Guerra da Ucrânia/Europeus "prontos" para conceder garantias de segurança à Ucrânia
Bissau, 04 set 25(ANG) - Mais de trinta dirigentes participam nesta quinta-feira, 4 de Setembro, em Paris, nas discussões com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre as futuras garantias de segurança que serão fornecidas a Kiev, no caso de um cessar-fogo com a Rússia. Os líderes esperam convencer definitivamente os Estados Unidos a apoiar estas medidas.
A reunião no Eliseu reúne os principais
apoiantes militares de Kiev, cerca de 35 líderes europeus, alguns presentes e
outros por videoconferência, bem como o Presidente ucraniano, Volodymyr
Zelensky. No início da tarde, às 14h00, hora local, os dirigentes vão falar com
Donald Trump, apelando a mais sanções americanas contra a Rússia e à
contribuição de todos para futuras garantias de segurança a serem fornecidas à
Ucrânia.
Além de Volodymyr Zelensky, estarão
presentes no Eliseu o Presidente finlandês, Alexander Stubb, os
primeiros-ministros polacos, Donald Tusk, a primeira-ministra dinamarquesa,
Mette Frederiksen, e os presidentes das instituições da União Europeia, Ursula von
der Leyen e Antonio Costa. O britânico Keir Starmer, co-presidente da reunião,
participa por video-conferência, assim como o alemão Friedrich Merz e a
italiana Georgia Meloni.
Segundo o Eliseu, os europeus dizem
estar "prontos" para
conceder garantias de segurança à Ucrânia e esperam agora gestos concretos dos
americanos na mesma direcção.
"Estamos
prontos para estas garantias de segurança. A Europa está aí, pela primeira vez
com este nível de compromisso e intensidade", declarou o Presidente francês ao receber o homólogo
ucraniano na noite de quarta-feira, 3 de Setembro, no Eliseu.
Os aliados da Ucrânia estão agora à
espera "para ver o que os
americanos desejam oferecer em relação à sua participação",
acrescentou o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, em Bruxelas.
A Coligação dos países voluntários a
apoiar a Ucrânia está preparada para participar no reforço do exército
ucraniano, com a França, o Reino Unido e a Bélgica a mostrarem-se disponíveis
para enviar soldados para a Ucrânia, uma vez concluído um cessar-fogo, para
dissuadir a Rússia de qualquer nova agressão.
Todavia, alguns aliados aguardam a
contribuição americana, que consideram essencial antes de qualquer compromisso
da sua parte. Até um cessar-fogo, “certamente não haverá envio de tropas para a Ucrânia e, mesmo depois,
tenho reservas sobre este assunto em relação à Alemanha”, avançou o
chanceler Friedrich Merz no canal Sat1.
A Rússia reiterou que não aceitaria
qualquer “intervenção
estrangeira, seja qual for a sua forma”, com a representante oficial do
Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, a descrever as
protecções solicitadas por Kiev como “garantias de perigo para o continente europeu”.
Durante uma reunião com seis líderes
europeus, a 18 de Agosto em Washington, o Presidente Donald Trump prometeu
que os Estados Unidos forneceriam garantias de segurança, tendo
descartado o envio de tropas americanas para o terreno.
Entretanto, a Rússia lançou um ataque
massivo com mais de 500 drones e mísseis contra a Ucrânia, matando pelo menos
nove pessoas e privando milhares de casas de electricidade.
“Infelizmente, ainda não vimos sinais da Rússia indicando que querem acabar com a guerra”, lamentou Volodymyr Zelensky em Paris, expressando, no entanto, confiança de que a Europa e os Estados Unidos possam ajudar Kiev a “aumentar a pressão sobre a Rússia para avançar em direcção a uma solução diplomática”.ANG/RFI
















