quinta-feira, 17 de julho de 2025

 Iraque/Incêndio num centro comercial fez pelo menos 63 mortos

Bisssau, 17 Jul 25 (ANG) - Pelo menos 63 pessoas morreram num incêndio que destruiu na quarta-feira à noite um centro comercial na cidade de Kut, no leste do Iraque, divulgou a agência de notícias oficial iraquiana (INA).


"Onúmero de mortos no incêndio de Kut subiu para 63, e o número de feridos, elevou-se para 40", informou a INA, de forma breve, citando fontes médicas.

As autoridades de saúde locais tinham relatado anteriormente 50 mortes e vários feridos.

O ministro do Interior iraquiano, Abdulamir al-Shammari, afirmou, num comunicado, que o edifício onde deflagrou o incêndio, que estava aberto há apenas sete dias, tem cinco andares e albergava um restaurante e um hipermercado.

"Apesar da gravidade da situação, as equipas da Defesa Civil conseguiram resgatar mais de 45 pessoas presas no interior do edifício", referiu a nota de Al-Shammari.

O ministro iraquiano indicou que a maioria dos mortos "sufocou nas casas de banho devido ao fumo denso", enquanto catorze corpos foram encontrados "carbonizados".

O primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, ordenou que fosse invastigado "rapidamente" as causas do incêndio no Hyper Mall, um dos principais centros comerciais da cidade de Kut, capital da província de Wasit, no leste do Iraque.

O governador de Wasit, Mohammed Jamil al-Majah declarou luto oficial de três dias na província "em memória das vítimas".

Al-Majah declarou que o governo local "não hesitará em responsabilizar qualquer pessoa responsável, direta ou indiretamente, por esta tragédia" e que os resultados iniciais da investigação serão divulgados no prazo de 48 horas.

Os incêndios em edifícios comerciais são comuns no Iraque, especialmente com o aumento das temperaturas no verão e devido à falta de manutenção e ao mau estado das infraestruturas, num país ainda em reconstrução após décadas de guerra e violência sectária.

Um dos incêndios mais mortíferos dos últimos anos ocorreu em setembro de 2023, quando 114 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas num incêndio num salão de festas na província de Nínive, no norte do Iraque.ANG/Lusa

 

Médio Oriente/Israel ataca única igreja católica em Gaza e fere amigo de Papa Francisco

Bissau, 17 Jul 25 (ANG) - Pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas num ataque israelita à paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza, divulgaram hoje os meios de comunicação.

De acordo com a agência de notícias Wafa e o canal de televisão Al-Jazeera, o ataque à igreja católica provocou a morte de duas mulheres.

Várias outras pessoas ficaram feridas no ataque, seis destas com gravidade, segundo vários meios de comunicação, citados pela agência de notícias EFE.

O padre da igreja, o argentino Gabriel Romanelli, a quem Papa Francisco telefonava diariamente desde o início da ofensiva israelita, sofreu um ferimento ligeiro numa perna.

Questionado pela EFE, o Exército israelita afirmou estar a rever as informações sobre este ataque.

A igreja ficou danificada, disseram os responsáveis da paróquia, acrescentando que o ataque teria partido de um tanque israelita.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, classificou hoje o ataque israelita à igreja da Sagrada Família como "inaceitável".

"As incursões israelitas em Gaza também afetaram a igreja da Sagrada Família. Os ataques contra a população civil que Israel tem vindo a realizar há meses são inaceitáveis", disse Meloni.

"Nenhuma ação militar pode justificar tal atitude", acrescentou a primeira-ministra italiana, num breve comunicado, que tem sido cautelosa em se manifestar contra Israel desde o início da guerra em Gaza.

A igreja da Sagrada Família alberga muitos deslocados devido ao conflito na Faixa de Gaza, que teve início em 07 de outubro de 2023, após os ataques do grupo islamita Hamas ao território israelita, que provocaram mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.

Em Gaza, as autoridades de saúde afirmaram que mais de 58 mil pessoas morreram e outros milhares ficaram feridas na ofensiva israelita no enclave.ANG/Lusa

 

 Moçambique/Chapo diz que extrema-direita quer "mudar regimes à força" no mundo

Bissau, 17 Jul 25 (ANG) - O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, afirmou hoje que o crescimento da extrema-direita no mundo, incluindo em Moçambique, usa política de "rua e das redes sociais" e que, através das "manifestações violentas", tenta "mudar regimes à força".

“Há uma onda global liderada pela extrema-direita que acha que a política é feita na rua, nas redes sociais, agitando pessoas, não respeitando as instituições democraticamente eleitas e instituídas e não respeitando as autoridades legalmente instituídas", denunciou Daniel Chapo, ao orientar uma aula no Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF), na província de Maputo, sul do país.

Para o chefe de Estado, o mundo, incluindo Moçambique, tem sido vítima de uma onda de manifestações "violentas e ilegais", apontando que nos últimos anos ocorreram em países como Angola, Quénia, Zimbabué, África do Sul, Venezuela e Estados Unidos da América, após a realização de eleições, movidos pela extrema-direita, cujo objetivo é tirar do poder os partidos libertadores.

Segundo o Presidente moçambicano, estas manifestações, em todo o mundo, "foram preparadas muito antes dos resultados eleitorais" pela extrema-direita, nos países antes referenciados, que incluem Moçambique, cujo objetivo é atentar contra regimes que "tentaram mudar por via de eleições".

"E como não conseguem, é preciso usar uma nova estratégia de usar a força, usando protestos, usando sobretudo as questões relacionadas com manifestações violentas, que transformam num autêntico terrorismo urbano, que consiste na destruição de bens públicos e privados para dilacerar as economias dos países e consequentemente colocar os povos contra os seus próprios governos", disse Daniel Chapo, apelando ao fim destes atos.

"Cada um de nós como moçambicano precisa ficar extremamente atento a esta onda e a esta nova forma que a extrema-direita encontrou de fazer política de rua, de desacato às autoridade locais, não é só em Moçambique, como fiz referência aqui, mas a nível da região, e isto tem tido mais incidência naqueles onde os partidos libertadores continuam no poder", referenciou o chefe do Estado moçambicano.

Chapo pediu uma intervenção de todos, incluindo das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique, para travar estes protestos no país, justificando que atrasam o desenvolvimento do país com a destruição de infraestruturas públicas e privadas.

"Um dos pretextos para estas manifestações violentas [é que] têm como objetivo mudar os regimes à força. É a questão relacionada com um conceito completamente errado que tem sido difundido, do significado da democracia. Alegam que a democracia é alternância e tem que ser forçosamente alternância", disse o Presidente moçambicano.

Para Chapo, a democracia "não tem que ser forçosamente alternância", mas uma escolha de um povo que "decide votar voluntariamente num determinado líder, numa determinada organização partidária".

Moçambique viveu desde as eleições de outubro de 2024 um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeitou os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, culminando com cerca de 400 mortos, de acordo com dados das organizações da sociedade civil que acompanharam o processo.

O Governo moçambicano confirmou anteriormente, pelo menos, 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

Após meses de manifestações de contestação aos resultados eleitorais, o chefe de Estado e Venâncio Mondlane encontraram-se pela primeira vez em 23 de março, em Maputo, e acordaram pela pacificação do país, repetindo o encontro em 21 de maio.ANG/Lusa

 

Regiões/ Homem morre afogado na tentativa salvar criança que entretanto sobreviveu

Farim, 17 Jul 25 (ANG) – Um homem de  mais de 60 anos ,perdeu a vida , quarta-feira, no rio que passa pela  ponte que liga as tabancas de Candjanco e Ponta Duarte, no  setor de Farim, região de Oio, Norte da Guiné-Bissau , ao tentar salvar uma criança que tinha caído na água quando estavam a pescar.

De acordo com o Administrador do Setor de Farim, Adji Só, citado pelo Correspondente da ANG naquela zona,  duas crianças estavam a pescar na ponte e uma delas ,acidentalmente, caiu na água.

 Um homem que aparenta ter mais de 60 anos de idade, e que estava de passagem numa bicicleta , se atirou à água para a salvar, mas acabou por perder a vida afogado.

Segundo Só, uma terceira pessoa que se encontrava perto, ao constatar a dificuldade que o homem adulto enfrentava para retirar a criança do rio, lançou-se à água e conseguiu salvar a criança mas o 1º homem já tinha desaparecido .

Sem vida, o primeiro homem que tentara salvar a criança só veria a ser  encontrado, após cerca de  09H00 depois de buscas por agentes dos serviços dos Bombeiros e da Capitania , que entregaram o corpo à família.

O malogrado, segundo o Administrador, deixou viúva e filhos órfãos ANG/AD/MSC//SG

XVª Cimeira da CPLP / Chefes de Estado e de Governo chegam hoje à Bissau 

Bissau, 17 Jul 25 (ANG) – Os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) chegam hoje à Bissau para participar na XVª Cimeira da Organização.


O programa de chegada, publicada pelo o Gabinete de imprensa da Presidência de República, à que a ANG teve acesso, indica que na mesma ocasião chegam igualmente os representantes dos países Observadores Associados.

Para a cimeira de Bissau, estão já confirmadas as presenças, segundo o programa de chegada,de quatro chefes de Estado e de Governo membros da organização, nomeadamente o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, com a chegada prevista para as 18h45 minutos, o Presidente de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, juntamente com o Presidente da República Joaquim Alberto Chissano, que devem aterar no país às 16h30 minutos num voo especial.

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova chega à Bissau por volta das 17h00, num voo especial e o   Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, tem a chegada prevista para as 16h50 minutos.

Conforme o programa, o Embaixador e Ministro das Relações Exteriores de Angola Téte António   chegou as 19h00 de quarta-feira e o Representae do Brasil, na pessoa do Ministro das Relações Exteriores, Mauro Iecker Vieira, igualmente já está em Bissau desde as 01h 10 minutos.

A Guiné-Equatorial será representada pelo Primeiro-ministro do Governo e Encarregado da Coordenação Administrativa, Manuel Osa Nsue Nsua , que chega hoja as 17H50.

Ao passo que a República do Senegal, na qualidade de Convidado, vai ser representada pelo  seu Presidente Basairou Diomaye Faye, que  chega sexta-feira as 09h00.

A Comunidade dos Países de Língua Portugues CPLP, fundada a 17 de Julho de 1996,  celebra hoje 29º aniversário .

Os trabalhos da XV cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da CPLP terão lugar na sexta-feira, com a seguinte ordem do dia:  Apresentação do Relatório do Secretário Executivo, Dr. Zacarias da Costa ,apresentação das Recomendações da V Reunião Ordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (CONSAN-CPLP) pelo presidente do CONSAN-CPLP, Keta Baldé, apresentação das prioridades da presidência guineense da CPLP para o biénio 2025-2027, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira,  debate político subordinado ao tema: “A CPLP e a Soberania Alimentar: Um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”, por ordem alfabética e de precedência.

Estão igualmente previstas a apreciação das Recomendações do Conselho de Ministros ,a  aprovação dos Projetos de Resolução, aprovação do Projeto da Declaração “A CPLP e a Soberania Alimentar: Um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável” , a  eleição do Secretário Executivo da CPLP (2025-2027)

ANG/LPG//SG

 

 

Confederação Empresarial da CPLP/  Guiné-Bissau propõe criação de um banco da Comunidade

Bissau, 17 Jul 25 (ANG) – A Guiné-Bissau propõe a criação de um Banco da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), quer seja privado, público ou misto, para o crescimento das economias dos Estados membros.

A proposta foi apresentada por Nelma Fernandes, após ter assumido a Presidência da Confederação Empresarial da CPLP, no final do II Fórum económico Empresarial da organização, que decorreu em Bissau, quarta-feira.

Fernandes acrescenta que o instrumento  de financiamento da CPLP deverá servir  para  apoiar os projetos de impacto junto da comunidade, apoiar os jovens e incentivar  o empreendedorismo.

“Chegou o momento de escrever uma nova história para a comunidade, de criar um bloco económica de impacto a nível global”, disse.

Nelma Fernandes sustenta  que a CPLP enquanto bloco  económico trás  vantagens significativas, e aponta o aspeto linguístico como sendo a primeira. “Não  existe um bloco economico que fala a mesma língua”, referiu.

Na agricultura e no agronegócio, de acordo com a Nelma Fernandes,  a união permite  juntar as experiências tecnológicas do Brasil à dimenção das áreas de cultivo dos restantes países, nomeadamente Angola, Moçambique e outros, para o  aumento exponencial da produção para o abastecimento do mercado global.

Acrescentou que no sector energético, petróleo e gás, deve-se  consilidar as capacidades de exoploração e produção, aumentar a capacidade de oferta para a CPLP se transformar numa organização  importante no mercado internacional.

A localização geográfica de  países,  envolvendo África, Europa, América dos Sul, diz Nelma, faz da CPLP rotas comerciais estratégicas e com  grande relevância para o comércio internacional.

“Temos mineiros e metais, temos ouro, diamante, cobre, niquel, bauxite, lítio e estanho entre outros, procurados mundialmente para a indústria dos telefones e das viaturas elétricas. Na área do turismo o nosso património cultural e diversidade dos destinos, com todos os países da CPLP com praias exóticas nos torná  os únicos”, enalteceu Nelma Fernandes no discuro de encerramento  do II Forum económico Empresarial da CPLP.

Ao presidir o enceramento do II Fórum, o Ministro do Comércio e Industria, Orlando Mendes Viegas disse que  a confederação empressarial da CPLP emerge como uma oportunidade de negócios inter -africano.

Mendes Viegas recomenda que seja promovido  vários tipos de investimentos, nomeadamente o agronegócio. ANG/LPG//SG

quarta-feira, 16 de julho de 2025

 Política/Unicef reitera compromisso de apoiar o Governo na construção de sistema nacional de proteção social robusto

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) – A Representante Adjunta do Unicef no país disse que a sua organização e  PAM, reiteram o compromisso de continuar a apoiar o Governo da Guiné-Bissau na construção de um sistema nacional de proteção social robusto, inclusivo e sustentável.

Sandra Martins falava na cerimónia que assinalou o início de formação e coordenação nacional sobre  resposta à emergências humanitárias, em nome do Unicef e PAM.

Apelou  aos parceiros e doadores  para se  juntarem ao que  considera de “esforço vital”.

Disse que a iniciativa  simboliza um compromisso coletivo com a proteção da vida, da dignidade e dos direitos das populações mais vulneráveis na Guiné-Bissau, especialmente, as crianças,  mulheres e  comunidades em risco.

A Guiné-Bissau enfrenta desafios complexos, desde os impactos das alterações climáticas até à insegurança alimentar, incluindo choques económicos e crises de saúde pública.

Sandra Martins disse que  a  formação foi concebida para reforçar as capacidades nacionais, promover a coordenação interinstitucional e garantir que, quando ocorrer o próximo choque ou desastre, estejam melhor preparados, mais unidos e mais eficazes para o enfrentar.

"Ao reforçar as capacidades nacionais de preparação e resposta a situações de emergência, contribuímos para a construção de um sistema de proteção social mais robusto e responsivo, assim, o nosso objetivo é fortalecer as capacidades dos participantes na preparação e gestão de riscos e desastres e adquirir competências na programação de atividades de resposta pós-desastre.

O Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, através do Gabinete da Coordenadora Residente, Genevieve Boutin, e as agencias UNICEF e o PAM têm apoiado ativamente a implementação da Política Nacional de Proteção Social (PNPS) através de medidas concretas.

Durante a fase inicial de implementação da PNPS, cerca de 1500  famílias, que corresponde acerca de 10.500 pessoas beneficiaram de transferências monetárias durante três meses, no valor mensal de 40.000 francos xof.

Sandra Martins disse que esse apoio  ajudou as  famílias vulneráveis a comprar alimentos, medicamentos e a enviar os seus filhos para a escola.

"Gostaria de apelar a todas as instituições governamentais encarregadas da Preparação e Resposta a Emergências e aos parceiros para trabalharem juntos na elaboração de uma Estratégia Nacional de Gestão de Risco e Desastres na Guiné-Bissau, o que ajudará significativamente a melhorar o quadro legal e institucional," disse a Representantes Residente adjunta do Unicef na Guiné-Bissau. ANG/MI//SG

 

CPLP/ Guiné-Bissau assume Presidência  do Comité de Concertação Permanente da Comunidade

Bissau, 16 Jul 25 ( ANG) –  A Guiné-Bissau assumiu, na pessoa do embaixador, Artur Silva,  a  presidência rotativa de dois anos, do Comité de Concertação Permanente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Após ter assumido a função, Artur Silva disse que será uma Presidência participativa e promete tudo fazer para que todos os engajamentos assumidos sejam respeitados, pelo que pede a colaboração de todos.

O presidente cessante do Comité de Concertação Permanente da CPLP, o santomense Esterline Gonçalves saudou todos os representantes dos estados membros, particularmente ao Secretário Executivo da CPLP, Zacarias da Costa, e  ao Estado da Guiné-Bissau pela disponibilização de meios para o sucesso da reunião.

Esterline Gonçalves expressou ainda a sua gratidão aos estados membros pelos trabalhos feitos e que, segundo diz,  refletem o que foi feito e o que ainda deve ser feito.

Trata-se da  284ª Reunião  do Comité de Concertação Permanente da CPLP, que decorre hoje em Bissau, na qual os representantes dos nove estados membros vão analisar o relatório de dois anos da presidência de São Tomé e Príncipe. ANG/LPG//SG

Política/Governo capacita 50 pessoas em matéria de resposta à situações de  emergência humanitária

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) - O Governo da Guiné-Bissau, em colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), promove uma formação sobre preparação e resposta à situações de emergência humanitária.


A iniciativa reúne 50 representantes de instituições públicas, agências das Nações Unidas, organizações da sociedade civil e outros parceiros estratégicos, com o objetivo de reforçar as capacidades nacionais em gestão de riscos, resposta a desastres e proteção social sensível à choques, de hoje à sexta-feira(18).

Na ocasião, a Diretora do Gabinete do Primeiro-ministro, Lígia Monteiro Dias, em nome do Governo, realçou que a  formação, mais do que uma capacitação técnica, representa   uma demonstração  da vontade política de investir nas pessoas, de fortalecer os mecanismos de coordenação entre instituições públicas, agências internacionais, sociedade civil e parceiros humanitários.

"Juntos enfrentarmos os desafios que se colocam, por forma a garantir respostas eficazes, rápidas e baseadas em princípios humanitários. Gostaria antes de mais, expressar o nosso sincero agradecimento pelo vosso contínuo compromisso com o desenvolvimento humano, a proteção das populações vulneráveis, o fortalecimento das capacidades institucionais do nosso país. A vossa parceria tem sido e continuará a ser essencial," disse.

Lígia Monteiro  sublinhou que  a formação está diretamente ligada a implementação da Politica Nacional de Proteção Social, em particular do seu primeiro eixo, que visa reduzir a pobreza, a vulnerabilidade e as desigualdades, reforçando a resiliência da população face aos choques.

"Este esforço conjunto está alinhado com o desenvolvimento do Plano Estratégico Nacional para a Redução de Desastres e Preparação para Emergências, e visa garantir que a Guiné-Bissau esteja melhor preparada para enfrentar desastres naturais e os provocados pelo ser humano, protegendo especialmente os grupos mais vulneráveis como crianças, mulheres, idosos e pessoas com deficiência, garantindo que ninguém fique para trás em momentos de maior vulnerabilidade," disse.

Sublinhou também que é uma oportunidade valiosa para promover o intercâmbio de experiências, reforçar redes de solidariedade e construir uma base de conhecimento sustentável para a prevenção e mitigação de crises futuras.

Destacou a importância do papel que cada um  dos formandos irá desempenhar, sejam técnicos, voluntários ou profissionais de saúde, porque  os seus conhecimentos e as suas ações diretas, serão decisivos para salvar vidas e reconstruir comunidades. ANG/MI//SG

 

Política/”A crítica é ferramenta para promoção de desenvolvimento de um país”, diz líder do Movimento Social Democrático

Bissau, 16 Jul 25 (ANG)- A líder do Movimento Social Democrático (MSD) Joana Cobde Nhanca defendeu esta quarta-feira  que a crítica construtiva é uma das  ferramentas de  promoção do desenvolvimento.

A líder do MSD falava numa conferência de imprensa dedicada ao análise  de diferentes situações que ocorreram nos últimos tempos no país.

“É fundamental que os governantes guineenses aceitassem  críticas construtivas, para poderem estar a altura de promover o progresso interno desta Nação”, disse.

Joana Nhanca sustentou que a liberdade de expressão e de opinar são direitos que assistem aos cidadãos e que,  por isso, os cidadãos  devem usufruir da liberdade de se manifestar perante situações que consideram de anormal no país.

Sem identificar, Nhanca criticou que  alguns militantes de diferentes formações políticas do país são corruptos, porque “aderiram  aos partidos políticos apenas para satisfazer  os seus interesses financeiros”.

A única líder partidária do país no ativo criticou que a Guiné-Bissau enfrenta dificuldades em vários setores, e diz que não será fácil encontrar soluções para essas dificuldades se o Governo não eleger o povo como prioridade.

 “A justiça não funciona, existem situações de greves constantes nos setores de saúde e educação, há corrupção nas diferentes instituições do Estado, entre tantos problemas", disse a líder do MSD.

Cobde Nhanca disse ainda que é ao  Governo que cabe a  responsabilidade de fiscalizar a qualidade das obras de  construção ou reabilitação de estradas, para que possa  garantir a sua utilidade  à população, por muito tempo.

“Os governates deviam ser como espelho para a sociedade, mas, infelizmente, acabam por ser rivais do próprio povo, devido as suas ações que vão contra o benefício comum. Essa situação é bastante triste mesmo”, salientou Joana Cobde Nhanca, irmã do ex-Presidente da República falecido, Koumba Yalá Kobde Nhanca. ANG/AALS//SG

 Cooperação /Efetivos da Guarda Nacional  recebem formação  no Botswana

Bissau, 16 Jul 25 – Seis polícias  da Guarda Nacional  foram selecionados para participar numa formação especializada na Academia Internacional de Aplicação da Lei (ILEA), em Gaborone, capital do Botswana.

A informação foi divulgada hoje pela Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau, através de uma publicação nas redes sociais.

De acordo com a publicação, a formação se realiza  no quadro da cooperação bilateral entre os Estados Unidos da América e a Guiné-Bissau, com o objetivo de reforçar as capacidades técnicas das forças de segurança e promover a estabilidade na região oeste-africana.

“A participação da Guarda Nacional demonstra  a contínua parceria entre os EUA e a Guiné-Bissau, para a  segurança e estabilidade regional”, lê-se na publicação, que termina com votos de boa viagem aos participantes.

A  Academia ILEA é uma instituição financiada pelo governo norte-americano que oferece formação a agentes da autoridade de diversos países, com foco no combate ao crime organizado, terrorismo, tráfico de drogas e outras ameaças transnacionais.

 “A participação de elementos guineenses em programas desta natureza reforça o compromisso das autoridades nacionais na luta contra a criminalidade e na profissionalização das suas forças de segurança”, refere  a publicação.

ANG/JD//SG

 Cabo Verde/Governo reage rapidamente e tenta manter estatuto de país livre de malária

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) - Cabo Verde foi célere na resposta aos 30 casos de malária registados no arquipélago desde Janeiro, segundo declarações  do ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, que afirmou que as autoridades conseguiram travar a proliferação da doença e tentam manter, até final do ano, a certificação de país livre da doença.

Desde Janeiro deste ano foram registados 30 casos de malária em Cab


o Verde, uma situação que está a preocupar o ministro cabo-verdiano da Saúde, Jorge Figueiredo.

“Desde Janeiro, são 30 casos, metade importados: estamos no limiar da perda desse estatuto de eliminação da malária e estamos preocupados”, disse.

O governante reconheceu que cerca de 15 casos já são autóctones. Portanto, estamos próximos do limiar da perda desse estatuto da eliminação da malária”.

Ainda assim, o responsável pela pasta da Saúde reconheceu que os casos foram todos devidamente e rapidamente identificados ao nível das urgências e do trabalho que fazemos nos locais mais complicados, como Fonton e Kobon”.

Jorge Figueiredo apelou à população e municípios para cuidarem da limpeza urbana e ajudarem a travar os mosquitos transmissores, sublinhando que as autoridades estão concertação com os parceiros internacionais.

“Estamos preparados para tudo, já que as chuvas ainda não chegaram. [Apelamos] às comunidades e à população para a necessidade de cada um ajudar. Fazemos encontros sistemáticos com a presença dos parceiros internacionais, nomeadamente da OMS, que nos têm vindo de facto apoiar e cerca de 15 casos são importados”, explicou.

Em 2024, Cabo Verde foi certificado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, como um país livre de malária. ANG/RFI

 

 Moçambique/Mais de quatro milhões de  moçambicanos necessitam de assistência urgente este ano

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) - Cerca de 4,3 milhões de pessoas vão precisar de assistência humanitária urgente e proteção este ano em Moçambique, indica o Grupo de Segurança Alimentar das Nações Unidas, que alerta para o défice no financiamento.

De acordo com o relatório do Grupo de Segurança Alimentar, criado em 2011 e liderado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), a crise humanitária é resultado dos ataques terroristas no norte de Moçambique, com cerca de 763.324 afetados, e os eventos climáticos extremos como a seca e os ciclones, que já afetaram mais de 3,5 milhões pessoas.

"Em abril, estima-se que mais de 461.745 pessoas foram deslocadas internamente em Moçambique devido ao conflito, nas três províncias do norte, e 701.462 teriam retornado de áreas de deslocamento", explica.

De acordo com o documento, também a insegurança alimentar em Moçambique deverá piorar devido à combinação de choques climáticos, conflitos e esgotamento das reservas alimentares.

Citando a última análise da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), divulgada em janeiro, o relatório do Grupo de Segurança Alimentar avança que quase cinco milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar aguda grave (IPC Fase 3 ou superior) entre outubro de 2024 e março de 2025.

"Isso inclui 911.828 pessoas com probabilidade de vivenciar a Fase 4 do IPC (Emergência) e 4 milhões de pessoas com probabilidade de vivenciar a Fase 3 do IPC (Crise)", acrescenta.

De acordo com o grupo, até ao momento, foram desembolsados apenas 11% do total de 392 milhões de dólares (337,9 milhões de euros) necessários para assistir cerca de 2,16 milhões de pessoas em Moçambique.

O Grupo de Segurança Alimentar coordena respostas de segurança alimentar durante e após uma crise humanitária, na disponibilidade, no acesso, na utilização e na estabilidade de alimentos, com uma rede de mais de mil parceiros em 29 países.

O número de ciclones que atingem Moçambique "vem aumentando na última década", bem como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto de Meteorologia de (Inam), noticiado no final de março pela Lusa.

Só entre dezembro e março últimos, na época ciclónica, o país foi atingido por três ciclones - incluindo o Chido, o mais grave -, que, além da destruição de milhares de casas e infraestruturas, provocaram cerca de 175 mortos, no norte e centro do país.

A província de Cabo Delgado, situada no norte do país, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

As novas movimentações de extremistas no norte de Moçambique incluem Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, onde, desde a sua eclosão em 29 de abril, provocaram pelo menos a morte de dois guardas florestais que foram decapitados.ANG/Lusa

 

 Cuba/"Mendigos disfarçados". Declarações levam à saída de ministra

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) - A ministra do Trabalho cubana, Marta Elena Feitó, apresentou a demissão, depois de ter afirmado no Parlamento que "não há mendigos" no país, apenas pessoas "disfarçadas", declaração que motivou uma repreensão pública do Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

Num comunicado lido no noticiário noturno da televisão estatal, o Governo cubano informou que Feitó renunciou ao cargo, na terça-feira, após reconhecer "erros" na sua intervenção recente numa comissão da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento unicameral).

A nota oficial refere que a demissão foi aceite pelo Politburo do Partido Comunista de Cuba (PCC) e pelo Conselho de Estado, tendo em conta a "falta de objetividade e sensibilidade" com que a ministra abordou temas considerados centrais para a sociedade cubana.

Feitó exercia funções desde 2019, ano em que teve início o primeiro mandato presidencial de Díaz-Canel, e integrava também o Comité Central do PCC.

"Quando se olha para as mãos e para as roupas dessas pessoas, vê-se que estão disfarçadas de mendigos. Não são mendigos. Em Cuba não há mendigos", afirmou Feitó durante a comissão parlamentar.

A intervenção, proferida perante deputados todos filiados no PCC ou em organizações próximas do regime, não foi contestada no momento.

O Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, criticou hoje a sua ministra do Trabalho, que causou polémica ao afirmar que não há mendigos, mas apenas pessoas "disfarçadas de mendigos", na ilha sob regime comunista.

A ex-ministra acrescentou ainda que algumas dessas pessoas "encontraram uma forma fácil de ganhar dinheiro sem trabalhar com as formalidades devidas" e sugeriu que os que limpam para-brisas o fazem para comprar bebidas alcoólicas, apelando à população para "não baixar o vidro do carro" para lhes dar dinheiro.

Negou também a existência de pessoas a procurar comida no lixo, afirmando que estão, na verdade, a "recuperar matéria-prima" de forma ilegal e a atuar como trabalhadores autónomos fora do sistema fiscal.

A reação nas redes sociais levou o Presidente Díaz-Canel a manifestar "desacordo" com os comentários de Feitó, numa sessão parlamentar no dia seguinte, embora sem mencionar diretamente o nome da ministra.

"Não partilho alguns critérios emitidos sobre este tema. É contraproducente fazer esse tipo de juízo. Não se defende a revolução quando se escondem os problemas que temos", declarou o chefe de Estado.

Horas antes, Díaz-Canel já tinha feito referência à polémica nas redes sociais, de forma ambígua. No entanto, o discurso proferido ao meio-dia foi transmitido na íntegra pela televisão estatal.

"Desde o Partido e desde o Governo trabalhamos para enfrentar todos os problemas. Somos servidores públicos, deputados que representam o povo, e não podemos agir com arrogância nem prepotência, desligados das realidades que vivemos", afirmou. ANG/Lusa

 Espanha/Ministra  pede regularização de meio milhão de imigrantes

Bissau, 16 Jul 25 (ANG) - A ministra do Trabalho de Espanha, Yolanda Díaz, apelou hoje à aprovação parlamentar da iniciativa para regularizar a situação de meio milhão de imigrantes e que está em apreciação pelos deputados há mais de um ano.

Sáo 500 mil pessoas que vivem e trabalham em Espanha que "t


êm de estar regularizadas já", disse a ministra, que é também uma das vice-presidentes do executivo liderado pelo socialista Pedro Sánchez e dirigente do Somar, o outro partido de esquerda da coligação governamental.

Yolanda Díaz falava na televisão pública epanhola (RTVE) sobre a situação na localidade de Torre Pacheco, Múrcia, no sul de Espanha, que nas últimas cinco noites foi cenário de concentrações e distúrbios de grupos de extrema-direita que responderam a apelos na Internet para "uma caçada" a imigrantes.

Os distúrbios e os confrontos entre grupos de extrema-direita e residentes em Torre Pacheco, onde 30% da população de 40 mil pessoas é imigrante ou de origem estrangeira, surgiram após um homem de 68 anos da localidade ter sido agredido por jovens sem razão aparente, segundo contou a própria vítima, na quinta-feira passada, a meios de comunicação social.

Segundo as forças de segurança espanholas, 13 pessoas foram detidas desde sábado, três delas por estarem relacionadas com a agressão e as restantes suspeitas de crimes de ódio, agressões e desordem pública.

A ministra Yolanda Díaz defendeu hoje "toda a contundência" para travar a violência em Torre Pacheco e apelou à aprovação da Iniciativa Popular Legislativa para regularização de imigrantes, que já deu entrada no parlamento em 09 de abril de 2024, mas continua sem avançar e sem prazo para acabar.

Yolanda Díaz defendeu que que se as pessoas nâo vêm solução para os "problemas sociais", existe o risco de se colocarem ao lado da extrema-direita.

Os imigrantes descontam para a segurança social, trabalham e pagam impostos em Espanaha e têm de ter plenitude de direitos, acrescentou.

A ministra reiterou também a acusação do Governo contra o partido de extrema-direita Vox de alimentar e provocar situações como a que se está a viver em Torre Pacheco, com um discurso anti-imigração e que associa os imigrantes a criminalidade, apesar de nenhuma estatística ou estudo o confirmar.

Yolanda Díaz criticou também o Partido Popular (PP, direita) por não condenar explicitamente este discurso do Vox.

O parlamento de Espanha aprovou em 09 de abril de 2024 uma iniciativa popular subscrita por 612 mil pessoas e 906 associações que pede a regularização extraordinária de cerca de meio milhão de imigrantes que vivem no país.

A aprovação desta Iniciativa Legislativa Popular traduziu-se na admissão para apreciação pelos deputados, com vários partidos que votaram a favor a adiantarem que iriam propor alterações, incluindo os socialistas, que estão no Governo.

Só um partido representado no parlamento espanhol não votou a favor, o Vox.

Segundo as estimativas dos subscritores (que têm já mais de três anos), entre 390 mil e 470 mil pessoas vivem numa "situação irregular" em Espanha, um terço delas menores.

Para os autores da proposta, os critérios de acesso a autorizações de residência são muito restritivos e os procedimentos administrativos para obter ou renovar essas autorizações são lentos e muito burocráticos, além de estarem sujeitos a "um grau elevado de arbitrariedade".

A iniciativa popular considera estarem em causa direitos fundamentais dos imigrantes, a par de perdas económicas e financeiras para Espanha.

Já houve várias regularizações extraordinárias de imigrantes em Espanha nas últimas décadas, promovidas tanto por governos de esquerda como de direita.

Entre 1991 e 1992, um processo extraordinário levou à regularização da situação de 108.321 pessoas e outro em 1996 abrangeu 21.294.

Em 2000 foram regularizadas 163.352 pessoas e em 2001 um novo processo abrangeu 239.174 imigrantes.

O processo mais recente tem quase 20 anos e ocorreu em 2005, quando meio milhão de pessoas conseguiram regularizar a sua situação.ANG/Lusa