UEMOA/Ministro da Economia destaca crescimento de 5,75 por cento alcançado pela organização entre 2012/ 2022
Bissau, 24 Jul
24 (ANG) – O ministro da Economia, Plano
e Integração Regioanl destacou o crescimento de 5,75 por cento alcançado pelos
Estados membros da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) entre 2012-2022.
O governante
disse que a inflação quase estabilizou em
torno dos três por cento, fazendo da UEMOA uma oraganização das zonas
económicas mais resilientes face as causas externas.
No encontro,
os participantes vão analisar as conquistas e debater as perspectivas da
organização.
Sambú acrescentou
que a UEMOA foi criada com o objetivo
essencial de construir, na África Ocidental, um espaço económico harmonizado e
integrado, dentro do qual é assegurado a total liberdade de circulação de pessoas,
de capitais, de bens, serviços e dos
fatores de produção, bem como o efetivo gozo do direito de exercício e de
estabelecimento de profissões liberais e de residência aos cidadãos, em todo o
território comunitário, cuja população hoje ultrapassa os 142 milhões de
habitantes.
“O caminho
assim escolhido insere-se num processo lento e irreversível, com o envolvimento
e apoio cada vez mais forte das populações”, afirmou.
Ao criar a
UEMOA, prosseguiu Soares Sambú, os
Chefes de Estado e de Governo comprometeram-se, com determinação, a fazer do espaço um mercado comum, baseado na
solidariedade ativa reforçando a complementaridade dos sistemas de produção, para
reduzir as disparidades nos níveis de
desenvolvimento entre os Estados-Membros e a interdependência das suas
políticas económicas e a necessidade de assegurar a sua convergência.
Disse que, além
da integração monetária, a União lançou as bases para a integração económica,
com a consolidação da governação económica regional e o desempenho dos Estados
Membros na implementação de reformas e políticas comunitárias.
Assim, de
acordo com Soares Sambu, parecia ser um sonho distante, dado o contexto em que
nasceu a UEMOA, mas que hoje se tornou uma realidade tangível.
“Atualmente,
todos os órgãos e instituições da União trabalham para implementar programas e
projetos concretos e visíveis, a fim de garantir o bem-estar das populações”,
frisou.
Afirmou que,
para além das realizações e conquistas, seria também apropriado olhar para a
evolução do mundo e o seu impacto na União, acrescentado que o caminho a seguir
será ainda difícil.
Salientou
que, isso só se tornará acessível com a colaboração, empatia e confiança de
todos, principalmente neste momento. “Somos todos cidadãos da União e devemos
utilizar todas as energias positivas para garantir o seu progresso e
sustentabilidade”, disse.
Soares Sambu
sublinhou que a Conferência constitui o quadro ideal para fazer a avaliação dos
30 anos de existência da UEMOA, para discutir as realizações e conquistas, bem como as
perspetivas da União para os próximos anos.
O Representante
da UEMOA no país, Aly Diadjiry Coulibali
distacou a adesão da Guiné-Bissau à organização em 1997
como fruto da coragem política
pela abertura a uma diversidade de oportunidades, nomeadamente económicas e
sociais.
Acrescentou
que está iniciativa foi saudada por unanimidade por todos os Estados-membros.
Para
Diadjiry Coulibali, a UEMOA não representa apenas três décadas de compromisso,
voluntarismo político, reformas e implementação de programas e projetos
comunitários em diversas áreas, mas também, e por vezes legítimas, dúvidas,
questões e incertezas .
“Juntos, os
Estados-Membros conseguiram construir uma União que demonstrou a sua capacidade para enfrentar as adversidades
ambientais, mantendo, quase todos os agregados de convergência económico
(inflação, défice orçamental) abaixo do limiar dos padrões comunitários, com
crescimento projectado para 2024 de mais de 7 por cento”, disse .
Coulibali reconheceu a existência de alguns focos de
insatisfação e desafios ainda por enfrentar, mas sublinha que a União pode orgulhar-se do seu passado e
da ambição que tem para todos os seus cidadãos nas próximas décadas.
Disse que os
avanços significativos observados na governação económica dos Estados-Membros e
noutras áreas justificam o tema central do 30º aniversário:
“Hoje, é tempo
de fazer um balanço das conquistas da integração (Ativos e Passivos/Dívidas-),
de analisar criticamente as ações passadas e sobretudo de refletir sobre as
perspetivas para o futuro, esperançosamente, para benefício das populações do nosso espaço comunitário”,
afirmou.
Diarjiry
Coulibali disse que a União encontra-se num ponto de viragem decisivo na sua
história e deve aproveitar esta oportunidade para se reinventar. “Mais do que
nunca, não poderá evitar tal debate. A sua agilidade e capacidade de adaptação
aos desafios e questões, bem como às novas restrições ou realidades do seu
ambiente serão fortemente solicitadas ou exigidas”, afirmou.ANG/LPG/ÂC//SG
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