segunda-feira, 15 de março de 2021

Obituário/Ministro da Defesa considera Manuel Saturnino Costa de homem humilde e sensível à justiça

Bissau, 15 Mar 21 (ANG) – O ministro da Defesa Nacional, Sandji Fati considerou Manuel Saturnino da Costa de um homem humilde, solidário e muito sensível à justiça.

As declarações do governante foram proferidas na cerimónia de prestação de honras de Estado ao  malogrado, realizada esta segunda-feira, no Ministério da Justiça, presidida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, na presença de membros do Governo, amigos, familiares e conhecidos.

Fati disse que em 1980, Saturnino Costa aderiu ao Movimento Reajustador de 14 Novembro e tornou-se num destacado membro do Conselho da Revolução dirigido pelo João Bernardo Vieira (Cabi Na Fantchamna).

Como político e governante, de acordo com Fati, diferentes pastas foram confiadas ao Saturnino da Costa, nomeadamente a de chefe de Governo, do Interior e das Obras Públicas funções que segundo Fati foram exercidas sempre com zelo, dedicação, espírito de missão e bem servir, que  caracteriza o falecido enquanto guineense comprometido com o seu Povo.

“O nosso camarada Manuel Saturnino da Costa dedicou toda a sua vida à causa da liberdade e progresso do Povo, após as primeiras eleições multipartidárias de 1994”, referiu Fati.

Aquele governante disse ainda que o malogrado assumiu o cargo do Chefe do governo, e que no exercício dessa função marcou o quotidiano político guineense com a tomada de decisões não só marcantes como também de grande significado político e socioeconómico.

“É nesse período, sob a sua sapiência liderança que se iniciou o processo de integração monetária, a troca do Peso(antiga moeda) para Franco cfa, uma iniciativa sublime e importante que alterou a dinâmica económica e financeira do país”, sustentou.

Sandji Fati sublinhou que mesmo depois de deixar a vida política ativa por questão de saúde, Saturnino Costa nunca deixou de acompanhar a atualidade e dinâmica política do país.

Disse que o antigo combatente fez parte do primeiro grupo de pessoas que  Amílcar Cabral enviou para preparação militar em Pequim, República Popular da China, acrescentando que era o único sobrevivente do grupo que teve um papel determinante e decisivo na realização do Congresso de Cassacá.

Em nome da família, Ninfa da Costa, a filha do malogrado, disse que o seu pai foi um homem valorizado no caráter, agradecendo à todos os guineenses pela confiança que fora depositada ao malogrado ao longo do exercício das funções desempenhadas.

Manuel Saturnino da Costa nasceu em 1942, em Bolama, faleceu na quarta-feira passada,
dia 10 de Março em Bissau vítima de doença prolongada.

Os seus restos mortas foram hoje a enterrar  no Cemitério Municipal de Bissau. ANG/DMG/ÂC//SG

 

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