Celebração do Dia da Independência/Presidente da República destaca que o país
ganha de novo visibilidade internacional
nos últimos três anos
Bissau,16 Nov 23(ANG) – O Presidente da República destacou que, nos últimos pouco mais de três anos, a Guiné-Bissau conseguiu ganhar, de novo, uma visibilidade internacional positiva, reposicionando-se no concerto das nações.
Em mensagem à Nação, por ocasião da celebração dos 50 anos da independência do país e dos 59 anos da criação das Forças Armadas, Umaro Sissoco Embaló, acrescenta que, diante desta nova realidade, uma conclusão impõe-se: “a Guiné-Bissau realmente mudou, e mudou claramente pela positiva”.
“Hoje, depende de todos nós
guineenses, em especial das nossas Forças Armadas Republicanas, o respeito pelo
compromisso com a Guiné-Bissau, para a concretização dos objetivos da
Independência proclamada nas Colinas de Boé, à 24 de Setembro de 1973”,
salientou.
Sissoco Embaló saudou a presença
convidados e diz ser um prazer
enorme, para ele e todos os guineenses celebrar
os 50 anos da Proclamação da nossa Independência e os 59 anos das Forças
Armadas”, salientou.
O chefe de Estado sublinhou
que, tal como ontem, na Luta pela Independência, também hoje, nos esforços para
desenvolver o nosso país, a grande importância da solidariedade internacional é
reconhecida por todos.
“Desde os finais da década
de 1990, e durante pouco mais de duas décadas, a Guiné-Bissau "estava fora
do mapa" na comunidade internacional. Praticamente, só era referida por
maus motivos: pelos golpes de Estado que se sucediam e, consequentemente, por
uma instabilidade política persistente”, frisou.
Úmaro Sissoco Embalo afirmou
que, ao celebrar estas duas datas históricas no mesmo dia, está-se a
homenagear, duplamente, as Forças
Armadas, que de forma heroica e gloriosa, lutaram para alcançar a
Independência.
“A todos os que servem a
Pátria nas fileiras das nossas Forças Armadas, como eu próprio também servi, os
meus parabéns por este dia, 16 de Novembro”, disse.
Acrescentou que falar hoje das origens das Forças Armadas faz todo o sentido,
acrescentando que, menos de um ano após o início da Luta Armada - em Janeiro de
1963 -, as primeiras unidades de guerrilha do PAIGC, dispersas pelo território,
revelaram-se aguerridas, mas com perigosas manifestações de indisciplina no seu
seio, de desrespeito pela hierarquia e de abuso de poder no relacionamento que
mantinham com as populações.
Disse que, foi a clara
consciência da gravidade dessa situação que levou Amílcar Cabral a convocar uma
Conferência de Quadros, logo transformada em Congresso. Essa reunião magna
reuniu-se na localidade de Cassacá, sul da Guiné-Bissau, de 13 a 17 de Fevereiro
de 1964.
Frisou que, foi precisamente
para resolver aquela situação grave, a resposta do Congresso de Cassacá foi
precisamente orientar no sentido de se reformar as estruturas da guerrilha, que
acabou por resultar na criação das
Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), fruto de uma reorganização
completa do anterior dispositivo de guerra.
O Presidente da República sublinhou que, dez anos após uma vitoriosa Luta Armada pela Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, que Amílcar Cabral liderou, que só viria a ser concluída em 1974, o povo guineense erguia o seu Estado Soberano.
O chefe de Estado, informou
que, o amplo reconhecimento internacional do novo Estado, revelou a sua
verdadeira implicação estratégica: o Império Colonial deixou de poder
sobreviver.
“Essa “mensagem” de Madina
do Boé tinha de chegar, e realmente chegou ao seu verdadeiro destinatário: o
Estado português, em particular as suas Forças Armadas. De facto, sete meses
depois, o Movimento dos Capitães, em Lisboa, proclamava o fim do Império
Colonial, no dia 25 de Abril de 1974”, frisou.
Úmaro Sissoco Embaló
acrescentou que, estava assim aberto o caminho da Descolonização, base
histórica renovada para o desenvolvimento das relações de amizade e cooperação
entre os povos outrora colonizados e a antiga potência colonizadora.
A cerimónia comemorativa dos 50
anos da independência e dos 59 anos da criação das Forças Armadas, foi marcada
com a presença de sete chefes de Estado, dois vice-presidentes da República e
quatro primeiros-ministros e cujo ato marcado ainda com um desfile civil e militar na renovada
avenida Amílcar Cabral, em Bissau.ANG/ÂC//SG
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