“Central electrica flutuante
é mudança radical na distribuição da energia elétrica no país”, diz PM
Bissau,20 Fev 19 (ANG) – O Primeiro-ministro,
Aristides Gomes qualificou de “mudança radical” no fornecimento da energia, a
entrada em funcionamento da central electrica flutuante que está a abastecer a
capital Bissau.
Aristides Gomes, em declarações á imprensa
durante a visita que efectuou terça-feira à central eléctrica flutuante, considerou
a instalação do barco como uma pequena revolução na questão de produção e de distribuição
da energia no país.
Em outubro de 2018, o Governo guineense assinou
um acordo de fornecimento de eletricidade à Bissau com a empresa turca
Karpowership através de uma central elétrica flutuante, que está estacionada no
rio Geba, ao largo de Bissau.
“Pela primeira vez, e depois de dezenas de
anos, vamos ter uma energia estável e que será produzida conforme as
necessidades de consumo das nossas populações”, assegurou.
Aristides Gomes disse que o arranque do
funcionamento da central electrica flutuante irá encorajar o investimento
estrangeiro no país, salientando que um dos elementos fundamentais de
diferentes componentes que favorecem a criação de um bom clima de investimento
em qualquer país é a energia.
“Fazer funcionar as fábricas e diferentes
serviços é preciso para que haja um bom fornecimento da energia de boa
qualidade, ou seja o mais estável e não vai arrebentar os eletrodomésticos que
cada um de nós tem na sua casa”, disse.
O primeiro-ministro sublinhou que neste momento
a central electrica flutuante está a produzir 16 megawatts, mas a sua
capacidade de produção vai aumentar conforme as necessidades dos consumidores,
acrescentando que pode atingir mais de
30 megas.
“Ao mesmo tempo que conseguimos este
dispositivo de produção de energia, vamos continuar a trabalhar na rede de distribuição
da energia, tendo em conta que a rede actual, sobretudo da capital, foi
construída nos anos 40 e encontra-se muito velha o que faz com que grande parte da produção
energética não chegue ao destino à 100 por cento”, explicou.
O chefe do executivo frisou que pouco a pouco vão
continuar com os trabalhos da reparação da rede de distribuição da energia que
já está em curso.
“Face a actual situação, convidamos à todos os grandes clientes nomeadamente as embaixadas, organismos
internacionais, bancos, seguros e outras instituições que, por motivos de
dificuldades de produção de energia, a não abandonarem a corrente da energia da Empresa da Eletricidade
e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) ”, referiu.
Aristides Gomes sublinhou que é cada vez mais
notória a segurança, na produção, distribuição e sobretudo na estabilização da
corrente elétrica pública.
“Foi por esta situação que lhes convido para
voltar para a rede da EAGB porque é seguro e muito mais barato do que
anteriormente. Esta produção tem ainda a vantagem de ser feito através de um combustível
pesado denominado de Fuel , e que ninguém tem interesse de roubar”, esclareceu.
O primeiro-ministro revelou que a central
electrica flutuante permitiu ao Governo resolver vários problemas ao mesmo
tempo- de furto de gasóleo e corrupção
que se verificava a volta de comercialização do gasóleo, os problemas dos
preços da energia que serão mais baratos.
“Por isso, vamos alargar as redes de contadores
pré-pagos e neste momento estamos a instalar cerca de dez mil contadores”, acrescentou.
Perguntado sobre quanto é que o Governo irá
poupar em termos de aquisição de combustível com a entrada em funcionamento da
central elétrica flutuante, Aristides Gomes respondeu que será cerca de 500
milhões Fcfa mensais.ANG/AC//SG
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