sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

CESAC


Guiné-Bissau acolhe segunda conferência internacional de Activismo em Àfrica

Bissau, 22 fev 19 (ANG) – A Guiné-Bissau vai acolher a segunda Conferência Internacional de Activismos em África, promovida pelo Centro de Estudo Sociais Amílcar Cabral− (CESAC Guiné-Bissau), em parceria com o Centro de Estudo Internacionais do ISCTE−IUL (Portugal), nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro de 2019.

Segundo uma nota publicada na página do CESAC, a que ANG teve acesso, a conferência anunciada, decorrerá no complexo escolar 14 Novembro em Bissau, e no programa inclui, além de apresentações de mais de três dezenas de comunicações dos participantes, investigadores e activistas, também contará com três conferências de investigadores convidados, quatro lançamentos dos livros e três workshops destinados à movimentos sociais.

O evento propõe debater também dinâmicas de transformação social do continente africano, e as suas tendências e perspectivas.

No anúncio, refere-se  que estes debates procuram criar sinergias entre activistas e académicos, em um intercâmbio igualitário de conhecimentos e saberes que permitem o arejamento da reflexão científica e da actuação dos movimentos.

De acordo com mesmo documento, esta segunda conferência vai pensar criticamente o espaço público africano enquanto arena de actuação dos movimentos sociais, no qual existem forças de tensão entre os seus múltiplos atores, nomeadamente movimentos de activismo laicos e religiosos, atores estatais e não estatais e os avanços e recuos que se alteram frutos das mudanças de conjuntura local e global.

Segundo anúncio do Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC), o evento tem como objetivo  dar seguimento à reflexão em torno dos movimentos sociais que atuam em África e também se compromete a reflectir sobre estes movimentos.

A participação no evento é livre, aberta ao público em geral e não necessita de inscrição, com a excepção de workshops que requer uma inscrição prévia através do correio electrónico da conferência: activismsinafrica2019@gmail.com. ANG/CP/AC//SG

Moçambique


          “Human Rights Watch” denuncia intimidação à jornalistas

Bissau, 22 fev 19 (ANG) - As forças de segurança moçambicanas estão a deter e intimidar jornalistas que cobrem o combate aos grupos armados envolvidos em ataques no norte de Moçambique, acusou quinta-feira a organização de defesa dos direitos humanos “Human Rights Watch?”(HRW).
«Desde junho de 2018, o Governo moçambicano impediu vários órgãos de comunicação social e correspondentes de visitarem a província [de Cabo Delgado], enquanto o exército deteve jornalistas que conseguiram chegar lá ou a polícia deteve-os sob falsas acusações», refere um comunicado da HRW.
A organização aponta a detenção, desde Janeiro, do jornalista moçambicano Amade Abubacar, como exemplo da perseguição movida pelas autoridades contra os profissionais de comunicação social, que cobrem a insegurança em Cabo Delgado.ANG/Angop

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Política/eleições


Partidos políticos satisfeitos com resultados da auditoria sobre recenseamento eleitoral apresentados pela CEDEAO

Bissau, 21 Fev 19 (ANG) – Os Partidos Políticos concorrentes às eleições legislativas previstas para 10 de Marco se congratularam hoje com os resultados da auditoria sobre o recenseamento eleitoral apresentados por peritos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), no âmbito de uma audiência com o Presidente José Mário Vaz.

A saída de audiência, o Coordenador do Movimento para Alternância Democrático (MADEM-G15), Braima Camará disse à imprensa que o seu Movimento concorda com os resultados do inquérito sobre o processo de recenseamento eleitoral apresentado pela CEDEAO, por terem sido inscritos 761.000 eleitores para a votação do dia 10 de Marco.

Camará apelou ao Ministério de Interior para garantir a segurança para que tudo corra bem, e à Comissão Nacional de Eleição (CNE), para assumir as suas responsabilidades de ter as urnas à tempo, nas localidades em que o processo de votação irá decorrer.

Por seu turno, um Porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, agradeceu os trabalhos feitos pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GETAPE) e reconheceu que, apesar de algumas imperfeições, as lacunas registadas não são graves ao ponto de pôr em causa o processo.  

Segundo o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, alguns nomes de eleitores recenseados não constam no caderno eleitoral que ainda hoje será entregue à CNE.

E para se evitar que cidadãos inscritos não pudessem votar, Carambá Sanhá recomenda que os agentes da mesa tenham, no dia de eleição, para além do Caderno Eleitoral, as fichas de todos os recenseados, para que possam exercer os seus direitos cívicos.

Na opinião do Comissário Político para Assuntos da Paz e Segurança da CEDEAO, Francis Behanzin, tudo terá corrido bem, razão pela qual este responsável declarou o fim ao processo de recenseamento feito pela GTAPE.

“Para a melhor transparência do nosso trabalho, convocamos este encontro com o Presidente da República, José Mário Vaz, partidos políticos e a Sociedade Civil, para apresentar os resultados da auditoria do processo”, disse o Comissário Político da CEDEAO que anunciou que, no próximo domingo, a  CEDEAO vai entregar à CNE os lotes de materiais adquiridos  para a realização da votação no dia 10 de Março.

Um total de 21 partidos concorrem 102 lugares no parlamento no próximo dia 10 de março. 

ANG/LLA//SG

Cultura/moda


       “A moda pode ajudar na valorização do produto nacional”, diz DG

Bissau, 21 Fev 19 (ANG) – O Director-geral da Cultura, João Cornélia Correia, disse hoje que a moda pode mudar muitas coisas no país, desde a forma de estar, de vestir e ainda na valorização do produto nacional.

Cornélia Correia falava na abertura da palestra organizada pela Direcção-geral da Cultura com o tema, “O percurso da moda na Guiné-Bissau”.

Aquele responsável disse ainda que a moda cria possibilidades de abertura de novos mercados, no que diz respeito a produção da riqueza no domínio da cultura, assim como no empreendedorismo.

Por sua vez, a manequim Conceição Carvalho, lamentou que a Guiné-Bissau foi o primeiro país da CPLP a fazer moda, mas que agora passa para o último em relação aos outros países.

“Angola já faz moda, Moçambique, Cabo-Verde e até o Timor que começou há-a bem pouco tempo já tem semanas da moda que passa por todo o mundo”, lamentou.

Aconselhou aos que querem seguir este caminho, a fazer a moda paralelamente com os estudos, justificando que o mercado da moda é competitivo.

Disse ainda que o manequim tem que ser um profissional que respeita a identidade que promove porque está a promover a roupa e todo o conjunto de trabalho feito, acrescentando que deve ser humilde, pontual, profissional e rigoroso.

Para o modelo guineense Nabilah Sedar, para ser modelo não basta ter cara bonita, saber andar ou ser magro. “ É preciso sim, trabalhar 24 horas por dia respeitar a si mesmo, e fazendo com que os outros te respeitem. Conhecer as suas limitações e saber sofrer”, destacou.


Sedar disse que muitos brasileiros ficam curiosos para saber como é a moda e o vestuário da Guiné-Bissau, mas que não há uma associação que possa divulgar a moda guineense no exterior.

Acrescentou que é preciso que a Direcção-geral da Cultura apoie a divulgação da moda guineense a fim de que os guineenses possam beneficiar disso.

A cerimónia começou com a actuação do músico Ivo Petit, récitas de poemas intituladas justiça e liberdade em que se lamentou os indícios de corrupção e de falta de justiça, dos maus atos cometidos, apelando a paz e a estabilidade no país. 

ANG/DMG/AC//SG

FARP/donativo chinês

            EMGFA reitera contribuição dos  militares para desenvolvimento do país

Bissau, 21 fev. 19 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMFA), afirmou hoje que os materiais oferecidos pela República Popular da China vão  reforçar  os esforços das FARP para o desenvolvimento do país.

Biague Na NTan que falava hoje após a entrega de equipamentos  de lavoura e construção civil por parte da República Popular da China às Forças Armadas guineenses, disse que o objectivo fundamental dos militares tem a ver com agricultura, para ajudar o povo e a própria classe castrense.

“Lembro-me bem, no momento da luta de libertação nacional, Amílcar Cabral sempre dizia que a Guiné-Bissau é um país agrícola. Portanto, devemos seguir este conselho, por isso as FARPs hoje apostam na agricultura. Os equipamentos recebidos, a partir do mês de Abril, vao começar a ser entregues em Fá-Mandinga e Nhafé, e vamos procurar outras áreas para cultivar”, disse.

Em relação aos materiais de construção, Na NTan frisou que as Forças Armadas vão participar em concursos públicos para  construção de casas, melhoramento das estradas e outros para ajudar o país a crescer, salientando que a engenharia militar já tem capacidades enormes para participar na edificação das obras públicas.

O CEMGFA garantiu  que os materiais recebidos serão usados de forma cautelosa e racional,  acrescentando que  em relação a agricultura as FARP dispõem de três campos agrícolas -  uma em Fá-Mandinga com capacidade de 130 hectares, outro em Bedinga Na Nhasse com 60 hectares e  outro em Salato.

“Para além dos equipamentos recebidos, houve um considerável apoio da China em meios como carros de transporte, materiais de escritórios, construção do Hospital Militar Principal em Bissau e outros materiais hospitalares que este país amigo doou as FARP”,disse.

Biagué agradeceu o gesto das Forças Armadas da China por tudo e pelo que ainda vão fazer para o congénere guineense, tendo recomendado a devida manutenção e um bom uso de todos os materiais  recebidos, responsabilizando as entidades beneficiadas dos mesmos e dos técnicos militares pela sua preservação.

O acto da entrega dos equipamentos foi assistido pelas diferentes chefias das Frças Armadas.

ANG/MSC/AC//SG

Senegal/eleições presidencial


                      Perfis dos cinco candidatos  presidenciais

Bissau, 21 fev 19 (ANG) - Os senegaleses vão às urnas domingo, 24 de Fevereiro de 2019, para eleger o seu presidente da Republica, num pleito em que concorrerão cinco candidatos.

O Presidente cessante, Macky Sall tem com sigo o sucesso económico. Com uma taxa de crescimento que varia entre 6 e 7%, desde que ascendeu ao poder, é inatacável neste domínio.

 Na campanha eleitoral em curso, os seus adversários não falam da economia.
Criticam-no por “instrumentalizar a Justiça e praticar má governação”.
Com efeito, desde a sua subida ao poder, a Justiça começou a perder qualidade.

Macky Sall instrumentalizou o poder judicial para afastar os seus adversários políticos como Karim Wade, candidato do Partido Democrático Senegalês, do antigo Presidente Abdouaye Wade, e Khalifa Ababacar Sall, ambos condenados e impedidos de concorrer à próxima presidencial.

Saal, governador de Dakar, foi exonerado pelo Presidente Macky Sall.
Sob sua cobertura, vários ministros e directores de empresas públicas do são investigados pela Inspecção-geral, por causa da sua gestão danosa, mas não serão julgados.
São esses dois aspectos, mais o desemprego dos jovens que mancham a sua governação.  
Por ter reduzido ao mínimo o número de candidatos, ressuscitou involuntariamente o seu antigo rival Idrissa Seck, que tinha perdido a popularidade. 
Quando os dois estavam no poder com Wade, este utilizara Macky Sall, então ministro do Interior, para liquidar politicamente Seck.
Depois de fazê-lo Wade voltou-se contra si, mas sem sucesso, porque em 2012, o actual Presidente enviou-o à reforma.
Hoje, é pelas vicissitudes da política que Macky Sall colocou Idrissa Seck na curva ascendente.
Idrissa Sech, antigo Primeiro-ministro de Wade,é dentre os candidatos da oposição o mais experiente. Fiel dos fiéis de Wade, antes deste deixa-lo cair e tê-lo colocado na prisão por desvio dos bens públicos. Candidata-se pela terceira vez.
Economista formado pela Escola de Altos Estudos Comerciais (HEC), Ciências políticas em Paris e pela prestigiosa Universidade americana de Princetown, o homem, de 59 anos, manipula a palavra. Raro nesse domínio, é também conhecido como sendo competente.
Os seus próximos descrevem-no como metódico e rigoroso. Temido por alguns, é ao mesmo tempo rejeitado, admirado e considerado fantasma.
O actual Presidente da República o considerou como tendo gosto pelo comando. Noutras palavras um homem firme que não suporta que as suas decisões sejam contrariadas.
É essa firmeza que faz muitos dos seus partidários pensarem que é o homem certo, perante a frivolidade do Presidente Macky Sall de punir alguns dos seus colaboradores cuja gestão é criticada. Uma fraqueza que não rima com o dirigir um país.
Ao posicionar-se como o principal adversário de Macky Sall, Idrissa Seck conseguiu juntar à sua candidatura, a excepção do PDS, todos os candidatos chumbados pelo Conselho constitucional, incluindo o governador de Dakar, Khalifa Ababacar Sall.
Candidato da coligação Idy 2019, qualificada de coligação “XXL” corre o risco de causar danos eleitorais ao Macky Sall.
Recentemente, o site ReseauNews, que parece melhor conhecer os Serviços de Inteligência senegaleses, citando estes últimos, noticiou que não de descarta uma eventual segunda entre Macky Sal e Idrissa Sall 
Madické Niang, companheiro de mais de 40 anos de Abdouaye Wade, separou-se deste no fim de 2018, quando Madické NIang rejeitou a sua proposta de não se candidatar à presidencial.
Advogado de profissão, Madické Niang foi antes advogado de Abdoulaye Wade. Quando este, fundador do PDS, foi eleito Presidente da República, em 2000, Niang ocupa vários postos ministeriais, nomeadamente da Habitação, Justiça, Negócios Estrangeiros acumulando uma vasta experiencia na gestão da coisa pública.
Deputado e chefe do grupo parlamentar dos “Liberais e Democratas” do PDS, demite-se do cargo por causa do desentendimento com Wade.
Candidato da coligação Madické 2019, o antigo ministro surpreendeu, ao conseguir o apoio de mais de 20 candidatos anulados pelo Conselho constitucional por vários motivos.
Excluído do PDS por ter querido ser um pano “B” do PDS que tinha como candidato Karim Wade, condenado pelo Tribunal de repressão e de enriquecimento ilícito (CREI) a seis anos de prisão, Nadické Niang espera obter o apoio dos militantes daquele partido.
Formado em informática nos Estados Unidos, Issa Sall é professor de profissão. Muito respeitado naquele meio, é adepto das artes marciais e dos pilotos de avião.
Em 2017 entrou de forma movimentada no parlamento senegalês, surpreendendo naquela eleição legislativa.
Fundador da Universidade privada do Sahel muito credível, ele saiu do partido da Unidade e da União (PUR), fundado por Serigne Moustapha Sy, guia espiritual de um movimento muçulmano saído da confraria Tidiane.
Ele não é o presidente do partido, mas foi escolhido por Serigne Sy, para ser o cabeça de lista das últimas legislativas.
Antes da presidencial, Sy queria ter a última palavra na escolha do candidato, mas deparou-se coma rejeição categórica dos quadros que aconselharam-no a dedicar-se com a espiritualidade e deixar de gerir o partido.
Com militantes disciplinados e devotos à causa do partido, ele é o único candidato que pode gabar-se, depois do presidente cessante, de dispor de uma rede muito densa a nível nacional.
Mas, muito recentemente violentos confrontos opuseram os seus militantes aos da Maioria presidencial, que mataram um militante da Maioria presidencial.
Desde então, a guarda de Issa Sall foi desarmada pela Policia nacional e enviada para a prisão.
Ousmane Sonko, com 44 anos, é o mais jovem dos candidatos.
Antigo inspector de Impostos, tem ideias  soltas e um discurso muito refinado.
Apresentando-se como um candidato anti-sistema, promete tirar o Senegal do Franco CFA, se for eleito.
Acusado de ser populista, Ousmane Sonko é o Melenchon senegalês, dá a impressão de ser imaturo 
Declarou num vídeo que não é pecado fusilar todos os Presidentes que dirigiram o Senegal, suscitando vários comentários da classe política e da sociedade civil.
Ultimamente, falando sobre a pacificação em Casamance (Sul do Senegal onde existe uma guerrilha separatista desde 1982), declarou que se for eleito Presidente da República, não negociaria com os seus tios, seus país e seus irmãos que estão na mata.
Vou procurá-los, tirá-los da floresta, e retomarem os seus lugares na sociedade e juntos, trabalhar pela paz.
Ousmane Sonko revelou-se aos senegaleses pelas acusações contra o poder sobre as questões fiscais, quando trabalhava como inspector de Impostos. Acusado de não ser reservado foi expulso da função pública por decreto presidencial, um acto que o propulsou na cena política. 
ANG/RFI

Cooperação


  China doa materiais para  agricultura e construção civil às Forças Armadas

Bissau, 21 fev 19 (ANG) – O Governo chinês doou hoje materiais de construções e de lavoura ás Forças Armadas Revolucionarias de Povo (FARP).

A doação constitui-se de  nomeadamente, quatro tractores, duas máquinas descascadoras e ceifadora de arroz e milho,uma maquina bulldozer, duas pás carregadoras, um carregador de rodas e uma grade charrua, orçados em valores equivalentes a  385 milhões de francos CFA.

Falando no acto da entrega dos referidos materiais, o ministro da Defesa Nacional destacou  que a China é dos principais parceiros do país, tendo afirmado que aquela Nação asiática confirmou definitivamente que é, e certamente vai continuar a ser um dos melhores parceiros bilaterais da República da Guiné-Bissau, e muito particularmente do sector da defesa.

Eduardo Costa Sanhá frisou que os sucessivos apoios que o país tem recebido do Governo chinês, quer no fornecimento de materiais, assim como no reforço de capacidades dos militares, através da formação nos diferentes domínios das Forças Armadas, confirma tudo o que disse.

“Se hoje temos razão para regozijar desta cooperação, o pragmatismo, a transparência, a não ingerência em assuntos internos do nosso Estado pelo Governo da República Popular da China, constituem por si só, outro motivo desta satisfação “,disse.

Sanhá salientou que o referido apoio  tal como outros donativos vai permitir as estruturas das Forças Armadas responder objectivamente aos desafios da modernização da produção e da engenharia militar, contribuindo assim na redução dos gastos do Tesouro Público para com as Forças Armadas.

O ministro da Defesa Nacional disse registar com atenção, os esforços empreendidos pelo Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, com vista a criação de condições para que todas as estruturas possam funcionar e prosseguir os objectivos fixados, razão pela qual a tutela da defesa vai continuar a interceder junto do Governo através das suas estruturas competentes, para que sejam melhoradas, cada vez mais, as condições dos militares.

Por seu turno, o Embaixador da China na Guiné-Bissau disse que as Forças Armadas dos dois países têm uma relação muito e antiga que vem desde os tempos de luta da libertação nacional, frisando que após a independência a China tem apoiado firmemente esta Nação, e que a relação entre os dois países tem vindo a conhecer avanços contínuos e significativos.

Jin Hon Jun realçou, entre outras acções,a formação das Forças Armadas, construção do Hospital Militar Cino-Guineense, construções de habitações para oficiais militares e uma continua troca de visitas em diversos níveis, êxitos que, segundo disse, têm contribuído positivamente para o reforço, ainda mais, das relações entre os dois povos e Estados.

“A China é amiga e irmã da Guiné-Bissau.Daí que, quando soubemos que as Forças Armadas da Guiné-Bissau estão com falta de máquinas agrícolas e de construção, nós respondemos pronta e positivamente a demanda do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas e trazemos seis  máquinas para agricultura e cinco para a construção civil. E a cooperação é para continuar”, enalteceu o diplomata chinês.

ANG/MSC/AC//SG

Venezuela


          Missão na ONU quer apoio de embaixadores de 46 países

Bissau, 21 fev 19 (ANG) - A missão da Venezuela nas Nações Unidas convidou embaixadores de 46 países para uma reunião informal sexta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, para lembrar o princípio da não interferência em assuntos internos dos Estados.
Segundo a Associated Press, o convite inclui uma proposta de carta para o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a expressar "sérias preocupações" com o que considera "ameaças de uso de força" contra a Venezuela, violando a Carta das Nações Unidas.
A missão da Venezuela na ONU vai pedir aos 46 países que assinem a carta.
O documento também faz um apelo para que a crise política da Venezuela seja resolvida "por meios pacíficos" e através de um "processo genuíno e inclusivo de diálogo nacional".
A carta expressa confiança de que António Guterres pode promover uma solução política entre os venezuelanos e impedir "todos os apelos por uma solução militar".
A crise política na Venezuela agravou-se no dia 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se Presidente interino da República e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceu Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamental desde 23 de Janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
ANG/Angop

Energia


“Central electrica flutuante é mudança radical na distribuição da energia elétrica no país”, diz PM

Bissau,20 Fev 19 (ANG) – O Primeiro-ministro, Aristides Gomes qualificou de “mudança radical” no fornecimento da energia, a entrada em funcionamento da central electrica flutuante que está a abastecer a capital Bissau.

Aristides Gomes, em declarações á imprensa durante a visita que efectuou terça-feira à central eléctrica flutuante, considerou a instalação do barco como uma pequena revolução na questão de produção e de distribuição da energia no país.

Em outubro de 2018, o Governo guineense assinou um acordo de fornecimento de eletricidade à Bissau com a empresa turca Karpowership através de uma central elétrica flutuante, que está estacionada no rio Geba, ao largo de Bissau.

“Pela primeira vez, e depois de dezenas de anos, vamos ter uma energia estável e que será produzida conforme as necessidades de consumo das nossas populações”, assegurou.

Aristides Gomes disse que o arranque do funcionamento da central electrica flutuante irá encorajar o investimento estrangeiro no país, salientando que um dos elementos fundamentais de diferentes componentes que favorecem a criação de um bom clima de investimento em qualquer país é a energia.

“Fazer funcionar as fábricas e diferentes serviços é preciso para que haja um bom fornecimento da energia de boa qualidade, ou seja o mais estável e não vai arrebentar os eletrodomésticos que cada um de nós tem na sua casa”, disse.

O primeiro-ministro sublinhou que neste momento a central electrica flutuante está a produzir 16 megawatts, mas a sua capacidade de produção vai aumentar conforme as necessidades dos consumidores, acrescentando que pode  atingir mais de 30 megas.

“Ao mesmo tempo que conseguimos este dispositivo de produção de energia, vamos continuar a trabalhar na rede de distribuição da energia, tendo em conta que a rede actual, sobretudo da capital, foi construída nos anos 40 e encontra-se muito velha o que  faz com que grande parte da produção energética não chegue ao destino à 100 por cento”, explicou.

O chefe do executivo frisou que pouco a pouco vão continuar com os trabalhos da reparação da rede de distribuição da energia que já está em curso.

“Face a actual situação, convidamos à todos  os grandes clientes  nomeadamente as embaixadas, organismos internacionais, bancos, seguros e outras instituições que, por motivos de dificuldades de produção de energia, a não abandonarem  a corrente da energia da Empresa da Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) ”, referiu.

Aristides Gomes sublinhou que é cada vez mais notória a segurança, na produção, distribuição e sobretudo na estabilização da corrente elétrica pública.

“Foi por esta situação que lhes convido para voltar para a rede da EAGB porque é seguro e muito mais barato do que anteriormente. Esta produção tem ainda a vantagem de ser feito através de um combustível pesado denominado de Fuel , e que ninguém tem interesse de roubar”, esclareceu.

O primeiro-ministro revelou que a central electrica flutuante permitiu ao Governo resolver vários problemas ao mesmo tempo-  de furto de gasóleo e corrupção que se verificava a volta de comercialização do gasóleo, os problemas dos preços da energia que serão mais baratos.

“Por isso, vamos alargar as redes de contadores pré-pagos e neste momento estamos a instalar cerca de dez mil contadores”, acrescentou.

Perguntado sobre quanto é que o Governo irá poupar em termos de aquisição de combustível com a entrada em funcionamento da central elétrica flutuante, Aristides Gomes respondeu que será cerca de 500 milhões Fcfa mensais.ANG/AC//SG

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ambiente


    Fundo da CPLP financia acção de limpeza de  lixo na praia de Bubaque



Bissau,20 Fev 19 (ANG) - O Fundo Especial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai financiar uma ação de limpeza do lixo marinho de uma praia da ilha de Bubaque, nos Bijagós, Guiné-Bissau, em meados de Abril.

A ação foi proposta pela Associação Portuguesa do Lixo Marinho (APLM), que tem sede no departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Universidade Nova de Lisboa, e foi aprovada  terça-feira na reunião dos pivôs para a cooperação dos nove Estados-membros do “clube lusófono”, que estão há dois dias reunidos em Lisboa.

A limpeza do lixo marinho faz parte de uma acção de formação centrada na biodiversidade e vai coincidir com o V Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países da CPLP, que este ano se realiza  no arquipélago dos Bijagós (de 14 a 18 de Abril).

Espera-se a participação no congresso de 250 pessoas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sobretudo facilitadores de educação ambiental e cívica. 

A saúde dos oceanos é uma das preocupações identificadas em O Futuro que Queremos, a declaração final da conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), de 2012, e foi debatida e reconhecida pela CPLP pela primeira vez em 2015, numa reunião dos ministros do Mar.

Marcelo d’Almeida, diretor-geral da Cooperação no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau disse ao PÚBLICO que o principal lixo nos Bijagós são “plásticos, redes de pesca velhas e garrafas” e que vão trabalhar na ação a rede de professores ambientalistas guineenses, com apoio de alunos e voluntários.

A ação nos Bijagós custará 3.350 euros, o que é considerada uma gota de água no Fundo Especial da CPLP para a cooperação, que neste momento tem cinco milhões de euros disponíveis.

 No ano passado, foram investidos deste fundo 1,6 milhões de euros em 34 projetos, o maior dos quais foi a requalificação do Liceu de São Tomé (350 mil euros).

ANG/jornal Público


Campanha Eleitoral


Movimento da Sociedade Civil lamenta “incidentes” ocorridos no início da campanha em Gabu

Bissau, 20 Fev 19 (ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento (MNSC) revelou hoje as suas preocupações em relação aos incidentes corridos no passado dia 16 do corrente mês, entre os partidos políticos (PAIGC e PRS) que escolherem a região de Gabu, leste do país, para o começo da campanha eleitoral.

Em declarações a Agência de Notícias da Guiné (ANG) em jeito de balanço de quatro dias da campanha eleitoral para as eleições legislativas previstas para dia 10 de março, Fodé Caramba Sanhá apelou aos partidos políticos para comunicarem com antecedência as autoridades sectoriais e regionais os locais de comícios para evitar aproximação entre os partidos.

“Temos recebido informações de que houve coincidência de lugares de comício de alguns partidos e divergências na tentativa de apropriação dos espaços e perturbação de circulação de outras formações políticas. Essas situações aconteceram na região de Gabu e poderiam desembocar numa situação de conflito, mas os agentes da polícia da ordem pública conseguiram calmar a tempo os ânimos”, informou.

Devido à essa situação, Fodé Sanhá pediu aos actores políticos para privilegiarem o diálogo, e a tolerância, e pediu também a compreensão mútua entre as directorias de campanha de cada partido, salientando que os concorrentes são adversários e não inimigos.

Lembrou que Código de Conduta Eleitoral assinado pelos representantes de todos os partidos políticos recomenda uma campanha eleitoral de tolerância zero à violência, seja ela física ou verbal e sustenta que esse instrumento vincula não só os partidos, mas também os militantes, simpatizantes e grupos apoiantes.

Neste quadro, o Presidente do Movimento da Sociedade exorta à camada juvenil, simpatizantes, grupos apoiantes, sobretudo os militantes no sentido de acalmarem os ânimos por forma a ajudarem as direcções dos partidos no cumprimento do código de conduta e ética eleitoral.

Instado a falar dos discursos proferidos até aqui pelos principais actores políticos, disse estar satisfeito com a acção dos políticos, porque até agora nenhum candidato tentou retratar a vida pessoal do seu adversário.

Disse que todos se limitaram a apresentar o seu programa eleitoral.

Para Fodé Sanhá, o essencial não é falar do passado dos outros, vale a pena que cada partido apresente o seu plano de governação caso venha a ser eleito.

O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento se congratulou com os actores políticos por até agora não demonstrarem tendências de exploração de aspectos tribais, nem religioso ou étnicos, aspectos susceptíveis de provocar separação social.

Por outro lado, exorta os cidadãos a vigiarem o cumprimento de todos os documentos assinados pelos políticos na Assembleia Nacional Popular com apoio do Movimento da Sociedade civil e da Comissão da Conferência para Reconciliação Nacional, através dos quais os actores políticos se comprometerem a não usar as discordâncias de ideias como pretextos para promover violências durante o processo.

ANG/LPG//SG


CPLP


    Envio de observadores à Guiné-Bissau para legislativas de março
Bissau, 20 fev 19 (ANG) – A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai enviar uma missão de observadores para acompanhar as eleições legislativas na Guiné-Bissau, disse o secretário executivo da organização, Francisco Ribeiro Telles.
“Tratando-se de umas eleições num Estado-membro da CPLP haverá uma missão de observação eleitoral que irá para o terreno uns dias antes do ato eleitoral, composta por elementos de cada Estado-membro”, declarou o responsável da CPLP, em Lisboa, à margem de um encontro com o presidente em exercício da organização, o chefe de estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.
A missão ainda está a ser preparada e não tem definido a data da partida, “mas já houve um convite” das autoridades guineenses “para que a CPLP se faça representar numa missão de observação eleitoral”, estando agora a decorrer os processos administrativos, adiantou Francisco Ribeiro Telles.
A campanha eleitoral para as eleições legislativas de 10 de Março na Guiné-Bissau começou no sábado com 21 partidos políticos a disputarem os 102 lugares no parlamento guineense e com apelos ao civismo e respeito pela lei eleitoral.
O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que iniciou, no domingo, uma visita de três dias a Portugal encontrou-se com o secretário executivo da CPLP e com todos os representantes permanentes da organização, na sua sede, em Lisboa, enquanto presidente em exercício da CPLP.
ANG/Inforpress/Lusa

Venezuela


           Nicolás Maduro pede a Juan Guaidó que convoque eleições
Bissau, 20 Fev 19 (ANG) – O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, instou hoje o autoproclamado Presidente interino do país, Juan Guaidó, a convocar eleições presidenciais antecipadas, sublinhando estar seguro que o derrotaria.
“Por aqui há um palhaço que diz ser Presidente interino. A primeira coisa que deve fazer um Presidente interino é convocar eleições. Porque não convoca eleições, para o derrotar já com os votos do povo”, questionou.
Nicolás Maduro falava em Caracas, durante um ato de graduação de 1.469 médicos.
Por outro lado, voltou a insistir que o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, tem um plano para “apoderar-se dos recursos e das riquezas minerais venezuelanas”.
Segundo Nicolás Maduro, “a Venezuela está hoje no epicentro geopolítico mundial, entre a disputa de uma visão imperial unipolar agressiva, do império ‘gringo’ [estrangeiro] e a visão democrática multipolar de convivência, harmonia e de diálogo dos povos do mundo”.
No entanto, advertiu que se a Venezuela fosse invadida pelos Estados Unidos, não apenas os venezuelanos “levantariam as armas” para a defender, como também os povos asiáticos, árabes, das Caraíbas e da América Latina.
“Se a Venezuela for agredida militarmente pelo império dos EUA, os povos do mundo se levantarão e lutarão, junto com a Venezuela, em todos os territórios”, disse.
A realização de eleições presidenciais antecipadas é uma das promessas do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que acusa Nicolás Maduro de estar a usurpar o poder.
A oposição não reconhece o resultado das eleições presidenciais de Maio de 2018, que diz terem sido irregulares e sem condições de transparência. Questiona ainda a alegada “simpatia” política das autoridades do Conselho Nacional Eleitoral, cujo período legal no cargo está vencido.
Juan Guaidó é reconhecido como Presidente interino da Venezuela por mais de meia centena de países, entre eles os EUA e a União Europeia, incluindo Portugal e o Japão. ANG/Inforpress/Lusa