quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Guerra da Ucrânia/Europeus "prontos" para conceder garantias de segurança à Ucrânia

Bissau, 04 set 25(ANG) - Mais de trinta dirigentes participam nesta quinta-feira, 4 de Setembro, em Paris, nas discussões com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre as futuras garantias de segurança que serão fornecidas a Kiev, no caso de um cessar-fogo com a Rússia. Os líderes esperam convencer definitivamente os Estados Unidos a apoiar estas medidas.


A reunião no Eliseu reúne os principais apoiantes militares de Kiev, cerca de 35 líderes europeus, alguns presentes e outros por videoconferência, bem como o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. No início da tarde, às 14h00, hora local, os dirigentes vão falar com Donald Trump, apelando a mais sanções americanas contra a Rússia e à contribuição de todos para futuras garantias de segurança a serem fornecidas à Ucrânia.

Além de Volodymyr Zelensky, estarão presentes no Eliseu o Presidente finlandês, Alexander Stubb, os primeiros-ministros polacos, Donald Tusk, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, e os presidentes das instituições da União Europeia, Ursula von der Leyen e Antonio Costa. O britânico Keir Starmer, co-presidente da reunião, participa por video-conferência, assim como o alemão Friedrich Merz e a italiana Georgia Meloni.

Segundo o Eliseu, os europeus dizem estar "prontospara conceder garantias de segurança à Ucrânia e esperam agora gestos concretos dos americanos na mesma direcção.

"Estamos prontos para estas garantias de segurança. A Europa está aí, pela primeira vez com este nível de compromisso e intensidade", declarou o Presidente francês ao receber o homólogo ucraniano na noite de quarta-feira, 3 de Setembro, no Eliseu.

Os aliados da Ucrânia estão agora à espera "para ver o que os americanos desejam oferecer em relação à sua participação", acrescentou o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, em Bruxelas.

A Coligação dos países voluntários a apoiar a Ucrânia está preparada para participar no reforço do exército ucraniano, com a França, o Reino Unido e a Bélgica a mostrarem-se disponíveis para enviar soldados para a Ucrânia, uma vez concluído um cessar-fogo, para dissuadir a Rússia de qualquer nova agressão.

Todavia, alguns aliados aguardam a contribuição americana, que consideram essencial antes de qualquer compromisso da sua parte. Até um cessar-fogo, “certamente não haverá envio de tropas para a Ucrânia e, mesmo depois, tenho reservas ​sobre este assunto em relação à Alemanha”, avançou o chanceler Friedrich Merz no canal Sat1.

A Rússia reiterou que não aceitaria qualquer intervenção estrangeira, seja qual for a sua forma”, com a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, a descrever as protecções solicitadas por Kiev como “garantias de perigo para o continente europeu”.

Durante uma reunião com seis líderes europeus, a 18 de Agosto em Washington, o Presidente Donald Trump prometeu que os Estados Unidos forneceriam garantias de segurança,  tendo descartado o envio de tropas americanas para o terreno.

Entretanto, a Rússia lançou um ataque massivo com mais de 500 drones e mísseis contra a Ucrânia, matando pelo menos nove pessoas e privando milhares de casas de electricidade.

“Infelizmente, ainda não vimos sinais da Rússia indicando que querem acabar com a guerra”, lamentou Volodymyr Zelensky em Parisexpressando, no entanto, confiança de que a Europa e os Estados Unidos possam ajudar Kiev a “aumentar a pressão sobre a Rússia para avançar em direcção a uma solução diplomática”.ANG/RFI

Médio Oriente/Eventual anexação da Cisjordânia por Israel é considerada "linha vermelha" por Abu Dhabi

Bissau, 04 set 25(ANG) - Os Emirados Árabes Unidos, que normalizaram suas relações com Israel em 2020, teceram um alerta nesta quarta-feira contra qualquer tentativa de anexação por parte de Israel da Cisjordânia ocupada, declarando que isto representaria uma "linha vermelha".

"A anexação (de territórios) na Cisjordânia constituiria uma linha vermelha para os Emirados Árabes Unidos", afirmou Lana Nusseibeh, vice-ministra responsável pelos assuntos políticos no Ministério das Relações Exteriores, em comunicado.

Estas declarações surgem numa altura em que vários órgãos de comunicação social israelitas indicam que o governo de Benjamin Netanyahu encara a possibilidade de anexar territórios da Cisjordânia em resposta ao reconhecimento do Estado da Palestina previsto por vários países, por ocasião da Assembleia Geral da ONU nestes próximos dias.

Ainda nesta quarta-feira, o ministro das Finanças de extrema-direita, Bezalel Smotrich, preconizou a anexação de grandes porções deste território palestiniano ocupado por Israel, na sequência da aprovação no mês passado de um projecto prevendo a construção de habitações suplementares para os colonos.

A seu ver, a concretizar-se, este projecto permitiria "retirar da agenda, de uma vez por todas, a ideia de dividir a nossa minúscula terra e estabelecer no seu centro um Estado terrorista".

Este projecto que tornaria impossível a instauração física de um Estado palestiniano por dividir em dois o território da Cisjordânia, foi considerado ilegal e condenado a nível internacional, sendo que nesta quarta-feira, o governo dos Emirados apelou o governo israelita a "suspender esses planos".

Independentemente disto e apesar de reservas exprimidas inclusivamente no seio das suas forças armadas, Israel continua os preparativos da sua vasta ofensiva terrestre contra a cidade de Gaza, considerada como sendo o último bastião do Hamas.

Nesta quarta-feira, um alto funcionário militar israelita afirmou que o exército prevê criar uma "zona humanitária" na Faixa de Gaza para receber o "milhão" de palestinianos que poderiam ter de fugir da cidade de Gaza, no âmbito da grande ofensiva a realizar-se nas próximas semanas.

A ONU estima em quase um milhão, o número de habitantes da província de Gaza (norte), incluindo a cidade de Gaza e os seus arredores.

A Cruz Vermelha Internacional teceu advertências na semana passada sobre uma evacuação em massa da população da cidade de Gaza, considerando "impossível" que ela ocorra "de forma segura e digna nas condições actuais.

A situação é considerada tanto mais preocupante para as pessoas que ficaram com uma deficiência devido à guerra.

Segundo dados divulgados hoje pelo Comité dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPH), pelo menos 157.114 pessoas ficaram feridas nestes quase dois anos de guerra e mais de 25% estão em risco de incapacidade vitalícia.

Ainda de acordo com este órgão das Nações Unidas, pelo menos 21 mil crianças vivem com uma deficiência causada pela guerra em Gaza, ou seja, mais da metade das mais de 40 mil as crianças feridas no conflito.

O comité que pede a Israel medidas específicas para proteger crianças com deficiência contra ataques, pede igualmente ao Estado Hebraico a implementação de protocolos de evacuação que levem as pessoas com deficiência em consideração, argumentando designadamente que "pessoas com deficiência são forçadas a fugir em condições perigosas e indignas, como rastejar na areia ou na lama, sem auxílio à mobilidade".ANG/RFI

Julgamento de Bolsonaro/Brasileiros querem justiça, mas interpretações variam

Bissau, 04 set 25(ANG) – O Presidente brasileiro Lula da Silva, disse na terça-feira que a prioridade no julgamento do seu antecessor, Jair Bolsonaro, é que "a justiça seja feita". No entanto, entre quem assiste ao julgamento e consoante as preferências políticas a noção de justiça oscila entre os fiéis do bolsonarismo e os que consideram o ex-chefe de Estado como um golpista.

Bolsonaro não esteve presente, mas só o facto de este julgamento estar a ser levado a cabo já é muito importante considerou Nancelia, uma advogada instalada em Brasília.

"Eu acho que é importante, por essa questão de se evitar que esses actos se repitam. A gente já teve um golpe em 1964 que não teve julgamento de nenhuma dessas pessoas que praticaram esse golpe. E nós estamos vendo hoje novamente. A gente quase teve um golpe, né?", disse a advogada.

Nancélia representa apenas uma parte da sociedade brasileira, com muitos cidadãos a continuarem a manter-se ao lado do ex-Presidente, mesmo com o Ministério Público a apontar o dedo a Bolsonaro e aos seus cúmplices acusando-o de querer não só "assegurar a sua permanência no cargo", como de ter tentado usurpar o poder mesmo depois de o resultado das eleições lhe ter sido desfavorável.

Para Joao Vitor, mais próximo do campo político de Jair Bolsonaro, o que se está a passar no tribunal não é democrático.

"Mexe na democracia, mexe na igualdade, então acho que precisamos passar por uma limpeza no judicial brasileiro", garantiu.

Este jovem refere-se ao papel de Alexandre de Moraes no julgamento. Antigo presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil entre 2022 e 2024, Alexandre de Moraes é actualmente ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da acção penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para além disso, Moraes terá sido também visado pelos crimes dos quais o antigo Presidente está acusado, havendo suspeitas de possíveis tentativas de homicídio contra o juiz.

No entanto, Moraes garante que os tribunais brasileiros serão imparciais.

"Essa tentativa de obstrução, não afectou a imparcialidade e a independência dos juízes do Supremo Tribunal Federal, que darão, como estamos dando agora a normal sequência no devido processo legal que é acompanhado por toda a sociedade e toda a imprensa brasileira", declarou Alexandre de Moraes.

Já Lula da Silva, actual Presidente, só quer "que seja feita justiça".

"A minha expectativa é que o tribunal julgue quem está julgando em função dos autos do processo. Ninguém está julgando ninguém pessoalmente. Ou seja, tem um processo, tem os autos, tem delações, tem provas e a pessoa que está sendo acusada tem o direito à presunção da inocência. Ele pode-se defender como eu não pude me defender e eu não reclamei. Eu não fiquei chorando. Eu fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente. Prove que não tem nada a ver com isso. Está de bom tamanho. O que eu espero é isso que seja feita justiça, respeitando o direito da presunção de inocência de quem está sendo julgado. É só isso que eu desejo", disse o actual Presidente brasileiro.

O julgamento continua hoje e Jair Bolsonaro está novamente ausente, acompanhando o julgamento pela televisão em casa, onde se encontra em prisão domiciliária. Os seus advogados vão falar hoje ao tribunal e a sessão deve continua na próxima terça-feira.ANG/RFI

 

Regiões/LGDH capacita 50 membros da Sociedade Civil de Cacheu em matéria de discurso de ódio online e offline

Canchungo, 04 set 25 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), capacitou nos dias 01 e 02 de Setembro em curso, em Canchungo, cerca de 50 membros das Organizações da Sociedade Civil da região de Cacheu, norte do pais e  presidentes regionais desta organização, em matérias do “discurso de ódio online e offline”.

De acordo com o despacho do Correspondente da ANG na região de Cacheu, a referida ação de capacitação é financiada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO) e enquadra-se na implementação do Projeto de Estabilização e Reforma Política, através de Construção de Confiança e de Diálogo Inclusivo.

No ato de encerramento da formação, a Vice-Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Claudina Viegas, recomendou aos participantes, no sentido de combaterem os discursos de ódio, nos órgãos de comunicação social, nas redes sociais e nos lugares públicos da região de Cacheu, para minimizar os efeitos negativos de discursos de ódio.

O Administrador do setor de Canchungo, Albino Camepilim Mendes, disse que, os jovens não devem aceitar que os políticos lhes usem para  preferir discursos de ódio contra os colegas de diferentes formações políticas.

Em nome dos participantes, Eliezer Quintino Seja Monteiro e Eugénia Gomes Có, disseram que vão aplicar na prática os conhecimentos adquiridos sobre discursos de ódio, no sentido de lutar contra a má prática e promover a convivência pacífica entre os habitantes da região de Cacheu.

Durante os meses de Setembro e Outubro de 2025, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos da Região de Cacheu, Clemente Mendes, em colaboração com os formandos, vão monitorizar os discursos de ódio para  reportar os casos concretos à Direção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos.ANG/AG/MI/ÂC

Cabo Verde/Unesco e governo cabo-verdiano procuram adopção de medidas capazes de travar danos da desinformação e falsas notícias

Praia, 04 Set 25 (ANG) – Os trabalhos da Conferência Regional sobre a Integridade da Informação em África e no Sahel,foram abertos, terça-feira, na cidade da Praia, Cabo Verde com a previsão  de adoptar um Plano de Ação que apoiasse a implementação de um Quadro Político para a Integridade da Informação em África Ocidental e no Sahel.

Peritos, representantes de instituições que tutelam a área de informação, académicos, jornalistas, representantes da sociedade civil e entidades reguladoras da área de comunicação social debatem os danos sociais de desinformação, falsas notícias e discursos de ódio, necessidades de colaboração institucional, de regulamentação e de responsabilização, na conferência de três dias.

A ONU, na pessoa da representante residente em Cabo Verde, Patrícia Portela de Sousa, disse que o tema central da conferência não só é atual como fundamental para se avançar.

“De facto, a internet ampliou oportunidades e conectou milhões de pessoas na nossa região e no mundo. As pessoas,  os jovens, em particular, recorrem cada vez mais as plataformas digitais como sua principal fonte de informação, mas esta rápida transformação traz consigo sérios riscos. Muitos não possuem as competências de literacia mediática e informacional necessária para navegar com segurança nesses espaços. As lacunas nas leis de acesso à informação criam vazios preenchidos por rumores e manipulação”, disse Patrícia.

Acrescentou que em contexto de insegurança, conflito ou crise, a desinformação, manipulação e os discursos de ódio espalham-se rapidamente minando a confiança das pessoas, alimentando a polarização e ameaçando a estabilidade da sociedade e até a democracia.

A representante da ONU em Cabo Verde destacou que o Relatório Global de Riscos de 2024 do Fórum Económico Mundial havia alertado que a desinformação e a manipulação da informação estão entre as ameaças globais mais prementes para os próximos dois anos.

“Estes riscos vão muito além da tecnologia. Atingem os alicerces das nossas sociedades, a confiança mútua, tomada de decisões informada, o diálogo construtivo e a proteção dos Direitos Humanos”, disse.

Para Patrícia de Sousa a conferência oferece oportunidade para se reforçar a resposta coletiva e  a abordagem multisetorial, ancorada nos direitos humanos, reunindo governos, reguladores, sociedade civil, academia, meios de comunicação social e o setor tecnológico para  co-criação de soluções que reflitam as realidades da região, alinhadas com as normas internacionais.

Quatro discursos marcaram a cerimónia de abertura da conferencia, entre os quais o do Secretário de Estado adjunto do Primeiro-ministro de Cabo Verde, Lourenço Lopes, quem deu por aberto a conferência.

O governante defendeu o equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico e os direitos e as garantias dos cidadãos.

“Tirar todo o proveito do mundo digital mas ao mesmo tempo proteger os cidadãos e as comunidades. E é por isso que é extraordinariamente importante a questão da leteracia digital, Permitir que os cidadãos saibam distinguir o verdadeiro do falso, o bem do mal, e ainda permitir que os cidadãos sejam ator ativo do ponto de vista do mundo digital”, disse Lopes.

A integridade da informação refere-se à precisão, consistência e confiabilidade da informação. E é um dos atributos da segurança da informação, tais como a confidencialidade, disponibilidade e autenticidade.

Segundo a UNESCO, a Desinformação é uma informação que não é apenas imprecisa, mas também tem a intenção de enganar e é espalhada para causar danos, enquanto que a Informação Falsa se refere à disseminação não intencional de informações imprecisas, compartilhadas de boa-fé por aqueles que não sabem que estão a transmitir falsidades. Despacho de Salvador Gomes, Ponto Focal do Ministério da Comunicação Social para esta Conferência 

Eliminatória Mundial 2026/Selecionador nacional Emiliano Té aposta em estreia vitoriosa diante da Serra Leoa

Bissau, 04 set 25(ANG) - O novo selecionador nacional de futebol, Emiliano Té, pretende iniciar o seu percurso no comando dos Djurtus com uma vitória frente à Serra Leoa, hoje, no Estádio Nacional 24 de Setembro, em jogo a contar para a fase de qualificação do Mundial 2026.

Em conferência de imprensa de antevisão do jogo, Té apelou ao apoio massivo do público nas bancadas e garantiu que a equipa está preparada para responder com empenho.

“A intenção é dar uma boa resposta diante do nosso público. Queremos vencer. Os jogadores estão motivados e determinados. Conhecemos o adversário, sabemos que também quer ganhar, por isso será um jogo difícil. Mas vamos entrar com uma equipa trabalhadora e com a atitude certa, algo que já ficou evidente no treino de ontem”, sublinhou o técnico.

A confiança no novo selecionador é igualmente partilhada pelo capitão da seleção, Mama Samba Baldé, que não esconde a motivação do grupo.

“O grupo está unido e confiante. Será mais uma oportunidade para mostrar que somos fortes e capazes de defender a nossa pátria. Pedimos o apoio do público, porque juntos seremos mais fortes. Confiamos no Mister, que conhece bem a seleção e isso é uma mais-valia. Hoje entraremos em campo com seriedade e ambição para seguir em frente”, assegurou o avançado.

Os Djurtus recebem a Serra Leoa no Estádio Nacional 24 de Setembro, no Alto Bandim, numa partida decisiva para as aspirações de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026, a disputar-se no Canadá, México e Estados Unidos.ANG/CAP
-GB

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Eleições Gerais/ Governo entrega à CNE conjunto de materiais para escrutínio de 23 de novembro 2025

Bissau, 03 set 25 (ANG) – O Governo, através do Ministério da Administração Territorial e do Poder Local entregou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) um conjunto materiais para eleições gerais de 23 de novembro.

Os materiais são  composto por 4.200 cabines de votos, 300 mil selos de urnas e 63 mil frascos de tinta indelével que chegaram  hoje a Bissau, num voo especial.

Após a recepção dos materiais, a Secretária Executiva da Comissão Nacional de Eleições Felisberta Moura Vaz disse estar satisfeita com a prontidão do executivo em adquirir os materiais menos sensíveis para realização das eleições simultâneas, nomeadamente presidenciais e legislativas.

Para além destes, de acordo com a Felisberta Moura Vaz, o governo já tinha assegurado o fornecimento de outros materiais, entre os quais boletins  de votos, atas constituintes, atas  sínteses, folhas de descarga de votos, minutas de reclamações e folhas de descarga de votos obtidos por cada sexo.

Em nome da Comissão Interministerial de acompanhamento das eleições, Malal Sané reafirmou a determinação do governo na realização das eleições atempo.

Por isso, afirmou que até meados de setembro todo o processo técnico e financeiro deve ser concluído.

Malal Sane instou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) no sentido de informar ao governo à tempo o que falta para realização do escrutínio para que possa procurar solução.

Afirmou que, o governo está de braços abertos para receber apoios da comunidade de Internacional, mas sem ao qual, as eleições vão ter lugar na data marcada.ANG/LPG/ÂC

Indústria/Ministro Florentino Dias informa a União Europeia da visão do Governo sobre o sector  

Bissau, 03 Set 25 (ANG) – O ministro da Indústria e Transformação dos Produtos Locais (MITPL), reuniu-se hoje com a União Europeia (UE), para lhes expor a visão do Governo para o desenvolvimento do setor.

Em declarações à imprensa depois do encontro, Florentino Fernando Dias descreve que é de conhecimento de todos que o Ministério é novo, sendo assim, cabe a nova tutela mobilizar apoio técnico e financeiro dos parceiros da União Europeia (UE), para poderem cumprir com os objetivos preconizados.

“Nós temos a missão de lançar bases, e criar condições para que o Ministério possa servir melhor o país, e contribuir para o progresso nacional, para a elevação da nossa qualidade de vida”, salientou o governante.

Adiantou que, a União Europeia, enquanto parceiro imprescindível do país, será, daquelas instituições que estará sempre ao lado do Governo para que possamos cumprir com esses desafios.

Segundo o mesmo, o encontro serviu também, para pedir a União Europeia (UE), um total acompanhamento, neste desafio que a nova tutela do Ministério da Indústria, pretende levar para um bom porto.

“Com o tempo, vamos convocar a imprensa, para fazer um balanço geral sobre o setor, mas pretendo alertar, que o desafio é imenso, mas estamos determinados a enfrentá-lo, com o apoio do Governo, e assim como dos nossos parceiros da União Europeia (EU)”, acrescentou Florentino Fernando Dias.ANG/LLA/ÂC

China/Presidente XI Jinping inspeciona tropas em Beijing durante comemoração de 80º  aniversário da vitória na Guerra de Resiliência

Bissau, 03 Set 25 (ANG) - O Presidente chinês XI Jinping inspecionou esta quarta-feira, as tropas em Beijing durante um desfile militar para comemorar o 80º  aniversário da vitória na Guerra de Resiliência do povo chinês contra a Agressão Japonesa e na guerra antifascista mundial.

De acordo com a informação enviada à ANG pela Embaixada de China na Guiné-Bissau, figura ainda que, o Presidente XI Jinping estava de pé num limosine da marca Hongqt.

“Enquanto o veículo de inspeção seguiu lentamente para o leste, passando pelas bandeiras onduladas do Partido, da nação e das forças armadas. XI saudou as bandeiras com os olhos fixados nelas”, refere.

A referida fonte informou igualmente que, em meio à retumbante musica militar, XI inspecionou as formações de pé, de bandeiras e de armamento ao longo da avenida Chang´an.

Informou que, quando veiculo de revista retornou à praça Tian´anmen, os militares gritavam em uníssono: “seguir o partido! Lutar para vencer! Forjar um comportamento exemplar! A justiça prevalecerá! A paz prevalecerá e o povo prevalecerá”.

A  mencionada fonte revelou que, o XI é também secretário do partido comunista da China e Presidente da Comissão Militar Central que ordenou o início da revista.ANG/AALS/ÂC

Cooperação/PJ da Guiné-Bissau e da Colômbia trocam experiências nos desafios globais no combate ao tráfico internacional de drogas

Bissau, 03 Set 25 (ANG) – O Diretor Geral da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau Domingos Monteiro Correia e da Polícia Nacional da Colômbia, Carlos Fernando Triana Beltrán, mantiveram no final do mês de agosto, um encontro centrado nos desafios globais no combate ao tráfico internacional de drogas.

De acordo com as informações publicadas no site da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau a que ANG teve acesso, a reunião entre os responsáveis policiais dos dois países, decorreram à margem da 39.ª Conferência Internacional sobre Combate às Drogas (DEC) realizada em Nashville, EUA.   

O encontro também abriu as portas para uma troca de experiências sobre metodologias de actuação, partilha de informações de inteligência e estratégias de cooperação operacional que possam ampliar a eficácia no combate aos cartéis transnacionais.

Na ocasião, Domingos Monteiro Correia recebeu o convite do seu homólogo para uma visita oficial à Colômbia, oportunidade que poderá aprofundar ainda mais os laços institucionais entre as duas polícias.

Aquele responsável aproveitou para transmitir, em nome de todos os membros da Polícia Judiciária e de forma pessoal, as condolências pelo trágico desaparecimento, na semana passada, de 13 agentes da polícia nacional colombiana que atuavam na luta contra os cartéis, a perda que foi lamentada pela comunidade policial regional na última semana.ANG/MI/ÂC

 

Ambiente/IBAP inicia repovoamento florestal no Parque Natural do Rio Cacheu com 9.435 sementes de Cibes

Bissau, 03 Set 25 (ANG) - O Instituto da Biodiversidade das Áreas Protegidas (IBAP) iniciou recentemente o  repovoamento florestal no Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu com 9.435 sementes de Borassus aethiopum (Cibes) numa área de 24 hectares.

A informação consta na página de Facebook do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), à que ANG teve acesso hoje, no qual consta igualmente que, a referida ação faz parte do plano de recuperação ecológica do  Parque Natural dos Tarrafes de Rio Cacheu.

“A ação de repovoamento florestal consiste em restaurar áreas degradadas e fortalecer os ecossistemas de mangal e floresta”, refere a página de Facebook do IBAP.

A mesma fonte informou que, a  atividade de repovoamento contou com o envolvimento de várias entidades e membros da comunidade local, reforçando assim os seus compromissos coletivo com a conservação da biodiversidade no país.

Sublinhou ainda que, o Cibe (Borassus aethiopum) é uma árvore extremamente importante na Guiné-Bissau devido sua contribuição para a alimentação, construção, medicina tradicional e artesanato.

“O Cibe fornece recursos essenciais e serviços ecossistémicos, especialmente para as comunidades rurais, sendo fundamental para a subsistência e para as atividades socioeconómicas e culturais”, de acordo com página de Facebook do IBAP.ANG/AALS/ÂC

80 anos fim da II Guerra Mundial/China faz demonstração de poder na Praça de Tiananmen e diz ser potência "imparável"

Bissau, 03 set 25(ANG) - O Presidente Xi Jinping deixou hoje um alerta ao Mundo a partir da Praça de Tiananmen, em Pequim, dizendo que a Humanidade enfrenta "a escolha entre a paz ou a guerra" e que a China é "imparável".

Estas declarações decorreram durante uma parada militar que celebrou os 80 anos do fim da II Guerra Mundial - conflito em que a China se encontrava do lado dos vencedores apesar de ter vivido até 1945 uma ocupação de vários anos por parte do Japão.

Na parada organizada hoje em Pequim, a China mostrou o seu poder junto das massas, com milhares de pessoas a assistirem a este desfile, o poder militar sendo reveladas inovações das Forças Armadas chinesas como drones submarinos, tanques, armas a laser e novas aeronaves, e ainda um poder diplomático reunindo mais de duas dezenas de chefes de Estado, incluindo Vladimir Putin e Kim Jong-un.

A China contemporânea quer ser uma figura de proa internacionalmente não só através da afirmação económica, mas apostando também na sua capacidade de interlocutor e mediador, algo diferente do que esta grande potência vinha fazendo até ao fim dos anos 90.

"A China tem-se assumido como uma figura de proa na tentativa de resolução de conflitos internacionais. À cabeça, logo, o conflito na Ucrânia e também no Médio Oriente. A China tem tentado tomar uma posição que era algo que há 20, 30 anos não acontecia. A China não era um 'player', não era de facto um país que se assumia como um membro decisor, apesar de já estar presente no grupo permanente do Conselho de Segurança da ONU. A China nos últimos anos tem-se afirmado economicamente, tem-se informado, tem-se afirmado também do ponto de vista político e também do ponto de vista militar. É um dos maiores exércitos do mundo", disse João Picanço, jornalista da TDM Rádio Macau, em entrevista à RFI.

O trio Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un recebeu muita atenção, já que esta é apenas a segunda visita ao estrangeiro do líder norte-coreano nos últimso seis anos e foi a primeira vez que os três Presidentes foram vistos publicamente juntos. Kim Jong-un chegou à China no seu comboio blindado - que as autoridades norte-coreanas considera mais seguro do que o avião - e veio acompanhado pela sua filha Kim Ju Ae, a sua possível sucessora.

Alguns dias antes desta parada, reuniram-se em Tianjin, no norte da China, os dirigentes dos 10 Estados que constituem a Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Em conjunto denunciaram as operações militares israelitas em Gaza e no Irão, apelando a um cessar-fogo.ANG/RFI

EUA/Trump acusa Xi de conspirar contra EUA juntamente com Rússia e Coreia do Norte

Bissau, 03 Set 25(ANG) – O Presidente norte-americano acusou os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte de “conspirarem contra os EUA”, enquanto Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un assistiam a um desfile militar em Pequim.


"Peço que transmita os meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América", escreveu Donald Trump na rede Truth Social, na terça-feira, dirigindo-se ao Presidente chinês.

O comentário surgiu durante as celebrações em Pequim do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, marcadas por uma parada militar com a presença de diversos líderes mundiais, incluindo o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

Trump acusou ainda a China de “não reconhecer” o sacrifício dos soldados norte-americanos na guerra contra o Japão.

Xi e Putin reuniram-se na véspera, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, realizada na cidade costeira de Tianjin, no norte da China, onde reiteraram o fortalecimento da parceria estratégica sino-russa.

“As relações entre a China e a Rússia resistiram a mudanças no cenário internacional e tornaram-se um exemplo do que devem ser as relações entre potências”, afirmou Xi, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.

Kim Jong-un, que chegou a Pequim a bordo de um comboio blindado, juntou-se hoje ao grupo vestido de fato preto e sorridente, na primeira visita à China desde 2019.

O reencontro entre os três líderes acontece duas semanas após Trump ter-se reunido com Putin no Alasca, num encontro que terminou sem acordo para um cessar-fogo na Ucrânia.

Segundo a imprensa norte-americana, foram equacionadas novas conversações multilaterais, mas estas não se concretizaram até agora.ANG/Inforpress/Lusa


      BAD/Novo presidente quer valorizar as forças internas do continente

Bissau, 03 set 25(ANG) - O economista mauritaniano Sidi Ould Tah tomou oficialmente posse esta segunda-feira, 01 de Setembro, como presidente do Banco Africano de Desenvolvimento. Em entrevista à RFI, o economista guineense Carlos Lopes, que contribuiu para a estratégia de Sidi Ould Tah, sublinhou a necessidade do continente procurar soluções inovadoras e passar a valorizar mais as forças internas.

Sidi Ould Tah, eleito presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Maio, tomou oficialmente posse esta segunda-feira, 01 de Setembro de 2025, na sede da instituição, em Abidjan, Costa do Marfim. O antigo ministro da Economia da Mauritânia e antigo dirigente do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) prometeu continuar a construir "uma África robusta e próspera" e sublinhou a urgência de “revisitar o plano de investimento” e de “mudar de paradigma”. O primeiro mauritaniano a assumir a liderança da instituição insistiu na importância da paz para alcançar os objectivos de desenvolvimento e acrescentou que "África está de olhos postos em nós, a juventude espera por nós".

Em entrevista à RFI, o economista guineense Carlos Lopes, professor na Universidade da Cidade do Cabo que contribuiu para a estratégia de Sidi Ould Tah, sublinhou a visão inovadora e ambiciosa do novo presidente do BAD, que pretende transformar a instituição num motor de desenvolvimento do continente africano.

RFI: Quais são as prioridades de Sidi Ould Tah?

Carlos Lopes, economista: O Dr. Tah tem uma paixão pelas questões relacionadas com as pequenas e médias empresas, porque tem consciência de que elas é que criam e geram emprego. Esse é o resultado de uma arquitectura mais complexa, onde teria que transformar o banco não num operador nessas áreas, mas num agente que pode mobilizar capitais e que pode, juntamente com outras instituições financeiras, trabalhar em sinergia.

Por isso, uma das prioridades dele é, justamente, tentar construir uma arquitectura financeira africana, em vez de estarmos a perder muita energia nas reformas da arquitectura financeira internacional.

No fundo, é um pouco o mote do seu programa, ou seja, tentar mostrar que os africanos têm que se concentrar muito mais nas possibilidades que têm e que até agora não foram propriamente utilizadas, nomeadamente a mobilização de capitais internos domésticos, fundos de pensão, fundos soberanos, a forma como se lida com infra-estruturas, que é normalmente feita pensando sempre no investidor estrangeiro e sem mercados internos intervindo directamente na sua concepção.

São prioridades que têm a ver com a constatação de que estamos a entrar num período onde a ajuda ao desenvolvimento é muito mais escassa e deve ter um papel mais marginal na definição das prioridades do continente. E para que se possa ter uma integração continental, tem que se investir muito mais em infra-estrutura resiliente, tem que se fazer o necessário para que esse mercado de capitais possa multiplicar o tamanho do banco de forma consistente.

Ele, na sua função anterior de director geral do e depois presidente do Banco Árabe para o Desenvolvimento da África, conseguiu aumentar o capital desse banco de cinco para 20 mil milhões de dólares e agora quer fazer o equivalente, mas com mais ambição, no Banco Africano de Desenvolvimento. Ou seja, o seu projecto é de multiplicar por dez o tamanho do banco.

Mas há muitas dificuldades, nomeadamente a dificuldade de acesso aos mercados internacionais, os impactos das alterações climáticas. Há pouco falou da ajuda ao desenvolvimento cada vez mais escassa, a redução, por exemplo, do montante da ajuda externa por parte dos Estados Unidos. São uma série de dificuldades que vai ter pela frente.

Sim, mas isso são as razões pelas quais ele busca soluções completamente inéditas ou diferentes das que até agora foram dependentes das características que acabou de mencionar. Por exemplo, os fundos de pensão africanos têm um trilhão de dólares, mas não foram utilizados até agora de forma consentânea com os objectivos do continente, porque 80% destes fundos são investidos fora do continente.

Temos também outros actores, os países do Golfo, a Turquia, para já não falar da China e dos países asiáticos, que estão numa procura muito maior de alargamento de mercado e todas essas crises que nós estamos a viver a nível tarifário, a nível comercial, a nível de regulação internacional, etc, acabam por favorecer soluções inovadoras. E essas soluções inovadoras são aquelas que estão no programa do novo presidente do BAD. Ou seja, quando se fala do aumento do capital e todas estas características, não é ir buscar essas perdas que acabou de mencionar, é fazer coisas completamente diferentes.

É fazer face a estas perdas?

Fazer face a estas perdas, mas sem sem nostalgia sobre o legado, porque elas acabaram por caracterizar, de uma certa forma, seis décadas de desenvolvimento na África que não foram das mais mais produtivas, das mais encorajadoras em relação a outras regiões do mundo. E, portanto, agora nós temos que ter um nível de ambição completamente diferente, mas contar muito mais sobre as nossas próprias forças. E por isso, é preciso soluções inovadoras diferentes e é isso que está no programa do novo presidente do BAD.

Esta ambição de Sidi Ould Tah é exequível, mesmo tendo em conta a conjuntura?

É possível, primeiro, porque ele já deu provas em dez anos, numa conjuntura que também não era favorável. Conseguiu, não só, fazer da instituição que dirigia uma instituição que aumentou os desembolsos em cerca de 200%, que aumentou o capital para quatro vezes e que tinha já a possibilidade negociada para aumentar até seis vezes, conseguiu a notação pelas agências de notação desse banco, que não tinha notação nenhuma para ser o segundo melhor da África. Isto tudo feito num período relativamente curto, num banco e numa instituição com menos capacidade técnica.

O que ele quer agora é utilizar a capacidade técnica do BAD para fazer coisas diferentes. Por exemplo, a montagem actual de qualquer projecto de infra-estrutura leva quase cinco anos para concluir e, portanto, é preciso pôr uma cláusula que esses projectos têm que ser feitos num período muito mais curto.

A agilidade vai criar uma dinâmica completamente diferente de financiamento, porque os actores actuais dependem sempre da intervenção estrangeira e o banco vai um pouco atrelado às políticas que são definidas em Washington pelo Banco Mundial e outros. E neste momento, o que faz falta é justamente um banco que tenha a iniciativa de abraçar projectos que são ambiciosos, sim, mas tomando em conta o risco de uma forma diferente, por exemplo, fazendo seguros de risco que neste momento não são praticados em África, mas são praticados noutras partes do mundo, fundos de garantia que na África são pífios, mas que são muito importantes noutras partes do mundo. Enfim, copiando aquilo que há de melhor nos exemplos mais recentes de desenvolvimento acelerado, que são quase todos da Ásia.ANG/RFI

Guerra da Ucrânia/Bailado diplomático intenso em torno da Ucrânia sob fogo pesado da Rússia

Bissau, 03 set 25(ANG) - A Rússia lançou durante a noite passada um vasto ataque com mis de 500 drones e mísseis, privando 30 mil pessoas de electricidade no norte do país, precisamente numa altura em que o Presidente russo se encontra em Pequim com os seus aliados, os chefes de Estado chinês e norte-coreano, enquanto Volodymyr Zelensky está a preparar-se para o encontro desta quinta-feira em Paris com o grupo dos chamados "Voluntários" que apoiam o seu país.

De acordo com as autoridades ucranianas, a Rússia lançou durante a noite passada 502 drones e 24 mísseis nomeadamente contra Tcherniguiv, no norte, privando 30 mil pessoas de electricidade, sendo que responsáveis regionais do oeste deram conta de feridos e da destruição de habitações e de infra-estruturas, havendo igualmente quatro feridos contabilizados, na região de Kirovograd, no centro do país.

"Estes bombardeamentos são claramente uma demonstração russa. Putin ostenta a sua impunidade e isto exige, com certeza uma resposta por parte do mundo", considerou hoje o Presidente ucraniano que nesta quarta-feira mantém conversações com responsáveis dos países Bálticos e nórdicos na Dinamarca acerca de um apoio suplementar a ser dado a Kiev tanto na frente de combate como na mesa de negociações.

Em seguida, Volodymyr Zelensky é recebido no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo seu homólogo francês, com quem vai ter uma reunião e um jantar de trabalho. O objectivo segundo a presidência francesa é "evocar a situação no terreno" e "reafirmar o apoio infalível da França à Ucrânia para alcançar uma paz justa e duradoira", isto em vésperas da cimeira amanhã, na capital francesa, juntando presencialmente ou em em videoconferência os 30 países, essencialmente europeus, que integram o grupo dos "Voluntários" que apoiam Kiev.

Durante este encontro, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, diz esperar que "se fique uma ideia clara do que se pode fazer colectivamente" para garantir a segurança da Ucrânia, o que na sua óptica "significa que podem aprofundar o seu envolvimento, juntamente com os americanos, para ver o que pretendem fornecer no que tange à sua participação".

Muito embora uma participação de Donald Trump não esteja prevista na reunião desta quinta-feira, o Presidente americano que ainda ontem se declarou "muito desiludido" com Vladimir Putin, prometeu recentemente que estaria do lado dos europeus no quadro das garantias de segurança a serem dadas à Ucrânia.ANG/RFI

 

Eliminatória Mundial 2026/Djurtus cumprem terça-feira primeira sessão de treinos para o jogo com a Serra Leoa

Bissau, 03 Set 25(ANG) - A seleção nacional de futebol (Djurtus), cumpriu na tarde de terça-feira(02-09), no estádio Nacional 24 de Setembro, a primeira sessão de treinos de preparação para o jogo do dia 4 deste mês, frente a Serra Leoa.

Após a chegada da maioria dos jogadores  ao país, no princípio da tarde de terça-feira, os Djurtus começaram os trabalhos com o habitual aperfeiçoamento físico e reconhecendo  do relvado.

Os Trabalhos foram intensificados ainda, já com o processo técnico e tático, permitindo que todos os jogadores estejam ao nível deste desafio que se avizinha.

Refere-se que, nesse primeiro dia, o selecionador nacional Emiliano Té trabalhou com os jogadores à sua disposição sem nenhum impedimento físico. Menos Franculino Djú e Fernando Embadji que não se juntaram ainda aos colegas em Bissau.

Vale lembrar que, os Djurtus têm o jogo agendado para os dias 4 e 8 deste mês, no estádio Nacional 24 de Setembro respectivamente com a Serra Leoa e Djibuti.

As duas partidas da Guiné-Bissau vão contar para a sétima e oitava jornada do grupo A, da qualificação para o campeonato de Mundo 2026.

O grupo A, da qualificação para o Mundial 2026, está a ser liderado pelo Egipto com 16 pontos, seguido de Burkina Faso com 11 pontos, na terceira posição encontra-se a Serra Leoa com 8, na quarta Etiópia com 6 pontos, quinta posição está a Guiné-Bissau com 6 pontos e no último lugar o Djibuti com 1 ponto.ANG/Fut245

Saúde Pública/Guiné-Bissau regista primeiro caso suspeito de “Mpox” na região de Bafatá

Bissau, 03 set 25(ANG) - A Guiné-Bissau identificou na semana passada o primeiro caso suspeito de Mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) na região de Bafatá, leste do país,  conforme anunciou esta terça-feira o diretor-geral do Serviço de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Alberto Luís Papique.

De acordo com a Rádio Sol Mansi, o responsável revelou que uma equipa do Ministério da Saúde Pública já se encontra no terreno para investigar o caso, enquanto o país se mobiliza para preparar um plano nacional de resposta à possível chegada da doença.

“Estamos a trabalhar na elaboração de um plano de resposta para o eventual surgimento da doença no país ”, afirmou Papique à margem do encerramento de um encontro transfronteiriço entre representantes da saúde da Guiné-Bissau, Mali, Senegal e República da Guiné.

Casos de Mpox já foram relatados recentemente no Senegal e na Gâmbia, dois países vizinhos da Guiné-Bissau, o que aumentou o nível de alerta das autoridades sanitárias nacionais.

O Ministério da Saúde Pública promete continuar a monitorizar a situação e reforçar as medidas de prevenção e vigilância epidemiológica para evitar uma eventual propagação da doença no território nacional.ANG/RSM