sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Política


PAIGC e mais quatro partidos aliados rubricaram acordo político pré e pós eleitoral 

Bissau,01 Fev 19(ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e  Cabo Verde(PAIGC), o Partido da Convergência Democrática(PCD), a União Para Mudança(UM), o Partido da Nova Democracia(PND) e o Partido da Unidade Nacional(PUN), rubricaram hoje um Acordo Político de Compromisso Pré e Pós eleitoral.

No acto, o Secretário Nacional de Informação e Comunicação do PAIGC, António Óscar Barbosa, disse que no período pós eleitoral o Acordo prevê o estabelecimento de mecanismos de cooperação permanente, visando apetrechar os signatários do presente Acordo Político de informações fidedignas e promover a formação de consensos a volta das diversas questões de interesse nacional.

A colaboração entre os  Partidos signatários do presente Acordo junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e das Comissões Regionais de Eleições (CREs) bem como a colaboração efectiva durante as fases da pré-campanha, da campanha eleitoral propriamente dita e do acto de votação, que consistirá  entre outras, em não-agressão ou ataque verbal entre os mesmos em nenhuma circunstância, são outros pontos constantes no documento.

O acordo afirma ainda que os partidos signatários devem orientar as suas respectivas direcções e dirigentes a se absterem-se de pronunciamentos públicos que comprometem o referido compromisso.

Consta ainda no Acordo o apoio mútuo entre os delegados de listas dos Partidos signatários nas assembleias de voto, em tudo quanto possível, assim como entre os militantes, responsáveis e dirigentes dos Partidos signatários na medida das suas possibilidades.

Para o período pós-eleitoral, o Acordo prevê o estabelecimento de um compromisso de incidência parlamentar para a estabilidade governativa e que consistirá na criação de um entendimento e consenso na Assembleia Nacional Popular, em torno das reformas políticas e institucionais necessárias ao normal funcionamento do Estado de Direito Democrático, nomeadamente na revisão constitucional, da Lei quadro dos Partidos Políticos, da Lei Eleitoral, entre outros.

A formação de um Governo inclusivo, em função dos resultados eleitorais dos Partidos signatários do Acordo é outro compromisso inscrito no acordo.

Após a assinatura do Acordo, o líder do PAIGC Domingos Simões Pereira afirmou que a subscrição do referido pacto é um sinal forte de compromisso para com o povo guineense.
“Devemos ser capazes de corresponder as espectativas do povo guineense, e não acredito na política de som zero ou seja que os outros perdessem para eu ganhar, somente para ganhar”, salientou.

O Presidente dos libertadores disse que o embate eleitoral que se avizinha não será um desafio fácil porque no final  o povo vai escolher o melhor para governar.

Para o Presidente da União para Mudança (UM), Agnelo Augusto Regala, o acordo vai permitir a reconstrução do Estado da Guiné-Bissau e implantação,  de vez, da democracia.
Regala acrescentou que vão para uma campanha eleitoral  renhida, salientando que há políticos que já estão a semear ódios e vingança.

O Vice-presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD), Adolfo Ramos disse que, ao longo de toda a democracia no país, esta é a primeira vez que um grupo de partidos, com a mesma ideologia, se juntam para fazer uma frente única.

Por sua vez, o Vice-presidente do Partido da Nova Democracia (PND), Aureliano Marcelino Gomes, fez questão de afirmar que não assinaram o compromisso político para depois pedir contra-partidas.

Idrissa Djaló, Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), sublinhou que o acordo representa  um compromisso de esperança para o povo guineense, afirmando  que não estão agrupados para brigar contra uns  ou outros.  
ANG/AC//SG





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