Brasil/Pessoal da saúde leva presidente ao Tribunal Penal
internacional
Bissau, 28 Jul 20 (ANG) - Profissionais da s
aúde brasileiros apresentam queixa no Tribunal Penal Internacional contra o presidente Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade na sua gestão da pandemia de Covid-19.Mais de 86 000 pessoas morreram no gigante
sul-americano, segundo país mais infectado do mundo, a seguir aos Estados
Unidos.
São cerca de quarenta organizações representando mais
de um milhão de profissionais da saúde do Brasil que levam o caso perante o
TPI, Tribunal penal internacional.
Eles acusam o chefe de Estado de negar a gravidade da
pandemia.
Márcio Monzane, secretário regional dos profissionais
de saúde Uni Américas acusa Bolsonaro de
ter feito campanha contra medidas sanitárias.
"O
presidente Bolsonaro faz uma campanha permanente contra as medidas que são
adoptadas de isolamento social, de protecção, de apoio aos grupes vulneráveis.
Tentou por mais do que uma
vez impedir a ajuda emergencial, aos trabalhadores e às trabalhadoras que
perderam os seus empregos”, afirmou.
O texto sublinha que de quatro meses a esta parte Jair
Bolsonaro defende a retoma das actividades, contacta regularmente com multidões
e promove a cloroquina, sem levar em consideração o parecer dos cientistas. Com
esta queixa o pessoal da saúde espera chamar a atenção para a respectiva
situação.
« Nós já
temos mais de 500 trabalhadores do sector da saúde mortos por contágio do
coronavírus. É um número bastante grande e assustador. As demandas são muito
claras: eles falavam da falta de equipamento de protecção, da falta de máscara”,
refere a missiva.
Finalmente os autores da queixa lembram que a seguir à demissão de dois ministros da saúde são doravante os militares que ocupam os cargos principais do ministério, sem experiência porém no domínio sanitário. ANG/RFI
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