"Activismo
se faz pelo bem comum e não com agendas escondidas", diz Sociólogo Alfredo
Handen
Bissau, 28 fev 19 (ANG) – O
activismo só se faz pelo bem comum e não com agendas escondidas, afirmou o sociólogo
Alfredo Handen à margem da segunda conferência sobre activismo em áfrica, que decorreu em Bissau nos
dias 25 à 27 do corrente mês.
Alfredo Handen, que falava no
encerramento da II Conferência considerou o activismo de um processo de participação
do cidadão nas tomadas de decisões e na gestão na sua comunidade ou no seu país
e fora do campo da política partidária.
“O activismo significa trabalhar
na sociedade civil e sem objectivo de chegar o poder e serve-se de alerta aos cidadãos
sobre determinado assunto que ponha em causa o bem comum assim como contribuir
na sensibilização das pessoas sobre as políticas públicas do Estado”, disse.
Segundo Handen, o activismo
tem vindo a ganhar espaço em África e no país em concreto, acrescentando que ultimamente
tem vindo a surgir grupos e jovens das bancadas que aproveitam este espaço para
debater diversos assuntos sociais, económicos e ambientais.
Disse estar confiante de que
num curto espaço de tempo o país terá pessoas determinadas a fazer políticas sociais
e não partidárias para ajudar resolver vários assuntos do seu quotidiano.
Afirmou que repudia o activismo
violento, a título de exemplo, a situação da recente marcha dos estudantes e
que culminou em actos de distúrbios.
Reconheceu entretanto que o activismo as vezes acaba por entrar nestas acções
menos boas para reclamar os direitos negados.
Por sua vez, o investigador
Rui Semedo, um dos oradores das palestras no fecho da conferência, defendeu que
um activista deve actuar de forma imparcial e abrangente de acordo com a área
de acção.
Semedo ainda aconselhou aos activistas a cumprirem as leis do país nas suas actuações e sem que
esta lhes impedem de reivindicar contra o que põe em causa o bem comum.
Disse estar satisfeito com a conferência e com assuntos debatidos sobre o
género, ambiente, política e diversos outros e que espera que a constatação dos
académicos durante o evento seja estendida para toda a sociedade.
Bissau foi palco entre os dias
25 e 27 de uma conferência sobre o Activismo em África, promovida pela CESAC (Centro
de Estudos Sociais Amílcar Cabral) sediado em Dakar, Senegal.
ANG/CP/AC//SG
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