Ruanda/Resultados finais confirmam vitória esmagadora do presidente Paul Kagame
Bissau, 23 jul 24
(ANG) – A vitória esmagadora do Presidente ruandês, Paul Kagame, nas eleições
presidenciais de 15 de julho foi confirmada com a publicação dos resultados
finais, atribuindo 99,18% dos votos ao chefe de Estado.
O reeleito Paul Kagame obteve 99,18% dos votos, declarou a Comissão Nacional Eleitoral na noite de segunda-feira.
O chefe de Estado, de
66 anos e que lidera o pequeno país da África Oriental há 30 anos, alcançou uma
percentagem superior aos 98,79% conquistados em 2017, depois de obter 95,05% em
2003 e 93,08% em 2010.
Apenas dois
candidatos foram autorizados a concorrer nas eleições: Frank Habineza, líder do
único partido da oposição autorizado (Partido Democrático Verde, DGPR), e o
independente Philippe Mpayimana, que obtiveram 0,50% e 0,32% respetivamente.
Nas eleições
legislativas, que aconteceram no mesmo dia das eleições presidenciais, a Frente
Patriótica Ruandesa (RPF), de Kagame, e os seus aliados conquistaram 37 dos 53
lugares. Um número abaixo dos 40 lugares do sufrágio anterior.
O partido de Frank
Habineza manteve dois lugares, enquanto os outros foram conquistados por
aliados do RPF.
Os outros 27 lugares
estão reservados por um sistema de quotas para mulheres, jovens e pessoas com
deficiência. São atribuídos por voto indireto a candidatos que não pertençam a
qualquer partido: 24 mulheres são eleitas pelos conselheiros municipais e
regionais, dois jovens pelo Conselho Nacional da Juventude e uma pessoa com
deficiência pela Federação das Associações de Deficientes.
Paul Kagame é o homem
forte do Ruanda desde julho de 1994, quando ele e a rebelde Frente Patriótica
Ruandesa (RPF) derrubaram o Governo extremista hutu que instigou o genocídio
que, segundo a ONU, fez mais de 800.000 mortos, principalmente entre a minoria
tutsi.
Inicialmente
vice-presidente e ministro da Defesa, mas considerado o líder de facto do país,
tornou-se Presidente em 2000, eleito pelo Parlamento após a demissão de Pasteur
Bizimungu.
A Kagame é atribuída
a recuperação económica do Ruanda após o genocídio, sendo também criticado pela
falta de abertura democrática no país.
Várias vozes anti-Kagame foram impedidas de concorrer às eleições presidenciais.ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário