Aumenta para 169 número de mortes da ruptura de barragem do Brumadinho
Bissau, 18 fev 19 (ANG) - O número de vítimas
mortais devido ao colapso de uma barragem de uma mina de ferro no Brasil subiu
a 169, enquanto as autoridades prosseguem as buscas para localizar 141
desaparecidos, informou hoje a Defesa Civil de Minas Gerais.
Embora o trabalho de resgate
esteja cada vez mais difícil devido às condições do terreno, as autoridades
indicaram que continuarão a operar o tempo que for necessário e enquanto as
condições permitirem.
A tragédia ocorreu no dia 25 de
Janeiro, quando uma das represas para limpeza de resíduos minerais de uma
empresa do grupo Vale em Brumadinho, município mineiro no sudeste do Brasil,
sofreu uma ruptura e causou um deslizamento de terras que enterrou as
instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
Vinte e quatro dias após o acidente,
uma equipa de resgate continua com as buscas, apoiadas por máquinas
especializadas, como escavadoras gigantes que ajudam a remover a lama, que
atingiu 20 metros de altura.
Segundo a equipa, os esforços de
resgate estavam concentrados na área onde um navio da Vale estava localizado,
numa área onde funcionava o britador e onde as autoridades acreditam que podem
encontrar outros corpos.
Além das operações de resgate, as
autoridades estão a avançar com o cadastro de 170 pessoas retiradas
preventivamente no sábado à noite, devido ao aumento do risco de duas barragens
na mina de Vale Mar Azul, com as mesmas características daquela que desabou em
Brumadinho.
Os níveis de alerta das duas
represas - localizadas em Nova Lima, outro município de Minas Gerais - passaram
do nível 1 para o nível 2 e forçaram as autoridades a tomarem medidas de
prevenção.
Após vários recursos interpostos
pelo governo regional e pelo Ministério Público, a justiça apreendeu pelo menos
12.000 milhões de reais (2,9 mil milhões de euros) de contas da Vale para
garantir o pagamento de indemnizações às vítimas e cobrir os danos.
O desastre em Brumadinho
ocorreu três anos depois de um outro semelhante em Mariana, município também
localizado no Estado de Minas Gerais e onde a ruptura de vários diques na mina
Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, provocou 19 mortos e uma tragédia
ambiental sem precedentes.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário