Nigéria/PR promete votação "livre" nas
presidenciais
Bissau, 13 Jun 22 (ANG) - O Presidente
da Nigéria, Muhammadu Buhari, prometeu, domingo, durante o aniversário do
retorno à democracia do país mais populoso de África, que as eleições
presidenciais marcadas para 2023 serão "livres", "seguras"
e "transparentes".
"Sei que mutios estão preocupados com o aumento
da insegurança devido a actividades terroristas em algumas partes do país. O
governo está a trabalhar "duro" para garantir que as eleições gerais
de 2023 sejam seguras", disse Buhari, durante a reunião e num discurso
transmitido na televisão local.
Buhari prometeu "um processo
eleitoral livre, justo e transparente".
"Compatriotas nigerianos, o vosso
direito de escolher o vosso Governo será preservado e protegido",
acrescentou.
Com o lançamento oficial da campanha
presidencial e com os principais partidos a apresentarem o seu candidato, o
chefe de Estado lançou um apelo à unidade.
"Devemos manter uma atitude
razoável durante a campanha e as eleições. Este momento não deve ser
interpretado como de 'fazer ou morrer'. Democracia é que o povo possa expressar
a sua vontade. Deve haver vencedores e vencidos", sublinhou Buhari, por ocasião
do Dia da Democracia.
Sob críticas por um histórico
considerado catastrófico, Muhammadu Buhari está a terminar um segundo mandato.
Após anos de ditaduras militares, a
Nigéria voltou à democracia em 1999, embora persistam problemas de insegurança,
pobreza extrema, corrupção endémica e clientelismo.
O país é palco de uma insurgência
jihadista de mais de 10 anos no nordeste, gangues criminosos no noroeste e
centro, bem como distúrbios separatistas no sudeste.
A maior economia da África, enfraquecida
pelo impacto da pandemia da covid-19, está agora também a sofrer as
consequências da guerra na Ucrânia com o aumento dos preços dos combustíveis e
alimentos em todo o continente.
O ex-governador de Lagos Bola Tinubu,
bem como o ex-vice-presidente Atiku Abubakar foram nomeados, respectivamente,
para o Partido do Congresso dos Progressistas (APC) e o principal partido da
oposição, o Partido Democrático Popular (PDP).
Em causa estão dois homens muito
controversos: ambos estão na casa dos 70, extremamente ricos e que já foram
acusados de corrupção em várias ocasiões.
Desde que voltou ao regime civil, a
Nigéria realizou seis eleições nacionais, algumas delas marcadas por fraudes,
dificuldades técnicas, violência e questões legais. ANG/Angop
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