Covid-19/”Desigualdade no acesso às vacinas é grotesca”, diz
director-geral da OMS
Bissau, 23 Mar 21 (ANG) – O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou segunda-feira como grotesca a desigualdade entre países ricos e pobres no acesso às vacinas contra a covid-19, que disse estar a aumentar.
Segundo Tedros Adhanom
Ghebreyesus, a diferença entre o número de vacinas administradas nos países
ricos e nos países pobres (nestes últimos através do mecanismo de distribuição
universal e equitativa Covax) “cresce a cada dia”.
“E cada dia é mais
grotesca”, afirmou, na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia,
assinalando que “pouco foi feito” para evitar a “catástrofe moral” que
vaticinou em Janeiro para o mundo caso não fossem adoptadas medidas que
assegurassem a distribuição equitativa de vacinas.
“Temos os meios para
prevenir esta catástrofe”, sustentou, sublinhando que a distribuição desigual
de vacinas contra a covid-19, além de “um ultraje moral”, compromete a economia
e o combate epidemiológico.
“Alguns países estão a
tentar vacinar toda a população enquanto outros não têm nada. Isto pode
permitir [a esses países] uma certa segurança a curto prazo, mas na realidade é
uma falsa segurança”, sentenciou Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertando para o
aumento da probabilidade da resistência das vacinas ao coronavírus SARS-CoV-2
se houver mais variantes a circularem.
“O vírus vai ganhar
tempo para mudar, e talvez as vacinas não vão funcionar”, advertiu, apelando ao
aumento urgente da produção, distribuição e administração de vacinas para
“derrotar o vírus”.
A pandemia da covid-19
provocou, pelo menos, 2.716.035 mortos no mundo, resultantes de mais de 123
milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa
francesa AFP.
Em Portugal, morreram
16.784 pessoas dos 817.778 casos de infecção confirmados, de acordo com o
boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença
respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detectado no final
de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou
rapidamente pelo mundo. ANG/Inforpress/Lusa
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