Mali/CEDEAO ameaça sancionar opositores ao seu plano de saída de crise
Bissau, 28 Jul 20 (ANG) - A Comunidade dos Estados da
África do Oeste,CEDEAO ameaçou segunda-feira sancionar opositores ao seu Plano
de saída de crise no Mali, que prevê manter o Presidente Keita no poder,
mas defende a formação rápida de um governo de união nacional incluindo a
oposição e eleições legislativas parciais.
Os 15 Chefes de Estado da CEDEAO, nomeadamente, os de
Cabo Verde e da Guiné Bissau, que participaram numa cimeira virtual
por videoconferência, sublinharam que adoptarão sanções "contra
aqueles que praticarem actos contrários ao processo de normalização" que
tem de ser implementado antes de sexta-feira.
Sob a presidência do chefe de Estado nigeriano,
Mahamadou Issoufou, todos os presentes na cimeira da CEDEAO,
apelaram o Mali à "união sagrada", com o objectivo de resolver a
crise política que fustiga aquele país desde junho.
Para o Presidente nigeriano Issoufou é indispensável
evitar o desmoronamento do Estado, o que teria consequências incalculáveis para
países vizinhos e o próprio Mali, que vive uma crise de segurança há mais de oito
anos seguida da crise sanitária devido à Covid.
Na sua qualidade de Presidente em exercício da CEDEAO,
Mahmoud Issoufou, liderou na quinta-feira uma delegação de 5 chefes de Estado
da região a Bamaco, à procura duma solução mas tal não permitiu reconciliar o
poder e a oposição.
Por seu lado, o presidente do Mali, Ibrahim
Boubacar Keïta, denunciou um "golpe de Estado em preparação" liderado
por um influente chefe religioso, o imã ,Mahmoud Dicko, que segundo ele, quer
pôr em causa a laicidade do país.
Recorda-se que a 10 de julho último, a terceira
manifestação contra o poder em Bamaco, provocou incidentes graves e mortos. Uma
violência que prosseguiu fora da capital nomeadamente na região de Tombuctu, no
norte onde o corpo do presidente duma comuna foi encontrado crivado de
balas.
Um soldado francês de origem malgache morto na quinta-feira por um carro suicida, foi homenageado esta tarde no Museu do exército dos Inválidos em Paris.ANG/RFI
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