CENTIF alerta
sobre possibilidades de envolvimento de dinheiro de proveniência duvidosa na
campanha eleitoral
Bissau,18 Fev 19
(ANG) - O presidente da Célula Nacional de Tratamento de Informações
Financeiras na Guiné-Bissau (CENTIF-GB), Justino Sá, disse quinta-feira que existem suspeitas de envolvimento de dinheiro
de proveniência duvidosa na campanha eleitoral em curso no país.
"Neste momento ninguém pode garantir que não haverá dinheiro de proveniência duvidosa na campanha eleitoral", defendeu Justino Sá em entrevista à Lusa, referindo aos "meios que têm sido ostentados" pelos partidos.
Para o presidente da CENTIF-GB, instituição ligada ao Ministério das Finanças, o facto de na Guiné-Bissau a lei isentar os partidos políticos das taxas aduaneiras dos materiais de campanha eleitoral, poderá estar a ser aproveitado para o branqueamento do capital de proveniência ilícita.
"Um branqueador pode aproveitar-se para lavar o seu dinheiro'. Perder quinhentos milhões para fazer entrar, no circuito financeiro legal, três bilhões não é nada para um branqueador", sustentou Justino Sá.
O responsável pede uma investigação apurada às suspeitas e ainda um reforço do controlo, através do cumprimento da disposição legal que impõe que os partidos, finda a campanha eleitoral, apresentem relatórios, com provas de proveniência dos fundos.
"Ninguém respeita essa disposição", observou Justino Sá, que se mostra ainda preocupado com alertas internacionais em relação à situação de transações financeiras com e no país.
"A Guiné-Bissau está no risco vermelho, estamos na declaração pública, isto é, com seguimento reforçado a nível da sub-região. Se continuarmos assim, daqui a nada, nenhum banco internacional irá aceitar cooperar com os bancos da Guiné-Bissau", sublinhou Justino Sá.
O presidente da CENTIG-GB entregou recentemente dois relatórios aos titulares de cargos públicos guineenses. Um feito pelo serviço que coordenada e outro elaborado a nível do GIABA (Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental).
"Neste momento ninguém pode garantir que não haverá dinheiro de proveniência duvidosa na campanha eleitoral", defendeu Justino Sá em entrevista à Lusa, referindo aos "meios que têm sido ostentados" pelos partidos.
Para o presidente da CENTIF-GB, instituição ligada ao Ministério das Finanças, o facto de na Guiné-Bissau a lei isentar os partidos políticos das taxas aduaneiras dos materiais de campanha eleitoral, poderá estar a ser aproveitado para o branqueamento do capital de proveniência ilícita.
"Um branqueador pode aproveitar-se para lavar o seu dinheiro'. Perder quinhentos milhões para fazer entrar, no circuito financeiro legal, três bilhões não é nada para um branqueador", sustentou Justino Sá.
O responsável pede uma investigação apurada às suspeitas e ainda um reforço do controlo, através do cumprimento da disposição legal que impõe que os partidos, finda a campanha eleitoral, apresentem relatórios, com provas de proveniência dos fundos.
"Ninguém respeita essa disposição", observou Justino Sá, que se mostra ainda preocupado com alertas internacionais em relação à situação de transações financeiras com e no país.
"A Guiné-Bissau está no risco vermelho, estamos na declaração pública, isto é, com seguimento reforçado a nível da sub-região. Se continuarmos assim, daqui a nada, nenhum banco internacional irá aceitar cooperar com os bancos da Guiné-Bissau", sublinhou Justino Sá.
O presidente da CENTIG-GB entregou recentemente dois relatórios aos titulares de cargos públicos guineenses. Um feito pelo serviço que coordenada e outro elaborado a nível do GIABA (Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental).
Segundo Sá, os dois documentos "espelham os perigos reais que pairam sobre o país".
O presidente da CENTIF-GB, instituição que disse trabalhar sem apoios das entidades nacionais, afirmou ter já apresentado elementos suspeitos de branqueamento de capitais por parte de cidadãos guineenses e estrangeiros, mas sem que as autoridades judiciais tomem medidas sobre essas suspeitas.
Justino Sá apontou também a campanha de comercialização da castanha do caju como outra fonte de entrada de dinheiro de proveniência duvidosa na Guiné-Bissau. ANG/Lusa
O presidente da CENTIF-GB, instituição que disse trabalhar sem apoios das entidades nacionais, afirmou ter já apresentado elementos suspeitos de branqueamento de capitais por parte de cidadãos guineenses e estrangeiros, mas sem que as autoridades judiciais tomem medidas sobre essas suspeitas.
Justino Sá apontou também a campanha de comercialização da castanha do caju como outra fonte de entrada de dinheiro de proveniência duvidosa na Guiné-Bissau. ANG/Lusa
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