Rádio Capital FM/PAIGC
considera de “terrorismo de Estado” vandalização da estação emissora
Bissau, 27 jul 20 (ANG) – O Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) considerou de verdadeiro “terrorismo de Estado” a vandalização da Rádio Capital FM, que segundo os responsáveis da referida emissora, foi perpetrado por homens fardados e armados, que violaram e destruíram por completo todos os apetrechos técnicos e outros materiais desta Rádio, sita no Bairro Militar, em Bissau.A consideração consta numa nota à imprensa à que a ANG teve acesso esta
segunda-feira, na qual o PAIGC repudia este acto que considera “bárbaro e
inaceitável” em pleno século XXI.
Para o PAIGC o acto representa um “ignóbil atentado “que vai contra a liberdade
de expressão e de exercício de um jornalismo independente.
Diz em comunicado que o facto
caracteriza o actual “regime golpista” que desgoverna e atemoriza os
guineenses, na sua tentativa vã de calar as vozes que defendem a liberdade, democracia
e o Estado de direito democrático.
Acrescenta que, de ameaças e intimidações, o “governo golpista” passou à
ação bárbara de vandalizar uma estação radiofónica cujo único crime é o de
defender os superiores interesse dos guineenses, ao defender a liberdade, a
democracia e o Estado de direito democrático.
“Depois das agressões ao deputado Marciano Indi, ao bloguista
Doka Internacional, ao empresário Armando Correia Dias e seu irmão Caló Dias,
os cidadãos Almeida Cá, Li Cadre e mais oito jovens de Safim, o país escutou
com estupefacção o anúncio sobre o pretendido controlo das comunicações,
colocando a Segurança de Estado a monitorizar os órgãos de comunicação social e
os próprios cidadãos que utilizam cada vez mais as redes sociais”, refere
a nota.
A Guiné-Bissau e o PAIGC, segundo o mesmo documento, bem como as demais
forças políticas democráticas guineenses esperam da Comunidade Internacional
uma atenção mais que especial à mais um ato contra os direitos e as liberdades
dos guineenses.
O PAIGC reitera o seu repúdio à
atos desta natureza e a sua firme determinação em continuar a defender a
construção e consolidação da Paz, da Democracia e de um Estado de Direito
Democrático, e pede aos jornalistas e
homens da comunicação social, para não
se sentirem amordaçados por esta “ação
covarde”.
Aos jornalistas, técnicos e funcionários
da Rádio Capital FM o partido liderado por Domingos Simões Pereira apela a
continuidade de um jornalismo isento e que pauta pela verdade informativa
baseada na ética e deontologia profissional.
“Nada que seja imposto fora da vontade popular nas urnas será aceite ou
terá legitimidade no solo pátrio de Amílcar Cabral”, diz o partido no
comunicado.
A Rádio Capital FM foi vandalizada na madrugada de domingo por pessoas
fardadas e armadas que a destruiram por completo.ANG/DMG/ÂC//SG
Fechar uma estação emissora é terrorismo de um partido antidemocratico...
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