PAIGC pede Movimento para Alternância Democrática para desmontar seu palco de comício em frente à UDIB
Bissau,25 fev 19 (ANG)
– O advogado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
pediu hoje em conferência de imprensa ao Movimento para Alternância Democrática
MADEM-G15 a aceitar a decisão judicial desocupando o espaço a frente da União
Desportiva Internacional de Bissau (UDIB) onde instalou um palco para comício
de campanha eleitoral.
O pedido de Carlos
Pinto Pereira vem na sequência da decisão do Tribunal Regional de Bissau
emitido sexta-feira passada, na qual ordena MADEM-G15 a abandonar as instalações
do UDIB e deixar, sem qualquer pretexto, de fazer todos os actos de exercício
que pode por em causa actividade do PAIGC e o direito de utilização do espaço.
Pinto Pereira alega ser
injusto uma formação política que deseja chegar ao poder mas que não respeita medidas judiciais.
“Há três dias que esta
força política recebeu a notificação do Tribunal e até aqui não há nenhum sinal
da retirada no espaço, disse, considerando a atitude, não só de desobediência à
uma ordem judicial, bem como de uma ofensa ao PAIGC, porque, enquanto formação política tem direito de fazer a sua
propaganda política e precisa daquele espaço para o efeito.
“Como sabem, são duas
forças políticas concorrentes e não podem ocupar o mesmo espaço, porque num
ambiente deste é muito fácil haver desordem com consequência inesperadas. Por
isso deve ser prevenida”, sustentou Carlos Pinto Pereira que acrescentou que o PAIGC entrou com uma previdência cautelar
junto do tribunal para reclamar o direito ao espaço cedido pela Câmara
Municipal de Bissau.
Conforme o advogado, o
Tribunal deu razão ao PAIGC ou seja ordenou ao MADEM-G15 a retirar o palco
instalado a frente da UDIB e se abdicar de todos os actos e exercícios que podem
por em causa as actividades do PAIGC ou de integridade física dos cidadãos
sobretudo dos militantes e simpatizantes do PAIGC.
Caso contrário, o
advogado do PAIGC admite possibilidade de solicitar a intervenção da força de
ordem para obrigar o Madem a retirar o
palco.
Pinto Pereira disse que a
formação política que defende esta actualmente empenhada na campanha eleitoral,
mas também a trabalhar para que haja condições com vista a realização das
eleições sem desordem e nem tão pouco com puxa-puxa ou desvio da atenção das pessoas sobre o essencial.
Afirmou que o PAIGC dirigiu uma carta à Câmara Municipal
de Bissau pedindo a utilização da Avenida Amílcar Cabral durante o período da
campanha eleitoral desde dia 15 Janeiro e que a câmara autorizou o uso do
referido espaço no dia 20 do mesmo mês e que essa cedência teria sido informada aos responsáveis da União Desportiva
Internacional da Bissau e ao Comissariado da Polícia da Ordem publica, no dia
22 de Janeiro de 2019.
Portanto, segundo
Carlos Pinto Pereira toda a gente sabia que o PAIGC iria usar aquele espaço
durante o período da campanha eleitoral. E de repente deparamos com essa
situação, de uma força política utilizar o espaço frente ao UDIB para instalar o
seu palco no espaço que já tinha sido cedido ao PAIGC, em violação ao direito
pertencente ao PAIGC. ANG/LPG//SG
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