Economia mundial/Banco
Mundial revê em baixa o crescimento para
4,1% este ano
Bissau, 12 Jan 22(ANG) – O Banco Mundial (BM) reviu terça-feira em baixa o crescimento da economia mundial, para 4,1% este ano, desacelerando da forte retoma de 5,5% em 2021, e melhorou as previsões para 3,2% em 2023.
De acordo com o relatório “Perspectivas Económicas Globais”, divulgado hoje, o desacelerar ao longo do horizonte de projecção reflecte o dissipar da procura reprimida e a retirada dos apoios orçamentais e monetários a nível global.A
instituição com sede em Washington cortou assim ligeiramente as perspectivas de
crescimento face aos 5,6% para 2021 previstos no relatório de Junho, bem como
aos 4,3% projectados para 2022. Por outro lado, melhorou em 0,1 pontos
percentuais a projecção para 2023 face aos 3,1% previstos anteriormente.
Depois
da forte recuperação em 2021, o BM explica que o crescimento da economia global
está a entrar numa “desaceleração acentuada” face a novas ameaças das variantes
da covid-19 e a um aumento da inflação, dívida e desigualdade de rendimentos.
No
relatório, alerta que estes riscos podem colocar em causa a recuperação das
economias emergentes e em desenvolvimento.
“A
economia mundial está a enfrentar simultaneamente a covid-19, a inflação e a
incerteza política, com gastos governamentais e políticas monetárias em
território desconhecido. O aumento da desigualdade e os desafios de segurança
são particularmente prejudiciais para os países em desenvolvimento”, disse o
presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, em comunicado.
Segundo
o responsável, “colocar mais países num caminho de crescimento favorável requer
uma acção internacional concertada e um conjunto abrangente de respostas
políticas nacionais”, acrescentou.
O BM adverte que a rápida disseminação da variante Ómicron indica que a pandemia provavelmente irá continuar a ter um impacto negativo na actividade económica no curto prazo. Além disso, uma desaceleração notória nas principais economias – incluindo os Estados Unidos e a China – irá ter impacto na procura externa nas economias emergentes e em desenvolvimento.ANG/Inforpress/Lusa
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