quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Energia


“Central electrica flutuante é mudança radical na distribuição da energia elétrica no país”, diz PM

Bissau,20 Fev 19 (ANG) – O Primeiro-ministro, Aristides Gomes qualificou de “mudança radical” no fornecimento da energia, a entrada em funcionamento da central electrica flutuante que está a abastecer a capital Bissau.

Aristides Gomes, em declarações á imprensa durante a visita que efectuou terça-feira à central eléctrica flutuante, considerou a instalação do barco como uma pequena revolução na questão de produção e de distribuição da energia no país.

Em outubro de 2018, o Governo guineense assinou um acordo de fornecimento de eletricidade à Bissau com a empresa turca Karpowership através de uma central elétrica flutuante, que está estacionada no rio Geba, ao largo de Bissau.

“Pela primeira vez, e depois de dezenas de anos, vamos ter uma energia estável e que será produzida conforme as necessidades de consumo das nossas populações”, assegurou.

Aristides Gomes disse que o arranque do funcionamento da central electrica flutuante irá encorajar o investimento estrangeiro no país, salientando que um dos elementos fundamentais de diferentes componentes que favorecem a criação de um bom clima de investimento em qualquer país é a energia.

“Fazer funcionar as fábricas e diferentes serviços é preciso para que haja um bom fornecimento da energia de boa qualidade, ou seja o mais estável e não vai arrebentar os eletrodomésticos que cada um de nós tem na sua casa”, disse.

O primeiro-ministro sublinhou que neste momento a central electrica flutuante está a produzir 16 megawatts, mas a sua capacidade de produção vai aumentar conforme as necessidades dos consumidores, acrescentando que pode  atingir mais de 30 megas.

“Ao mesmo tempo que conseguimos este dispositivo de produção de energia, vamos continuar a trabalhar na rede de distribuição da energia, tendo em conta que a rede actual, sobretudo da capital, foi construída nos anos 40 e encontra-se muito velha o que  faz com que grande parte da produção energética não chegue ao destino à 100 por cento”, explicou.

O chefe do executivo frisou que pouco a pouco vão continuar com os trabalhos da reparação da rede de distribuição da energia que já está em curso.

“Face a actual situação, convidamos à todos  os grandes clientes  nomeadamente as embaixadas, organismos internacionais, bancos, seguros e outras instituições que, por motivos de dificuldades de produção de energia, a não abandonarem  a corrente da energia da Empresa da Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) ”, referiu.

Aristides Gomes sublinhou que é cada vez mais notória a segurança, na produção, distribuição e sobretudo na estabilização da corrente elétrica pública.

“Foi por esta situação que lhes convido para voltar para a rede da EAGB porque é seguro e muito mais barato do que anteriormente. Esta produção tem ainda a vantagem de ser feito através de um combustível pesado denominado de Fuel , e que ninguém tem interesse de roubar”, esclareceu.

O primeiro-ministro revelou que a central electrica flutuante permitiu ao Governo resolver vários problemas ao mesmo tempo-  de furto de gasóleo e corrupção que se verificava a volta de comercialização do gasóleo, os problemas dos preços da energia que serão mais baratos.

“Por isso, vamos alargar as redes de contadores pré-pagos e neste momento estamos a instalar cerca de dez mil contadores”, acrescentou.

Perguntado sobre quanto é que o Governo irá poupar em termos de aquisição de combustível com a entrada em funcionamento da central elétrica flutuante, Aristides Gomes respondeu que será cerca de 500 milhões Fcfa mensais.ANG/AC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário