Cabo Verde/M´Bala Alfredo Fernandes entrega passaportes à
comunidade guineense
M´Bala Alfredo
Fernandes, que falava à comunicação social sobre a sua deslocação à ilha da Boa
vista para entregar os passaportes à comunidade bissau-guineense radicada na
Boa Vista, disse que a deslocação da comunidade à cidade da Praia para efeito
de emissão de passaportes é “quase uma miragem”, o que veio a ficar mais
complicado com o desemprego que atingiu, principalmente a comunidade guineense,
devido à pandemia.
“Por isso entendeu-se
por bem que uma equipa deveria deslocar-se às ilhas do Sal e da Boa Vista para
poder minimizar o custo de deslocação à Praia para fazer o passaporte”, referiu
M´Bala Alfredo Fernandes.
Outro propósito desta
deslocação, conforme M´Bala Alfredo Fernandes, foi despedir-se da comunidade da
ilha da Boa Vista, tendo em conta que está no fim a sua missão diplomática em
Cabo Verde que o acolheu “amavelmente” em 2018.
“Muitas promessas que
tínhamos feito conseguimos cumprir algumas, e hoje estamos aqui para cumprir o
mais importante que é entregar mais de 200 passaportes aos guineenses que
solicitaram o passaporte num momento muito difícil”, afirmou o diplomata que aproveitou
a oportunidade para agradecer a colaboração da Câmara Municipal da Boa Vista e
do Comando Regional da Policia na distribuição dos passaportes.
Quanto ao encontro com a
comunidade guineense residente na ilha da Boa Vista explicou que “serviu para falar
sobre os avanços que houve”, sobre “a confraternização em termos dos ganhos
conseguidos desde a elevação do consulado-geral a Embaixada da República da
Guiné-Bissau, em Cabo Verde, e dos propósitos da politica externa da
Guiné-Bissau face ao Governo de Cabo Verde, nomeadamente dos últimos ganhos
desta ligação politica intensa entre os dois países”.
“Quis ainda trazer
algumas propostas para a melhoria da integração da nossa comunidade na ilha da
Boa Vista de uma forma geral, e tentar fazer com que a comunidade tenha mais
sentido de pertença e organizacional e manter a ligação à localidade de
origem”, disse o embaixador da Guiné-Bissau.
O embaixador da
Guiné-Bissau concretizou ainda que procurou ainda ouvir e compreender a
sugestão dos seus concidadãos para tentar melhorar o que poderá deixar como
legado, para a tarefa que considera “árdua” de erguer a missão diplomática em
Cabo Verde.
M´Bala Fernandes
reconheceu a integração dos guineenses, particularmente na ilha da Boa Vista,
onde a comunidade é trabalhadora e influenciada pelo próprio meio, sublinhando
ser “uma comunidade pacifica que está sempre ao lado da solidariedade da
população acolhedora da Boa Vista”.
“Para nós é uma
integração boa, mas ainda falta o que almejamos por causa dos documentos que nos
exigem para melhor integração que é a legalização dos mesmos. E por causa da
falta disso acaba por, de certa forma, dificultar a nossa legalização”, afirmou
M´Bala Fernandes referenciando, neste caso concreto, “com a legalização
jurídica e profissional”.
O embaixador M´Bala
Alfredo Fernandes referiu ainda que “a comunidade guineense está bem integrada
socialmente”, mas que poderia estar melhor se houvesse uma legalização a nível
de emprego e de documentação para poderem circular entre os dois países. ANG/Inforpress
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