segunda-feira, 26 de agosto de 2024

  Nigéria/Pelo menos 100 mortos incluindo civis num ataque terrorista

Bissau, 26 Ago 24 (ANG) - Pelo menos 100 pessoas, incluindo civis e militares, foram mortos num ataque de terroristas ligados à Al-Qaeda a uma aldeia no centro do Burkina Faso, no sábado, de acordo com vídeos analisados por um especialista regional.

Segundo este especialista o ataque foi um dos mais mortíferos deste ano naquela nação da África Ocidental, devastada por conflitos entre grupos terroristas.

Civis na localidade de Barsalogho, a 80 quilómetros da capital, estavam a ajudar as forças de segurança a escavar trincheiras para proteger os postos de segurança e as aldeias, no sábado, quando os combatentes de um grupo ligado à Al-Qaida invadiram a área e abriram fogo, descreveu Wassim Nasr, um especialista do Sahel e investigador sénior do Centro Soufan de reflexão sobre segurança.

A Al-Qaida reivindicou a responsabilidade pelo ataque no domingo, afirmando num comunicado que obteve o “controlo total sobre uma posição da milícia” em Barsalogho, região de Kaya, uma cidade estratégica que as forças de segurança têm usado para combater os terroristas que, ao longo dos anos, têm tentado aproximar-se da capital do país, Ouagadougou.

Pelo menos 100 corpos foram contados nos vídeos analisados do ataque, adiantou Nasr.

A agência de notícias Associated Press, que divulga esta informação, disse que não conseguiu confirmar os dados de forma independente, mas analisou vídeos que pareciam ser do local do ataque, mostrando corpos empilhados ao lado das trincheiras.

O ministro da segurança do Burkina Faso, Mahamadou Sana, disse numa emissão da televisão estatal, no domingo, que o governo respondeu ao ataque, confirmando que entre os mortos encontram-se militares e civis, sem indicar o número exato de vítimas.

Cerca de metade do território do Burkina Faso está fora do controlo do governo, uma vez que o país tem sido devastado por crescentes ataques terroristas, de grupos ligados à Al-Qaeda e ao grupo extremista Estado Islâmico, que já mataram milhares de pessoas e fizera deslocar mais de dois milhões, numa das crises mais negligenciadas do mundo.

A violência contribuiu para dois golpes de Estado em 2022. A junta militar no poder no país, que prometeu pôr fim aos ataques, tem tido dificuldade em fazê-lo, mesmo depois de procurar novas parcerias de segurança com a Rússia e outros países da região do Sahel em África, também liderados por juntas militares e atingidos por conflitos. ANG/Lusa

 

 Palestina/Hamas responde a ministro israelita e pede escalada de violência

Bissau, 26 Ago 24 (ANG) – O Hamas pediu hoje aos palestinianos da Cisjordânia ocupada para aumentarem a violência contra os israelitas em resposta às declarações do ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, que sugeriu construir uma sinagoga na Esplanada das Mesquitas.

“O que o ministro terrorista Ben Gvir revelou esta manhã sobre a sua intenção de construir uma sinagoga judaica na mesquita sagrada de Al Aqsa representa um anúncio perigoso”, disse o movimento islamita Hamas, num comunicado.

Questionado durante uma entrevista à rádio do Exército, Ben Gvir respondeu afirmativamente sobre se permitiria a existência de uma sinagoga na Esplanada – local conhecido como Monte do Templo entre os judeus, que alberga a mesquita de Al Aqsa e é o terceiro sítio mais sagrado do Islão, depois de Meca e Medina.

“Apelamos ao nosso povo na Cisjordânia e no interior ocupado [território israelita] para que se mobilize e marche pelos pátios de Al Aqsa e confronte os planos da ocupação”, ripostou hoje o Hamas.

O movimento islamita ainda encorajou a “corajosa resistência e a juventude revolucionária” a escalar a violência contra “o inimigo criminoso e os bandos de colonos”.

O Hamas acrescentou que as políticas israelitas - a que atribuem a culpa pela ocupação da Cisjordânia, que é ilegal segundo o Tribunal Internacional de Justiça, ou pelas visitas regulares de judeus e colonos à Esplanada das Mesquitas - apenas "adicionam mais combustível ao fogo".

Hoje, o ministro da Segurança Nacional israelita, Itamar Ben Gvir, voltou a defender o direito dos judeus de rezarem no Monte do Templo, em Jerusalém.

“As políticas no Monte do Templo permitem orações, ponto final”, disse Ben Gvir durante uma entrevista à rádio do Exército.

Esta foi pelo menos a quarta vez que o polémico ministro, um radical anti-árabe, insiste que os fiéis judeus podem ir ao Monte do Templo, também conhecido como Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão, apesar de a tradição que vigora desde 1967 (quando Israel ocupou Jerusalém Oriental) estabelecer que o local é reservado ao culto dos muçulmanos.

Em resposta, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusou Gvir de estar a colocar em risco a segurança nacional e o ministro do Interior, Moshe Arbel, pediu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que o demitisse.

A Autoridade Nacional Palestiniana - que governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada - condenou também as declarações do ministro da Segurança Nacional, garantindo que o apelo de Ben Gvir para danificar a mesquita de Al Aqsa (pela sua sugestão de construir ali uma sinagoga) foi é uma tentativa de “arrastar a região para uma guerra religiosa que queimará toda a gente”, de acordo com uma declaração do porta-voz presidencial Nabil Abu Rudeineh, referida pela agência de notícias oficial palestiniana, Wafa.

O gabinete de Netanyahu esclareceu, embora não tenha mencionado Ben Gvir, que “não há alterações no que diz respeito à posição do Governo sobre a Esplanada das Mesquitas. ANG/Lusa

 

RDC/Combates retomam no leste  apesar de trégua assinada sob impulso de Luanda

Bissau, 26 Ago 24 (ANG) - Após três semanas de relativa acalmia, recomeçaram no domingo os combates entre o exército congolês e os rebeldes do M23 na zona densamente povoada de Lubero, no norte Kivu, no leste da República Democrática do Congo, de acordo com informações confirmadas tanto pelas forças congolesas como pelos rebeldes.


O exército da RDC informou que combates com armas pesadas e tiros de armas ligeiras foram registados neste domingo em Kikuvo, no eixo Matembe - Kirumba, a uma centena de quilómetros de Goma, capital do Norte Kivu, entre as suas forças e os rebeldes do M23 que Kinshasa acusa de ser apoiados pelo Ruanda. Um porta-voz dos M23 confirmou a ocorrência desses combates, referindo que as forças governamentais atacaram várias posições rebeldes nessa zona no início da manhã de domingo.

Segundo relatos de moradores, os confrontos no território de Lubero provocaram uma forte tensão na cidade de Kirumba, pulmão económico da zona, que juntamente com a localidade vizinha de Kanyabayonga tem estado sob controlo dos rebeldes M23 desde Junho.

É desconhecido para já o desfecho destes combates que acontecem depois de três semanas de acalmia subsequente à entrada em vigor no passado dia 4 de Agosto de um acordo de cessar-fogo entre a RDC e o Ruanda acusado de participar na desestabilização do seu vizinho. Fontes próximas dos M23 referem que o movimento rebelde não se considera vinculado pela trégua, dado que não esteve envolvido nas negociações mediadas nestes últimos meses por Angola.

Na semana passada, representantes do Ruanda e da RDC participaram numa reunião em Luanda para consolidar o processo de paz, tendo sido marcado um encontro de peritos esta semana antes de uma nova cimeira ministerial sob a égide do Presidente João Lourenço a 9 e 10 de Setembro.

Recorde-se que segundo estimativas das Nações Unidas, para além das suas inúmeras vítimas mortais, os combates vigentes no leste do território congolês já provocaram mais de 1,7 milhões de deslocados, elevando para mais de 7 milhões o número total de deslocados devido aos múltiplos focos de instabilidade que têm abalado esse território nestes últimos anos. ANG/RFI

Moçambique/Segurança, saúde e educação em destaque na campanha eleitoral

Bissau, 26 Ago 24 (ANG) – Criar condições para a melhorar a segurança, o atendimento hospitalar ou ainda rentabilizar os fundos dos recursos naturais para desenvolver áreas chave como a educação são algumas das promessas feitas no arranque da campanha para as eleições gerais de 9 de Outubro.


Concorrem à sucessão de Filipe Nyusi na presidência de Moçambique, Daniel Chapo pela Frelimo, Lutero Simango pelo MDM, Venâncio Mondlane suportado pela Podemos e ainda Ossufo Momade, da Renamo.

Foram promessas e mais promessas ouvidas no arranque da campanha eleitoral deste sábado, 24 de Agosto, rumo às eleições gerais de 7 de Outubro.

Daniel Chapo da Frelimo deu o pontapé de saída na cidade da Beira e deixou claro que a paz é a sua prioridade.

“Sem paz e sem segurança não há desenvolvimento. Como eu disse, aqui, temos os nossos irmãos que estão a sofrer de ataques terroristas em Cabo Delgado”, disse.

Foi também na cidade da Beira, onde o candidato presidencial do MDM, Lutero Simango, fez um discurso virado para a saúde e melhoria do atendimento nos hospitais públicos.

Simango criticou que  ogoverno só contrata 25 médicos por ano, e diz que vão  contratar 100 médicos por ano. “Vamos criar condições que tenhamos uma indústria de produção do soro fisiológico”, prometeu.

Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo Podemos, abriu a sua campanha na Matola, com a promessa de resgatar a moçambicanidade do povo.

“É bom aqueles que durante 50 anos olharam para o país como se fosse a loja da sua família, saber que este ano 2024 acabou”, disse.

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, esteve ausente, mas foi representado na abertura da campanha na Zambézia pela secretaria-geral, Clementina Bomba, fez promessas caso vençam as eleições.

“Rentabilizar os recursos para que possamos suportar as áreas chave. Estou a falar da educação, estou a falar da saúde e estou a falar da defesa e segurança”, disse .

A campanha eleitoral iniciada no Sábado vai durar 45 dias. As eleições gerais estão marcadas para  9 de Outubro. ANG/RFI

Política/PAIGC considera Acordo de Árgel de maior vitória diplomática após assassinio de  Amílcar Cabral

Bissau 26 Ago (ANG) – O membro do Bureu Político do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), considerou domingo que o Acordo de Árgel foi a maior vitória diplomática do seu partido depois do assassínio de Amílcar Cabral, ocorrido a 20 de Janeiro de 1973, na Guiné-Conacri.

Iancuba Djola Indjai falava à margem da palestra alusiva as comemorações dos 50 anos do Acordo de Árgel, tendo recordado que no dia 26 de Agosto de 1974, o PAIGC, através de uma delegação, assinou com o governo português um documento denominado de “Acordo de Árgel”, em que o governo de Portugal reconhece não só  a independência da Guiné-Bissau, mas também o direito de outros países africanos de língua oficial portuguesa se tornarem livres.

“Estamos a recordar esse dia devido a sua grande importância, não só para o PAIGC mas também para todos os guineenses. E um dos assinantes daquele acordo ainda está entre nós, na pessoa do Comandante Lúcio Soares,  na altura  Membro do Comité Executivo da Luta, e do comandante Pedro Pires, ex-Presidente de Cabo-Verde, que chefiou a delegação do partido a Argélia”,explicou.

Injai salientou que eventos como esse, são para fazer com que os mais novos possam conhecer a história do país e seus atores, frisando que os combatentes guineenses fizeram uma das mais brilhantes lutas da libertação nacional, em África .

Para o político, o evento ganha maior relevância por coincidir com o momento  em que a Guiné-Bissau,  Cabo-Verde, África e o mundo  preparam para celebrar os 100 anos de Amilcar Cabral, em Setembro.

Iancuba Indjai garante que apesar de limitações, o centenário de Amilcar Cabral vai ser ecelebrado no dia 12 de Setembro, em Bafatá terá natal de Cabral, tendo lamentado que apesar da independência ainda há muito que fazer em termos da concretização dos ideais de Cabral , que é desenvolver a Guiné-Bissau.

A pelestra foi organizada pela Escola de Formação Política e ideológica Amilcar Lopes Cabral e a Comissão Executiva da Comemoração do Centenário de Amilcar Cabral, do PAIGC.ANG/MSC/ÂC//SG

Justiça/Tribunal invalida resoluções  dos dois congressos do PRS e reconhece a direção interina anteriormente liderada por Fernando Dias

Bissau,26 Ago 24(ANG) - O Tribunal Regional de Bissau invalidou as resoluções dos dois congressos do Partido da Renovação Social e reconhece a direção interina do partido que estava a ser liderado  por Fernando Dias da Costa.

A instância judicial   ordenou que as partes: Fernando Dias da Costa e seu grupo e Felix Nandunguê  e seu grupo, se abstessem de interferir na organização das estruturas de base do partido, e que todos atos políticos sejam realizados pelas estruturas existentes antes da realização dos dois congressos extraordinários.

As partes reaalizaram congressos antagónicos em 28 e 29 de Julho passado em que no primeiro Fernando Dias da Costa foi legitimado na qualidade de  presidente do partido e no segundo, os inconformados com aa liderança de Dias elegeram  Félix Nandunguê como novo presidente do PRS, para um mandato de quatro anos.

“(…) Doravante, Estatutos, que são órgãos do partido, o Congresso Nacional, o Conselho Nacional, a Comissão Politica Nacional, a Comissão Permanente Nacional, o Presidente do Partido, o Conselho de Jurisdição Nacional, a Comissão Nacional da Fiscalização Económica e Financeira, o Secretário-geral e o Secretário-geral Adjunto, sendo apenas estes que podem exteriorizar a vontade do PRS enquanto pessoa colectiva de direito privado”, lê-se no despacho do juíz,Upa Patrão da Costa, de 23 de Agosto, sobre o requerimento de Providência Cautelar interposta por Fernando Dias contra a realização do congresso extraoridinário pelos dirigentes inconformados,a 29 de Julho,cujos os factos alegados por Fernando Dias, segundo o tribunal, foram provados.

O tribunal indica que a criação da autodenominada "Comissão Ad Hoc para a gestão Transitória do PRS" não encontra arrimo legal nem nos estatutos do PRS e, muito menos em alguma lei aplicável, carecendo assim da legitimidade estatutária para exteriorizar a vontade dos órgãos do PRS e de vinculá-lo externamente; Ademais, a autodenominada [Comissão Ad Hoc para a Gestão Transitória do PRS], nem se quer se trata de uma estrutura criada por algum órgão do partido, pelo que, ao convocar o Conselho Nacional estava a usurpar as competências do presidente do partido consagradas na alínea f) do n°1 do art.37° dos estatutos.

O juiz acresceta que  “o suposto Conselho Nacional convocado pela autodenominada Comissão Ad Hoc para a gestão Transitória do PRS, ao marcar a data da realização do alegado 1º Congresso Extraordinário para o dia 29 de junho de 2024, violou o disposto no art. 21° dos estatutos do partido.

Assim sendo, o Juiz determina  que “ficam desde já advertidos que em caso de incumprimento do presente despacho, os responsáveis incorrerão no crime de desobediência previsto e punido no artigo 239. do Código Penal”. ANG/AC//SG

Política/Comissão Permanente do PAIGC acusa Chefe de Estado de “interferência abusiva” nos assuntos internos de partidos políticos

Bissau, 26 Ago 24(ANG) – A  Comissão Permanente(CP) do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusou o  chefe de Estado de “interferência abusiva” nos assuntos internos de partidos políticos, promovendo “a divisão, e manipulação dos tribunais” para alcançar os seus fins.

A acusação dos Libertadores vem expressa na resolução da Comissão Permanente, reunida no dia  23 de Agosto/2024, sob a presidência do seu Vice-presidente Califa Seidi.

De acordo com esse documento enviado à ANG , a reunião da CP do PAIGC tinha dois pontos, sendo o primeiro a análise da situação política nacional e a segunda ,discussão e aprovação do calendário político do “Setembro Vitorioso”.

Este órgão do  PAIGC denuncia ainda o que o partido considera de  “persistente violação dos direitos fundamentais dos cidadãos, nomeadamente as liberdades de manifestação e de imprensa, bem como agressões gratuitas e vergonhosas contra profissionais da comunicação social”.

A Comissão Permanente  ainda manifestou solidariedade para com  o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento para Alternância Democrática(MADEM G-15) e suas “direções legítimas”, lideradas, respectivamente, por Fernando Dias da Costa e Braima Camará, que diz serem vítimas das “investidas de Umaro Sissoco Embaló para desestabilizar e dividir as suas formações políticas”.

Apelou aos militantes e dirigemtes do PAIGC a manterem-se coesos e vigilantes contra “quaisquer manobras e tentativas divisionistas” no seio do partido. ANG/JD/ÂC/SG

Política/Governo aprova com alterações  projeto de Orçamento da CNE para lesgislativas antecipadas de Novembro

Bissau, 26 Ago 24 (ANG) -  O Governo aprovou com alterações o Projeto de Orçamento da Comissão Nacional das Eleições (CNE) e cronograma de atividades para as eleições legislativas antecipadas de 24 de Novembro, do ano corrente.

A informação vem expressa no comunicado da primeira reunião de Conselho de Ministros realizada na sexta-feira, após a  remodelação governamental.

O Governo aprovou também o decreto que nomeia o Juíz auditor para Tribunal Regional de Bissau  e deu anuência ao ministro de Energia para assinar contrato de gestão da Central Fotovoltaica de Bolama.

No capítulo de informação gerais, a ministra da Juventude, Cultura e Desportos, Maria da Conceição Évora informou o coletivo governamental sobre os preparativos da comemoração do centenário do nascimento do Amílcar Cabral, fundador dos nacionalidades guineense e caboverrdiana. ANG/MI/ÂC//SG

sexta-feira, 23 de agosto de 2024


Comunicação Social
/ PR desmente ter dado ordem para impedir Indira Correia Baldé de cobrir atos do Governo

Bissau, 23 Ago 24 (ANG) – O Presidente da República disse que não deu ordem para impedir a jornalistas da Rádio Televisão Portuguesa (RTP-Africa) e também presidente do Sindicato de Jornalistas  e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé de cobrir atos do Governo.

O desmentido foi feito,hoje, pelo chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, à margem da cerimónia de posse de novos membros do Governo e Conselheiros, quando respondia à algumas questões colocadas pelos jornalistas.

Disse que a Indira é sua colega de bairro, estudaram juntos, mas que ela optou por fazer jornalismo político e que, mesmo assim, não tem o direito de lhe expulsar num lugar público.

“Na Presidência da República sim, mas num hotel ou num ministério não”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Indira Correia Baldé disse através de um áudio que foi quinta-feira informado por um dos assessores do Ministério da Saúde Publica de que não pode fazer a cobertura jornalística da entrega do donativo  ao Ministério doado pelo Centro de Controlo de Doenças em África (CDC-África), nem cobrir   atos do Governo .

A decisão provocou indignação na classe jornalística havendo colegas de Indira que abandonaram a cerimónia de entrega desse donativo, e o Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social já a condenou.

ANG/LPG//SG


Política
/Presidente da República confere posse a novos membros do governo  e avisa que não se trata de oportunidade para enriquecimento

Bissau, 23 Ago 24 (ANG)-  O Presidente da República conferiu hoje posse aos novos membros do Governo e aos seus Conselheiros, desejou sucessos à todos mas avisa que não se trata de oportunidade para enriquecimento.

Umaro Sissoco Embaló avisou aos empossados de que   desempenhar estas funções não é uma  oportunidade para se enriquerem, mas sim se contentarem com os seus salários.

“Até posso ficar sozinho, mas ninguém tem o direito de tomar o que é do Estado. O dia em que as eleições presidenciais forem marcadas, posso não me recandidatar-se e estou disponivel para isso. Até ao momento não pedi apoio de ninguém e nem de um partido politico para o meu  2º mandato”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Acrescentou que o único apoio que quer dos empossados é na luta para consolidação e dignificação do Estado.

Disse que ele, enquanto Presidente da República, não pode ser refém de ninguém, apenas do povo. “É evidente que não vou morrer como Presidente da República, porque um dia terei de  deixar esta função”, acrescentou..

Aconselha aos jovens  que integraram  ao Governo a não adquirirem  vícios que no futuro não vão poder sustentar.

Pediu que o Governo desse mais atenção aos  ministérios dos Combatentes da Liberdade de Pátria e da Comunicação Social.

“Florentino(novo ministro da Comunicação Social), ainda bem que vocé é jurista, o seu papel não é de fechar as estações emissoras de rádios, mas têm que ser legais ou seja devem pagar as contribuições, todas”, adevirtiu.

Ainda exortou  ao ministro da Comunicação no sentido de ajudar na organização da classe, através do Sindicato ou Ordem, porque ninguém pode pegar num simples telefone e já é considerado jornalista .

Aproveitou o momento para falar da Comissão organizadora líderada pela Ministra da Cultura, Juventude e Desportos, Maria da Conceição Évora, no sentido de trabalhar para que as comemorações do centenário de Amilcar Cabral  tenha sucesso.

Instado a falar sobre as acusações proferidas contra ele pelo Líder do MADEM-G15 Braima Camará, segundo as quais o chefe de Estado interfere no poder judicial, disse que não imiscuiu na justiça.

Umaro Sissoco Embaló diz que  não vai responder as acusações que o “ seu irmão” Braima Camará tem vindo a fazer contra a sua pessoa enquanto Presidente da Rpública.

“Se Braima Camará tem capital política de que se fala, MADEM-G15 seria o vencedor das eleições legislativas de  04 de Junho passado”, disse.

No âmbito de uma remodelação governamental tornado público em decreto presidencial na terça-feira foram nomeados as seguints personalidades:

Aristides Ocante da Silva – ministro da Administração Territorial e Poder Local, Dionísio Cabi ministro da Defesa Nacional e José Carlos Varela Casimiro ministro da Energia.

Florentino Fernando Dias ministro da Comunicação Social, Marciano Silva Barbeiro ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital, Mônica Buaro da Costa ministra da Administração Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social,

Pedro Tipote ministro da Saúde Pública, Aly Hijazy ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, José Carlos Esteves ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo e Maria da Conceição Évora ministra da Cultura, Juventude e Desportos.

Abás Embalo secretário de Estado do Plano e Integração Regional, Nelson Moreira secretário de Estado das Comunidades, Fatumata Jau secretária de Estado da Cooperação Internacional, Lesmes Mutna Freire Monteiro secretário de Estado da Juventude.

Maimuna Baldé secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Fernando Henrique Vaz Mendes secretário de Estado da Reforma Administrativa e Nancy Raisa da Silva Alves Cardoso secretária de Estado da Cultura.

Não foram abrangidos por esta remodelação os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, do Interior e Ordem Pública, das Finanças, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, das Pescas, dos Recursos Naturais, da Justiça e Direitos Humanos, da Educação, Ensino Superior e Investigação Científica, do Comércio e Indústria, do Turismo e Artesanato, da Economia, Plano e Integração Regional, da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, e do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática.

ANG/LPG//SG

Comunicação Social/ Sinjotecs condena impedimento à  Indira Correia Baldé  de fazer cobertura  à atos do Governo

Bissau, 23 Ago 24 (ANG) -  O Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs) condenou a decisão de impedir que a jornalista Indira Correia Baldé, da  Rádio Televisão Portuguesa (RTP/África)  e igualmente presidente do Sinjotecs cobrisse  atos oficiais do Governo, e exige a correção imediata da medida .

Em entrevista à ANG, o  Secretário-geral do Sinjotecs,Diamantino Domingos Lopes disse que esse impedimento ao exercício da profissão  põe em causa, não só o acesso à informação, mas também à liberdade de exercício  laboral, além de pôr em causa o próprio profissionalismo da pessoa que  ao longo do tempo exerceu com muito zelo.

Sublinhou que tudo o que foi feito contra Indira ou Sinjotecs tem muito a ver com a limitação da liberdade de imprensa e institucional.

Aquele responsável apelou a  classe profissional para unir forças, e diz que  só assim se poderá tornar digna a  profissão, e exige mais respeito aos profissionais da imprensa.

"Tendo a classe tão dividida, onde cada um está a remar para seu lado, fica muito difícil corrigir certas situações , portanto é o que tem estado a faltar a nível da classe. É compreensível, porque estamos num estado de dividir para reinar, a classe jornalística não foge à esta situação. Mas, compreendendo a situação e sabendo que é esta  a estratégia, temos toda a lógica para a contrariarmos," disse Diamantino Lopes.

A jornalista da RTP/África, por razões não conhecidas, foi impedida quinta-feira de assistir à uma cerimónia de entrega de donativos ao Ministério da Saúde Pública,num hotel ,em Bissau. A pessoa que a comunicara a decisão de impedimento se limitou a dizer que foi uma “Ordem Suerior”.ANG/MI//SG 

Política/“Guiné-Bissau não admite as desconsiderações do atual Presidente da FRETILIN Mari  Alkatiri”, diz Conselheiro Politico do Presidente  da República

Bissau, 23 Ago 24 (ANG) –  O Conselheiro político e diplomático do Presidente da República disse que a  Guiné-Bissau não precisa dos elogios de Mari Alkatiri mas  também não vai admitir as desconsiderações  proferidas pelo atual presidente da FRETILIN.

Fernando Delfim da Silva reagia hoje, em nota, às declaarações proferidas por Mari Alkatiri, numa entrevista a Agência Lusa, segundo as quais a Guiné-Bissau não tem condições para presidir e nem para acolher uma Cimeira da CPLP, devido as instabilidades política.

Delfim da Silva qualificou as declarações de Alkatiri de uma “grande asneira, uma falta de bom senso”.

“Mari Alkatiri está muito velho. Ele está Senil. Já não se lembra de coisas que são importantes, para alguém que, como ele, está na política. Ouvimos e não gostamos nada daquilo que disse ”, afirmou.

Acrescentou que Mari Alkatiri, antes de dizer o que disse, devia lembrar-se do seguinte: De 2022 a 2023, a Guiné-Bissau presidiu a Comunidade Económica dos Estado da África Ocidental CEDEAO, uma importante organização regional que integra 15 Estados africanos, relevantes como, entre outros, a Nigéria e a Costa de Marfim, o Gana e o Senegal.

Sublinhou que durante a sua presidência, a Guiné-Bissau acolheu, em Bissau, a Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, um acontecimento que decorreu nos padrões de qualidade que são exigidos.

Além disso, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló preside a Aliança dos Lideres Africanos Contra a Malária. (ALMA).

Destacou que o Presidente Úmaro Sissoco Embaló recebeu, aqui em Bissau, dezenas de chefes de Estado e de Governo que, ou vieram assistir os  eventos nacionais ou vieram cumprir agendas bilaterais.

Acrecenta que de  igual modo foi recebido pelo Papa no Vaticano,  por Monarcas e Presidentes da República de muitos países.

A título de exemplo, indicou Portugal, cujo o Presidente  Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-primeiro- ministro, António Costa foram recebidos em Bissau.

O Presidente Úmaro Sissocó recebeu, em Bissau, Emmanuel MACRON, Presidente de França.

Disse que, da terra do Mari Alkatiri, a Guiné-Bissau recebeu o lider timorense Xanana Gusmão e recebeu o Presidente Ramos Horta.

O Presidente Úmaro Sissoco Embaló visitou Timor Leste, em Novembro de 2023, para assistir em Dili, como convidado de honra, às celebrações dos 48 anos passados sobre a data da Proclamação Unilateral da independencia de Timor Leste.

E nessa ocasião,  de acordo com o Conselheiro, o Presidente da Guiné-Bissau foi distinguido pelo Presidente de Timor-Leste Ramos- Horta com a mais alta condecoração do Estado timorense.

“Ainda por cima, Mari Alkatiri é um ingrato. Foi recebido e protegido aqui na Guiné-Bissau nos momentos mais difíceis da luta do povo timorense pela sua independência”, disse o Conselheiro. ANG/LPG//SG

Comércio/CCIAS e empresários da Província chinesa de Hunan assinam acordo para compra e transformação da  castanha de caju

Bissau, 23 Ago 24(ANG) – A Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau(CCIAS) e o grupo de empresários da Província chinesa de Hunan, assinaram hoje um acordo visando a compra e tranformação da castanha de caju da Guiné-Bissau.

O  acordo que vai entrar em vigor a partir do próximo ano, visa,na primeira fase, a exportação para a Província chinesa de Hunan de 50 mil toneladas de castanha proveniente da Guiné-Bissau.

A segunda fase do acordo contempla a instalação de várias unidades de transformação de castanha no país e a doação de um valor de 20 milhões de francos CFA à Guiné-Bissau, para a construção de centrais de energia renováveis.

Em declarações à imprensa após a assinatura do acordo, o Presidente da CCIAS, Mama Samba Embaló disse que  este acordo é o  resultado da visita oficial que o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló efectuou a China em meados de Julho passado.

Aquele responsável salientou que foi no quadro  desta visita presidencial que a CCIAS e empresários chineses começaram a entabular contactos, inclusive visitas à diferentes cidades da China em que as potencialidades da Guiné-Bissau, em termos de produção da castanha  foram apresentadas aos parceiros chineses.

Embaló destacou que  o acordo prevê a exportação  para a China de 50 mil toneladas da castanha mas que, se tudo  correr como previsto essa quantidade vai ser aumentada anualmente.

O ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas que testemunhou o acto, disse que o acordo vai trazer grandes vantagens para o país e sobretudo a fileira de de caju.

“É de conhecimento de todos que a castanha de caju é um produto estratégico para a economia do país, por isso é preciso valorizá-la”, disse.

O governante afirmou que o acordo ora assinado irá permitir, não só a exportação em “nature”, mas também será futuramente criadas as unidades de transformação de forma a dar mais valia ao produto.

A Guiné-Bissau tem estado a produzir uma média de 200 mil toneladas de caju, anualmente.ANG/ÂC//SG

Política/Comissão Política do Madem G15 agenda primeiro congresso extraordinário para os dias 7 e 8 de Setembro

Bissau, 23 Ago 24(ANG) - A Comissão Política do Movimento para Alternância Democrática(Madem-G15),  agendou o 1º congresso extraordinário do partido liderado por Braima Camará para os dias 7 e 8 do próximo mês de Setembro, sob o lema: “Reforçar a unidade e a coesão do partido na defesa dos estatutos e da democracia interna”.

De acordo com as recomendações finais desta reunião , realizada quinta-feira, o 1º congresso extraordinário vai contar com a presença de 2115 delegados, que é o número dos convocados no último congresso ordinário do partido, realizado em Novembro de 2022.

Na sua intervenção no final da reunião da Comissão Politica, e sem avançar pormenores, o coordenador  Braima Camará diz ter tido conhecimento sobre uma    “reunião secreta” entre o  Juiz Conselheiro, Arafam Mané e o Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

O Madem G-15, sob coordenação de  Braima Camará aguarda uma resposa do STJ sobre um recurso de  anulação do congresso extraordinário, realizado pela ala de inconformados do partido, no passado dia 17, por alegada violação dos estatutos desta formação política. Os inconformados elegeram uma direção paralela coordenada por Adja Satu Camará.

Braima Camará afirmou que o juiz conselheiro Arafam Mané conhece muito bem os estatutos do MADEM , porque  está depositado no Supremo, e diz que  se Arafam Mané  cometer erro propositadamente “Deus vai cometer o mesmo erro contra ele”.

“Estou completamente à vontade porque no regime, desde Umaro Sissoco Embaló e até o seu último capanga, ninguém pode dizer como se sentaram no lugar em que estão, eu é que posso explicar-lhes tudo. Podem ser traidores e oportunistas, mas Deus há de lhes castigar e pôr-lhes no sol ardente”, disse.

O político disse que aguarda a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o requerimento entregue por seu partido e que pronunciará algumas palavras para a imprensa depois da decisão desta maior instância da justiça guineense.

 “Queremos que o primeiro pilar da democracia que é a justiça seja um exemplo no verdadeiro sentido da palavra. O juiz deve agir com a sua consciência e não com a encomenda do Presidente da República”, referiu.

Camará diz que  o Presidente da República mandou colocar  câmeras de vigilância em todas as saídas da sua casa para saber quem ali entra e sai .

ANG/ÃC//SG

 
Saúde/ COES e parceiros preparam resposta a eventual casos de contaminação por Mpox

Bissau,23 Ago 24(ANG) -  O Secretário da Célula de Apoio à Gestão de Fundos de Covid-19, Plácido Cardoso disse não ter conhecimento de  nenhum caso suspeito no país de contaminação por variola M também conhecida por Mpox.

Em entrevista, quinta-feira, à Rádio Sol Mansi, Cardoso avançou que, no quadro de  de resposta a eventuais casos de contaminação por esse virus, algumas ações já estão em curso nomeadamente o diagnóstico em termos logísticos.

O médico guineense sublinhou que, até ao momento não há capacidade laboratorial para  diagnosticar Mpox, mas que há  uma disposição para adquirir reagentes a nível do laboratório com os equipamentos já disponíveis.

O Centro Operacional de Emergência em Saúde (COES) e parceiros reuniram-se, quarta-feira, com o objetivo de  definir o Plano de Contingência de resposta aos relatos de aumento de casos da varíola M( Mpox), a nível global.

Cardoso adiantou que, na próxima reunião do COES, vai ser discutida as linhas gerais do plano de contingência sobre o novo apelo da Organização Mundial de Saúde (OMS), feito na segunda-feira, relativamente às recomendações temporárias da emergência de saúde pública de interesse internacional, associada ao aumento de casos da nova variante de varíola.

 “Felizmente há uma importante reserva de materiais e equipamento de proteção individual de controlo de infeção adquirido no quadro de Covid-19, para poder posicionar face à situação em termos de controlo de infeção e também está a ser trabalhado a nível do reforço de controlo nos pontos da entrada  aéreo, terrestre e marítimo”, salientou.

Plácido Cardoso disse que as orientações da OMS incentivam à coordenação de emergência, cobrindo ainda a vigilância colaborativa e o diagnóstico laboratorial e os cuidados clínicos seguros, comunicação de risco e vacinação.

Na semana passada, a OMS reagiu à disseminação da doença mais antiga chamada de varíola dos macacos, em países africanos como uma emergência sanitária global. Com as novas orientações técnicas provisórias, foram renovadas as medidas adotadas em Agosto de 2023 para auxiliar os países na sua resposta. ANG/Sol Mansi

 

Bélgica/Comissão Europeia pede aos países da UE para doarem vacinas contra Mpox a África

Bissau, 23 Ago 24 (ANG) – A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da União Europeia (UE) para disponibilizarem vacinas e medicamentos para África devido ao surto da nova variante, mais perigosa, de monkeypox (mpox), indicando estar disponível para organizar as doações.

“Escrevi aos ministros da Saúde da UE sobre os planos de doação de vacinas e terapêuticas contra o vírus mpox. A solidariedade mundial é fundamental para enfrentar as ameaças globais à saúde”, escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

“Contamos com os Estados-membros para apoiarem os nossos parceiros africanos na gestão do surto”, sendo que “a Comissão está pronta a coordena” a mobilização, acrescentou a responsável.

Na missiva, partilhada na mesma rede social, Stella Kyriakides defendeu que, perante o surto em vários países africanos, é necessário “agir em conjunto, de forma coordenada e sustentada”.

Depois de o executivo comunitário já ter organizado a mobilização de 215 mil doses de vacinas, a responsável admite que “as doses necessárias para combater o atual surto são, evidentemente, muito mais elevadas”.

“Vários Estados-membros e países terceiros anunciaram a sua intenção de doar doses aos países afetados e a África. As doações europeias terão um impacto mais imediato se forem coordenadas e canalizadas com a abordagem da [iniciativa conjunta] Equipa Europa, já testada e comprovada, como foi feito com sucesso durante a pandemia de covid-19”, adiantou.

Com a carta, Stella Kyriakides pede então que, até final de agosto, os países notifiquem Bruxelas sobre a “intenção de doar vacinas e terapêuticas contra o vírus mpox e quais os volumes disponíveis para doação”.

A posição surge depois de uma reunião técnica na semana passada, em Bruxelas, em resposta à emergência de saúde pública internacional declarada pela OMS face ao atual surto de mpox na República Democrática do Congo, na qual não foram porém decididas novas medidas.

Há uma semana e após um primeiro caso importado na Europa, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças estimou ser “altamente provável” que a UE tenha mais casos importados de mpox, após a nova variante ter aparecido nesse caso detetado na Suécia importado de África.

Ainda assim, segundo o centro europeu, a probabilidade de transmissão sustentada na Europa é muito baixa, desde que os casos importados sejam diagnosticados rapidamente e que sejam aplicadas medidas de controlo.

Também nessa altura, a Direção-Geral da Saúde esclareceu que nenhum dos casos de mpox reportados em Portugal é da variante mais perigosa da doença (clade I).

Logo depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a OMS alertou para a possibilidade de serem detetados na Europa outros casos importados de mpox.

A OMS já tinha declarado, em meados de agosto, o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, um alerta que foi inicialmente levantado em maio do ano passado, depois de a sua propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.

A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.

O mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo por via sexual. ANG/Lusa

México/Nicarágua encerra federação europeia de comércio e outras 150 organizações

Bissau, 23 Ago 24 (ANG) - A Nicarágua encerrou 151 organizações não-governamentais (ONG), incluindo a Federação de Câmaras Europeias de Comércio e Indústria, avançou hoje a agência de notícias Associated Press (AP).


Além da organização que reúne as câmaras de comércio dos países europeus na Nicarágua, o Ministério do Interior cancelou, também na quinta-feira, o estatuto legal da Câmara de Comércio dos EUA.

A Câmara do Comércio norte-americana, conhecida localmente como AMCHAM, existia na Nicarágua há 47 anos, com o objetivo de promover o investimento e o comércio bilateral entre os dois países.

A relação entre os EUA e a Nicarágua tem passado por momentos de grande tensão, especialmente desde a repressão do Presidente Daniel Ortega dos protestos de 2018, escreveu a AP, referindo que as relações comerciais prosseguiram.

Outros grupos encerrados por decreto são a União Nacional de Agricultores e Pecuaristas, bem como câmaras de comércio de vários outros países, incluindo México, Panamá e Uruguai.

O encerramento ocorre depois de, na segunda-feira, as autoridades nicaraguenses terem fechado cerca de 1.500 ONG, muitas delas de natureza religiosa.

Ortega tem visado as ONG desde a revolta de 2018, alegando que as organizações que recebem fundos estrangeiros estão envolvidas no que considera ser uma tentativa de o destituir do cargo.

Até à data, o Governo que lidera encerrou mais de cinco mil organizações.

ANG/Lusa