Guerra/Bombardeamentos
na Ucrânia estão a matar e mutilar crianças
Segundo
os últimos números do Gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, um total de 277 crianças morreram e 456 ficaram feridas desde
o início da guerra, principalmente devido à utilização de explosivos em áreas
urbanas.
Em
resposta, a Unicef apelou na terça-feira para o fim dos ataques a
infraestruturas civis e do uso de armas explosivas em áreas povoadas.
“[O
seu uso] está a matar e mutilar crianças e a impedi-las de regressar a qualquer
tipo de vida normal nas cidades e vilas que são as suas casas”, disse a
organização em comunicado.
“Passei
a última semana na Ucrânia, encontrando-me com crianças e famílias afetadas
pela guerra, vendo a resposta humanitária crítica da Unicef. Pude visitar Kiev,
Irpin, Bucha, Yitomir e Lviv, e o meu tempo no país deu-me uma imagem clara do
enorme impacto que a guerra na Ucrânia continua a ter nas crianças”, disse o
diretor regional da Unicef para a Europa e Ásia Central, Afshan Khan.
“Estamos
cada vez mais preocupados com a situação de acesso a água potável, com pelo
menos 1,4 milhões de pessoas no leste do país sem acesso a água corrente”, acrescentou
Khan, observando que pelo menos 256 instalações da Unicef na Ucrânia foram
atacadas, e uma em cada seis “escolas seguras” apoiadas pela Unicef no leste do
país foram danificadas ou destruídas.
Khan
disse que a guerra na Ucrânia “é uma crise de direitos da criança”, e que a
Unicef está a trabalhar para apoiar as crianças e as suas famílias “onde quer
que se encontrem no país.
“Este
papel crítico da Unicef na Ucrânia reflete-se no recente acordo alcançado com o
Governo para prolongar o programa nacional da Unicef até ao final de 2023, como
parte do quadro de transição das Nações Unidas”, acrescentou.
A
Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia,
que mereceu a condenação de grande parte da comunidade internacional, que
respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções à
Rússia. ANG/Inforpress/Lusa
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