quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Ensino público


Primeiro-ministro anuncia pagamento de quatro meses de atrasados salariais aos professores

Bissau,14 Fev 19(ANG) – O primeiro-ministro afirmou que os professores de novos ingressos já começaram a receber os seus atrasados salariais correspondentes aos meses de Maio de 2018 e Janeiro do ano em curso.

“Os professores contratados estão igualmente a receber os seus ordenados em atraso relativos ao mês de Abril de 2018, perfazendo quatro meses de salários a ser reivindicados pelos sindicatos do sector educativo”, anunciou Aristides Gomes em conferencia de imprensa realizada segunda-feira.

O chefe do executivo e igualmente ministro da Economia e das Finanças, disse que o Governo está a fazer todas as diligencias para honrar na medida de possibilidades os compromissos assumidos com a classe docente para além dos que já foram satisfeitos.

“Queremos informar aos professores de que dos 19 pontos constantes no seu Caderno Reivindicativo, existe um ponto muito crítico que tem a ver com  um pedido para que não sejam descontados as faltas de um mês do período de três meses da greve”, explicou.

Aristides Gomes sublinhou que informou aos responsáveis de sindicato dos professores de que a greve nunca é benévolo nem para os próprios docentes, porque quando o nível de  confiança do sistema do ensino é baixo, alastra igualmente para toda a sociedade.

“Esse nível de confiança é igual a título de exemplo como um hotel. Fala-se que um hotel tem cinco, quatro, três estrelas etc, mas se deixamos o hotel degradar por falta de limpeza adequada, manutenção de móveis etc, começa a baixar o nível de estrelas. E se no sistema do ensino os professores estão constantemente em greves isso provoca a queda das estrelas do sistema inclusive dos próprios professores”, aconselhou.

O primeiro-ministro frisou que, se o sistema do ensino do Senegal dispor de melhor diploma que o da Guiné-Bissau, isso quer dizer que, quer queiramos ou não os professores daquele país terão mais consideração e  respeito que o nosso.

“É verdade que a greve se faz para chamar atenção e obter alguns ganhos, mas deve-se ter cuidado para não derrubar a casa onde reside até ao ponto dos próprios docentes perderem o mercado do professorado”, avisou.

Apelou aos professores e alunos bem como toda a sociedade em geral para tomarem os problemas da educação nos seus ombros mas com muita  responsabilidade porque senão vamos por em causa a qualidade do ensino do país.

Informou que as leis do país admitem possibilidades de fazer a greve, mas o legislador acautelou a possibilidade do sistema não cair para água abaixo.

“Foi por causa disso que o legislador afirma que há possibilidades de fazer a greve mas também de ser descontadas as faltas do período da greve”, explicou.

O primeiro-ministro sublinhou que foi nesse sentido que o Governo decidiu em abdicar em fazer descontos de faltas de um mês à todos os professores aderentes à greve como forma de dar sinal de que a lei é para que as pessoas começam pouco a pouco a respeitar as regras.

“Mas no entanto como existem grupos que estão a aproveitar este período de difícil relacionamento entre o Governo e os professores, levamos em conta essa situação e decidimos abdicar de fazer descontos de faltas como tínhamos prometido”, disse.

Perguntado sobre se a liquidação dos quatro meses de salário em atraso dos professores irá evitar a propalada nova greve dos professores anunciada para  quinta-feira, Aristides Gomes respondeu que o importante é satisfazer os pontos constantes no seu Caderno Reivindicativo do resto cabe aos professores. ANG/AC//SG

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