Cabo Verde/Processo de
legalização continua a ser o calcanhar de Aquiles dos guineenses
Bissau, 17 Mar 21 (ANG) – A facilitação de processos de
legalização, apoio para os estudantes guineenses, apoio para as famílias mais
carenciadas e criação de condições para investidores são algumas das
preocupações apresentadas à ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau.
Essas e outras preocupações foram expostas terça-feira durante o
encontro entre a chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, e a comunidade
guineense residente em Cabo Verde.Foto Arquivo
Para a ministra, a questão da legalização é um processo
prioritário para o Governo guineense, mas a facilitação e integração dos
cidadãos guineenses irão depender das autoridades cabo-verdianas, que apesar da
história comum e dos laços sanguíneos entre os dois povos, a própria relação
política diplomática justifica o tratamento especial na aquisição de documentos
ou na legalização.
“Não foi assinado nenhum acordo de legalização nem sequer foi
previsto alguma data para legalização extraordinária, mas, sim, um memorando de
entendimento que assinamos, e consta esta preocupação e esperamos que realmente
a comunidade cabo-verdiana, tão brevemente e quanto possível, possa facilitar a
integração dos guineenses”, referiu.
Por outro lado, assegurou que a Guiné-Bissau é um país livre e
está aberto para todos os guineenses e que neste momento não há nenhum
impedimento contra investidores guineenses, mas sim medidas que incentivam os
naturais a investirem no seu país.
A nível da educação, afirmou que o Governo guineense não tem
condições para apoiar com bolsa de estudos os estudantes guineenses na
diáspora, e disse acreditar também que o Governo cabo-verdianos não faz o
mesmo.
“Cada país tem que entender a sua própria realidade. Entendo que
a questão da política de educação na Guiné-Bissau tem que ser de acordo com a
realidade da Guiné-Bissau, a nossa preocupação neste momento é criar estabelecimentos
de ensino no país e depois quando passamos estar fase iremos conseguir bolsas
para quem já está na diáspora”, referiu.
Durante a reunião, os participantes foram proibidos de fazer
filmagens e vídeos de direto, medida essa que deixou alguns guineenses
exaltados. ANG/Inforpress
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