quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Venezuela


          Missão na ONU quer apoio de embaixadores de 46 países

Bissau, 21 fev 19 (ANG) - A missão da Venezuela nas Nações Unidas convidou embaixadores de 46 países para uma reunião informal sexta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, para lembrar o princípio da não interferência em assuntos internos dos Estados.
Segundo a Associated Press, o convite inclui uma proposta de carta para o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a expressar "sérias preocupações" com o que considera "ameaças de uso de força" contra a Venezuela, violando a Carta das Nações Unidas.
A missão da Venezuela na ONU vai pedir aos 46 países que assinem a carta.
O documento também faz um apelo para que a crise política da Venezuela seja resolvida "por meios pacíficos" e através de um "processo genuíno e inclusivo de diálogo nacional".
A carta expressa confiança de que António Guterres pode promover uma solução política entre os venezuelanos e impedir "todos os apelos por uma solução militar".
A crise política na Venezuela agravou-se no dia 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se Presidente interino da República e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceu Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamental desde 23 de Janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
ANG/Angop

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