quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Defesa do meio ambiente


 
 

Governo decreta proibição de importação, comercialização e uso de sacos de plásticos

 

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) – O Governo de Transição acaba de tornar público um Decreto-lei que proíbe a importação, comercialização e uso de sacos de plásticos que em sua composição química tenham como base o polietileno, Propileno e o polipropilino em detrimento de sacos bio degradáveis.

A proibição que começa a vigorar a partir do dia 01 de Setembro foi reafirmada em conferência de imprensa realizada terça-feira, dia 20 do corrente mês, pelo Secretário de Estado do Ambiente e Turismo, Agostinho da Costa.

O governante guineense disse que a existência das referidas substâncias químicas constituem  ameaça à saúde pública, animal e ambiental.

 Costa sublinhou que os sacos de plásticos constituem uma camada impermeável e que a durabilidade para se decomporem leva 450 anos, facto que produz impactos negativos no sistema vivo de produção agrícola, na recarga dos aquíferos e no ecossistemas marinhos e terrestres.

Agostinho da Costa sustentou que o referido decreto-lei visa a preservação e conservação racional dos recursos naturais, e que nesse quadro foram criadas as leis de Inspecção Geral do Ambiente, de Conservação do Mangal, de Proibição de Construção de Casas nas Zonas Húmidas bem como de Crime Ambiental.

No lugar de sacos de plástico, a Imprensa Nacional lança sacos bio degradáveis aos preços que variam entre 10 e 30 francos cfa. ANG/ÂC

 

 

 

 

 

Marinheiros


SINAMAR preocupado com “interferências” no embarque de seus associados

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) - O Presidente do Sindicato Nacional Dos Marinheiros (SINAMAR) afirmou  hoje haver muitas  interferências e violações sistemáticas das normas de embarque dos marinheiros por parte de certos governantes em conivência com os armadores.

João Cá que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné-ANG, disse que, de acordo com a lei em vigor desde a época colonial, todos os marinheiros devem primeiro, se inscrever no sindicato, de acordo com as suas categorias profissionais, devendo o recrutamento para o alto mar ser feito de acordo com as necessidades dos armadores.

 “As normas marítimas estão a ser atropeladas constantemente por agentes do estado ligados ao sector marítimo que as vezes influenciam embarcações, facilitando os seus negócios e familiares sem que estes reúnem as condições necessárias para o exercício dessas funções,” afirmou

Falando de diligências para combater tais desordens este responsável assegurou que está  a negociar um despacho com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Orlando Veiga e o Ministro das Pescas, Mário da Rosa, que define as competências das diferentes partes envolventes no processo de embarcação dos marinheiros

 João Cá disse que as dificuldades do sindicato são de origem económica, e motivadas pela recusa de pagar as quotas por parte dos marinheiros que alegam não terem sido embarcados por conta do sindicato. ANG/BI /LLA

 

 

 


 

PRID exige Aristides Gomes devolução de “viaturas do partido”

 

Bissau, 21 Ago.13 (ANG) – O Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), vai entrar com uma acção no Tribunal, para exigir ao ex. Presidente do partido, Aristides Gomes, a devolução das sete viaturas despachadas em nome daquela formação política.

Em declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Secretário Nacional do PRID, Marciano Indi disse que as referidas viaturas, como parte do património do partido e que ainda se encontram na posse de Aristides Gomes, devem ser devolvidas.

“Entendemos que, devemos entrar com uma Providência Cautelar no Tribunal, mas o Juiz aconselhou-nos para avançar com uma Acção Principal e estamos a preparar para fazê-la para que  Aristides Gomes possa ir responder nas instâncias judiciais a fim de devolver as viaturas”, sublinhou.

Marciano Indi afirmou que existem documentos que comprovam que as viaturas pertencem ao PRID e sendo assim, devem ser entregues aos actuais dirigentes deste partido, e não deve continuar na posse das pessoas que já abandonaram o partido.

“Penso que é lógico. Mesmo se fosse num agrupamento de Mandjuandade onde se compra as banheiras de água para toque da tina e se um dia um dos elementos do grupo decidir sair, não pode levar consigo as referidas banheiras, quanto mais num partido organizado, legalizado e reconhecido ao nível nacional”, exemplificou Marciano Indi. 

O Secretário Nacional do PRID considerou a postura de Aristides Gomes uma  “apropriação do património do partido com intuito de criar problemas”.

Instado a dizer se a data de 24 de Novembro, marcada pelo Presidente da República de Transição para realização das eleições, será viável tendo em conta os atrasos no início do recenseamento dos eleitores, Marciano Indi disse que o líder do PRID defendera, desde cedo, que é impossível realizar o escrutínio no ano em curso se levamos em conta vários factos reais.

 “Mas como todos os actores políticos e a Sociedade Civil estão a falar em eleições em 2013, entendemos que nós do PRID, como partido, não deveríamos tomar outra decisão contraditória à vontade da maioria”, esclareceu.

Sublinhou que, o que o PRID tinha indicado como estrangulamento à realização das eleições no ano em curso, já está a ser visto por todos.

ANG/ÂC

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Campanha gratuita de registo civil


Ministério da Justiça regista 68.920 cidadãos nacionais em cinco meses

Bissau.16 Ago 13 (ANG) – O Ministro da Justiça revelou hoje  que foram registados em todo país 68.920 cidadãos nacionais, entre crianças e adultos, o correspondente a um terço da população guineense.
Mamadu Saído Baldé fazia  o balanço  da última campanha de registo civil gratuita,   decorrida entre 28 de Fevereiro e 31 de Julho, e  promovida pelo Governo com apoio financeiro de alguns parceiros, entre os quais, a PLAN Internacional, UNICEF e o FNUAP.

Durante cinco meses foram registados na conservatória do registo civil de Bissau e Santa Luzia um total de 6.750 cidadãos .
O número dos cidadãos registados em Quinhamel, região de Biombo é de 3.072, Cachéu- 11. 531 e 17.574 na região de Oio.  
Na zona leste, Bafatá e Gabú foram registados, 14.644 e 4747 cidadãos respectivamente. Enquanto que na zona insular (Bolama Bijagós) foram registados 868 pessoas.
No sul do país, Buba e Tombali foram registados respectivamente, 5.868 e 3.866 cidadãos.   
O Ministro da Justiça considera que o estado da identificação civil e do registo do país, apresenta um retrato preocupante.
De acordo com Mamadú Saido Baldé, as últimas projecções sobre esta matéria apontam para existência de mais de metade da nossa população sem registo, sendo as crianças as mais afectadas.
 “ Acresce a este facto, haver o registo de pouco mais de 380 mil cidadãos com bilhetes de identidades adquiridos”, disse.
Nesta vertente, diz o ministro, deu-se um passo galopante pois conseguiu-se atribuir mais de 120 mil bilhetes de identidade aos cidadãos.
Segundo ele, estes dados traduzem, sem dúvida alguma, um défice enorme em relação ao que se poderia esperar de um país que se tornou independente há mais de três décadas.
“ O estado da identificação civil e do registo civil no nosso país reclama uma intervenção urgente e célere, pois a sua modernização deve ser uma prioridade. Esta tarefa ou imperativo nacional não compete só ao Ministério da Justiça mas sim, a todo o Estado da Guiné-Bissau por ser uma causa nacional”, defendeu.
Na opinião do Ministro da Justiça, o exercício da cidadania passa necessariamente pela obrigação do Estado em atribuir ao cidadão, a condição e o estatuto de guineense, o que “ só é possível com a expansão do registo civil e do bilhete de identidade em todo território nacional”. 

ANG/AMAS                    

Sociedade castrense

   “Carlos Gomes Júnior deve responsabilizar-se pela sua segurança”, diz o General lndjai
Bissau,16 Ago 13 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou que o ex. Primeiro-Ministro deposto pelo golpe militar de 12 de Abril do ano passado, terá que responsabilizar-se da sua segurança, se  regressa ao país.
António Indjai  falava quinta-feira na abertura da primeira Conferência dos Serviços de Informação do Estado (SIE) que termina hoje, Sexta-Feira .

O encontro reune 100 agentes da secreta guineense e da contra/inteligência militar,  e o General acusou-os de estarem calados quanto as informações sobre o regresso ao país de Carlos Gomes Júnior.
“Mesmo se não pretendem falar sobre o assunto, podem-se, pelo menos, dizer pelo que ele é guineense e pode voltar ao seu país mas que se responsabilize pela sua segurança”, avisou.
O CEMGFA disse dispor de informações segundo as quais, no seio dos agentes da secreta guineense, uma parte está com o Primeiro-Ministro deposto e a outra não.
“Se tiverem dúvidas, posso mesmo avançar com nomes. Alguns com caras amarelas, outros vermelhos. Nunca tenho medo de dizer a verdade ao ninguém”, vincou.
António Indjai sublinhou que as pessoas que estavam a pedir as forças multinacionais para virem bombardear a Guiné-Bissau, hoje querem candidatar-se nas eleições gerais para dirigir os destinos do povo guineense.
Relativamente a acusação da justiça norte-americana da sua participação numa operação internacional de tráfico de drogas e de armas, o Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, declarou que prefere suicidar-se a ser detido por alguém.
“Os americanos que me venham buscar. Ninguém me vai prender porque se eu vir que isso está prestes a acontecer, mato-me. Não sou homem para ser detido”, afirmou Indjai.
Disse que, contrariamente as alegações dos Estados Unidos da América (EUA), Bubo Na Tchuto foi capturado em águas guineenses  não nas águas internacionais, referindo que ele também foi visado pela operação.
No seu discurso, António Indjai afastou qualquer possibilidade de vir a demitir-se do cargo de Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, dizendo que só deixará as funções se um dia for exonerado por um Presidente eleito. 
ANG/ÂC



  

Justiça


      Capitão da Piroga “Quinara-2” condenado a oito anos de prisão 



Bissau, 16 Ago 13 (ANG) - O Tribunal Regional de Bissau condenou quinta-feira a oito anos e meio de prisão efectiva o capitão da Piroga que naufragou ao largo da capital guineense, em Dezembro passado, matando 36 pessoas.

Segundo o advogado,   Ismael Medina  dos familiares das vítimas do naufrágio, o Tribunal Regional de Bissau decidiu ainda condenar o capitão da piroga "Quinará 2" ao pagamento de uma indemnização de  mil e quinhentos euros por cada uma das pessoas falecidas no acidente.  
 
Após as dez sessões do julgamento, os representantes das vítimas conseguiram que ficasse provado que a piroga transportava 181 pessoas e não 98 como referiam o capitão da embarcação e o delegado da Policia Marítima de Bolama, lha de onde partira a canoa.  
  
 "Dessas 181 pessoas que viajavam na piroga, 36 morreram. Os corpos de 30 foram encontrados e os restantes seis foram dados como desaparecidos até hoje", explicou Ismael Medina.  
 
O Tribunal condenou também o delegado da Polícia Marítima de Bolama a uma pena de prisão efectiva de três anos e três meses.   
 
Devido a responsabilidade do delegado marítimo no caso, foi ainda decidido condenar o Instituto Marítimo Portuário, enquanto entidade patronal, ao pagamento de uma indemnização de doze mil euros por  cada vítima mortal do naufrágio.   
Lusa/ANG

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Saúde Pública


Insuficiência de camas no Hospital Principal de Bissau

Bissau, 15 Agos 13 (ANG) -O Director-geral do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) considerou hoje  que a aglomeração descontrolada de pacientes no Hospital Nacional Simão Mendes  se deve a suspensão  por parte do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) do apoio financeiro destinado a construção de  duas novas enfermarias.

Segundo Lassana Intchasso, as referidas enfermarias com a capacidade de 120 camas cada,  podiam contribuir para o descongestionamento dos serviços de pediatria que actualmente tem maior número de paciente.
“As camas não são suficientes para os pacientes razão pelo qual muitos são obrigados a deitarem no chão”, disse Intchasso que, acrescentou, “esta afluência dos pacientes ao Simão Mendes também tem a ver com a preferência dos pacientes a este local em relação aos centros instalados nos diferentes bairros.”
Relativamente a  coléra, lassana Intchasso  disse que não há nenhum caso de cólera no país razão pela qual não há motivo para se abrir uma tenda de atendimento dos pacientes de cólera.
“ Estamos preparados para receber qualquer caso de cólera até porque temos métodos de testes rápidos nos serviços de urgência para facilitar o diagnóstico,” disse
Lassana intchasso disse ainda que os testes submetidos aos casos suspeitos de cólera que deram entrada no HNSM no passado mês não passaram de um “positivo falso”.

ANG/ BI/ FGS

Economia



Presidente da Agência Nacional do Caju pretende disciplinar o sector

Bissau, 15 Ago. 13 (ANG) – O Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional do Caju, Henrique Mendes, exortou hoje aos actores da fileira do caju a evitarem situações que possam levar um certo “nervosismo” ao mercado.
Henrique Mendes, explicava em entrevista à Agência de Notícias da Guiné-ANG as razões que levaram os bancos, na sua maioria, a não financiarem a presente campanha de comercialização da castanha de caju.

“Os actores da fileira do caju devem evitar situações de inércias, incertezas e criação de nervosismos no mercado porque, quando o ambiente é assim, os bancos ficam muito reticentes”, disse.
O Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional do Caju (ANCA-GB) afirmou que o Banco Regional de Solidariedade (BRS) foi o único no país que aceitou financiar a campanha de comercialização da castanha de caju, no ano em curso.
 O BRS, acrescentou, aceitou intervir no mercado de caju. “Se não me engano deu dinheiro à apenas quatro ou seis operadores económicos”.
 Henrique Mendes referiu que houve prejuízo tanto para os operadores como para os bancos.
Disse que em 2012 muitos operadores económicos compraram a castanha por um determinado preço mas não conseguiram vendê-la para obter lucros e que os bancos libertaram muitos créditos mas tiveram prejuízos.
“Segundo a Associação dos Bancos, foi investida no financiamento da campanha em 2012 o valor de 30 mil milhões de francos Cfa mas a banca recuperou apenas 20 mil milhões”, contou.
Perante esta situação, de acordo com Henrique Mendes, os bancos tiveram que contactar ao Governo, apresentando-lhe as suas preocupações e o executivo teve que tomar “medidas discricionárias” que se traduziram na devolução aos bancos de 40 dos 50 fcfa por cada tonelada de castanha exportada que os operadores económicos pagaram ao Fundo de Promoção da Industrialização da castanha (FUNPI).
Aquele responsável sublinhou que quem ganhou com tudo isso são os compradores indianos.
“Portanto é preciso deixar que a Agência de Regulação fizesse o seu trabalho em concertação com outros departamentos, tais como, o Ministérios do Comércio, das Finanças etc.”, aconselhou Henrique Mendes.
Mendes referiu que tem faltado à Guiné-Bissau uma Autoridade de Regulação, para disciplinar o mercado e não permitir que, quem chegasse e que tenha maior capacidade financeira, possa impor regras.
“Os indianos têm o monopólio do mercado porque estão no caju há mais de um século. Se não disciplinarmos o sector vai-nos acontecer sempre aquilo que aconteceu este ano”, explicou o PCA da ANCA-GB.
ANG/ÂC/SG


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Eleições Gerais



Partidos políticos aprovam novo sistema de Recenseamento Eleitoral

Bissau, 14 Agosto 13 (ANG)- Os partidos políticos com e sem assento parlamentar chegaram hoje ao consenso sobre as  propostas de adopção do sistema de  recenseamento eleitoral manual melhorado e da revisão da lei eleitoral a serem  submetidas  à  aprovação da plenária da ANP.

Segundo Manuel Alípio da Silva, porta-voz da   Comissão parlamentar encarregue de apresentar as propostas de revisão de lei eleitoral e do recenseamento dos eleitores , integrado por elementos de partidos políticos  legalizados, Sociedade Civil, Classe castrense e elementos da comunidade  religiosa ,os recenseados terão um cartão de eleitor que terá para além das impressões digitais ,  uma fotografia  do eleitor , pormenor de identificação de que os anteriores cartões de eleitores não dispunham.
Entretanto, não se avançou muito em relação as propostas de revisão da lei eleitoral, uma vez que a maioria dos artigos da lei eleitoral estão relacionados à Constituição da República e a   Comissão não tem  competência para alterar  a lei magna.
O Presidente da Comissão Parlamentar, Ibraima Sori Djaló disse no final dos trabalhos que o órgão vai introduzir as últimas alterações no texto que será submetido à plenária da ANP para efeitos de debate e eventual aprovação, em sessão extraordinária.
Com  a aprovação destes dois projectos-leis o país  estará em condições de iniciar o processo do recenseamento eleitoral  rumo ao escrutínio de 24 de Novembro próximo.

ANG AI

Infância

Governo promete acompanhar a execução da Convenção dos Direitos das Crianças

Bissau, 14. Ago.13 (ANG) – O Primeiro-Ministro de Transição garantiu hoje que o seu executivo continuará a prestar toda a atenção a aplicação prática da Convenção dos Direitos da Criança (CDC), bem como a promoção e protecção dos seus direitos na Guiné-Bissau.

Rui Duarte  Barros que discursava no acto de encerramento da cerimónia de Restituição da Sessão de Apresentação do Relatório do Estado da Guiné-Bissau sobre a aplicação da Convenção dos Direitos da Criança (CDC), realizada no passado dia 7 de Junho, em Genebra, na Suiça, disse que a apresentação e discussão do relatório em si não constitui medidas de promoção e respeito pelos direitos das crianças.
“ Nós submetemos ao sistema de supervisão e de prestação de contas à Comunidade Internacional, o que nos obriga a integrar os direitos das crianças nas políticas do nosso país,” disse.
Relativamente aos progressos alcançados e as recomendações do Relatório de Genebra, o Primeiro -Ministro, disse que, não se pode contentar com tais progressos, acrescentando que ainda há muito por fazer contra as privações diversas e algumas práticas culturais e religiosas erradas que constituem entraves ao exercício dos direitos das crianças.
Por sua vez, o Representante Adjunto do Unicef, Antero de Pina revelou que o país tem alcançado progressos nos últimos anos em áreas como a sobrevivência, protecção, desenvolvimento e participação da criança.
“ Contudo, ainda temos um longo mas esperançoso caminho a percorrer,” afirmou.
Aquele responsável considerou imperativo assegurar a sobrevivência, o desenvolvimento e a protecção da criança com uma promessa renovada baseada nos princípios da equidade para que se possa atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

O Relatório  entregue centrou-se, nomeadamente, em Medidas Gerais de Implementação da CDC, na definição da criança, família e medidas alternativas de assistência e cuidado, a deficiência, saúde básica e bem-estar, as questões relativas a educação e, por fim, as medidas especiais de protecção. 

ANG-MSC

Economia



Guiné-Bissau já exportou 105 mil toneladas da castanha de caju

Bissau, 14 Ago 13 (ANG) - O Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB), afirmou que já se realizou  o embarque de 105 mil toneladas da castanha de cajú, das 135 mil toneladas autorizadas pelo Ministério do Comércio, Artesanato e Valorização de Produtos Locais.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Henrique Mendes disse que a previsão  era de exportar 155 mil toneladas da castanha, mais  que  informações recolhidas pela agência indicam que vai haver  um défice em relação à previsão de 15 mil toneladas.
“Estamos a admitir que, provavelmente, ainda existem no interior do país, sobretudo nas regiões sul e ilhas, entre cinco e dez mil toneladas. E dada as condições climatéricas, muita chuva no mês de Agosto, não acredito que vamos poder, de facto, escoar as referidas castanhas”, disse.
Mendes disse ter informações de que a Gambia já exportou 70 mil toneladas de castanha, e que, se é essa, na verdade, a quantidade exportada por este país, acrescenta,  significa que saíram das fronteiras guineense entre 50 e 60 mil toneladas de castanha.

“A Gambia não tem muita expressão em termos de produção de castanha, essa quantidade de castanha que, presumivelmente, tenha saído das nossas fronteiras, tem a ver com as perturbações que a campanha do ano em curso conheceu. Os comerciantes que têm propriedades na linha da fronteira, terão optado por comercializar a castanha nos países vizinhos”, frisou.
Perguntado sobre as promessas do Governo e da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), de disponibilizar o montante de cinco mil milhões de francos CFA do Fundo de Promoção da Industrialização da Castanha (FUNPI), aos compradores intermediários, respondeu que a referida iniciativa resultou da paralisação da campanha durante um certo período, motivada por baixo preço de oferta, sobretudo de compradores externos.
De acordo com ele, 70 por cento desse montante ( cinco biliões de francos CFA), que representa 3,5 por cento seria destinado  à compra da castanha.
Henrique Mendes acrescentou que a libertação desse dinheiro tinha que ser via banco, porque não é a vocação do Governo e nem CCIAS financiar os operadores.
“Esse assunto foi tratado com os bancos e houve uma convenção que foi assinado para que  pessoas interessadas em concorrer à esse fundo, nas regras fixadas pelos bancos ,avançassem com  propostas”, esclareceu, afirmando que, pela informação que tem, ainda não se iniciou a operação da compra da castanha por razões que  desconhece.
Henrique Mendes afirmou que já existem poucas castanhas no interior do país, salientando que, ao nível de Bissau, a procura tem estado a crescer mais há pouca oferta. 
ANG/ÂC                               


Política


“Eleições de 24 de Novembro são fundamentais para a Guiné-Bissau”, 
diz o analista político, João de Barros

Bissau, 13 Jul 13 (ANG)- O Analista Político e Director do Jornal “Expresso Bissau” considera as eleições presidenciais e legislativas de 24 de Novembro deste ano de “fundamentais” para o futuro do país.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné-ANG, sobre a actual situação política e os possíveis cenários vis-a-vis o escrutínio de Novembro, João de Barros aconselha aos actores políticos ao bom senso, e que “privilegiassem, fundamentalmente, o diálogo” .

Na avaliação do actual momento político no país, o ex-Secretário de Estado da Comunicação Social afirma que apesar de todas as dificuldades, “parece”  que os consensos estão a ser alcançados, e cita os exemplos de marcação da data do pleito ,  eleição da nova direcção da Comissão Nacional de Eleições,  escolha do modelo do recenseamento eleitoral e de revisão da Lei Eleitoral.
Assim, acrescenta o jornalista, pode-se falar da ida ao voto no dia 24 de Novembro , dado que, por outro lado, a comunidade internacional está disposta a dar o apoio tanto no plano técnico, como na componente financeira.
João de Barros admite surpresas nas próximas eleições e disse que os recentes anúncios de intenções de concorrer ao cargo do Presidente da República de figuras como o antigo Reitor da Universidade “Amilcar Cabral”, Tcherno Djalo, o ex-Vice- Presidente do Banco Mundial para África de Oeste, Paulo Gomes e o ex-Director-geral da Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz, prometem  enriquecer o debate político em prol da nação.
Contudo, alerta para os casos do PAIGC e PRS, maiores partidos do país que, até então não indicaram o seu candidato à Presidência da República, e mais, os “libertadores” nem se quer fizeram o congresso para legitimar os órgãos e eleger o Presidente do partido que, segundo os seus estatutos, concorre a chefia do governo nas eleições parlamentares.
Ainda sobre a vida interna do “partido de Cabral” , o analista político não tem dúvidas de que  a iniciativa dos  veteranos de separar as funções de  Presidente do partido das  de chefia do governo  “vai provocar uma rotura que pode custar muito carro ao PAIGC”.
Sobre o futuro político de Koumba Yala, o analista afirma que a declaração do antigo Presidente da República segundo a qual ele remeteu a decisão de se candidatar ao seu partido, o PRS, pode ser interpretada como de alguém que esteja interessado em concorrer, mas que apenas aguarda a luz verde do seu partido.
Em relação ao Carlos Gomes Júnior, que anunciou o regresso à Bissau para concorrer nas próximas presidenciais, João de Barros aconselha o ex-primeiro-ministro a “civilizar”  o seu discurso com apresentação de ideias e projectos de desenvolvimento, em detrimento de declarações de ameaças que, na sua óptica, não lhe ajudam.
Finalmente, João de Barros que considera a Guiné-Bissau um país viável, tendo em conta os seus vastos recursos naturais e sua população, aconselha o governo que sair das eleições a se pautar nomeadamente, por uma “diplomacia inteligente”, e numa política séria de combate ao tráfico de drogas, para recuperar a confiança e cooperação internacional, “indispensáveis” para o desenvolvimento do país.

FIM/QC

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Incumprimento



EAGB: Sindicato de base responsabiliza governo pela falta
de Luz e Água

Bissau,13 Agos13 (ANG) - A Falta de Luz e Água na Cidade de Bissau deve-se  ao incumprimento, por parte do governo, do acordo assinado dia 5, com a empresa de electricidade e águas da Guiné-Bissau (EAGB), disse hoje Enfamara Djassi, porta-voz do sindicato de base desta empresa.

Em entrevista exclusiva à ANG  Djassi disse que o governo tinha prometido regularizar o fornecimento de luz e água durante quatro meses, o que não foi o caso, pois estes bens, apenas, foram garantidos a população durante três dias.

“O governo prometeu pagar o salário dentro de 48 horas, assim como o fornecimento de gasóleo que era de 30 mil litros diário, mas, até este momento, não honrou o seu compromisso e a capital se encontra às escuras, “denunciou Infamara

Djassi referiu ainda que foi criada uma comissão entre o ministério da economia, energia e finanças, pelo que cabe aos responsáveis destas instituições responder pelo incumprimento do acordo.

Infamará Djassi anunciou que o sindicato vai brevemente entregar um novo pré-aviso de greve com duração de quinze dias se o problema não se resolver.

“Vamos promover uma marcha pacífica onde participará todos os funcionários da EAGB” avisou Djassi

Deverá ser a terceira vaga de greve do sindicato de base da EAGB, este ano. 

ANG/JD /AALS

 


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Direitos Humanos

 41% de mulheres guineenses são submetidas à casamento forçado e precoce

Bissau, 12 AUG 13 (ANG) - O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) afirmou hoje que mais de 41% das mulheres guineenses são submetidas a casamentos forçados e precoces.

Por ocasião da celebração do XXII aniversário da LGDH sob o lema “basta de impunidade e violência,” Luís Vaz Martins lamentou o caso da cidadã Odete Na Bia, de 19 anos, vítima de casamento forçado e sequestro, há três semanas, na localidade de Jabadá Porto, sector de Tite, na Região de Quinará.

“Por isso escolhemos este lema e atribuímos a cidadã Odete a frase “a tristeza de pertencer um estado que não olha para os seus cidadãos,” afirmou o Presidente da LGDH.

De acordo com este activista dos direitos humanos, o pretenso marido da vitima é um militar que beneficiou da conivência dos familiares da Odete, pois não obstante os esforços da polícia judiciária e do comissariado regional da província sul, a menina continua ainda sob custodia dos mesmos.

Face a este assunto, a presidente da Rede Nacional de Luta contra a Violência no Género e na Criança (RENLUV) Aissato Injai, apelou ao Estado, enquanto responsável pela garantia da liberdade dos seus cidadãos, para assumir o seu papel no que diz respeito a implementação da lei, como forma de resgatar a vítima do cativeiro em que se encontra.

Por sua vez, o presidente da Associação de Amigos de Crianças, AMIC Laudolino Medina disse que a sua organização esta em estreita colaboração com a LGDH no sentido de fazer prevalecer os direitos das vítimas de casamentos forçados e precoces.

ANG/FIG


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ramadão: Comunidades muçulmanas da Guiné-Bissau divergem-se quanto ao dia da reza

Bissau, 08 Ago 13 (ANG) – As comunidades muçulmanas da Guiné-Bissau não se entendem no que tange ao dia da reza de Ramadão, depois de cumprido os 30 dias de jejum, devido as incertezas na aparição ou não da lua.

Segundo o que apurou a Agência de Notícias da Guiné (ANG), uma pequena parte da comunidade muçulmana do país decidiu rezar hoje, dia 08 do corrente mês, enquanto que a grande maioria prefere cumprir o ritual amanhã, sexta-feira, dia 9.

O Imame Central da mesquita de Cupelum de Cima, no centro da cidade de Bissau, lançou uma mensagem numa rádio, a anunciar que a reza oficial será mesmo na sexta-feira.

A parte da comunidade muçulmana que decidiu rezar hoje desenvolveu quarta-feira durante quase toda a noite, na rádio nacional, uma clara campanha de mobilização de fieis para que rezassem hoje.

O chefe de Estado de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo, rezou hoje ao largo da Câmara Municipal de Bissau.

Entretanto, o Governo de Transição decretou sexta-feira, 9 de Agosto, como dia de feriado nacional, alusivo a celebração do Ramadão na Guiné-Bissau.

No ano passado também não houve entendimento quanto a celebração do Ramadão, tendo essa festa de fim do jejum assinalado em dois momentos.

ANG/ÂC
 






quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mar de novo sem fiscalização


SINAFINAR observa terceira onda de greve

Bissau, 7 JUL 13 (ANG) -O Sindicato Nacional dos Fiscalizadores Marítimos (SINAFIMAR), cumpre, a partir da próxima sexta-feira, a terceira vaga de paralisação do sector de fiscalização marítima, em reivindicação ao pagamento de salários e subsídios em atraso.

Em declarações à ANG, em jeito de balanço da segunda vaga de greve que termina hoje, o porta-voz do sindicato garantiu que a próxima paralisação terá a duração de quinze dias, e cujo pré-aviso já foi entregue ao Governo.

Mamado Infamará Mané reafirmou que até ao momento a sua organização não foi chamada pelo Governo para negociar, apesar de se disponibilizar para o efeito.

Perguntado sobre o cumprimento do serviço mínimo exigido pela lei da greve, o porta-voz dos homens do mar disse que nesta terceira vaga de greve o serviço mínimo a ser prestado limita-se ao funcionamento dos serviços de administração e finanças.

 Mamado Mané voltou a pedir calma e confiança aos associados e pediu ao Governo que tome em conta esta paralisação devido as suas consequências na economia marítima.

O SINAFIMAR reclama, entre outras, o pagamento de salários dos meses de Abril, Junho e Julho de 2013, os subsídios de desembarque (Fundo dos Recursos Haliêuticos) referentes aos meses de Maio, Junho e Julho do corrente ano, e o pagamento de subsídio de detenção de navios de pesca durante o primeiro trimestre do ano em curso. 

ANG-MSC   
  

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jogos de cavalos estão de regresso



PMU investe dois milhões de Euros em lotaria guineense

Bissau 06 Ago 13 (ANG) -A Empresa de Apostas Mutuas Urbanas (PMU) vai investir cerca de 02 milhões de Euros na lotaria do País.

O lançamento deste jogo ocorreu recentemente em Bissau numa cerimónia presidida pela Secretaria de Estado Juventude Cultura e dos Desportos (SEJCD), Helena Gomes Barbosa.

 “ Hoje estamos aqui presentes nesta sala, para assistir o acto do lançamento oficial do PMU- Guiné-Bissau, que se enquadra no contrato de aluguer e gerência das apostas Mútuas da Guiné-Bissau, rubricado no passado dia 28 de Outubro de 2011, em Dakar”, disse Helena Barbosa.

Helena Barbosa acrescentou que “após várias tentativas sem sucesso, hoje graças aos esforços de todos, a lotaria Nacional da Guiné-Bissau torna-se uma realidade”.

A SEJCD assinalou ainda que com esse acto esta Empresa esta a ajudar a erguer a Lotaria Nacional da Guiné-Bissau, que há mais de sete anos se encontrava paralisada.

 “Com a dinâmica do Governo de Transição, conseguiu-se aproximar os parceiros e reactivar os contactos que fortificaram os laços de cooperação que hoje estamos desfrutando”, afirmou.

Por sua vez, o Presidente da PMU, Olivier Konte disse que seu grupo foi pedido pelo governo da Guiné-Bissau para assegurar a gestão da lotaria Nacional assim como o desenvolvimento do jogo e de lotaria no país.

Olivier Konte recordou ainda que esta missão foi confiada ao seu grupo há dez anos, e disse que não foi por acaso que o governo guineense depositou essa confiança no seu grupo,  representado em quatro Países do Continente Africano: Guiné-Konacri, Ruanda, Senegal e Guiné-Bissau.

ANG/LLA               


Caju sobe de cotação


Castanha de caju agora comprada a 200 francos por quilograma

Bissau 6 Ago. 13 (ANG) - O Presidente da Associação Comercial da Guiné-Bissau revelou hoje que a castanha de caju está a ser comprada neste momento junto aos agricultores ao preço de 200 francos CFA por quilograma.

Malam Nanco, que falava em conferência de imprensa, na sede nacional daquela organização, em Bissau, disse que depois de todos os contactos feitos entre as diferentes comissões criadas pelo Presidente da República e o Gabinete do Primeiro-ministro, alguns empresários estrangeiros e poucos nacionais já estão no terreno para retirar o produto ainda armazenado pelos produtores.

O Presidente da Associação Comercial denunciou que no dia 4 de Agosto do corrente um dos Ministros de Estado, sem revelar o seu nome, mandou suspender a operação de compra de caju em curso alegando ordem expressa de instâncias superiores, neste caso a Presidência ou o Gabinete do Primeiro-ministro.

Malam Nanco considera de “jogada política” a atitude deste Ministro de Estado que, no seu entender, queria atingir qualquer adversário, uma vez que na última reunião do Conselho de Ministros, o Governo já havia decidido a redução da taxa do Fundo para a Promoção Industrial de 50 para 10 francos CFA, como forma de motivar os empresários a comprarem o resto da castanha na posse de produtores.

 O Presidente da Associação Comercial reitera que apesar de estrangulamentos de vária ordem, por causa de interesses pessoais ou de um grupo de pessoas, acredita que os cerca de 40 mil toneladas de castanha vão ser retirados das mãos dos agricultores à um preço de alívio para minimizar a fome e o sofrimento da população.

A castanha andava a ser comprada a menos de 100 francos CFA em diferentes pontos do pais apesar de a meio do percurso o governo ter fixado o preço mínimo em 210 FCFA o quilo, situação que fez prever para este ano muita fome entre a população camponesa.

ANG AI