Covid-19/Universidade de Macau lidera desenvolvimento de
vacina com “potente resposta” em animais
Bissau, 30 Jul 20 (ANG)
– A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) anunciou hoje que o
projecto que lidera sobre o desenvolvimento de uma vacina para a covid-19
induziu “uma potente resposta funcional de anticorpos” em animais.
De acordo com
comunicado, o professor Zhang Kang da Faculdade de Medicina da Universidade de
Ciência e Tecnologia de Macau lidera uma equipa de investigação conjunta com
instituições da China continental e de Hong Kong.
O estudo, publicado hoje
na revista académica Nature, segundo a MUST, aponta ter conseguido “induzir uma
potente resposta funcional de anticorpos nos ratos, coelhos e primatas não
humanos imunizados logo ao sétimo ou 14.º dias após uma injecção de dose
única”.
“O nosso pensamento
inicial ao conceber a nossa vacina em Janeiro de 2020 foi o de utilizar a menor
parte da proteína S [proteína Spike], de modo a produzir o melhor efeito
vacinal, mas com o menor potencial de efeitos secundários, tais como uma
complicação de melhoramento anticorpo dependente do corpo, por isso fizemos
cuidadosamente várias vacinas candidatas e testámos cada uma delas, e
concluímos que a RBD é a melhor candidata”, indicou o líder da equipa.
“Em retrospetiva, isso
parece óbvio agora, mas em Janeiro de 2020, quando todos os outros estavam a
avançar com a produção de vacinas, foi uma decisão difícil. Estamos agora
satisfeitos por não nos termos apressado e tomado a decisão certa antes de
avançarmos”, acrescentou.
No comunicado, a
universidade detalhou existirem mais de cem vacinas da covid-19 em
desenvolvimento no mundo, mas que “estão a enfrentar desafios árduos em termos
de eficácia, efeitos secundários e produção”.
No estudo, observou a
MUST, ficou demonstrado que “as vacinas recombinantes contra a região da
proteína Spike RBD podem induzir eficazmente uma resposta imunitária potente no
organismo com um bom perfil de segurança”.
A Universidade notou, contudo, que a “eficácia da vacina precisa de ser avaliada e validada em ensaios clínicos em humanos, que serão iniciados em breve”. ANG/Inforpress/Lusa
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