quarta-feira, 15 de novembro de 2023

    Faixa de Gaza/Israel alega ter controlo de parlamento, polícia do Hamas

Bissau,15 Nov 23(ANG) - O exército israelita afirmou ter assumido nesta terça, 14 de Novembro, o controlo de várias instituições do Hamas na cidade de Gaza. Enquanto a situação no principal hospital do território causa grande preocupação, um estabelecimento cercado pelas forças israelitas que está privado também de energia e água, quase 180 corpos foram entretanto enterrados no recinto.

O parlamento e prédios do governo e da polícia, até agora sob controlo do Hamas, na cidade de Gaza, teriam passado para as mãos do exército israelita.

Numa altura em que seriam milhares os civis bloqueados no principal hospital da mesma cidade, sem água nem electricidade, precisamente em combates entre Israel e o Hamas. O director do hospital afirmou nesta terça-feira que cerca de 180 pessoas foram enterradas em valas comuns. 

Pelo menos 179 corpos foram enterrados no recinto do Hospital Al Chifa, segundo anúncio do respectivo director à agência AFP.

Segundo Mohammed Abdou Salmiya havia corpos a bloquear os corredores do complexo hospitalar e os compartimentos frigoríficos da morgue deixaram de ter acesso à electricidade.

Jornalistas no local falam de um cheiro nauseabundo.

Tanques israelitas estão posicionados, segundo ainda a AFP, às portas do hospital e combates e ataques aéreos prosseguiram durante a noite passada.

Entretanto a organização não governamental Amnistia Internacional em Portugal  faz chegar a partir desta terça-feira a uma série de entidades, nomeadamente embaixadas israelita, representação palestiniana, mas também dos Estados Unidos e do Catar uma petição para um cessar fogo.

Pedro Neto é o porta-voz da ong em Portugal, em entrevista à RFI, ele deu conta do espírito da iniciativa.

Cremos que a primeira solução para este problema é um cessar-fogo imediato ! E ele é uma pré condição em que nós acreditamos e estamos a apelar a todas as partes envolvidas no conflito, e a todas as partes que têm ascendente sobre as partes envolvidas no conflito, para um cessar-fogo imediato.

O responsável afirma pensar "nos Estados Unidos, em relação a Israel, mas também no Catar, em relação ao Hamas, e também no Irão que tem algum ascendente sobre toda esta questão." 

Para Pedro Neto estas potências podem fazer escalar para um nível ainda superior o conflito ou "forçar um cessar-fogo" por parte das entidades envolvidas directamente no conflito (o Hamas, de um lado, e o exército de Israel, sob comando do governo israelita). A ong denuncia o carácter "extremado" do Estado hebreu nas suas posições e na "desproporcionalidade das suas acções militares".ANG/RFI

 

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