Líbia/Guterres insiste na partida de mercenários e militares estrangeiros
Bissau, 25 Mar 21 (ANG) – O secretário-geral da ONU, António Guterres,
afirmou quarta-feira continuar profundamente preocupado” com as informações
sobre a “presença persistente de elementos estrangeiros” em redor de Sirte e no
centro da Líbia.
No relatório é
referido que algumas forças estrangeiras partiram a 28 de Fevereiro do centro e
do oeste de Sirte em direcção a Wadi Harawa, 50 quilómetros a leste, para
ajudar a proteger a cidade e permitir a reabertura do aeroporto de
Al-Ghardabiya.
"[Mas] não
houve relatos de redução das forças estrangeiras ou de atividades no centro da
Líbia", lamenta António Guterres no relatório.
Em Dezembro de 2020,
a ONU estimou em 20 mil o número de soldados e mercenários estrangeiros activos
na Líbia.
"Reitero o meu
apelo a todos os atores nacionais, regionais e internacionais para respeitarem
as disposições do acordo de cessar-fogo, a fim de se assegurar a respectiva
aplicação sem demoras. E isso inclui o respeito total e incondicional do
embargo das Nações Unidas à venda de armas", incitou o secretário-geral da
ONU.
Vários relatórios
das Nações Unidas têm sublinhado a presença na Líbia de, entre outros,
mercenários russos, chadianos, sudaneses e sírios, bem como de unidades
militares turcas.
No relatório,
Guterres pormenoriza a sua proposta para a implantação gradual de uma missão de
observação do cessar-fogo e da saída de mercenários e tropas
estrangeiras.
No entanto, não
especifica o número de observadores previstos, que serão civis desarmados, de
acordo com as partes líbias.
Numa primeira fase,
o mecanismo de observação, integrado na Missão de Apoio das Nações Unidas na
Líbia (MANUL), estaria focado na estrada costeira, estendendo-se, depois, a um
triângulo entre Abu Grain, Bin Jawad e Sawknah, antes de uma possível terceira
etapa, alargando a operação a outras regiões.
Segundo diplomatas
citados pela agencias France-Presse que pediram anonimato, o Conselho de
Segurança aguarda por uma resolução que está a ser preparada pelo Reino Unido
para especificar o mandato desse mecanismo de observação e dar "luz
verde" para a sua activação formal. ANG/Angop
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