quarta-feira, 10 de setembro de 2025

      Conflito Médio Oriente/Rússia acusa Israel de violar soberania do Qatar

Bissau, 10 set 25(ANG) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou, através de um comunicado publicado na rede social Telegram, que o ataque foi "uma ação que visou minar os esforços internacionais" por uma solução pacífica da guerra que acontece na Faixa de Gaza.

O comunicado referiu ainda que o ataque foi "uma grave violação do direito internacional e da Carta da ONU", "uma violação da soberania e da integridade territorial de um Estado independente" e "um passo em direção a uma nova escalada e desestabilização da situação no Médio Oriente".

"Estes métodos de combate contra aqueles que Israel considera seus inimigos e opositores merecem a mais veemente condenação", segundo o Ministério russo, apelando a "todas as partes envolvidas" para que "adotem uma postura responsável e evitem ações que possam levar à deterioração da situação na zona de conflito israelo-palestiniana e à procura de uma solução política".

"A Rússia reafirma a sua posição consistente e baseada em princípios sobre a necessidade de alcançar um cessar-fogo rápido na Faixa de Gaza, na ausência de alternativas para uma solução abrangente para o problema palestiniano com base numa base jurídica internacional bem conhecida", concluiu Moscovo.

Um ataque aéreo israelita visando o chefe da delegação de negociadores do Hamas, Khalil al-Hayya, em Doha, fez na terça-feira pelo menos seis mortos, segundo o movimento islamita palestiniano e as autoridades qataris.

A Presidência norte-americana afirmou na terça-feira que os Estados Unidos alertaram o Qatar sobre o ataque iminente de Israel contra responsáveis do Hamas em Doha, mas as autoridades qataris reclamam que só foram avisadas depois. Após os ataques de Israel a Doha, o Presidente norte-americano, Donald Trump, conversou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o emir do Qatar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, revelou a porta-voz do Executivo dos EUA, Karoline Leavitt.

O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, sublinhou na terça-feira à noite que o ataque israelita aos representantes do Hamas em Doha "viola toda a moralidade", alertando que o seu país reserva o direito de responder firmemente à "agressão flagrante".

O Governo do Qatar confirmou que Israel tinha atacado uma reunião de "vários membros do gabinete político do Hamas", num edifício residencial. O Hamas sublinhou, em comunicado, que cinco dos seus membros foram mortos no ataque israelita em Doha, embora nenhum deles fizesse parte da sua delegação para as negociações.

Um membro das forças de segurança do Qatar, Bader Saad Mohamed al-Humaidi al-Dosari, também morreu, segundo o Ministério do Interior do Qatar, enquanto vários agentes de segurança do Qatar ficaram feridos.

A operação israelita em Doha foi condenada pela unanimidade dos países da região e pode ameaçar os esforços de paz promovidos por Estados Unidos, Egito e Qatar.

Hoje, o embaixador israelita na ONU, Danny Danon, declarou que o seu país nem sempre age segundo os interesses do seu maior aliado, os Estados Unidos, ao justificar o ataque israelita contra dirigentes do Hamas no Qatar.

O ataque israelita a Doha "não foi um ataque ao Qatar, foi um ataque ao Hamas", e "essa decisão foi a correta", acrescentou Danon, apesar do descontentamento expressado por Washington.ANG/Lusa

Côte d`Ivoire/  “OOAS  espera que a conferência sobre   Lassa produza recomendações que possam ser transformadas em estratégias regionais de luta contra a doença”, diz Tomé Cá

Côte d`Ivoire, 10 Set 25 (ANG) -  A Febre Lassa está a provocar mortes no Gana, na vizinha República da Guiné, na Serra Leoa, Libéria e na Nigéria.

Segundo o Epidemiologista da OOAS, Tomé Cá, ainda não foi detetado nenhum caso da doença na Guiné-Bissau.

Dados anunciados no primeiro dia da conferência indicam que a doença é responsável por 300 mil infeções anuais na Africa Ocidental, das quais 100 mil morrem.

Antes da abertura da conferência internacional sobre a febre Lassa que decorre em Abidjan sob auspícios da Organização Oeste Africana da Saúde(OOAS) foi realizada uma reunião de peritos, investigadores, decisores políticos e autoridades sanitárias internacionais sobre as vacinas. Perguntamos ao  Tomé Cá, Epidemiologista responsável pela informações sanitárias na OOAS qual é a preocupação que a vacina levanta perante cenários de crises de epidemia que fustigam a costa ocidental africana.

Tomé Cá – O problema não é só a vacina. A Conferencia é sobre Lassa e é uma doença que pode também ser prevenida através da vacina. Neste momento está em processo de estudo, de pesquisa para se encontrar uma vacina adequada a doença. Sua prevenção e tratamento é complicado com os meios em que vivemos, em ambientes o com animais(ratos), que são os transmissores diretos da doença. A OOAS quando fala de vacina 'e para todas as doenças, Se formos capazes de produzir vacinas para febre Lassa então devemos ser capazes de produzir vacinas para outras doenças. Por isso é que quando se fala de vacinas, tem que ser no sentido global. Vacina para Lassa mas também vacina para todas as doenças que podem ser protegidas ou prevenidas através de vacinação.. Por isso é que a sessão de manhã foi dedicada a vacina mas houve outras sessões  sobre tratamento clínico, aspectos laboratoriais, como fazer os diagnósticos,  e ainda sessão sobre capacidade de laboratórios para quando recolher amostras  fazer a transmissão. Quando se faz amostras, não se faz amostras únicas, inclui-se também outras doenças, por exemplo a Dengue que emerge na região. Então, a preocupação da OOAS é de  controlar a doença em si. Para controlar a doença é preciso saber quais são as medidas a tomar, e entre essas medidas, independentemente das condições de vida, higiene da casa, entra também a vacinação. Por isso está-se a desenvolver cooperações com muitos países que têm a capacidade de produção de vacinas e que querem reforçar as capacidades da nossa região para fazer face a doença. Foi uma sessão dedicada também a vacinas mas vai se continuar a discussão sobre outros aspectos ligados ao sistema de saúde de uma forma geral.

SG – Efeitos de Lassa, em termos sanitários, é superior aos de Paludismo ?

TC – Não. Paludismos neste momento é a maior doença na nossa região. Mata muito mais, tem mais casos. Temos países em que  a febre Lassa está mais presentes.

SG -  Quais são esses países?

TC – Os mais afetados neste momento são a Nigéria, Gana, Serra Leoa, Libéria, países do golfo da Guiné, até Guiné-Conacry. Até agora não temos casos de Lassa na Guiné-Bissau.

SG- Como se pode ser contaminado por Lassa?

TC – Como já disse, há contacto diretor com animal que transmite a doença, essencialmente o rato. Podemos deixar a comida e se o rato fazer xixi na comida, deixa vírus e se entrar em contacto com uma pessoa apanha a doença. Uma vez infectado podes contaminar outra pessoa. Por isso é que há a questão de se prevenir para que a fonte primária não transmitisse a doença. Lassa é uma doença de febre hemorrágica, quer dizer,  pode provocar a hemorragia e  a morte. Não se compara com o Paludismo porque o agente de transmissão é diferente. Lassa pode contaminar alimentos se levar-mos esse alimento para outras partes do mundo pode-se contaminar outras pessoas, que nem tiveram contacto com ratos. Por isso é que quando chega um barco as pessoas vão ao Porto fazer investigação. Pode-se fazer o carregamento de produtos se forem contaminados por ratos esse alimento pode contaminar as pessoas.

SG- O Diretor-geral da OOAS fez um apelo à Ação…quer dizer que há um certo descuido em relação a agressão da Lassa ?

TC – Para ser honesto, de ponto de vista epidemiológico não é que Lassa é mais importante que o Paludismo mas também é uma doença que pode ser controlada, se calhar mais fácil que o Paludismo. As nossas convivências com mosquitos devido a situação em que encontramos, é difícil esse controlo. Contudo, também está-se a fazer investigações para se encontrar vacina contra Paludismo, é da mesma forma que se pretende que haja a mesma dinâmica em relação a Lassa. O apelo do DG surge  porque a conferência é sobre a febre de Lassa., por isso essa doença está a pesar mais. A OOAS vê a saúde na sua globalidade.

SG- Foi também feito um apelo à colaboração de  parceiros financiadores, farmacêuticos, estados-membros e sobretudo à investigadores. Quer dizer  dizer que ainda há muita coisa por fazer?

TC- È tudo um conjunta de pessoas ou instituições que devem se implicar. Problema de saúde não diz respeito apenas uma pessoa ou um país. Tal como diz o tal provérbio:  se a casa do vizinho está a arder não diga que o problema é dele, o fogo pode mais tarde chegar a sua casa. Os mecanismos de transmissão da doença não tem fronteiras. Uma doença no país vizinho pode entrar no seu . Por isso é que existe toda essa onda para os países com fronteiras sobretudo se unissem na luta contra as epidemias emergentes.

SG – O que é que espera desta conferência ?

TC- Espero que depois destes dias de conferência vamos sair com recomendações, e OOAS, enquanto organizações de saúde da comunidade, vai conseguir transformar essas recomendações em algumas estratégias regionais, com algumas orientações regionais, que todos os países da comunidade devem seguir Orientações comuns mas também algumas ações  que serão as linhas mestras que cada país deve tomar em consideração para o futuro.ANG

(Despacho do jornalista Salvador Gomes, convidado pela CEDEAO para cobertura desta conferência)

Côte d´Ivoire/ Ministros da Saúde da CEDEAO assumem compromisso conjunto de avançar para a produção de vacina contra Lassa

Côte d´Ivoire, 10 Set 25 (ANG) -  Os ministros da Saúde de países membros da CEDEAO anunciaram, segunda-feira, em Abidjan, o compromisso assumido de avançar para a produção de vacina contra a febre de Lassa que ameaça a segurança sanitária na  região.


O compromisso foi assumido no âmbito da Conferência Internacional sobre a doença de Lassa, que decorre de 8 a 11 de Setembro, em Abidjan, na Côte d´Ivoire, sob o lema, "Para além das fronteiras”, e promovida pela Organização Oeste Africana de Saúde(OOAS).

Segundo um comunicado distribuído terça-feira à imprensa, em Abidjan, apesar de seu impacto devastador, não existem atualmente vacinas licenciadas para se proteger contra o vírus causador da doença de Lassa.

“O candidato vacinal mais avançado foi desenvolvido pela IAVI, com financiamento da CEPI e da European $ Dveloping Countries Clinical Trials Partnership. Este promissor candidato vacinal encontra-se atualmente a ser avaliado num  ensaio clínico, destinado  a testar a segurança e a imunogenicidade da vacina, no Gana, Libéria e Nigéria”, lê-se no comunicado.

O documento refere tratar-se do estudo mais avançado de uma vacina contra Lassa realizado no mundo inteiro.

Os ministros da saúde do espaço  CEDEAO reafirmaram o apoio político à aceleração da preparação da vacina contra a febre Lassa, enquanto propriedade estratégica regional em matéria de saúde e pilar fundamental da resposta às  pandemias que fustigam a região.

Ainda sublinharam o seu duplo papel no reforço dos sistemas nacionais de saúde e da resiliência colectiva.

A febre de Lassa, refere o comunicado, pode servir de modelo para uma integração e coordenação mais ampla dos esforços de  financiamento da saúde pública na sub-região. 

Os ministros da saúde da zona CEDEAO ainda assumiram o compromisso de reforçar as plataformas nacionais e regionais, de modo  a assegurar que os centros de ensaios clínicos, os laboratórios, as  autoridades reguladoras e os esforços de  envolvimento comunitário em toda a África  Ocidental estejam preparados para viabilizar a investigação clínica em fases avançadas, necessária para levar uma vacina contra a febre Lassa até a sua aprovação, e para ainda reforçar a capacidade de resposta da região à outras ameaças epidémicas e pandémicas.

Reagindo ao compromisso assumido pelos ministros da Saúde, o Diretor-geral da OOAS, Melchior Athanase J.C. Aissi afirmou que a organização que dirige se orgulha de convocar e coordenar esse compromisso histórico.

Para a sua produção , os ministros da saúde, reunidos a porta fechada em Abidjan, concordaram em co-financiar  a vacina, e Aissi diz que  a decisão demonstra que a África Ocidental está pronta para  liderar soluções contra a febre de Lassa e outras ameaças pandémicas.

“A solidariedade regional é o nosso maior triunfo, a OOAS continuará a impulsionar esta abordagem unida”, disse Melchior.

Para Mark Fainberg, presidente e Diretor  Executivo da IAVI, ao assumir esse compromisso, os ministros da Saúde da CEDEAO não só estão ao passo mais perto de uma vacina contra a febre Lassa,  a um preço que seja acessível, mas também, a contruir uma parceria global de saúde que pode servir  de novo modelo para  promover  o desenvolvimento e garantir um fornecimento sustentável e acessível de vacinas contra  doenças para as quais  não existe incentivo  comercial para o investimento por parte de empresas privadas com fins  lucrativos.

Como próximos passos , os ministros concordaram  em coordenar com os respectivos países, a fim de  garantir que as capacidades necessárias estejam em vigor para apoiar o desenvolvimento da vacina em fases avançadas e aperfeiçoar a abordagem regional de financiamento.

Está previsto que a OOAS e seus parceiros convocassem  um grupo de trabalho composto por países para alinhar esforços de mobilização de recursos.

Segundo o comunicado , estima-se que centenas  de milhares  de pessoas na África  Ocidental sejam afectadas pela Lassa todos os anos, sendo que  a doença provoca  quase 4.000 mortes, e perdas de produtividade no valor de 110 milhões  de dólares anuais na região.

Os sintomas  da doença variam entre dores de cabeça ligeiras, vômitos, inchaços e hemorragias generalizadas que podem ser fatais.

Entre as vitimas da doença que recuperam podem ficar com problemas de perda  de audição.

A segunda conferência internacional sobre a febre de Lassa reúne  cientistas, especialistas em saúde pública,  desenvolvedores  de vacinas ,decisores políticos, sociedade civil e parceiros regionais, que partilham conhecimentos, analisam progressos e forjam novas parcerias. 

A Guiné-Bissau foi representada nesta reunião pelo ministro da Saúde Pública, Augusto Gomes.ANG

(Despacho do jornalista Salvador Gomes, convidado pela CEDEAO para cobertura da conferência)

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Eliminatória Mundial 2026/Selecionador Nacional de Futebol dedica a vitória dos “Djurtus” a todos os guineenses em especial ao mister Baciro Candé

Bissau, 09 Set 25 (ANG) – O Selecionador Nacional de Futebol Emiliano Té, dedicou segunda-feira, a sua primeira vitória alcançada como técnico principal dos “Djurtus”, a todos os guineenses, e em especial, ao ex-técnico nacional Baciro Candé, quem admite,  ter aprendido muito, enquanto seu adjunto na Seleção.

Emiliano Té falava à imprensa no final do encontro da 8ª jornada da eliminatória para o próximo Mundial-2026 onde a Guiné-Bissau derrotou a sua congénere de “Djibuti” por 2-0.

O Selecionador Nacional revelou que a vitória alcançada frente ao “Djibuti”, foi motivada pelo bom desempenho dos atletas, e também no cumprimento das orientações deixadas à toda a equipa.

Emiliano Té, considera a sua liderança. a frente da Seleção, como uma nova era para os “Djurtus” e promete trabalhar com a equipa, para voltar a dar alegrias a todos os amantes da Seleção.

“O meu objetivo enquanto técnico principal da Seleção da Guiné-Bissau, é um dia poder voltar a chegar ao CAN e o Campeonato do Mundo”, disse mister Té.

Em relação a opinião de muitos de que a Seleção de “Djibuti” era um adversário à altura dos “Djurtus”, Emiliano Té disse que, não é assim tão fácil como muitos pensam, porque, o Djibuti  é uma equipa jovem, que defende bem, e sabe contra-atacar.

Afirmou contudo que gostou da exibição da equipa, e prometeu continuar com a mesma dinâmica, para que a turma nacional possa trazer, sempre alegria, para o país.

Para o Selecionador do “Djibuti”, Stephane Nado, a vitória da Guiné-Bissau frente a sua equipa, é justa, realçando por outro lado que, em termos de qualidades dos jogadores, os Djurtus estão em cima, e não tem como reclamar a derrota.

“Sou o novo técnico da Seleção de Djibuti, e o meu objetivo é trabalhar essa Seleção, para que consiga afirmar, e competir ao mais alto nível”, descreveu Stephane Nado.

De acordo com o mesmo, a Seleção que dirige, tem um único jogador que atua na segunda liga Holandesa, e do resto, atuam no campeonato Djibutense, para tal, não têm o mesmo ritmo competitivo internacional, com os jogadores de Guiné-Bissau, que actuam em diferentes clubes europeias.ANG/LLA/ÂC

Regiões/Projecto AIFO realiza formação baseada no género com diferentes instituições em Bissorã

Oio, 09 Set 25 (ANG) – A Associação Italiana Amigos de Raoul Follereou(AIFO), realizou este fim de semana uma formação baseada no género com diferentes instituições no sector de Bissorã, região de Oio, norte do país, nomeadamente diretores das escolas públicas e privadas e técnicos de saúde.

Durante o encontro, segundo o repórter da ANG na região de Oio, foram abordados temas como, saúde materna infantil, saúde sexual reprodutiva, violência baseada no género, registo de nascimento e nutrição.

Em nome do projecto AIFO,  Amadu Embalo frisou que a formação decorreu muito bem e os temas além de serem atuais, vão ajudar os jovens a cuidarem melhor sobretudo com a saúde sexual reprodutiva.

Realçou que, a sua organização está a trabalhar em diferentes regiões, dentre as quais Bafatá e Oio e a sua importância é de sensibilizar os populares em como tratar com questões como nutrição alimentar, saúde sexual reprodutiva, dieta alimentar entre outros.

O Director do Liceu Regional de Bissorã, Sanusi Camara não escondeu a sua satisfação, salientando que o encontro foi muito produtivo e os temas são muito interessantes, realçando que vai fazer chegar a informação recebida aos alunos.

Em nome dos formadores, Berta Correia que orou o tema sobre a Nutrição, Alimentação e Aleitamento, aconselhou a mães e mulheres grávidas no sentido de reforçarem os seus conhecimentos sobre práticas alimentares saudáveis, sinais de alerta de desnutrição e estratégias de prevenção .ANG/AD/MSC/ÂC

Cooperação/ Guiné-Bissau e Gâmbia assinam acordo no domínio do comércio

Bissau, 09 set 25 (ANG) – A República da Guiné-Bissau e da Gâmbia assinaram hoje, em Bissau,  acordo de cooperação no domínio do comércio.

O acordo foi assinado, no âmbito de visita de Estado de dois dias que o chefe de Estado gambiano Adama Barrou efetuou à Guiné Bissau entre os dias 08 e 09 do corrente mês.

Da parte guineense, o acordo foi assinado pelo ministro da Economia, Plano e Integração Regional Soares Sambu, em representação do ministro do Comércio Orlando Mendes Viegas, e da Gâmbia pelo ministro do Comércio, Indústria e Integração Regional Baboucar Joof.

“O Presidente da República da Gâmbia Adama Barow a convite do seu homólogo guineense está efetuar uma visita de Estado ao país e para além do encontro entre as duas delegações, assistiram assinatura de um acordo entre o nosso ministro do Interior e o da Gâmbia”, lembrou Soares Sambú.

Acrescentou que, hoje é vez de assinar um outro acordo no domínio do comércio, que não é nada mais de que a consagração dos princípios básicos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), relativamente a livre circulação de pessoas e bens no espaço comunitário.

Por isso, Soares Sambu afirmou que a materialização deste pressuposto é muito importante, devido as dificuldades que os comerciantes e empresários enfrentam nos postos fronteiriços de ambos os países, de um lodo para outro.

“Este acordo permitirá suprir essas dificuldades e garantir maior fluxo em termos de trocas comerciais, entre Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal ou seja estamos a trabalhar numa perspetiva triangular, para facilitar a circulação de pessoas e bens”, informou o ministro da Economia, Plano e Integração Regional da Guiné-Bissau Soares Sambu.ANG/LPG/ÂC

Economia/Bissau acolhe Workshop de Gestão Financeira para novos empreendedores

Bissau, 09 Set 25 (ANG) – A capital Bissau acolhe entre os dias 08 e 11 do corrente mês, o Workshop “ABC Financeira” que visa capacitar novos empreendedores e transformar a forma como a juventude encara os negócios e a economia nacional.

De acordo com a plataforma Média Digital, o evento aposta na educação financeira como base para fortalecer o setor privado e impulsionar o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, e a iniciativa  é organizada pela Plataforma "RAGASA MANGA" em parceria com "Consult Services Trading, Sarl", sob o lema “Controle o seu recurso financeiro para o crescimento sustentável”,

O referido workshop é conduzido pelo economista e operador económico José Nico Djú e inclui módulos sobre educação financeira, atividade económica sustentável, comércio internacional e gestão financeira prática para resultados, “É hora de agir, não de lamentar”

Nico Djú destacou que é importante criar condições que favoreçam o surgimento de novos empresários, sublinhando que o caminho para reduzir a pobreza começa dentro das famílias, com maior consciência financeira.

“É fundamental que haja educação financeira desde os lares. Isso ajuda a distribuir responsabilidades e a minimizar o peso das despesas, muitas vezes suportadas por uma única pessoa, o que gera pobreza e dificuldades”, afirmou.

O especialista apelou a juventude no sentido de serem mais empreendedoras e menos dependentes e que deixem de lamentar e que sejam proativos na criação de pequenos negócios rentáveis, uma vez que a atitude não só beneficia o empreendedor, como também fortalece toda a estrutura familiar.

Aquele responsável, disse que a economia guineense precisa mais de operadores privados capazes de gerar riqueza, emprego e inovação, explicando que o mercado se divide entre bens e serviços, ambos dependentes de empreendedores visionários, e que o Estado deve garantir equilíbrio através de políticas macroeconómicas.

“Onde existe uma boa ideia de negócio, existe mercado e, consequentemente, capital, a equação é simples necessidades geram mercado, o mercado gera capital, e o capital dá origem a empresas,” concluiu.


O Workshop ABC Financeira surge como uma oportunidade estratégica para jovens e futuros empresários guineenses adquirirem competências sólidas, para transformarem ideias em ações que vai contribuir para a construção de uma economia mais resiliente e autossustentável.
AMG/Digital Média

 

França/Macron nomeará novo primeiro-ministro francês “nos próximos dias”

Bissau 09 Set 25(ANG) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que nomeará um sucessor para François Bayrou "nos próximos dias", após o primeiro-ministro ter perdido por ampla margem a moção de confiança que havia convocado na Assembleia Nacional.

"O Presidente da República nomeará um novo primeiro-ministro nos próximos dias", segundo o comunicado de imprensa do Palácio do Eliseu, em que Macron afirma ter "tomado nota do resultado da votação dos deputados" e que receberá na terça-feira o ainda primeiro-ministro Bayrou. 

Um total de 364 deputados votou contra a moção de confiança, enquanto 194 apoiaram-na, forçando a queda do Governo liderado por Bayrou, que estava no cargo há apenas nove meses.

A primeira queda de um Governo da Quinta República durante uma moção de confiança, neste caso convocada pelo centrista Bayrou, surgiu devido à falta de apoio à sua proposta de orçamento do Estado para 2026, muito contestada, em que previa 44 mil milhões de euros de poupanças para reduzir a dívida do país.

É esperado que o chefe de Estado francês escolha um novo primeiro-ministro de direita ou do centro que seja aceite pelo Partido Socialista, que se declara pronto para governar, tentando assim evitar mergulhar a França numa crise política mais grave.

Macron, cada vez menos popular e prestes a enfrentar algumas manifestações que prometem parar o país, poderia ter optado por convocar eleições antecipadas, tal como fez em junho de 2024, sem garantias de ficar com uma Assembleia Nacional menos fragmentada ou com uma maioria mais clara, queimando uma cartada que pode usar mais tarde para um novo Governo.

A França Insubmissa (LFI, esquerda radical) deverá apresentar uma moção de destituição contra Macron na próxima semana, anunciou a presidente dos deputados, Mathilde Panot.

Desde o início do segundo mandato de Emmanuel Macron, em maio de 2022, sucederam-se na liderança do executivo francês Elisabeth Borne (até janeiro de 2024), Gabriel Attal (até setembro de 2024), Michel Barnier (até dezembro de 2024) e François Bayrou, que esteve nove meses no cargo.ANG/Inforpress/Lusa

França/Deputados votam contra programa do Governo e Bayrou vai apresentar demissão

Bissau, 09 set 245(ANG) - O Governo do primeiro-ministro François Bayrou obteve apenas um terço dos votos de aprovação ao seu programa de Governo levando assim à queda do executivo em França. Bayrou apresenta hoje a demissão ao Presidente da República enquanto o Eliseu já procura um ou uma substituta.


Sem grande surpresa, o Governo de François Bayrou caiu após o voto de confiança não ter conseguido passar na Assembleia Nacional. Dos 558 que votaram (entre os 589 eleitos), 194 votaram a favor do programa do Governo e 364 votaram contra, levando à queda deste executivo.

Num último discurso perante o parlamento, François Bayrou lembrou que os deputados iriam derrubar o Governo, mas não "podiam apagar a realidade", ou seja, a dívida da França que está actualmente a 113.9% do PIB e que o chefe de Governo queria tentar resolver através de um Orçamento de contenção. O primeiro-ministro abandonou a Assembleia cerca de cinco minutos após a votação e terá reunido depois todos os ministros para uma palavra de adeus na sua residência oficial, o Palácio de Matignon.

Na terça-feira de manhã, segundo os meios de comunicação franceses, François Bayrou vai apresentar formalmente a sua demissão a Emmanuel Macron. O Palácio do Eliseu disse que escolherá um primeiro-ministro "nos próximo dias".

Face a uma queda iminente, o Presidente já estaria nos últimos dias à procura de um novo primeiro-ministro, colocando-se o facto de não haver qualquer maioria possível apenas com uma força política já que ninguém detém o número necessário de deputados no parlamento.

A extrema-direita de Marine Le Pen pede a dissolução da Assembleia e uma nova eleição legislativa, já os socialistas pedem a nomeação de uma figura de esquerda. A extrema-esquerda pede a demissão de Emmanuel Macron, anunciando apresentar nos próximos dias uma proposta de destituição do chefe de Estado. Na quarta-feira prevê-se uma paralisação geral do país de forma a protestar contra as possíveis medidas de austeridade.ANG/RFI

 

Ucrânia/ Zelensky acusa Rússia de matar mais de 20 civis em bombardeamento

Bissau, 09 set 25(ANG) - O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de matar mais de 20 civis num bombardeamento sobre uma aldeia na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.


"Um ataque aéreo russo brutalmente selvagem sobre a povoação rural de Yarova, na região de Donetsk. Diretamente sobre pessoas. Civis comuns. No preciso momento em que as pensões estavam a ser pagas. Segundo informações preliminares, mais de 20 pessoas foram mortas. Não há palavras... As minhas condolências a todas as famílias e entes queridos das vítimas", disse Zelensky.

O Presidente ucraniano defendeu que "tais ataques russos não devem ficar sem uma resposta adequada por parte do mundo. Os russos continuam a destruir vidas (...). O mundo não deve permanecer em silêncio".

"O mundo não deve permanecer inerte. É necessária uma resposta dos Estados Unidos. É necessária uma resposta da Europa. É necessária uma resposta do G20. São necessárias ações firmes para que a Rússia deixe de causar mortes", acrescentou Zelensky.

Zelensky publicou um vídeo que mostra corpos espalhados pelo chão, próximos de uma carrinha muito danificada que era utilizada pelos correios ucranianos, principalmente para distribuir pensões em zonas rurais.

O governador regional, Vadym Filashkin, indicou que o ataque aéreo provocou "pelo menos 21 mortos" e o mesmo número de feridos.

"Esta não é uma ação militar, é puro terrorismo (...). As equipas de resgate, os médicos, a polícia e as autoridades locais estão na área" afetada pelo bombardeamento, acrescentou Filashkin.

A aldeia de Yarova está localizada a menos de dez quilómetros da linha da frente com a Rússia. Tinha uma população de cerca de 1.800 habitantes antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.ANG/Lusa

 

Coreia de Sul/Seul vai enviar avião para repatriar mais 300 trabalhadores sul-coreanos detidos nos EUA

Bissau, 09 Set (ANG) – A Coreia do Sul vai enviar um Boeing 747-8i da Korean Air aos Estados Unidos para repatriar os mais de 300 trabalhadores sul-coreanos detidos na operação de imigração realizada numa Mega fábrica da Hyundai na passada sexta-feira.

O avião partirá o mais tardar esta quarta-feira do Aeroporto Internacional de Incheon com destino ao aeroporto Hartsfield-Jackson, em Atlanta, Geórgia (EUA), segundo fontes da indústria da aviação citadas hoje pela agência de notícias local Yonhap.

Seul já tinha anunciado que os mais de 300 trabalhadores sul-coreanos detidos após uma grande operação de imigração numa fábrica da Hyundai no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, iriam ser libertados e levados para casa.

As autoridades de imigração dos Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que detiveram 475 pessoas, a maioria delas cidadãos sul-coreanos, quando centenas de agentes federais procederam a uma inspeção na fábrica da Hyundai na Geórgia, onde a marca sul-coreana tem uma linha de montagem de veículos elétricos.

Os agentes concentraram-se numa fábrica ainda em construção, na qual a Hyundai fez uma parceria com a LG Energy Solution para produzir baterias que alimentam veículos elétricos.

O chefe da diplomacia sul-coreana, Cho Hyun, anunciou no último fim de semana que mais de 300 nacionais da Coreia do Sul tinham sido detidos e que viajaria pessoalmente para os Estados Unidos para tentar acordar com as autoridades norte-americanas uma solução para o caso.

A operação foi a mais recente de uma longa série de inspeções realizadas no quadro da agenda de deportação em massa da Administração do Presidente Donald Trump.

Ainda assim, distingue-se pela dimensão e porque o local visado tem sido apresentado como o maior projeto de desenvolvimento económico do estado da Geórgia.

Por outro lado, a operação também surpreendeu Seul, que é uma importante aliada de Washington. Em julho, a Coreia do Sul concordou em comprar aos Estados Unidos 100 mil milhões dólares (85,37 mil milhões de euros) de energia, assim como fazer um investimento em território norte-americano de 350 mil milhões de dólares (298,8 mil milhões de euros) em troca da redução das tarifas alfandegárias decretadas por Trump.

Há cerca de duas semanas, por outro lado, os dois chefes de Estado encontraram pela primeira vez na Casa Branca.

O episódio voltou a colocar em discussão a denúncia constante das empresas sul-coreanas sobre a falta de vistos adequados para enviar técnicos às suas fábricas nos Estados Unidos. A ausência de autorizações de trabalho adequadas levou muitos trabalhadores a viajar com vistos que não lhes permitiam realizar tarefas nas obras em causa, segundo Seul.

Paralelamente, o recente acordo comercial assinado com a administração Trump inclui compromissos de investimento por parte de Seul em áreas-chave como baterias e semicondutores, o que aumenta ainda mais a necessidade deste tipo de pessoal especializado.

O caso gerou um descontentamento geral na Coreia do Sul, que incluiu protestos em Seul. Uma pesquisa da Realmeter publicada na terça-feira mostrou que quase 60% dos cidadãos se declararam profundamente decepcionados com o governo norte-americano do Presidente Donald Trump devido a medidas consideradas excessivas, contra 31%, que disseram entender a medida como uma ação inevitável das autoridades migratórias americanas.ANG/Inforpress/Lusa


Conflito Médio Oriente/Ministro da Defesa de Israel ameaça destruir a cidade de Gaza

Bissau, 09 Set 25(ANG) - O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse hoje que Gaza vai ser destruída se o Hamas não libertar os reféns.

"Hoje, uma poderosa tempestade, semelhante a um furacão, atingirá os céus da cidade de Gaza", ameaçou Katz numa mensagem divulgada através das redes sociais.

O ultimato do ministro israelita ocorreu depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter emitido um "aviso final" ao movimento palestiniano que controla Gaza, pedindo que libertasse todos os reféns.

No dia 07 de outubro de 2023, o Hamas atacou Israel fazendo 1.200 mortos tendo sequestrado 250 pessoas.

A resposta militar de Israel contra o enclave palestiniano fez até ao momento mais de 60 mil mortos, de acordo com o Hamas.

Atualmente decorre uma operação militar israelita concentrada na cidade de Gaza, no norte do enclave.

"Este é um último aviso aos assassinos e violadores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no estrangeiro: libertem os reféns e deponham as vossas armas, ou Gaza será destruída e serão aniquilados", acrescentou o ministro da Defesa de Israel na mesma mensagem.ANG/Inforpress/Lusa


Costa do Marfim/Primeiro-ministro lança alerta sobre febre de Lassa que provoca 100 mil mortes anualmente no espaço CEDEAO

Abidjan, 09 Set 25 (ANG) – O Primeiro-ministro da Côte d´Ivoire alertou, segunda-feira, que a febre de Lassa é responsável por cerca de 300 mil  infeções anuais na África Ocidental,  das quais 100 mil resultam em mortes .

Robert Beugré Manbé discursava na Conferência internacional da CEDEAO sobre a febre de Lassa, promovida pela Organizada Oeste Africa da Saúde(OOAS) em Abidjan, na Côte d`Ivoire, em colaboração com  o governo da Côte d´Ivoire e a OMS.

A conferência deve durar quatro dias e reúne  cerca de 500 participantes,  cientistas, investigadores, médicos, decisores políticos, profissionais de saúde de estados membros da CEDEAO. 

O chefe do Governo ivoiriense destacou que até Maio  deste ano, mais de 65 epidemias foram registadas no continente africano, e que só a Cólera provocou cerca de seis mil mortes.

“Face à esta situação temos a obrigação de agir com vigor e rigor para proteger a saúde da nossa população e a assegurar um bem-estar. Neste quadro, muitas iniciativas  em curso merecem ser reforçadas. Tratam-se, nomeadamente, da prevenção, preparação e de resposta à estas epidemias”, disse  Mandé.

Acrescentou que a OOAS se empenha ativamente na gestão de ameaças e as crises sanitárias existentes no espaço CEDEAO, através  de estratégias que estão na origem da realização desta conferência .

Felicitou a OOAS pelas ações de assistência técnica que dispensa aos serviços competentes dos estados da região,  face as exigências sanitárias, não obstante os  raros recursos financeiros mobilizáveis.

“A presente conferência sob o tela “Para além das Fronteiras” vai reforçar a cooperação regional, para lutar contra a febre de Lassa e as doenças infectuosas emergentes”, disse.

Para Robert Beugré Mandé a conferência representa uma ocasião para se aprofundar a  reflexão sobre a segurança sanitária ligada à doenças emergentes no espaço CEDEAO.

Felicitou à todos os peritos e investigadores que deverão debater e partilhar experiências  e sobretudo propor soluções  aos decisores, a fim de diminuir o sofrimento das populações dos efeitos da febre de Lassa e outras doenças emergentes.

O Primeiro-ministro da Côte d´Ivoire disse estar convencido de que é preciso uma nova linguagem e nova visão que recaem, essencialmente, sobre a prevenção e atenuação dos riscos.

Disse que a  cooperação e solidariedade regional devem ser uma saída da luta contra as doenças ditas emergentes.

Robert Mandé sublinha  que cada estado da CEDEAO  deve beneficiar  de apoio multiforme de estados vizinhos , porque os vírus das doenças não têm fronteiras.

“Devemos todos ter o espírito de que uma epidemia localizada num país do espaço CEDEAO é  capaz de propagar para outros países da região. Os  estados  devem se esforçar,  em conjunto, para conter as  epidemias nas fontes, a fim de evitar as suas propagações",. Disse

Reafirmou o engajamento do seu país no apoio à todas as iniciativas que visam o combate as epidemias no conjunto dos países membros da CEDEAO e disse desejar que a conferência seja capaz de produzir soluções concretas a serem submetidos aos decisores dos estados da região .

“Individualmente cada país pode fazer bem mas coletivamente um país pode ser excelente”, vincou.

A frebe de Lassa, de origem animal(rato) é considerado um dos desafios de saúde pública mais persistente da África Ocidental.

Segundo um comunicado distribuído à imprensa, a OOAS e seus parceiros promovem a conferência de Abidjan  para partilha das mais recentes avanços  científicos, e estratégias inovadoras de controlo e abordagem colaborativas, para a prevenção, diagnóstico e tratamento de Lassa- uma febre hemorrágica viral  endémica  em parte de África Ocidental, associada a elevada morbilidade e mortalidade.

Para além de discursos, a conferência ainda contempla  atividades em formatos de  painéis e workshops técnicos, em que são abordados os avanços de desenvolvimento de vacinas e diagnósticos; envolvimento comunitário e estrategas de preparação; vigilância,  resposta a surtos e colaboração transfronteiriça; quadro político para um controlo sustentável e de eliminação das doenças.

A conferência ainda inclui  uma mesa-redonda ministerial, co-presidida pelo Diretor-geral da Organização Oeste Africana da Saúde, Melchior Athanase Aissi, pelo ministro da Saúde  e Bem-Estar Social da Nigéria, Professor Muhammad Ali Pate e pelo ministro da Saúde , Higiene Pública e da Cobertura Universal da Saúde da Côte d´Ivoire, Pierre N´Dimba.

A febre de Lassa, refere o comunicado, representa uma séria ameaça a saúde pública , e uma em cada cinco infeções resulta em doença grave e o vírus afeta vários órgãos, como o fígado, o baço e os rins.

“Para além do impacto na saúde , a inexistência de uma vacina e a ausência  de um medicamento antiviral aprovado acarreta graves consequências socioecónomicas, sobretudo para comunidades rurais desfavorecidas”, lê-se no comunicado.

A Guiné-Bissau é representada  nesta conferência pelo ministro da Saúde Pública, Augusto Gomes.

O DG da OOAS disse que a conferência é um apelo à ação para enfrentar os desafios persistentes associados à febre de Lassa, promovendo avanços na investigação, nos diagnósticos e em soluções  lideradas pelas comunidades, ao  mesmo tempo que reforça as estratégias de preparação e resposta contra  doenças zoonóticas. ANG

(Despacho de Salvador Gomes, jornalista convidado pela CEDEAO para cobertura da conferência)


Eliminatória Mundial 2026
/Guiné-Bissau vence Djibuti por (2-0) e regressa às vitórias

Bissau, 09 set 25(ANG) - A seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau(Djurtus), bateu esta segunda-feira (08-09), a sua congénere de Djibuti por (2-0), no jogo da oitava ronda do grupo A, da zona africana de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026.

O Jogo disputado no Estádio Nacional 24 de Setembro, tendo os Djurtus entrados com muita pressão, encostando os adversários atrás da linha de bola e criaram muitas ocasiões de golo na baliza de Djibuti.

Os Djurtus carregavam sistematicamente e Djibuti só jogava no seu campo, saindo em contra-ataque. Contudo, o conjunto comando por Emiliano Té não tirava o pé no acelerador.

À medida que o jogo prosseguia, só restava a Guiné-Bissau no jogo, porém o caminho de golo era praticamente invisível para os Djurtus com falhanços incríveis, levando o desafio ao intervalo sem golos (0-0).

Partida recomeçou com a mesma intensidade, Guiné-Bissau carregava fortemente e Djibuti manteve a sua estratégia de “ante-jogo”, tentando quebrar o ritmo que os Djurtus imprimiam no jogo. Aos 54 minutos, Iano Simão Imbeni fez levantar todo o Estádio Nacional 24 de Setembro, com uma “bomba” de longa distância e a bola só parou no fundo da baliza.

A Guiné-Bissau segue-se com a supremacia no jogo e público também encantava o desafio nas bancadas com o ritmos tradicionais, revelando claramente a satisfação pelo nível do jogo apresentado pelos comandos do mister Emiliano.

Apesar da desvantagem no marcador, a turma de Djibuti não parava de tentar à baliza adversária, porém foram os Djurtus que acabaram por aumentar a vantagem para duas bolas a zero, desta vez, com assinatura de Fali Candé, aos 82 minutos, valendo assistência de Mamadi Camará.

Mesmo com a vantagem, a Guiné-Bissau não parava de pressionar, chegando cada vez mais na área adversária, contudo, o resultado manteve até ao fim da partida, com a turma guineense a regressar aos triunfos após 10 jogos sem ganhar.

Com este resultado, a Guiné-Bissau alcança 10 pontos na tabela classificativa, mas sem hipótese para qualificar à fase final do Campeonato do Mundo de 2026.ANG/Fut 245

 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Saúde Pública/Diretor Geral do HNSM perspetiva organizar uma “Jornada de Reflexão” para fazer face aos problemas sanitários  

Bissau, 08 set 25 (ANG) – O Diretor Geral do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM) perspetiva organizar uma “Jornada de Reflexão”, com a duração de cerca de uma semana,  para melhorar a qualidade dos serviços prestados e para fazer face aos problemas sanitários e enfrentar os desafios da atualidade e do futuro.

Em declarações exclusivas hoje à ANG, sobre as dificuldades no funcionamento deste maior estabelecimento hospitalar do país,  e das suas perspetivas, Vito José Henriques Mendes Pereira disse que a proposta para o efeito vai ser brevemente submetida ao governo, através do Ministério da Saúde Pública.

Vito Pereira afirmou que esta melhoria passa pela criação ou elaboração do manual de avaliação do desempenho do pessoal, o reforço do regulamento do funcionamento do Hospital Nacional Simão Mendes, na organização de recursos humanos, na identificação dos seus principais problemas e indicar soluções.

Acrescentou que, estes são entre outros assuntos que serão objectos de discussão na Jornada de Reflexão que se perspetiva realizar sobre o funcionamento do Hospital Simão Mendes.

“Este é o maior Hospital. É um hospital de referência e nele tem que estar bons e melhores técnicos, a começar com critério de seleção e a Jornada servirá para  apresentar um conjunto de propostas que visam melhor o funcionamento do hospital”, assegurou Vito Pereira.

Informou que, o Laboratório do hospital funciona 24h/24h, o Serviço de Urgência melhorou parcialmente em termos de atendimento, apesar de insuficiente, o Bloco Operatório, que outrora deparava com dificuldade no funcionamento, melhorou-se consideravelmente.

Nesta entrevista, o Director Geral do Hospital Simão Mendes disse que assumiu o estabelecimento hospitalar numa situação um pouco “deplorável”, mas com a determinação de promover melhorias, porque na altura os serviços chaves quase não  funcionava.

Vito Pereira reconheceu que o Hospital Nacional Simão Mendes está com falta de recursos humanos em quantidade e qualidade, situação que reflete diretamente no atendimento, sublinhando que são questões que estão a ser reduzidas paulatinamente, com fixação de lista de escalas dos técnicos.

Disse que, a insuficiência dos recursos humanos tem a ver com fuga de quadros, após formação,  para o exterior do país.

Dai que, o Director Geral pediu a celeridade do executivo no processo de colocação do pessoal estagiário para suprir a insuficiência dos recursos humanos que se regista no Hospital Simão Mendes, para garantir a estabilidade emocional e profissional, porque as vezes alegam falta de recursos financeiros para ir ao trabalho.

Em relação as afirmações dos analistas, segundo as quais os serviços do Hospital são assegurados pelo pessoal estagiário, Vito José Henriques Mendes Pereira recusou tais afirmações, informando que o pessoal nesta situação trabalham acompanhados por um médico sénior, com capacidade técnica e experiência comprovada, mas em nenhum momento os serviços são dirigidos apenas por estagiários.

De acordo com o Vito Pereira o pessoal estagiários,  são as que beneficiaram de investimento do Estado e estão a espera de colocação da parte do governo, tendo renovado o seu pedido ou mais atenção do governo no sentido de proceder a sua colocação o mais rápido possível.

Interrogado sobre o número exato do pessoal em falta no Hospital Simão Mendes, Vito José Henriques Mendes Pereira disse que há insuficiências do pessoal em quase todas as áreas, desde enfermeiros, médicos, anestesistas ou seja em termos gerais o estabelecimento precisa no mínimo de 600 técnicos para colmatar as lacunas.

Porque o Hospital conta com 600 camas de internamento, dividido por 40 serviços, que funcionam 24/24 horas, por isso defendeu politica de retenção de quadros.

Em relação ao Centro de Hemodiálises disse que funciona com normalidade.

Quanto ao oxigénio, informou que a fábrica está a funcionar muito bem e o hospital dispõe do oxigênio suficiente para atender as necessidades dos utentes ou seja o hospital nunca teve rotura de oxigênio.  ANG/LPG/ÂC