigéria e a África do Sul, o FMI mantém o crescimento da Nigéria em 3,4% este ano e sobe uma décima na estimativa de expansão económica no próximo ano, agora de 3,2%, ao passo que para a África do Sul, a previsão melhora de 1,9% para 2,3% este ano e mantém nos 1,4% para 2023.

Numa actualização muito dominada pelos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia, o FMI alerta que “os países de baixo rendimento, cujas populações já estavam a passar por uma grave má nutrição e mortalidade em excesso antes da guerra, especialmente na África subsaariana, tiveram um impacto particularmente severo”.

Na altura da divulgação das Perspectivas para a África subsaariana, no final de Abril, o conselheiro do Departamento Africano do FMI Alex Segura disse, em entrevista à Lusa, que o impacto da guerra na Ucrânia era “muito negativo e muito grave em África”, devido às vulnerabilidades já existentes.

“O impacto em África da guerra na Ucrânia é muito negativo, é muito grave, porque os países de baixo rendimento já tinham mecanismos mais limitados para lutar contra a pandemia de covid-19, e tiveram um choque importante, com mecanismos muito menos desenvolvidos do que os países avançados para gerir a pandemia”.

Agora, continuou o conselheiro do departamento africano, “chegam numa situação de grande vulnerabilidade, e a preocupação principal do FMI é o aumento dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares”, algo que se veio a verificar de forma muito significativa desde então.

A Ucrânia e a Rússia são dois dos principais produtores de cereais, nomeadamente trigo, que é a base da alimentação em vários países africanos, nomeadamente do norte do continente. ANG/Inforpress/Lusa

 


Desporto-futebol/
Benelívio Insali nega que tenha assaltado à direção dos Balantas de Mansôa para exercer funções de administrador do clube

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) – O comentarista desportivo Benelívio Cabral Nancassa Insali negou que tenha usurpado poderes da direção do Clube de Futebol “Os Balantas de Mansôa”para exercer funções de administrador interino, contrariando as acusações que lhe foram feitas por elementos dessa direção, que alegadamente se demitira em bloco.

Em conferência de imprensa realizada no último fim de semana, em Mansôa, Nancassa Insali  apresentou  documentos que diz serem comprovativos do acordo de demissão em bloco dessa direção, assinado por todos os seus elementos e por Pierre Gomis Mendy, que, em consequência dessa demissão , passou a exercer as funções de administrador interino dos “Balantas de Mansôa”.

Nancassa diz que, por solicitação de Mendy, emigrante em França, assumiu as funções interinas de administrador do clube em representação deste.

A Direção   dos CF Os Balantas de Mansôa promoveu recentemente uma conferência de imprensa, na qual, Mussa Sani acusou o comentarista desportivo Benelívio Cabral Nancassa Insali de ter usurpado os poderes da  direção do clube, exercendo funções diretivas sem que haja um acordo para o efeito.

“Fui solicitado por um dos membros da direção cessante para assumir  o clube, que na altura vinha de maus resultados na  presente época desportiva, vencida pelo Sport Bissau e Benfica. Na altura Os Balantas se encontrava na última posição da tabela classificativa da Guiness Liga, com apenas 11 pontos. Por minha vez, recusei a proposta, informando que tenho outras prioridades”, explicou Nancassa.

Segundo o comentador, o emigrante, em França, Pierre Gomis Mendy  que diz ser seu  amigo pessoal, foi quem lhe convenceu  a assumir, interinamente, a administração do clube, em sua representação, depois que a direção do clube se demitira em bloco, na sequência de um acordo, devido aos maus resultados na Guiness Liga.

 E  para isso acontecer,Benelívio disse que a direção cessante produziu um documento de demissão em bloco, assinado por todos os seus membros.

Aquele responsável acrescentou que Pierre Mendy assumiu interinamente a administração do clube, e que  ele, Benelívio, por este se encontrar no estrangeiros, assumiu a representação de Mendy perante associados do Clube nortenho e com alguns filhos de Mansôa trabalhafram para evitar a descida de divisão do clube.

“Juntos com alguns filhos de Mansôa e graças ao esforço imprimido pela actual administração, a equipa ergueu-se e terminou a época na sexta posição, com 43 pontos na tabela classificativa”, disse Benelívio Nancassa.

O analista desportivo, mostrou-se ainda endignado com as acusações feitas pela direção cessante, sequndo as quais  pretende entregar a equipa à um estrangeiro , o que os estatutos dos Balantas não admite.

Para ele, as acusações feitas contra a sua pessoa, não passam de manobras da direção cessante do clube  para convencer os filhos do setor de Mansoa e os associados .

 Nancassa contra-ataca acusando a  direcção cessante de estar a procura, por todos os mecanismos, impedir que Pierre Mendy assuma a presiência do clube e exerça um mandato de quatro anos..ANG/LLA/ÂC//SG

 

 

 

 

 

Burquina Faso/Ex-PR Blaise Compaoré "pede perdão" à família de Thomas Sankara

Bissau, 26 Jul 22 (ANG) - O ex-presidente do Burkina Faso Blaise Compaoré, julgado à revelia e condenado a prisão perpétua pelo assassínio em 1987 do seu antecessor, Thomas Sankara, "pediu perdão" à família deste, numa mensagem divulgada hoje, terça-feira.

"Peço desculpas ao povo de Burkina Faso por todos os actos que possa ter cometido d
urante o meu magistério e mais particularmente à família do meu irmão e amigo Thomas Sankara", lê-se na mensagem lida pelo porta-voz do governo burquinabe, Lionel Bilgo.

"Assumo e lamento do fundo do meu coração todo o sofrimento e drama vivido por todas as vítimas durante os meus mandatos à frente do país e peço às suas famílias que me concedam o seu perdão", prossegue a mensagem.

Blaise Compaoré, de 71 anos, chegou ao poder em 1987 após um golpe que custou a vida do então Presidente Thomas Sankara.

Em Abril passado, Compaoré foi julgado e condenado à revelia a prisão perpétua pelo papel que desempenhou no assassínio de Sankara.

Forçado pelos protestos populares a fugir do país em 2014, vive desde então na Côte d’Ivoire, mas foi autorizado a regressar brevemente por alguns dias ao país no início de Julho, sem ser detido.

O breve regresso ao país foi feito a convite do tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, actual Presidente de transição que chegou ao poder num golpe de Estado em Janeiro, com o objectivo de "selar a reconciliação nacional" perante os ataques fundamentalistas islâmicos que atingem o país.

Depois de conhecer o novo homem forte do país, Compaoré deu sinais de aproximação.

Expressando a "sua profunda gratidão" às autoridades de transição, ele pediu na sua mensagem aos burquinabes "uma união sagrada, tolerância, contenção, mas acima de tudo perdão, para que os interesses superiores da Nação prevaleçam".

A sua visita em Julho desencadeou uma enxurrada de críticas de políticos e da sociedade civil, que achavam que a reconciliação não deveria ser sinónimo de impunidade. ANG/Angop