Segurança/Ministério do Interior diz que desconhecia sequestro e espancamento de
bloguer Aly Silva
Bissau,10 Mar 21(ANG) - O Ministério do Interior disse desconhecer o sequestro e espancamento do bloguer Aly Silva, tendo sido informado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos, disseram fontes daquela instituição citadas pela Lusa.
As fontes do Ministério do Interior indicaram que não sabiam e que foram informados da situação pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.A Liga Guineense dos Direitos Humanos disse terça-feira estar a acompanhar com "bastante preocupação" informações que indicam que o jornalista e editor do blogue "Ditadura de Consenso", Aly Silva, foi sequestrado, espancando e abandonado em Bissau.
"Neste momento, o jornalista está a receber tratamento médico numa clínica privada, em Bissau", refere a organização não-governamental dos direitos humanos, em comunicado divulgado na rede social Facebook.
"A Guiné-Bissau é um Estado de Direito democrático onde a liberdade de expressão e de informação constitui a trave-mestra, sendo que qualquer delito resultante do exercício desse direito fundamental deve ser processado nos termos das leis vigentes no país", salienta.
Várias pessoas contactadas pela Lusa indicaram que António Aly Silva, que foi jornalista em Portugal, no jornal Independente, foi raptado, sequestrado e largado em Bolola, na zona industrial de Bissau.
Segundo a Lusa, o jornalista terá sido sequestrado ao início da tarde de terça-feira na zona entre o Centro Cultural Francês e a Empresa de Águas e Eletricidade da Guiné-Bissau, no centro da cidade.
Várias organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.
Um dos
casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a
Alternância Democrática (Madem G15), segunda força política do país e que
integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido
espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio
Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu
seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.ANG/Lusa
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