Rádio Capital FM/Centro PEN repudia práticas de violência contra a
estação emissora privada
Bissau,
29 Jul 20 (ANG) – O Centro de Poetas, Ensaístas Novelistas da Guiné-Bissau
(PEN) repudiou o acto de violência perpetrado contra a estação emissora Capital
FM e expressa sua inquietação perante o
que diz ser “clima de intimidação”
que reina no país.
O repúdio do PEN foi manifestado numa nota à imprensa à que a ANG teve acesso hoje, na qual considera o acto, não só um atropelo às liberdades e garantias constitucionais durame
nte conquistadas, mas sobretudo “sinais claros de implementação da ditadura no país”.“O
Centro de PEN, após ter tomado conhecimento da acção criminosa perpetrada
contra a Rádio Capital FM, na madrugada de 26 de Julho, vandalizando suas
instalações e equipamentos, manifestou a sua indefectível solidariedade com
todo o pessoal desse prestigiado órgão de comunicação, exigindo que o direito
constitucionalmente assegurado ao cidadão de informar e se informar seja
respeitado e aplicado à todos os níveis e por todas as instâncias do poder”, refere
a nota.
No
documento, os escritores, jornalistas e editores agrupados no Centro de PEN
declaram estar cientes de que a tendência ditatorial das acções em curso terá
implicações sérias e desastrosas tanto na consolidação da democracia e do Estado
de Direito como na promoção da unidade e coesão da nação guineense.
Por
outro lado, o Centro de PEN sustentou que a cada dia crescem sinais de que está
em curso um plano abrangente que visa a supressão, de forma paulatina mas
agressiva, das principais conquistas democráticas e constitucionais.
"Quase
três décadas após fim do regime de partido único e início do processo de
instauração de um sistema político baseado nos preceitos de Estado de Direito
democrático, vemo-nos novamente sob ameaça do automatismo, diz a nota.
O Centro de PEN condena sequestros e espancamentos de cidadãos, ilegal e impunemente perpetrados pelas autoridades policiais, ameaças à liberdade de expressão e de opinião incluindo a instalação do sistema de vigilância e escuta telefónica à revelia das leis e do direito privado e também tentativas de silenciamento de órgãos da comunicação social descordantes do regime. ANG/MI/ÂC//SG
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