Angola/ Plataformas informativas digitais obrigadas a provarem legalidade
Bissau, 03 Jun 22 (ANG) - A actualidade angolana volta a ser dominada em torno da liberdade de imprensa, com a decisão das autoridades de Luanda de solicitarem às plataformas informativas digitais do país de provarem a legalidade da sua actividade.
O Ministério das Telecomunicações,
Tecnologias de Informação e Comunicação Social, notificou mais de dez
plataformas digitais e outras publicações jornalísticas para fornecerem a
documentação sobre o seu estado de legalização e proprietários, com o objectivo
do seu mapeamento e organização administrativa.
A medida foi acolhida com desconfiança
pela classe jornalística e sociedade civil angolana que tem criticado as
limitações à liberdade de imprensa, com o reforço do controlo da comunicação
social pelo Estado, que tem o monopólio do sector.
A comunicação social é, neste momento, um
dos temas fracturantes do debate político em curso no quadro da preparação das
eleições gerais, previstas para o próximo mês de Agosto. Em Angola, os meios de
comunicação social públicos são os mais desenvolvidos e capazes de cobrir todo
o território.
Para o MISA-Angola a decisão das autoridades “em
véspera de eleições”, dá a ideia “de que há algum receio” da cobertura
mediática por parte dos organismos de comunicação social privados.ANG/RFI
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