Guerra Médio Oriente/Israel critica Fatah pelo acordo com o Hamas em Pequim
Bissau, 23 jul 24 (ANG)
- O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, criticou
hoje a Fatah do Presidente palestiniano Mahmoud Abbas por ter assinado em
Pequim um acordo para o pós-guerra com o grupo islamita Hamas.
"O Hamas e a Fatah
assinaram um acordo na China para o controlo conjunto de Gaza após a guerra. Em
vez de rejeitar o terrorismo, Mahmoud Abbas abraça os assassinos e violadores
do Hamas, revelando assim a verdadeira face", afirmou Katz em comunicado.
"Na realidade, isso não
vai acontecer, porque o Hamas vai ser esmagado e Abbas vai ficar a observar
Gaza à distância", acrescentou.
A guerra no enclave
palestiniano prolonga-se há nove meses e foi desencadeada pelo ataque do Hamas
contra Israel que fez cerca de 1.200 mortos.
A ofensiva de Israel contra
a Faixa de Gaza fez até ao momento mais de 39 mil mortos, a maior parte civis,
segundo o Hamas.
Musa Abu Marzouk, membro do
gabinete político do Hamas, anunciou hoje que o movimento assinou um acordo de
"unidade nacional" com outras fações palestinianas, incluindo a
Fatah, após uma reunião na República Popular da China.
"Estamos empenhados e
apelamos à unidade nacional", afirmou Marzouk, após a assinatura do
acordo, em Pequim, comprometendo-se a acabar com a divisão e reforçar a
unidade, visando a criação de um governo de "reconciliação".
Segundo a Agência Nova
China, as fações palestinianas estão reunidas na capital chinesa desde domingo
para discutir o futuro da Faixa de Gaza no contexto do pós-guerra.
O Hamas não deixou
transparecer mais detalhes sobre o acordo, anunciado após um encontro com
o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, sugerindo uma mediação
por parte de Pequim.
"Os dois grupos
palestinianos rivais, juntamente com 12 outras fações políticas, reuniram-se
com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, concluindo as
conversações que tiveram início no domingo", indicou uma nota difundida
pela televisão estatal chinesa CCTV.
As duas fações palestinianas
mantiveram várias rondas de conversações desde que o Hamas expulsou
as forças da Fatah de Gaza, numa violenta tomada do território em 2007.
Por outro lado, Pequim tem
reclamado um papel de destaque na resolução de questões internacionais.
No ano passado, a diplomacia chinesa envolveu-se também as negociações que culminaram num acordo entre Arábia Saudita e Irão para o restabelecimento das relações diplomáticas.ANG/Lusa
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