ONU/China e Rússia sublinham importância de acordo
para evitar a propagação de armas nucleares
Bissau,
04 Jan 22(ANG) – A Rússia e a China manifestaram segunda-feira a convicção de
que o compromisso assumido pelos membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU para evitar a propagação de armas nucleares vai reduzir tensões e
aumentar a confiança.
A
Rússia disse esperar que o compromisso assumido com Washington, Pequim, Londres
e Paris para impedir a propagação de armas nucleares ajude a reduzir as
“tensões”, ao mesmo tempo que considera “ainda necessária” uma cimeira dos
cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Esperamos
que, nas actuais circunstâncias difíceis para a segurança internacional, a
aprovação de tal declaração política contribua para a redução do nível de
tensões internacionais”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em
comunicado.
O
porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sublinhou, contudo, que Moscovo ainda
considera “necessária” uma cimeira das cinco potências nucleares.
Segundo
o ministério, o compromisso assumido pelas cinco potências nucleares é o
resultado de uma iniciativa de Moscovo. “Este documento foi preparado por
iniciativa e com a participação mais activa dos representantes russos”,
refere-se no comunicado.
O
Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse esperar que o compromisso
assumido pelos cinco países signatários “ajude a construir a confiança e a
construir as bases para o futuro controlo das armas ofensivas e defensivas”.
“A
declaração conjunta dos líderes dos cinco países detentores de armas nucleares
ajudará a aumentar a confiança mútua e a substituir a concorrência entre as grandes
potências por coordenação e cooperação”, disse, por seu turno, o vice-ministro
dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, citado pela agência Nova China.
O
compromisso para impedir a propagação de armas atómicas “aumentara a confiança”
e reduz o risco de conflito nuclear, considera Pequim, qualificando o acordo de
“positivo e de peso”.
A
declaração “encarna a vontade política dos cinco países para prevenir a guerra
nuclear e expressa a voz comum de manter a estabilidade estratégica global e
reduzir o risco de conflito nuclear”, disse Ma, reforçando que “os cinco países
devem assumir a declaração conjunta como um novo ponto de partida para aumentar
a confiança mútua, reforçar a cooperação e desempenhar um papel activo na
construção de um mundo de paz duradoura e segurança universal”.
Os
cinco países comprometeram-se hoje a “evitar a propagação” das armas nucleares,
num comunicado conjunto emitido antes de uma conferência de revisão do Tratado
de Não Proliferação (TNP).
No
comunicado, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança afirmam “que
uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser combatida”.
O
TNP, que entrou em vigor em 1970 para impedir a disseminação de armas
nucleares, foi assinado por 191 Estados. Os cinco membros permanentes do
Conselho de Segurança são os Estados legalmente reconhecidos como “equipados
com armas nucleares” pelo tratado.
Três outros países considerados como possuindo a bomba atómica – Índia, Paquistão e Israel – não são signatários do tratado. A Coreia do Norte, por seu turno, denunciou o TNP. ANG/Inforpress/Lusa
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