sexta-feira, 26 de junho de 2020

           

Ensino/ Escolas públicas devem reabrir em julho por dois meses

Bissau,26 Jun 20(ANG) - Os intervenientes no setor do ensino acordaram a retoma das aulas nas escolas do país, para o dia 13 de julho.

As aulas estão suspensas desde março, devido à pandemia da Covid-19.  

A data foi indicada  quinta-feira  na reunião semanal do Conselho de Ministros, liderada por Nuno Gomes Nabiam, e faz parte de um plano de contingência para o setor educativo, que prevê que as aulas funcionem também aos sábados para recuperar os dias perdidos, durante os próximos dois meses.

Mas, de acordo com o que foi acordado na semana passada entre o Ministério da Educação e todos os intervenientes no setor, as aulas só seriam  retomadas nas escolas com condições para o efeito, mediante a aprovação de uma comissão técnica que fará a avaliação dos estabelecimentos do ensino que podem funcionar na época das chuvas.

Consta que há escolas sem condições, em que a água das chuvas penetra nas salas de aulas

.Por outro lado,  persistem  dúvidas sobre se, em apenas dois meses, os professores conseguirão lecionar toda a matéria programada, depois da interrupção da Covid-19 e de sucessivas greves dos professores.

Segundo a DW, o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas (CAAEPP), Alfa Umaro Só, disse estar  satisfeito com a indicação do Governo.

"A intenção era anular o ano letivo totalmente, e nós levámos a proposta de validade parcial do ano letivo, para que o Governo se pronunciasse, para que as escolas que estão em condições retomassem as aulas", afirma.

No entanto, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores guineenses, António João Bico, levanta algumas preocupações sobre a retoma e conclusão do ano letivo.

"Temos dificuldades de infraestruturas escolares e estamos perante a pandemia da Covid-19, que exige, pelos menos, um número reduzido de alunos por turma". No entanto, é difícil encontrar o número suficiente de escolas para ter turmas reduzidas.Sendo assim, a exequibilidade vai exigir também ao Ministério da Educação a criação de condições para construir novas infraestruturas escolares”, disse.

Ouvido pela DW África, o perito no setor de ensino guineense Silvino Ialá reforça que dois meses é pouco para dar aos alunos os conteúdos que restam.

"O fator chuva poderá criar grandes dificuldades. Mesmo três ou quatro meses não serão suficientes”, considerou Ialá. ANG/DW África

   

Covid-19/UA define na próxima semana regras para distribuição da vacina

Bissau, 26 jun 20 (ANG) - A União Africana (UA) e o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) vão, nas próximas semanas, definir as regras e o enquadramento da distribuição da vacina contra a covid-19.

 "Identificar uma vacina é crítico para diminuir os contágios e fazer voltar a sociedade e a economia ao normal e para o desenvolvimento de África", disse o director do África CDC no encerramento do seminário de dois dias sobre 'Liderança de África no Desenvolvimento e Acesso a uma Vacina da Covid-19'.

"Nas próximas semanas vamos definir as regras e os procedimentos para a distribuição da vacina contra a covid-19", afirmou quinta-feira John Nkengasong.

No comunicado lido no final do encontro, o África CDC reconhece as dificuldades na distribuição da vacina quando ela estiver disponível, mas apela "aos parceiros, aos Estados-membros e aos doadores para garantirem o fornecimento a todos os países africanos".

Para a UA, a distribuição tem de ser "igualitária e rápida não só em todos os países africanos, mas também dentro de cada país, e deve ser disponibilizada a todos, independentemente da classe socioeconómica, do género e das condições de cada um" dos africanos.

"Decidimos que vamos ganhar, mas não conseguimos ganhar sozinho, precisamos de todos os parceiros, Estados-membros e peritos", conclui-se no comunicado final lido no fim da reunião.

O número de mortos em África devido à covid-19 subiu para 8.856, mais 238 nas últimas 24 horas, em cerca de 336 mil casos, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infectados é de 336.019, mais 11.323 casos nas últimas 24 horas.

O número de recuperados é de 160.833, mais 6.663.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 479 mil mortos e infectou mais de 9,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Angop

quinta-feira, 25 de junho de 2020

       

Segurança/Governo proíbe circulação de viaturas com vidros escuros

Bissau, 25 Jun 20 (ANG) – O governo anunciou esta quinta-feira através de um comunicado  à imprensa do Ministério de Interior, que a partir do dia 26 de corrente mês, entra em vigor a proibição da  circulação de viaturas com vidros escuros, em todo o território nacional.

De acordo com o comunicado, a circulação com viaturas de vidros escuros,constitui uma verdadeira alteração das características registadas no livrete.

O comunicado ainda refere que  em alguns casos a opacidade chega a atingir níveis vertiginosamente incríveis e proporções alarmantes.

A referida nota descreve ainda que, a circulação com viaturas de vidros escuros, vários casos já havidos  é de conhecimento público, entre os quais, tráfico de estupefacientes, espancamentos, tráfico de seres humanos, armas de fogo e entre outros.

“Neste sentido, para continuar a dar garantia a ordem e a tranquilidade pública, e prevenir a prática dos demais actos contrários à lei e aos regulamentos, que previne a criminalidade em geral, urge tomar medidas para atacar os elementos  que facilitem a criminalidade, entre eles, o uso abusivo dos vidros escuros nos carros”, lê-se no documento.

Segundo a nota, em relação às viaturas com vidros escuros originais, os proprietários devem proceder ao registo dos mesmos no Ministério do Interior, através do Grupo Nacional de Trânsito,  com vista a verificação da sua originalidade.

“A violação do presente comunicado implica a apreensão da viatura em causa é aplicação de uma multa de 100.000 FCA”, refere o comunicado.ANG/LLA/ÂC       


Covid-19/Cidadãos se divergem em relação à renovação  do estado de emergência no país

Bissau 25 Jun 20 (ANG) – Alguns cidadãos ouvidos hoje pela ANG para opinarem  sobre o término da quinta fase do estado de emergência decretada pelo Presidente da República, no âmbito de prevenção da pandemia, se divergem sobre o seu prolongamento ou não no país.

Abduram

ane Djalo, vendedor ambulante morador no Bairro de Tchada e estudante na Universidade Lusófona da Guiné,  é de opinião de que o estado de emergência deve ser prolongado por mais 15 dias, uma vez que os casos positivos de coronavírus estão a aumentar de uma forma preocupante na Guiné-Bissau.

“O Estado deve contudo fazer funcionar o país, abrindo escolas, liberando transportes públicos para as regiões e fazer cumprir as regras higiénicas de prevenção. São  as autoridades que fazem os cidadãos cumprir as regras estabelecidas”, disse.

Para Verónica Ié, moradora em Quinhamel,  o estado de emergência deve acabar para que a população, sobretudo do interior de país, possa tornar a sua vida diária normal.

Verónica acha que a população já sabe como se prevenir da doença.

“O maior problema tem são os  transportes privados que levam as pessoas e cobram duas ou três vezes mais do que o preço normal, que era de 500 francos CFA. As vezes andamos à pé quilómetros e quilómetros para poder vender os nossos produtos, em Bissau para o sustento das nossas famílias”, lamentou.

Adiantou que é do conhecimento de todos que é por causa da doença e que ninguém tem culpa disso, mas que o Estado deve acabar com o período de emergência para facilitar a população e controlar o cumprimento das regras que estabeleceu, punindo quem não cumprir.

“Caso contrário vamos morrer de fome e de outras doenças”, disse.

O magarefe, Wilson da Silva, morador em Cuntum Entrada de Caju, disse que o Estado deve se engajar mais para que todos possam cumprir com as recomendações do Ministério de Saúde e do Interior, principalmente no uso obrigatório de máscaras “porque esta doença além de ser grave ainda não tem vacina”.

Da Silva defende  que o estado de emergência deve ser prolongado e que os transportes públicos (táxis e toca-tocas) devem  funcionar das 6 da manha as 21 horas da noite, e os transportes para o interior devem trabalhar das 6 da manha até as 19 horas . Quem violar as regras impostas pelo Estado deve pagar conforme a gravidade do seu acto”, disse.

Nelson José da Silva, estudante morador do bairro de Mindará, é de opinião de que, apesar de tudo, as autoridades nacionais e sanitárias fizeram um trabalho incansável na luta contra a covid-19, uma vez que o número das pessoas infectadas e mortas causados pelo coronavírus podia ser muito superior ao verificado.

“A questão de transportes para o interior é das preocupações maiores das populações, tendo em conta o nível económico dos guineenses. Imagina para deslocar de Bissau para Gabú a pessoa tem que pagar 10 mil francos CFA, se dantes pagava 5 mil Isso é grave e quem sai a ganhar são os proprietários das viaturas privadas”, explicou.

Acrescentou  que os transportes públicos para as regiões estão proibidos de circular e as pessoas mais carenciadas estão a passar grandes dificuldades em todos os sentidos. “Por isso, já chega, o estado de emergência não deve ser prolongado”, sustenta.

Nelson disse que a solução passa pela sensibilização e orientação das pessoas em como lidar com a pandemia , deixando-as livres das 7 da manha até as 19 horas da tarde, obrigando-as contudo a cumprirem as regras de distanciamento, lavagem sempre das mãos e o uso obrigatório das máscaras da protecção, “porque ninguém sabe até quando vai durar esta praga”.

Na opinião do cidadão Bacar Banora, o estado de emergência deve ser levantado de vez.

Segundo Banora esta medida foi tomada para impedir a propagação e na verdade não está impedindo, por isso deve ser pensada uma nova estratégia de combate da pandemia e contextualizada à realidade do país.

Para a cidadã Chelsia Ramos, com início das aulas previstas na primeira semana de julho, vai ser difícil lidar com os impedimentos nas circulações das pessoas devido os diferentes horários dos estudos na escolas e universidades.

Segundo Chelsia deve ser exigido o uso obrigatório de máscaras e impedimento das aglomerações das pessoas com objetivo de entretenimento.

A quinta fase do estado de emergência no âmbito de prevenção da covid-19, termina hoje, ( 25) do c e número de mortos é de 19 em 1556 infectados.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 


Brasil/”Jair Bolsonaro está a atrapalhar o combate à covid-19”, diz professor universitário

Bissau, 25 jun 20 (ANG) - O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, teve uma atitude “negacionista” relativamente ao novo coronavírus desde o início, que chamou de “gripezinha”, e o seu comportamento está a “atrapalhar o combate” à covid-19, considera Emerson Servi, professor do departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, no Brasil.

Na segunda-feira, um juiz de um tribunal do distrito federal de B

rasília determinou que Jair Bolsonaro deve ser obrigado a usar máscaras no espaço público da capital, senão terá de pagar uma multa diária de dois mil reais, cerca de 340 euros.

 A decisão surge numa altura em que o número de mortes por covid-19 no Brasil ultrapassou as 52.600 e há mais de um milhão de infectados.

Desde o início da pandemia no Brasil, houve uma decisão judicial de que os governadores de Estados tinham autonomia para tomar decisões sobre as melhores formas de combater a epidemia de covid-19 em sus regiões. O governador do distrito federal - que é onde está o governo central do Brasil - determinou que todos deveriam usar máscaras enquanto estivessem em locais públicos e isso inclui todos. Mas, o presidente da República, que está no distrito federal, descumpria essa regra permanentemente. Era possível ver, em reuniões públicas, que ele era o único sem máscara e houve uma série de solicitações antes da determinação judicial para que ele passasse a usar máscara e ele não passou. Então, é uma consequência do descumprimento de uma regra do distrito federal estabelecida pelo governador do distrito federal”, explica o politólogo Emmerson Servi.

Não é de excluir que Jair Bolsonaro lute legalmente contra a ordem de colocar máscara: “Nos primeiros dias, ele passou a cumprir, passou a usar as máscaras, mas já houve notícias que a Advocacia Geral da União, que é uma espécie de assessoria jurídica da Presidência – que não deveria ser da Presidência, deveria ser do Estado – que vai recorrer dessa decisão judicial e, pelo menos, legalmente o Presidente vai tentar reverter a obrigatoriedade de usar máscara durante a pandemia. Chega a ser engraçado, mas é o noticiário que a gente tem, comentou Emmerson Servi.

Desde o final de Abril que é obrigatória a utilização de máscara de protecção nos espaços públicos no Distrito Federal de Brasília para conter a propagação do novo coronavírus. No entanto, Bolsonaro apareceu em público várias vezes sem protecção, por vezes, em contacto directo com outras pessoas.

“No fundo, no fundo, tudo isso é um processo de negacionismo por parte dele [do Presidente] da pandemia.

No início, ele disse que não passava de uma gripezinha. Agora, essa necessidade de uma decisão judicial para que ele use máscara apenas demonstra que é a aplicação na prática daquela fala inicial em que ele não acreditava, mesmo com os números oficiais no Brasil indicando que já passámos de 50.000 mortes e mais de um milhão de infectados pelo vírus, continua Emmerson Servi.

Para o professor do departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, o Presidente brasileiro está a “atrapalhar o combate” à covid-19: Nós imaginávamos que existissem apenas duas possibilidades de actuação de um homem público em situações como esta da pandemia. A esperada era que ele actuasse de todas as formas possíveis para tentar combater o problema e reduzir ao máximo as mortes ou, em casos extremos, ele simplesmente não participaria das actividades de tentativa de combate para tentar se afastar desse tema. No caso do Presidente do Brasil, nós temos uma terceira posição que é: nem ajudar a combater, nem se afastar do tema, mas atrapalhar. Então, quando ele actua ao contrário das determinações das autoridades de saúde, o que ele está fazendo é atrapalhar o combate à doença.

Emmerson Servi sublinha mesmo que há “relatos de casos e mais casos de pessoas que morreram pela covid-19 e que antes negavam a doença” e que “não queriam usar máscara”. “Em boa medida, reproduzindo o discurso de uma autoridade pública.”

O politólogo acrescenta que “a avaliação negativa do Presidente está a aproximar-se de 50%, enquanto a avaliação positiva dos governadores tem crescido”, ao contrário do que é habitual no Brasil. A contribuir para essa queda de popularidade está, também, a detenção, nos últimos dias, de um ex-assessor de um dos filhos de Bolsonaro, considerado peça fundamental numa investigação sobre transacções ilícitas e actos de corrupção que teriam acontecido quando o filho do Presidente era deputado estadual na câmara legislativa do Rio de Janeiro.ANG/RFI

            Covid-19/Disparo do número de casos  no continente americano

Bissau, 25 jun 20 (ANG) - O continente americano e

stá a conhecer um aumento substancial do número de casos de coronavírus, em particular os Estados Unidos e o Brasil que são respectivamente o primeiro e segundo países mais atingidos a nível mundial.

Actualmente, de acordo com o instituto médico Johns Hopkins, os Estados Unidos contabilizam mais de 2 milhões de casos e ultrapassaram os 121 mil óbitos, sendo que por seu lado o Brasil transpôs o milhão de casos e avizinha os 53 mil mortos devido à covid-19.

O balanço da epidemia ultrapassou quarta-feira os 100 mil mortos na América Latina e Caraíbas, sendo que mais de metade dos óbitos foram registados no Brasil.

Para além deste país, contudo, o Peru com uns 260 mil casos e mais de 8 mil óbitos, o Chile com cerca de 250 mil contaminações e 4500 mortos, assim como o México que registou cerca de 191 mil casos positivos e 23 mil vítimas mortais, também estão a encontrar sérios problemas que peritos atribuem a sistemas de saúde deficientes e a uma pobreza galopante que leva o seu forte contingente de trabalhadores informais a desrespeitar a necessidade de manter o distanciamento físico.

Também considerada preocupante é a situação dos Estados Unidos. Ouvido quarta-feira pela Comissão de Energia e Comércio da Câmara de Representantes em Washington, Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecto-contagiosas, deu conta do aumento vertiginoso do número de casos de coronavírus especialmente nos Estados do sul, como o Arizona, Florida, Texas e Califórnia, ao ponto que os governadores desses dois últimos Estados recomendam à sua população permanecer em casa.

Aquele que tem sido o rosto do combate à covid-19 nos Estados Unidos, julga que a epidemia ainda não está controlada no país e relaciona a subida do número de casos com um desconfinamento que considera ter sido feito sem estratégia de rastreio e monitorização dos casos positivos.

Pouco optimista quanto à eventualidade de se encontrar uma vacina antes de finais de 2021, Anthony Fauci também informou que o ritmo dos testes iria aumentar, contrariando declarações de Donald Trump que em comício em Tulsa no fim-de-semana defendeu a redução do ritmo dos testes, numa lógica de diminuir a identificação de casos. Preconizações que não foram seguidas de um pedido formal neste sentido da Casa Branca, afirmou  Fauci.

Também presente na audiência parlamentar, Robert Redfield, director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, declarou que a epidemia colocou «a nação de joelhos» e estimou que o combate à doença poderia custar uns 7 mil milhões de dólares ao país.

Outro efeito económico colateral da epidemia, de acordo com a edição de ontem do New York Times, a reabertura progressiva das fronteiras externas da União Europeia a partir do dia 1 de Julho a países que «tenham controlado a epidemia» poderia excluir o Brasil e os Estados Unidos.

Refira-se que aquando do começo das medidas de confinamento na Europa em Março perante a chegada massiva da epidemia no continente, o Presidente Trump ordenou a suspensão das ligações aéreas entre os Estados Unidos e a Europa. ANG/RFI

Defesa e Segurança/ “Transformação das transmissões militares obriga o país a abraçar tecnologias de ciber-guerra”, afirma ministro da Defesa


Bissau,25 Jun 20(ANG)  - O ministro da Defesa Nacional, Sandji Fati, disse que uma das preocupações do executivo é adotar as Forças Armadas de meios necessários e que lhes permitam cumprir as suas missões, sublinhando que a transformação das transmissões obriga o país a abraçar as tecnologias denominadas de “Ciber-Guerra”.

O governante fez estas considerações  quarta-feira, na sua declaração aos jornalistas depois da reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional. A reunião desta quarta foi dirigida pelo chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló, e serviu para analisar o conceito da defesa nacional, considerado “extremamente importante” para definir missões. A reunião serviu também para se debruçar sobre o projeto de lei de programação e assuntos ligados à saúde militar,  entre outros.

O titular da pasta da defesa nacional anunciou que brevemente a instituição colocará em uso testes de aparelhos e que serão capazes de analisar telemóveis e aplicativos das redes sociais, por exemplo, watshapp, de formas a garantir a segurança no país.

Sandji Fati informou que a instituição que dirige está a trabalhar com o intuito de modernizar as forças armadas, dotando-as de meios, nomeadamente: o serviço de transmissões militares e a contra inteligência militar no sentido de cumprirem cabalmente as suas missões.

O brigadeiro-general na reserva disse que na reunião abordaram também a proposta de promoção de alguns oficiais de coronéis a brigadeiros-generais. Sustentou que as pessoas em causa estavam em funções há mais de dez anos com patentes de coronéis, por isso o Comandante Supremo das Forças Armadas aprovou as suas promoções para brigadeiros-generais. 

“Assistiram à reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional vários membros do governo, nomeadamente: os ministros dos Transportes, das Finanças, das Obras Públicas, dos Negócios Estrangeiros e do Interior, parte que constituem as componentes efetivas para ter a defesa nacional para  a nossa sobrevivência, enquanto unidade política”, dise Fati que também é jurista.ANG/O Democrata

  Covid-19/Polícias europeias foram racistas durante confinamento”,diz Amnistia

Bissau, 25 jun 20 (ANG) - As polícias europeias mostr

aram um “padrão perturbador de preconceito racial” nas tentativas de fazer cumprir as regras de confinamento no âmbito da covid-19, aplicando violência desproporcional a minorias étnicas e marginalizados, denuncia quarta-feira a Amnistia Internacional.

A actuação da polícia teve um impacto desproporcional em áreas mais pobres, que costumam ter maior proporção de moradores de grupos étnicos minoritários, acusa a organização num relatório denominado “Policiar a Pandemia” e que foi hoje divulgado.

Segundo a Amnistia Internacional, o documento, que abrange 12 países (Bélgica, Bulgária, Chipre, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Sérvia, Reino Unido e Roménia), expõe “um padrão perturbador de preconceito racial, que está ligado a preocupações com o racismo institucional dentro das forças de segurança e outras questões mais amplas levantadas nos recentes protestos do movimento ‘Black Lives Matter’”.

“A violência policial e as preocupações com o racismo institucional não são novas, mas a pandemia de covid-19 e a aplicação coerciva das regras de confinamento demonstram o quão prevalentes são”, afirmou o investigador da Amnistia Internacional para a Europa Ocidental, Marco Perolini.

“As triplas ameaças de discriminação, uso ilegal da força e impunidade policial devem ser enfrentadas com urgência na Europa”, defendeu.

Como exemplo, a organização humanitária aponta o caso de Seine-Saint-Denis, a zona mais pobre da França continental, onde a maioria dos habitantes é negra ou de origem norte-africana.

Nesta zona, “o número de multas por violação do confinamento foi três vezes superior ao resto do país, apesar de as autoridades locais afirmarem que o cumprimento das regras foi semelhante”, refere o relatório, acrescentando que Nice, um bairro francês predominantemente da classe trabalhadora e com minorias étnicas, “foi submetido a ordens de recolher mais longas face ao que acontecia no resto da cidade”.

Também a polícia de Londres registou um aumento de 22% nas operações de controlo, entre Março e Abril, sendo que, durante esse período, a proporção de negros revistados aumentou quase um terço.

De acordo com o relatório, o Laboratório de Provas da Amnistia Internacional observou 34 vídeos de toda a Europa que mostram a polícia a usar força desnecessária e ilegal.

Num dos vídeos recolhidos pela organização humanitária, depois de ter sido publicado ‘online’ em 29 de Março, vê-se, segundo a Amnistia Internacional, dois polícias a mandarem parar um jovem descendente do norte da África, nas ruas de Bilbao, em Espanha.

Apesar de o jovem não apresentar nenhuma ameaça aparente, um polícia empurrou-o violentamente e bateu-lhe com um bastão, enquanto dois outros o mantinham encostado à parede com as mãos atrás das costas.

Nesse momento, a mãe do jovem apareceu e disse aos polícias que o seu filho sofria de problemas de saúde mental, mas os agentes bateram na mulher e derrubaram-na, mantendo-a no chão.

Alguns dos vizinhos que estavam a filmar a cena foram multados por “recolha não autorizada de imagens de agentes da autoridade”.

Mais para leste, a discriminação começou logo com decisões governamentais, quando foram impostas quarentenas obrigatórias a todos os acampamentos de ciganos da Bulgária e da Eslováquia, sublinhou a organização humanitária.

No caso da Eslováquia, o exército foi mobilizado para cumprir essa ordem, o que a Amnistia Internacional considera uma medida desproporcional.

Na Bulgária, as quarentenas obrigatórias levaram a que mais de 50 mil ciganos ficassem isolados do resto do país, tendo a situação chegado “à escassez de alimentos”.

Neste país, as autoridades da cidade de Burgas usaram mesmo drones com sensores térmicos para medir remotamente a temperatura dos residentes e monitorizar os seus movimentos.

No caso dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes que vivem em campos e alojamentos partilhados, as pessoas também foram alvo, segundo a Amnistia Internacional, de quarentenas selectivas, como foi o caso em países como a Alemanha, o Chipre e a Sérvia, além de terem sido registados “desalojamentos forçados” em França e na Grécia.

Na Sérvia, as autoridades impuseram um regime especial que visava selectivamente centros de refugiados, migrantes e requerentes de asilo, colocando-os “sob uma quarentena obrigatória de 24 horas e mobilizando os militares para vigiar o toque de recolher”, denuncia a organização.

“O Estado tem de parar de impor quarentenas discriminatórias e expulsar à força ciganos, refugiados e migrantes de acampamentos. Em vez disso, devem salvaguardar o direito dessas pessoas a terem alojamento e cuidados de saúde”, defendeu a investigadora da Amnistia Internacional para a União Europeia, Barbora Černušáková.

Outra discriminação apontada pela Amnistia Internacional foi feita aos sem-abrigo.

Em Itália, a organização não-governamental Avvocato di Strada apurou pelo menos 17 casos em que pessoas sem-abrigo receberam multas por não conseguirem cumprir as medidas de isolamento e restrição de movimentos, situação que também terá acontecido em França, Espanha e no Reino Unido.ANG/Angop

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG
Covid-19/Colectivo de Cidadãos questiona se a vacina da poliomielite aumenta a imunidade em pessoas infetadas com Coronavírus 

Bissau, 24 jun 20(ANG) – O Coletivo de cidadãos guineenses quer saber se  a vacina da poliomielite aumenta a imunidade de pessoas infetadas com a Covid-19.

Segundo uma nota à Imprensa à que a ANG teve acesso, o coletivo exigiu das autoridades ligado ao estudo para publicar o protocolo do estudo que inclui informações fundamentais tais como a justificação do estudo, o desenho da experiência, a discrição do grupo alvo, o formulário de consentimento, identificação de riscos de plano de mitigação, data e local da aplicação do estudo.

O documento  denuncia o que considera ser  “a falta de transparência na aplicação de ensaios clínicos na Guiné-Bissau” e exige a publicação e acessibilidade de todos os documentos do estudo para garantir a credibilidade do processo.

Também exigem a identificação dos financiadores e responsáveis pela execução do estudo e o processo de autorização do estudo, incluindo a identificação dos membros do Comité de Ética, responsável pela avaliação e aprovação do estudo.

O coletivo diz que, em estudos do género, a nível internacional, se exige que esses elementos estejam registados em plataforma certificada, acessível  à qualquer cidadão.
Acrescenta que  o mundo da investigação, dos ensaios clínicos ou qualquer outro tipo de estudo experimental, assenta em princípios de transparência, ética e responsabilidade pública.

O coletivo sustenta  que todo o estudo de investigação  não  aberto ao escrutínio, que escolhe o sigilo em detrimento da transparência, que reage na defensiva à questões pertinentes exigidas para o seguimento de padrões internacionais, não tem lugar no mundo investigação sério,pelo que não devem ser permitidos na  Guiné-Bissau.

Por último, o referido coletivo refere na nota, que endereçaram,  desde o dia 19 do mês em curso,  cartas ao Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Saúde (INASA), Projeto de Saúde de Bandim, com  conhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Liga Guineense dos Direitos Humanos com o objetivo de ver as suas exigências serem atendidas, mas que até ao momento não receberam nenhuma resposta. 

O jornal brasileiro revela que o estudo, a ser orientado por uma equipa de investigadores americanos e dinamarqueses, vai começar brevemente e vai decorrer durante seis meses.

O ministro da Saúde da Guiné-Bissau António Deuna esclareceu recentemente que o que está em curso é um estudo promovido pelo Projecto de Saúde de Bandim, visando apurar a validade ou a pertinência científicas do uso de vacinas até aqui aplicadas no combate à poliomielite para o combate da nova pandemia.ANG/CP/ÂC//SG

Politica/2ª Vice-Presidente do PAIGC diz que o pais vive momentos de  “terrorismo de Estado”

Bissau, 24 Jun 20 (ANG) – A Segunda 

vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), qualificou hoje de “terrorismo de Estado” os acontecimentos dos  últimos dias no país.

Odete Costa Semedo reagia numa conferência de imprensa sobre a detenção de Armando Correia Dias (Ndinho), membro do Comité Central do partido, ocorrida entre sábado e terça-feira, na segunda esquadra, em Bissau.

 “Como se explica num Estado organizado com seus órgãos de soberania,  que impera sobre todos nós e quando cada um de nós é detido, na via pública, quando alguém saí e não sabe se volta para casa e quando não tem segurança da sua pessoa e nem dos seus bens. Isso significa que estamos perante um caos, ou perante terrorismo de Estado “,disse a dirigente dos libertadores.

Semedo apelou aos militantes do PAIGC a se cuidarem, frisando que quando se está num lugar onde quem os devia proteger está a persegui-los, a lhes molestar, significa que não há à quem pedir amparo.

Afirmou que é por isso que estão a questionar do paradeiro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), uma vez que as Nações Unidas mandatou a União Africana para mediar o caso da Guiné-Bissau e este por sua vez fez o mesmo com a CEDEAO por ser a maior organização sub-regional .

Odete Semedo disse que esta organização sub-regional tinha o dever de dar seguimento ao cumprimento dos pontos constantes no comunicado que reconheceu o Sissoco Embalo como Presidente da República, o que não aconteceu ou seja não houve nenhuma missão de seguimento e avaliação da situação do país .

“Uma vez que o prazo para formar um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais como manda o comunicado da CEDEAO já passou há meses e estamos a assistir o rapto e espancamento de deputados e de outras pessoas em suas casas, sem qualquer mandato policial ou judicial e essas acções vão ao encontro do nosso conceito de “terrorismo de Estado”, explicou.

Odete Semedo considerou a actual situação do país como sendo uma colonização dos pretos, salientando que a arma do seu partido é a caneta e o computador, acrescentando que não temem a fuga dos seus deputados.

“O partido não habitua a andar  atrás dos seus deputados porque conta com a fidelidade dos mesmos ao PAIGC, uma vez que esta organização acredita nos seus membros até  prova contrária, uma vez que cada deputado é uma cabeça e cada cabeça a sua sentença”, disse.

Por seu turno, em nome do colectivo dos advogados do PAIGC, Suleimane Cassamá disse que os seus direitos como advogados foram violados ao impedirem-lhe de ver e falar com o seu cliente como manda a lei,acusando as forças da ordem de “sequestrarem”  Armando Correia Dias.

“Digo isso porque há requisitos que devem ser observados numa detenção. Não se apanham pessoas na via pública, retirando-as à força da viatura, colocando algemas e o pior de tudo difundir a sua imagem nas redes sociais o que demonstra a má fé dos executores desse macabro plano”, referiu.

O advogado questiona ainda do motivo de não detenção do dono da viatura onde seguia Armando Dias e nem do deputado que estava igualmente na viatura uma vez que se alega que a arma foi encontrada ali.

Cassamá disse que o seu constituinte não foi intimado, e que até hoje  não existe um documento que mostra que houve uma ordem de alguém para prender o Ndinho, como também é conhecido, acrescentando  que só com os esforços das Nações Unidas e algumas organizações conseguiram ver o seu constituinte, que é diabético, referindo que não foi respeitado o seu estado de saúde .

Para o advogado, os passos dados nesse diferendo não permitem acreditar que as armas eram na verdade do Armando Correia Dias .

“Mesmo se fosse verdade, o procedimento devia ser outro, uma vez que o meu constituinte  não está em risco de fuga do país”, disse.

Armando Correia Dias, preso no sábado foi posto em liberdade terça-feira a tarde, após cinco horas de audição tendo sido lhe aplicado medidas de coação que se traduzirá na apresentação periódica no Ministério Público.ANG/MSC/ÂC//SG

Covid-19/Operadores Turísticos querem apoio do Governo para relançar  suas actividades após pandemia

Bissau,24 Jun 20(ANG) – O Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau afirmou que os seus associados são os maiores prejudicados com a aplicação do estado de emergência decretado no país no âmbito de prevenção ao covid-19.

Em conferência de imprensa, terça-feira, Jorge Paulo Cabral disse que depois de levantado o período de estado de emergência, os seus associados o terão as condições mínimas para retomar as actividades.

Informou que já entabularam contactos junto do Governo, inclusive entregaram uma proposta de relançamento ao primeiro-ministro e ao titular da pasta da economia.

“Igualmente mantivemos um encontro com os responsáveis do Banco Central de Estados da África Ocidental(BCEAO), para usarem as suas influências no sentido de apoiar os nossos associados em créditos com juros insignificantes de forma a relançarem as suas actividades”, afirmou.

O Presidente da Associação dos Operadores Turísticos frisou que tinham agendado um encontro nesse sentido com o ministro das Finanças mas que não veio a acontecer  devido a sua ausência do país.

Disse que estão empenhados na realização de um trabalho de base, que consiste em fazer um levantamento exaustivo da situação de cada operador turístico neste período da pandemia.

Jorge Cabral salientou que têm a noção clara de que todos não têm o mesmo problema, acrescentando que existem alguns que estão a funcionar nas suas casas, outros com empreendimentos alugados e muitos ainda com diferentes números de trabalhadores.

“Portanto, são situações que requerem, antes de mais,  um levantamento através de uma ficha individual que a Associação tem em posse neste momento ao nível de Bissau. Ao nível do  interior do país estará disponível após o ateliê previsto para a próxima sexta-feira, em parceria com a Secretaria de Estado do Turismo”, disse.ANG/ÂC//SG

                       Nigéria/Polícia encerrou sede do partido no poder

Bissau, 24 jun 20 (ANG) - A polícia nigeriana encerrou na terça-feira a sede do partido no poder e retirou das instalações membros e funcionários no âmbito de uma batalha judicial pelo controlo daquela força política, noticiou hoje a agência France Presse.

De acordo com o testemunho do jornalista da AFP no local, cerca de 15 agentes da polícia e dos serviços secretos (DSS) chegaram à sede do Partido Progressista (APC), em Abuja, ao início da tarde e encerraram as instalações.

"Este destacamento visa manter a paz e prevenir eventuais perturbações da ordem pública", afirmou a polícia nigeriana na sua conta do Twitter.

"O que estamos a ver aqui é ilegal", disse Franck Osai, um dos membros do partido no poder presente no local durante a operação.

"Os dirigentes da APC, liderados pelo próprio Presidente Muhammadu Buhari, devem resolver esta crise", acrescentou.

A APC atravessa uma grave crise desde a suspensão pelo tribunal no início de Junho do seu presidente, Adams Oshiomhole, antigo colaborador próximo do chefe de Estado, Muhammadu Buhari.

O presidente do APC foi acusado de incompetência por outras facções do partido, tendo recorrido da decisão.

Entretanto, outros dois membros do partido declararam-se presidentes da comissão política, criando fortes tensões nos círculos de poder em Abuja.ANG/Angop