Covid-19/União Africana compra até 400
milhões de vacinas à johnson&johnson
Bissau, 30 Mar 21 (ANG) - A União Africana vai comprar até 400 milhões de vacinas contra a covid-19 à farmacêutica Johnson & Johnson , alcançando metade do objetivo de vacinar 750 milhões de pessoas, anunciou segunda-feira o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).
"Todos os
países membros da União Africana vão ter acesso a 200 milhões de doses da
vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, com o potencial de poderem
encomendar mais 180 milhões de doses adicionais, através de um acordo assinado
a 28 de Março através do Fundo Africano de Aquisição de Vacinas", lê-se
numa nota do Afreximbank enviada segunda-feira à Lusa.
"A maioria será
produzida no gigantesco laboratório da África do Sul operador pela Aspen Pharma
e as vacinas serão disponibilizadas aos países africanos através da Plataforma
Africana de Fornecimento de Equipamentos Médicos num período de 18 meses",
acrescenta-se ainda no texto.
A transação foi
possível através do fundo de 2 mil milhões de dólares aprovado pelo
Afreximbank, que agiu como intermediário financeiro em toda a operação, diz o
banco, agradecendo "o apoio da Comissão Económica das Nações Unidas para
África e do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para as
Crianças [UNICEF]".
No comunicado, o
banco multilateral vocacionado para os investimentos salienta ainda que esta é
a vacina preferida pela maioria dos países africanos e aponta que o pagamento
pode ser feito em dinheiro ou usando as plataformas financeiras do próprio
Afreximbank.
"A aquisição
directa das vacinas pelos estados africanos através da iniciativa AVATT [Grupo
de Trabalho para a Aquisição de Vacinas em África] faz parte do objectivo
continental de atingir um mínimo de 60% de imunização da população africana
para eliminar a covid-19, uma meta que está em linha com outras regiões, como a
Europa e os Estados Unidos", lê-se no comunicado, que lembra ainda que
"a comunidade internacional de doadores comprometeu-se a fornecer 27% das
vacinas através da iniciativa Covax e Gavi, enquanto África terá de encontrar o
resto".
Para o director do
Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (Africa CDC), John
Nkengasong, "esta transação permite que África cumpra quase 50% do
objectivo de vacinar 750 milhões de africanos, e a grande vantagem desta vacina
é que é de toma única, o que a torna fácil de distribuir de forma rápida e
eficaz, e com isso salva vidas".
África regista, desde o início da pandemia, quase 112 mil vítimas mortais e 4,1 milhões de infectados com o coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com o África CDC.ANG/Angop
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