Rádio
Capital FM/Sinjotecs
e Ordem dos Jornalistas condenam destruição da estação emissora privada
Bissau, 27 Jul 20 (ANG)- O Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) e a Ordem dos Jornalistas condenaram hoje a invasão e o vandalismo praticado por pessoas fardadas e armadas na noite do passado Domingo na Rádio Capital FM(CFM).
Indira Correia Baldé, numa
conferencia de imprensa conjunta disse que a organização que dirige condena,
com toda a sua força, o acto, frisando que foi feito pelas pessoas cobardes e
que não sabem como alguém age quando não se conforma com uma ou outra situação.
“Ontem foram enviadas duas
polícias para todos os órgãos de comunicação social, por isso pedimos as nossas
autoridades para que o gesto não seja só durante estes dias, mas que continue
para todo o tempo, porque a nossa integridade física deve ser garantida”,
apelou.
Correia Baldé pediu á
Policia Judiciaria para que efectue uma investigação e fazer os levantamentos do
ocorrido para que este caso seja uma excepção e que as investigações cheguem ao
fim para que os seus actores sejam conhecidos e responsabilizados.
A líder do Sinjotecs disse
julgar que dentro de uma semana a Polícia Judiciaria já estará em condições de
dar uma resposta, tendo apelado ao governo para igualmente assumir um
engajamento nesse sentido.
A Presidente do Sinjotecs lamentou
que os 30 funcionários afectos àquela
estação emissora e suas famílias estejam em dificuldades forçadas e agradeceu a onda de solidariedade que o incidente provocou junto
da população.
Coreia Baldé pede aos
lesados por qualquer trabalho desta estação emissora e outras que recorram a
forma prevista pela lei para a resolução dos problemas, em vez de praticar
actos que considera de “cobardes”.
“Este acto representa um desafio para os
profissionais da comunicação social porque as pessoas querem amedrontar a
nossa classe, e querem nos calar, mas a nossa missão é formar, informar e
educar a sociedade. E isso, temos que o
fazer sem medo. Assumimos esta profissão com todos os riscos. Por isso devemos
fazer o nosso trabalho”, disse.
Alerta que a democracia e a liberdade de imprensa e
de expressão estão em risco no país, pelo que é preciso as defender.
“Desta vez se o inquérito
sobre o ataque à Rádio Capital FM for
concluído o sindicato vai realizar uma serie de acções reivindicativas entre
elas a paralização em geral de todos os órgãos de comunicação social da
Guiné-Bissau”, advertiu.
Adiantou qua, a partir de
hoje está lançada uma campanha denominada “Zero Comunicação em favor da
Liberdade de Imprensa e de Expressão no país.
Por Seu turno, o Presidente
da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga condena o que chamou de “atitude de vândalo” contra Rádio Capital FM, salientando
que é uma preocupação enorme uma vez que no país está-se a construir neste
momento uma nova narrativa para fazer com que todos os jornalistas tenham o
medo de ter acesso às fontes de informação ou seja, há uma filosofia de intimidar
as pessoas como se faz nos regimes militares.
“Nos regimes militares as
pessoas não tocam directamente ao jornalista, mas intimida-os para que este
tenha medo de colocar questões”,
informou”, disse, acrescentando, “o acto de ontem na Rádio Capital FM é prova disso”.
Nhaga salientou que silenciar a Rádio Capital FM não produz boa imagem a ninguém na Guiné-Bissau desde o
Presidente da Repúblia até ao Secretário de Estado da Comunicação Social.
Disse que a classe politica
guineense esquece que a avaliação dos seus desempenhos depende da imprensa
nacional ou seja a consolidação da democracia no país depende dos jornalistas
nacionais .
A Rádio capital FM , uma
iniciativa de um grupo de jornalistas nacionais ficou impedida de emitir em
consequência da destruição do seu emissor e outros equipamentos por um grupo de
homens fardados e armados na madrugada de domingo.
O Governo na pessoa do
ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Porta-voz do Governo, Serifo
Jaquité condenou de imediato o incidente e apelou a Polícia Judiciária a abrir
um inquérito para se responsabilizar os autores dessa destruição à estação
emissora privada muito critica ao poder.
O grupo RCFM, coordenado
pelo jornalista Lássana Cassamá ainda marca presença no mercado de comunicações
com uma estação comunitária de rádio, no Leste do país e uma emissão On line, a
Capital News. ANG/MSC/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário