sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

INACEP/Director Geral  perspetiva para este ano reajustamento dos Recursos Humanos

Bissau, 07 Jan 22 (ANG) – O Diretor-geral da Imprensa Nacional,  disse perspetivar para este ano, 2022, o reajuste dos recursos humanos nesta gráfica estatal.

Em entrevista à ANG esta sexta-feira, Paulino Mendes justificou que a INACEP tem que viver o seu mundo real,  para, segundo diz, fazer funcionar a referida empresa, que não precisa de 150 funcionários como se verifica atualmente.

“Temos que aceitar que é preciso fazer saneamento na INACEP e isso passa realmente pelo reajustamento desta empresa à suas reais necessidades”, salientou.

Acrescentou que não pretende que a INACEP seja, à semelhança de outras empresas públicas, que fecharam suas portas e os seus funcionários se limitam agora a fazer vigílias nas portas dos ministérios, a pedir suas reformas que não têm porque não foram descontados.

Mendes destacou que, apesar de dificuldades financeiras, conseguiu pagar nove meses de salários, nos sete meses em que desempenha a função de Diretor-geral, incluindo dois meses em atraso, frisando que,contudo,, não está satisfeito porque os desafios que encontrou na INACEP são manifestamete grandes.

“Não sinto a vegonha de dizer que paguei os salários em dubreagem. Porque liquidamos as folhas e dizemos que descontamos para a segurança social, sindicatos, imposto da democracia e outros, mas, finalmente, a única coisa que descontamos é o impostos profissional e de selos porque somos forçados a fazê-lo senão, a folha do pagamento não vai ser assinado pelo Ministério das Finanças”, revelou.

Informou que há quase 22 anos que os funcionários da INACEP não conheceram a segurança social porque foi desativada desde 2000 até a data presente, e diz que  os funcionários são descontados na folha a taxa de 24% para a segurança social, mas esse dinheiro não é depositado, por falta de liquidez.

“Se alguém dizer que vai depositar na segurança social, não vai ter como pagar o salário e os funcionários não vão perdoar em relação a isso. O problema que está na falta de pagamento da segurança social é a liquidez”, frisou.

Mendes disse que o regresso à segurança social é um dos desafios para este ano, e  para fazer isso a empresa tem que criar a liquidez que é num valor estimado em e 840 milhões de francos cfa, em dívidas contraidas com a Segurança Social.

Revelou ainda que a empresa tem uma descoberta de 85 milhões de fcfa no Banco da África Ocidental (BAO), acrescentando que existe dívidas por toda a parte, sobretudo com os fornecedores.

 Paulino Mendes anunciou  que, no próximo mês de Fevereiro, vai suspender, por enquanto, o seu próprio subsídio de renda e os dos Diretores de serviços, a fim de aumentar o salário do resto de funcionários, pelo menos até a situação se  equilibrar.

Questionado sobre a exigência da sua empresa de retomar os serviços de produção de Bilhetes de Identidades e outros, Mendes, demonstrou  alguma esperança mas disse  que persistem  “muita resistência” em relação a transferência desses serviços para a INACEP.

“Sempre estranhei que a INACEP está há vários anos e é a única imprensa do Estado. Em 2020, foi este mesmo governo que  legislou os Estatutos da INACEP, que foram promulgados pelo Presidente da República e publicados no Boletim Oficial. Agora é uma lei. Entretanto, todos os serviços que estão nessa lei, nomeadamente, Bilhete de Identidade, Carta de Condução, Livretes, impressos de Certidão Narrativa Completa  e outros documentos oficiais até agora não deram entrada na INACEP. O que está a passar? Resistência”, disse.

Justificou que a razão é porque alguém não está interessado em ver esses serviços transferidos  para a INACEP, salientando que o serviço de produção de Bilhete de Identidade foi renovado com a 4ª adenda, isto quer dizer que, depois de contrato principal, houve 3 adendas de contrato de Bilhete de Identidade.

Acrescentou que ninguém sabe quanto tempo durará este contrato, que segundo Mendes, foi coberto de uma “confidelidade blindada”.

Disse esquecer se a INACEP é uma empresa enquanto tal para ter como finalidade angariar lucros, sublinhando que se esses serviços estivessem na INACEP, a direção não iria  estar na ginástica para poder pagar salários aos seus funcionários.

Aquele responsável chamou a atenção aos seus funcionários de que neste ano haverá mais rigor para que haja  mais produção, mais rendimento, a fim de realmente poder partilhar o resultado final. “Todos nós temos que dedicar mais”, disse. ANG/DMG/ÂC//SG

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