quinta-feira, 28 de novembro de 2024

França/Penas para acusados de estupro de francesa dopada por marido superam média de condenações por agressão sexual no país

Bissau, 28 Nov 24 (ANG) - Penas de 4 a 20 anos de prisão foram requeridas pela promotoria contra os 51 acusados ​​no julgamento de estupro de Gisèle Pelicot, sedada pelo marido para ser violentada por outros homens.

As alegações finais da acusação, quando as partes têm a última oportunidade de expor seus argumentos, começaram na segunda-feira (25) e terminaram na manhã de quarta-feira (27), diante do tribunal criminal de Vaucluse, em Avignon, no sul da França.

Nesta última e decisiva fase do julgamento, a pena mínima, de 4 anos de prisão, foi solicitada contra Joseph C., 69 anos, processado apenas por agressão sexual a Gisèle Pelicot.A pena máxima de 20 anos foi pedida contra o ex-marido da vítima, Dominique Pelicot, descrito como o “líder” dos estupros sofridos por uma década por sua esposa, a quem sedou com ansiolíticos para entregá-la a estranhos recrutados na internet.

 

Todas as outras sentenças solicitadas pelo Ministério Público variam de 10 a 18 anos de prisão. A promotoria pediu 10 anos de prisão para 11 dos réus, 11 para dois deles, 12 para treze, 13 para seis, 14 para seis, 15 para três, 16 para quatro, 17 para três e 18 anos para o último, um dos quatro homens que foram seis vezes à residência do casal para estuprar Gisèle Pelicot.

As penas requeridas são significativamente mais severas do que a média geral de condenações por estupro na França, de 11,1 anos em 2022, segundo o Ministério da Justiça. Contra os 50 réus processados por estupro com ciurcunstâncias agravantes ou tentativa de estupro, , o Ministério Público pediu penas de 12 a 18 anos de reclusão para 36 deles.

 

Laure Chabaud, uma das duas representantes do Ministério Público, disse, durante as alegações finais no tribunal criminal de Vaucluse, nesta quarta-feira, que o veredicto, mostraria “que o estupro acidental ou involuntário não existe”, dando uma “mensagem de esperança às vítimas de violência sexual” e devolvendo “uma parte da humanidade roubada à Gisèle Pelicot”.

No início desta fase do processo, na segunda-feira, os dois representantes do Ministério Público alertaram que “a ausência de consentimento (de Gisèle Pelicot) não poderia ser ignorada pelos acusados”. “Não podemos mais dizer em 2024, que ‘já que ela não disse nada, ela concordou’”, acrescentou Laure Chabaud, refutando qualquer possibilidade de um “consentimento implícito” da vítima, ou “por procuração”, que teria sido dada por seu marido.

Jean-François Mayet, vice-procurador-geral, estimou que, além das sentenças, “o desafio” deste julgamento era “mudar fundamentalmente as relações entre homens e mulheres”.

A audiência foi suspensa, na manhã de quarta-feira até o início da tarde, para a primeira contestação da defesa, neste caso a de Béatrice Zavarro, advogada de Dominique Pelicot. As alegações continuarão na quinta-feira (27) com as de Patrick Gontard, advogado de Jean-Pierre M., 63 anos, acusado separadamente neste julgamento.

Único dos 51 acusados ​​que não foi processado por estuprar Gisèle Pelicot, ele é julgado por ter reproduzido o mesmo processo de submissão química na própria esposa, para estuprá-la, juntamente com seu mentor, Dominique Pelicot. A promotoria exigiu 17 anos de prisão contra ele.

Três outros advogados vão defender seus clientes também na quinta-feira. As demais alegações finais da defesa devem durar até 13 de dezembro, conforme o cronograma provisório divulgado terça-feira (26) à imprensa. O veredicto é esperado até 20 de dezembro.ANG/RFI/AFP

  Senegal/Empregadores apoiam política de soberania alimentar do Governo

Bissau, 28 Nov 24 (ANG – A Confederação Nacional dos Empregadores do Senegal (CNES) decidiu apoiar a política de soberania alimentar do governo, com base num memorando de entendimento que assinou terça-feira em Dakar, com o Ministério da Agricultura e responsável pela Indústria e Comércio.

O presidente do CNES, Adama Lam, apelou ao aumento da produção agrícola e à construção de câmaras frigoríficas para uma boa conservação dos produtos.

''Pedimos ao Ministério da Agricultura, Segurança Alimentar e Pecuária, e ao Ministério da Indústria e Comércio, que permitam ao sector privado investir [...] na resolução do défice de produção alimentar e no armazenamento de produtos agrícolas,'' .Lam disse.

Segundo o presidente do CNES, o governo, com base no memorando de entendimento, vai disponibilizar terras aos membros desta organização patronal, para lhes permitir contribuir para a política de soberania alimentar do Estado.

Em troca dos terrenos colocados à disposição dos seus associados, o CNES, uma das principais organizações patronais do país, vai instalar câmaras frigoríficas em diversas regiões do país para facilitar o armazenamento de produtos agrícolas, disse o seu presidente.

''Estamos registrando perdas pós-colheita significativas, em torno de 30%. Perdemos 100.000 toneladas de cebola todos os anos e gastamos 45 mil milhões de francos CFA para importar o mesmo produto'', disse Serigne Guèye Diop, Ministro da Indústria e Comércio, para mostrar quão importante é a conservação.

As importações de produtos agrícolas custam ao Senegal cerca de 1 bilião de francos CFA por ano, segundo Diop.

A construção de câmaras frigoríficas reduzirá consideravelmente as perdas de colheitas, garantiu. ANG/FAAPA

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Regiões/Liceu Regional "Hô-Chi-Minh" em Canchungo ultrapassa dificuldades de corrente elétrica

Canchungo, 27 Nov 24 (ANG) -  O Liceu Regional Hô-Chi-Minh em Canchungo beneficiou de quinze lâminas de painéis solares e oito baterias para o fornecimento da corrente elétrica durante 24 horas.

Em declarações exclusivas ao correspondente da ANG na região de Cacheu, o Diretor do Liceu, Evaristo Mamudo Gomes disse que os painéis foram doados pela  Autoridade Reguladora Nacional das Telecomunicações (ARN), no quadro  do Fundo de Acesso Universal, graças ao seu pedido.

Após a receção dos materiais, Evaristo Mamudo Gomes destacou a importância dos painéis solares na minimização dos  custos de compra de combustível para o gerador, já velho, e na eliminação do barulho que causava.

“Os painéis vão permitir o funcionamento normal do serviço administrativo e as aulas no período noturno”, disse.

 Evaristo Mamudo Gomes revelou  que  há um ano que as aulas noturnas se deparavam com  dificuldades de energia elétrica.

O “Liceu Regional "Hô-Chi-Minh", de Canchungo conta mais de 2.000 alunos por cada ano letivo”, disse o Diretor do Evaristo Mamudo Gomes.ANG/AG/ÂC//SG


Costa do Marfim/ Menos de 35 por cento das crianças que vivem com VIH tiveram acesso ao tratamento em 2023 - ONUSIDA

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - Menos de 35% das crianças que vivem com VIH tiveram acesso ao tratamento em 2023 na África Ocidental e Central, de acordo com a Directora do escritório regional da ONUSIDA, Berthilde Gahongayiré.

O VIH pediátrico continua a ser uma crise silenciosa na África Ocidental e Central, alertou o responsável da ONU, citado pela Agência de Imprensa da Costa do Marfim (AIP), indicando que esta percentagem alarmante revela uma injustiça flagrante em termos dos direitos das crianças, cujo direito fundamental à saúde continua a ser. inacessível.

As crianças que vivem com VIH necessitam de cuidados específicos, medicamentos apropriados e acompanhamento médico contínuo, lembrou, salientando que “o tratamento pediátrico continua a ser raro, de difícil acesso e muitas vezes indisponível”.

A Sra. Gahongayiré, que fez um balanço da situação desta doença entre as crianças desta região do Continente, sublinhou a responsabilidade colectiva de implementar uma estratégia de combate ao VIH pediátrico priorizando as necessidades destes jovens pacientes.

Privar uma criança do tratamento necessário é um ataque aos seus direitos fundamentais, lembrou ela, deplorando o facto de na África Ocidental e Central, milhares de crianças estarem privadas deste direito, falta de financiamento e de serviços de saúde adequados.

Aos seus olhos, a detecção precoce continua sendo uma questão importante. Embora estejam disponíveis ferramentas para prevenir a transmissão de mãe para filho, o acesso às mesmas continua limitado, lamentou ela, apelando a compromissos firmes por parte dos governos, doadores e parceiros para apoiar os sistemas de saúde, formar profissionais especializados e garantir o fornecimento de medicamentos adequados.

“Devemos mobilizar, aumentar os recursos e esforços para garantir que todas as crianças na África Ocidental e Central possam ter acesso a tratamento de qualidade e viver uma vida plena e plena”, concluiu.ANG/FAAPA

 

Brasil/Relatório da PF sobre participação de Bolsonaro em tentativa de golpe repercute na imprensa mundial

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - As revelações de "participação ativa" do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, feitas pela Polícia Federal, estampam as manchetes da imprensa em vários países nesta quarta-feira (27), repercutindo em detalhes o relatório de 884 páginas da Polícia Federal, documento que complica a situação de Bolsonaro com a justiça no Brasil.

O jornal Le Monde destaca que "o ex-presidente brasileiro de extrema direita, Jair Bolsonaro, 'participou ativamente' de um projeto de golpe de Estado com o objetivo de impedir o retorno ao poder de seu sucessor de esquerda, Lula, após a eleição de 2022, segundo um relatório da polícia divulgado na terça-feira (26).

O vespertino francês destaca ainda que "o ex-chefe de Estado (2019-2022) também tinha 'plena consciência' de um suposto plano de assassinato contra Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com o relatório de mais de 800 páginas".

"O documento pede a acusação formal de Bolsonaro e de outras 36 pessoas, em sua maioria militares.

O relatório foi encaminhado ao Ministério Público, cabendo ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se dará continuidade às acusações ou não", detalha Le Monde, concluindo que "Jair Bolsonaro, 69 anos, sempre afirmou sua inocência e declarou várias vezes ser vítima de uma 'perseguição política'" e que "segundo o relatório, o ex-chefe de Estado estava ciente da operação 'Punhal Verde', que tinha como objetivo assassinar Lula, seu vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, após o fracasso da tentativa de reeleição do líder de extrema direita".

O site português Público titula na manchete que "Bolsonaro planejou o golpe e sabia do plano para matar Lula, segundo a polícia brasileira". "As provas demonstram 'de forma inequívoca' que Jair Bolsonaro esteve envolvido de forma direta nos planos para a concretização do golpe de Estado, segundo o relatório da Polícia Federal brasileira", explica o veículo.

Público sublinha ainda que "o resumo da investigação faz um relato pormenorizado do turbulento processo político desencadeado no Brasil após as eleições de 30 de outubro de 2022, em que Lula da Silva venceu Bolsonaro, então no poder, por uma margem magra de menos de dois pontos, num resultado não reconhecido pelo agora ex-presidente". "O relatório contém centenas de mensagens trocadas pelos envolvidos, além de áudios e imagens", detalha.

"Após as eleições, ocorreram bloqueios de estradas realizados por caminhoneiros, acampamentos de apoiadores de Bolsonaro em frente a quartéis pedindo uma intervenção militar, e graves tumultos em brasília, incluindo uma tentativa de atentado a bomba nas proximidades do aeroporto da capital brasileira", contextualiza um dos principais sites portugueses.

"O ataque em Brasília foi semelhante ao ocorrido nos Estados Unidos por partidários do então ex-Presidente,Donald Trump, derrotado nas urnas, antes da posse do atual chefe de Estado norte-americano,Joe Biden, em 6 de janeiro de 2021", relata.

"[O relatório] apresenta um retrato assustador de como uma das maiores democracias do mundo esteve próxima de retornar ao regime autoritário". (The Guardian)

O site do jornal britânico The Guardien repercute ainda que "o documento [da PF brasileira] alega que figuras militares de alto escalão no Brasil apoiaram um plano para tomar o poder após a derrota de Bolsonaro nas eleições".

A publicação avalia ainda que "[o relatório] apresenta um retrato assustador de como uma das maiores democracias do mundo esteve próxima de retornar ao regime autoritário".

"O relatório da Polícia Federal - que The Guardian analisou - alega que o único motivo pelo qual Bolsonaro não assinou o decreto que boqueia a transferência de poder foi o fato de os conspiradores não terem conseguido apoio suficiente da cúpula militar do Brasil", detalha um dos principais veículos do Reino Unido.

The Guardian publica que "as revelações desta semana deixaram muitos cidadãos horrorizados e chocados em um país que só saiu de 21 anos de ditadura militar em 1985".

"Vários dos acusados de fazer parte do plano de golpe pró-Bolsonaro de 2022 fizeram parte desse regime de 1964-85. Durante a década de 1970, o general Heleno foi assessor do general Sylvio Frota, um notório membro da linha dura do regime militar que esteve envolvido no golpe de 1964 que derrubou o presidente de esquerda do Brasil, João Goulart", diz o jornal.

Já o espanhol El País afirma: "as provas da conspiração golpista do Brasil: 'Bolsonaro planejou, agiu e teve controle dos atos'". "O juiz do caso divulga o relatório final com as provas da conspiração de um golpe contra Lula, no qual se baseia a acusação contra o ex-presidente e outras 36 pessoas", publica. "Bolsonaro e outros 36 homens, em sua maioria militares, são acusados de violação violenta do estado de Direito, entre outros crimes, por arquitetar um plano para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva assumisse o lugar de Bolsonaro depois que o ultraconservador perdeu a eleição em 2022. Seus seguidores realizaram um ataque à sede dos três poderes do governo em janeiro de 2023", contextualiza o veículo espanhol.

[Bolsonaro] insistiu em questionar a segurança das urnas eletrônicas, embora nenhuma fraude em grande escala tenha sido detectada com esse sistema, que o Brasil usa há mais de 25 anos. (El País)

"Entre as provas usadas pelos investigadores contra Bolsonaro, duas reuniões se destacam. Uma foi com ministros em julho de 2022, três meses antes da eleição, na qual ele os incentivou a espalhar falsidades sobre a segurança do sistema de votação e supostas fraudes. A outra reunião foi em dezembro, quando Lula já havia vencido e estava se preparando para tomar posse no dia de Ano Novo", detalha El País. O diário destaca que "a polícia alega que o plano golpista de Bolsonaro começou quando ele assumiu o cargo e insistiu em questionar a segurança das urnas eletrônicas, embora nenhuma fraude em grande escala tenha sido detectada com esse sistema, que o Brasil usa há mais de 25 anos".

"No final, o golpe não aconteceu, porque o exército estava dividido sobre a questão: enquanto a Marinha estava pronta para ir em frente, os chefes do Estado-Maior do Exército e da Força Aérea se recusaram a participar da tentativa de golpe e mostraram sua lealdade", relata o correspondente da RFI em São Paulo, Martin Bernard.

O site AlJazeera destaca ainda que "na segunda-feira (26), a Associated Press obteve as gravações de áudio, que datam das semanas que antecederam a posse de Lula no final de 2022. Nas 53 gravações, alguns oficiais militares podem ser ouvidos expressando seu desejo de impedir que Lula assuma o cargo".

"Uma das gravações apresenta o Coronel Roberto Raimundo Criscuoli, ex-subcomandante das forças especiais do exército. Ele diz ao general de brigada aposentado Mario Fernandes - que, na época, era o segundo em comando do secretário-geral da presidência - que Bolsonaro tinha uma escolha 'clara' sobre como responder à eleição", publica AlJazeera.

Sobre as revelações da PF, o coordenador do Observatório da Extrema Direita da Universidade Federal de Juiz de Fora, Odilon Caldeira Neto ouvido pela RFI observa que talvez esse seja o evento importante para discutir a amplitude do problema do extremismo de direita no Brasil.

"O caso de Bolsonaro é, sem dúvida alguma, um expoente. Mas a construção desta viabilidade política de Bolsonaro e do bolsonarismo envolveu esforços institucionais, um alto grau de impregnação da politização em setores institucionais da democracia brasileira e, sobretudo, das Forças Armadas", argumenta.

"As acusações demonstram o grau da intensidade do radicalismo e do caráter antidemocrático de Bolsonaro"

O especialista acredita que "esse círculo é muito mais ampliado, envolve, sem dúvida, um problema das instituições da democracia brasileira, envolve efetivamente um problema que diz respeito inclusive as questões da transição democrática da última ditadura civil militar brasileira até essa atual". 

Odilon Caldeira Neto diz que a revelação da Polícia Federal brasileira é um evento sem precedentes dos pontos de vista jurídico, político e também moral. "Efetivamente essas acusações demonstram o grau da intensidade do radicalismo e do caráter antidemocrático de Bolsonaro e daqueles também que lhe dão sustentação", conclui o pesquisador. ANG/RFI

Regiões/"Povoação de Manaca se depara com falta de infraestruturas escolares”, diz Djibril Seide    

Mansabá, 27 Nov 24 (ANG)  -  O Chefe da povoação de Manaca, Setor de Mansaba, Região de Oio, norte do país, Djibril Seidi afirmou que se deparam com problemas relacionados a falta de  infraestruturas escolares e de  centro de saúde.

Em entrevista exclusiva ao Correspondente Regional da ANG de Oio, aquele responsável disse que devido a falta de infraestruturas escolares as crianças são obrigadas a percorrer, diariamente, uma distância 10 quilómetros, ou seja até Olossato para frequentarem aulas.

Disse que em Manaca só se pode estudar até ao 6º ano de escolaridade, situação que, diz Djibril, só aumenta o nível de crianças que ficam fora do sistema de ensino no país.

“Além de más condições das estradas, há pais e encarregados de educação com dificuldades  financeiras  para suportar o custo de transporte para que os seus educandos possam continuar os seus respectivos estudos”, disse.

Em relação a  falta de um estabelecimento de saúde nessa aldeia para os cuidados de primeiro socorro, Djibril Seidi exortou ao Governo para avançar com a  construção de um centro nessa tabanca, por forma a reduzir o sofrimento que as mulheres grávidas enfrentam, principalmente no momento de parto.

“Nós  transportamos mulheres grávidas e doentes de motorizadas para a secção de Olossato ou centro sanitário de Morês”, afirmou.      

Djibril Seidi denuncia ainda os casos de roubos de gados que diz estarem a ser  praticados por  jovens de  diferentes zonas da região de Oio.

Para fazer face aos roubos de gado, pede ao Executivo que seja aberta uma  Esquadra de Polícia local para combater a prática.

“Sem apoio de Governo vamos  continuar a perder os nossos  animais e outros bens”, disse Seidi.ANG/AD/LPG

Política/Partidos sem assento parlamentar defendem necessidade de priorizar  desenvolvimento do país  

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - Os partidos políticos sem assento parlamentar defenderam na terça-feira a  necessidade de priorizar o desenvolvimento da Guiné-Bissau de modo a garantir o bem do povo em geral. 

A revelação é do Presidente de Partido Africano para Paz e Estabilidade Social (PAPES), Malam Cissé que falava, em nome dos partidos sem assento parlamentar, recebidos pelo Presidente da República no âmbito das auscultações para  marcação da nova data para realização das eleições legislativas antecipadas.

“É preciso sempre   sentarmos na mesma mesa para encontrar um entendimento de modo a promover o bem comum. Quando digo isso estou a referir à todos os partidos legalmente constituídos, ou seja, tanto os partidos com assento parlamentar bem como os que não têm representação no parlamento guineense”, disse o líder de PAPES.

Cissé  apela aos guineenses em geral para  pensarem no progresso do país e acrescenta que cada cidadão deve dar a sua contribuição para o efeito. ANG/AALS/ÂC//SG

          Cooperação/China doa mil toneladas de arroz à Guiné-Bissau

Bissau, 27 Nov 24(ANG) – A República Popular da China doou , terça-feira, 1000(mil) toneladas de arroz ao Governo guineense para colmatar as consequências negativas no presente ano agrícola na vida das comunidades rurais, provocadas pelas chuvas intensas que caíram este ano no país.

Falando no acto da entrega do alimento, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria Inácia Sanhá agradeceu ao povo chinês pelo apoio que, segundo ela responde ao  pedido feito pelo Presidente Umaro Sissoco Embalo ao seu homólogo da China aquando da sua visita à Pequim.

A governante salientou que o Ministério que tutela é um departamento governamental responsável pela definição, promoção e execução da política de acção e tem por missão principal promover a igualdade de género, proteger os direitos da mulher e crianças e promover a integração social das pessoas vulneráveis através do desenvolvimento de ações multidisciplinares tendo em conta a sua transversalidade.

“Enquanto Governo e departamento de caris sociais estamos conscientes dos grandes desafios que ainda temos pela frente, sobretudo perante o nosso público alvo que se encontram numa situação de extrema vulnerabilidade. Quero agradecer na qualidade da ministra, ao Governo da China, em especial ao seu Embaixador por esta acção tão generosa do seu povo para com o povo da Guiné-Bissau", disse.

Sanhá acrescentou que o apoio chega numa altura em que algumas zonas do país sobretudo as rurais se encontram em situações difíceis  em termos de alimentação, devido as inundações de que as suas bolanhas foram alvos .

Anunciou que vai ser feita uma distribuição equitativa para  responder as necessidades da população carenciada ou vitimas das alterações climáticas.

“A repartição do arroz em causa deve ser feita com responsabilidade e responder as expectativas do povo chinês uma vez que estão a oferecer os esforços da sua produção, e o governo fará a distribuição do arroz o mais breve possível”, disse a governante.

Por seu turno, o Embaixador da República Popular da China, Yang Renhuo disse estar feliz por participar na cerimónia de entrega do donativo realçando que a segurança alimentar é um grande desafio em todo o mundo e que  essa oferta foi feita para ajudar a  Guiné-Bissau a lidar e enfrentar esse desafio.

Disse que, até ao momento, o seu país já forneceu três lotes de ajuda alimentar à  Guiné-Bissau e enviou igualmente  técnicos agrícolas à região de Bafatá e Gabu, no leste do país, para cultivarem sementes de alta qualidade que sejam adequadas as condições de cultivo do país, e orientar os agricultores locais para melhorarem os métodos agrícolas.

“Tudo isso foi feito  com o objectivo de melhorar, significativamente, a produção alimentar  local e dar contribuições positivas para melhorar o nível da segurança alimentar , para garantir a subsistência da população guineense”, disse o diplomata.

Yang Renhuo declarou que, para o futuro, a  China está desposta a trabalhar  com a Guiné-Bissau para alargar  cooperações práticas, em vários domínios, incluindo a segurança alimentar, para  desenvolver a economia guineense e alcançar benefícios mútuos e desenvolvimento comum.ANG/MSC/ÂC//SG

Desporto/Liga de Clubes anuncia para 1 de Dezembro o arranque da época futebolística 2024/2025

Bissau, 27 Nov 24(ANG) - A época futebolística 2024/2025, vai ser aberta  no próximo dia 1 de Dezembro, com a realização do jogo da Supertaça, entre o SB Benfica e UDIB.

O anúncio feito no  fim de semana, pelo Presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol(LGCF), Dembo Sissé , à margem da realização do jogo de apuramento do campeão nacional da terceira Liga, entre Academia Mepa-GB e FC Buba.

Aos jornalistas após o jogo, Dembo Sissé assegurou que 1 de Dezembro é a data escolhida para dar a abertura da época, com a realização da Supertaça.

“Estamos a trabalhar nessa perspectiva e como é do conhecimento público, vamos dar início da época na próxima semana, ou seja, no dia 1 de Dezembro”, disse Dembo na sua curta declaração à imprensa no final da partida.

Sem revelar a data exata de início do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, Sissé deixou entender que será “provavelmente” antes de final do ano, sustentando que está tudo bem caminhado para começar a Guines-Liga.

O líder da Liga de Clubes realçou, por outro lado, a importância da Liga Regional (Terceira Divisão), sublinhando que, se não houvesse essa competição, muitos talentos estariam a perder-se no futebol nacional.

E quanto a segunda divisão disse que  estava a ser aguardada a realização da final da Liga Regional para se decidir sobre a data de  início dessa prova.

A Supertaça da edição 2024/25 será disputada entre a União Desportiva Internacional de Bissau e Sport Bissau e Benfica.

A UDIB foi vencedora da Taça de Guiné da época passada, curiosamente diante do Benfica, vencedor da Guines-Liga. Os dois conjuntos voltarão a estar em disputa, desta vez, a procura do primeiro título da temporada 2024/2025.ANG/Fut-245

       
      China
/"Ninguém vencerá uma guerra comercial", diz Mao Ning

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - A China alertou na terça-feira (26) que "ninguém vencerá uma guerra comercial" e que permanece aberta ao “diálogo” depois que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu aumentar substancialmente as tarifas alfandegárias sobre mercadorias chinesas.

Na segunda-feira (25), o republicano anunciou que uma de suas primeiras medidas seria taxar em 10% os produtos provenientes da China, além dos impostos já em vigor. Mercadorias do México e do Canadá deverão ser taxados em 25%, segundo Trump. 

 “Estamos abertos a manter o diálogo e a comunicação”, disse Mao Ning, porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, quando questionado se Pequim estava em contato com a equipe de Trump.

Em reação às ameaças ddo republicano de impor novas tarifas alfandegárias aos produtos chineses, mexicanos e canadenses, as bolsas europeias abriram em queda nesta terça-feira.

Os investidores ainda tentam digerir as declarações de Donald Trump, que já confirmou as suas intenções de fortalecer a guerra comercial. No início do pregão, a Bolsa de Paris perdia 0,90%, Frankfurt 0,48%, Londres 0,29% e Milão 0,84%.

O anúncio das novas medidas é uma antiga promessa da campanha republicana. “Em 20 de janeiro, como uma das minhas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para impor tarifas de 25% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, do México e do Canadá”, escreveu o presidente eleito em publicação em sua rede Truth Social.

“Este imposto permanecerá em vigor até que as drogas, especialmente o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem esta invasão do nosso país!”, acrescentou.

Numa outra publicação, ele anunciou um aumento das tarifas aduaneiras de 10%, que se soma a cobrança já existente, sobre “todos os numerosos produtos que chegam da China aos Estados Unidos”.

Trump prometeu taxas aduaneiras de até 60% para determinados produtos chineses, ou mesmo 200% sobre as importações de veículos do México. As leis americanas dão ao presidente as ferramentas necessárias para implementar essas mudanças por decreto, como ele já fez várias vezes durante o seu primeiro mandato, especialmente em relação ao aço e ao alumínio chineses e europeus.

Para enfrentar essa nova realidade de mercado, Pequim já reforça as suas relações comerciais com o Sul global e a Europa a fim de reduzir a sua dependência do mercado americano. Isto envolve a assinatura de novos acordos comerciais e a participação em cúpulas internacionais destinadas a promover o comércio multilateral.

A China também pode mitigar o impacto da redução das exportações ao impulsionar a demanda interna. As políticas para aumentar os gastos dos consumidores e investimentos em projetos de infraestrutura são fundamentais para esta estratégia.

Há também a iniciativa “Made in China 2025”, que se concentra no avanço das indústrias de alta tecnologia para reduzir a dependência de tecnologia. 

As empresas chinesas tentam se antecipar às novas taxas planejadas por Donald Trump, realocando a sua produção para outros países. A ideia é fabricar mais no Vietnã, na Malásia ou na Tailândia, para continuar exportando para os Estados Unidos, mas evitando assim a taxação.

Os economistas alertaram que a imposição de tarifas punitivas por Trump sobre as importações dos parceiros comerciais dos EUA aumentaria a inflação na maior economia do mundo, uma vez que os custos recairiam pesadamente sobre os consumidores americanos. No entanto, isso também afetaria a economia global como um todo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que estas tarifas teriam impacto de reduzir o crescimento econômico global em 0,5%, o que poderia levar a uma recessão global.

A China e outros países afetados poderiam impor as suas próprias tarifas sobre os produtos dos EUA, o que poderia perturbar ainda mais o comércio global e a estabilidade econômica. ANG/RFI/AFP

Sociedade/Presidente da CMB lança projeto para  construção de Centro Comercial “para melhorar a qualidade de vida dos guineenses”

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) – O Presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), lançou, terça-feira, um projeto para a construção de um Centro Comercial em Bissau, como forma de melhorar a qualidade de vida dos guineenses.

Em declarações à imprensa, José Medina Lobato disse que na base da requalificação de cidade de Bissau, a CMB, lançou um desafio para construção de um “Centro Comercial”, como forma de poder melhorar as condições de vida dos guineenses, e  a própria imagem da cidade de Bissau.

Segundo o Presidente da CMB, o referido projeto conta com  apoios do Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló, visando  a melhoria da imagem de cidade de Bissau.

“Estamos conscientes de que não será um trabalho fácil, mas o desafio já está lançado, e a resposta será dada”, disse José Medina Lobato.

Apelou  a colaboração de todos “para se  manter a cidade de Bissau limpa e bem conservada”.

“Pretendemos proibir as nossas irmãs, mães e assim como os nossos irmãos que tentam ganhar a vida criando os seus pequenos negócios no centro da cidade, mas tudo isso deve acontecer na base de respeito as regras”, salientou José Medina Lobato. ANG/LLA/ÂC//SG  

Israel/ Governo aceita cessar-fogo com Hezbollah no Líbano e Netanyahu diz que foco agora é 'ameaça iraniana'

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - Benjamin Netanyahu disse que o gabinete de segurança adotará um cessar-fogo no Líbano “esta noite” de terça-feira (26) e  anunciou que Israel manterá “total” liberdade de ação no Líbano e que Israel “responderá” se o Hezbollah violar a trégua.

“A duração do cessar-fogo depende do que acontecer no Líbano”, acrescentou. “A trégua no Líbano permitirá que Israel se concentre na ameaça iraniana”, afirmou ainda Netanyahu.

O primeiro-ministro libanês pediu a “implementação imediata” do cessar-fogo nesta terça-feira. Segundo a média israelense, o cessar-fogo já foi aprovado pelo gabinete de segurança e deve entrar em vigor na quarta-feira (27). 

O secretário de Estado dos EUA,Antony Blinken, disse mais cedo nesta terça-feira que as negociações sobre o cessar-fogo no Líbano estavam na “fase final”, acrescentando que esse cessar-fogo ajudaria a pôr fim ao conflito em Gaza.

A trégua no Líbano pode ter duração aproximada de pelo menos dois meses, após as negociações realizadas por intermédio dos Estados Unidos.

“Ainda não chegamos lá, mas acho que estamos na fase final”, disse Blinken em uma coletiva de imprensa após uma reunião com seus colegas do G7 nesta terça perto de Roma.

Os ataques atingiram o centro de Beirute no início da noite desta terça-feira, logo após os pedidos israelenses de evacuação de quatro áreas da capital libanesa pela primeira vez, informou a agência oficial Ani.

Os pedidos de evacuação causaram pânico nos bairros lotados da cidade, com motoristas buzinando para fugir o mais rápido possível, de acordo com testemunhas.

Um primeiro ataque no início da tarde no distrito de Noueiri deixou sete pessoas mortas e 37 feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do Libano. O mesmo bairro popular foi alvo de dois ataques, e uma área próxima, Barbour, foi alvo de um ataque que deixou três pessoas mortas e dez feridas.

Ao mesmo tempo, os subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, foram alvo de bombardeios pesados após os apelos israelenses para evacuação, conforme imagens da AFPTV. ANG/RFI/AFP

Rússia/Jornalista de TV francesa recebe ordem de prisão na Rússia por reportagem em Kursk

Bissau, 27 Nov 24 (ANG) - Um tribunal russo ordenou, terça-feira, a prisão de Catherine Norris Trent, jornalista do canal de notícias France24, do grupo France Medias Monde, do qual a RFI faz parte, acusada de entrar “ilegalmente” na região de Kursk, na fronteira com a Rússia.

A jornalista franco-britânica havia acompanhado o exército ucraniano para realizar uma reportagem em setembro de 2023.

A jornalista entrou na região com o exército ucraniano para produzir uma reportagem, de acordo com a TASS. O processo foi instaurado à revelia e a jornalista corre o risco de ser presa se entrar em território russo. 

Em nota, a France24 condenou “veementemente essa decisão, que tem como alvo uma jornalista no exercício de sua profissão” sob a acusação de ter “cruzado ilegalmente a fronteira com a Federação Russa” durante uma reportagem na zona ocupada de Kursk, em setembro passado, seguindo as forças ucranianas. 

France24 ressalta que este tipo de reportagem em campo está “protegida pelos direitos concedidos aos jornalistas pela Convenção de Genebra e pelo direito internacional”.

A jornalista franco-britânica teve acesso às áreas controladas pela Ucrânia na região de Kursk durante uma reportagem “a bordo” com as forças de Kiev, que foi transmitida no final de setembro pela France 24. Ela visitou dois vilarejos para ver os danos causados pelos combates e conhecer civis russos.

Essa  não é a primeira vez que Moscovo tenta intimidar a mídia ocidental.. A Rússia já instaurou processos criminais contra outros jornalistas que fizeram reportagens sobre Kursk, onde as tropas ucranianas cruzaram a fronteira em 6 de agosto e tomaram parte do território russo.

Em particular, foram abertos processos contra jornalistas do canal de televisão americano CNN, da RAI italiana e da DW alemã. Os jornalistas visados por essas investigações não parecem estar na Rússia, mas podem pegar até cinco anos de prisão, de acordo com o Código Penal Russo.

“A France 24 garante a Catherine Norris Trent, reconhecida por seu rigor e coragem apesar dos perigos inerentes a uma zona de guerra, seu total apoio. O canal internacional de notícias reafirma seu compromisso com a reportagem livre, verificada e independente e continuará a cobrir esse conflito com todo o profissionalismo que o caracteriza”, afirmou em nota. ANG/France24 /AFP

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Pesca Artesanal/Director Geral  disse que número de “acampamentos clandestinos” e o uso da rede de monofilamento duplicou no país

Bissau, 26 Nov 24 (ANG) – O Diretor Geral da Pesca Artesanal disse que o número de “acampamento clandestinos” de pescadores que existem atualmente no país, ultrapassou aqueles que foram objectos de desmantelamento entre anos 2015 à 2017 pela Direção Geral do Instituto de Fiscalização Marítima FISCAP.

Em declarações exclusivas hoje à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre a persistência dos pescadores no uso da rede de monofilamento na pesca artesanal, Cipriano  Fernandes Sá acrescentou que o uso da rede de monofilamento na pesca artesanal também duplicou.

Isto, segundo o Director Geral da Pesca Artesanal, tem a ver com a diminuição da atuação das autoridades competentes no seu combate.

Disse que, a rede de monofilamento, para além de ser mais barato, oferece maior capacidade para captura de peixes e os pescadores  preferem utilizá-la em relação a outras redes.

Cipriano Fernandes Sá informou  que é uma rede muito ativa, mas com uma ação prejudicial na actividade de pesca.

Nesta entrevista à ANG, o Director Geral da Pesca Artesanal citou o Código de Conduta de pesca responsável da Organização da Nações Unidas para  Agricultura e Alimentação FAO, dos anos 94 à 96, que recomendou a sua extinção na pesca, devido ao seu impacto negativo na ecossistema, afetando a reprodução dos peixes.

Para além disso, conforme o Cipriano Sá, o Regulamento da Pesca Artesanal, também proibiu o seu uso e a Comissão Sub Regional da Pesca  para África, adoptou os mesmos princípios, relativamente a interdição do uso da rede de monofilamento na actividade de pesca.

Cipriano Fernandes Sá disse que, a eficácia da medida depende de cada Estado.

Disse que, em todas as licenças de pesca emitidas aos pescadores, consta que é proibido uso da rede de monofilamento na pesca, assim como nas capturas de espécies de peixe em extinção.

Instado a falar da sua diferença com a rede de multifilamento, Cipriano Fernandes Sá disse que, não só  é trançada por mais fios e o monofilamento apenas tem um fio, mas também destrói outros espécies, porque capturam mais do que precisam e os peixes que as pessoas não querem comer.

Aquele responsável afirmou que, a Direção Geral de Pesca Artesanal tem a competência de administrar os recursos haliêuticos dentro de 12 milhas, mas em termos da lei, compete ao Instituto de Fiscalização Marítimo, acompanhar e aplicação das infrações.

“A  rede de monofilamento é usada maioritariamente por pescadores estrangeiros, porque  permite a prática de actividade de pesca permanente, quer no período da noite como do dia”, informou Cipriano Fernandes Sá.

Lamentou o facto de existir pessoas que importam  redes com malhagem inferior à 30 mm, recomendado pelas normas do país

Interrogado se as sanções previstas na lei não são suficientes, afirmou que todas as previstas são suficientes para desencorajar a pesca com rede de monofilamento, mas é preciso um acompanhamento rigoroso.

O Director Geral da Pesca Artesanal lembrou que houve um período em que o Instituto de Fiscalização Marítima realizou uma campanha de controlo do uso dessa rede e desmantelamento dos “acampamentos clandestinos” de pescadores e durante este tempo registou fraca utilização da rede de monofilamento.

Mas de lá para cá, tendo em conta as mudanças, houve queda do ritmo no seu combate e hoje em dia o número de acampamentos existente no país superou o índice anterior.

Razão pela qual, admitiu a possibilidade  de não haver mais peixes suficientes para consumo se a situação prevalecer e até para geração vindoura.

 O Director Geral da Pesca Artesanal disse que prespectivam  proibir a  importação da rede de monofilamento, mas não compete apenas ao Ministério das Pecas, frisando que é necessário envolvimento dos Ministério dos Transportes, do Comércio e Indústria e o das Finanças para o efeito.ANG/LPG/ÂC


Regiões/Diretor do Hospital Regional de Cacheu preocupado com  ausência  dos técnicos nos serviços

Canchungo, 26 Nov 24 (ANG) - O Diretor do Hospital Regional de Cacheu situado no setor de Canchungo, manifestou na segunda-feira sua  preocupação face ausência dos técnicos da mesma instituição na prestação dos seus serviços quotidianos.

A preocupação foi manifestada pelo Estêvão Malú em entrevista exclusiva que teve com o correspondente de ANG para região de Cacheu,  no qual este responsável sublinhou que, a maioria dos funcionários da instituição que dirige reside em Bissau e que as vezes não comparecem no serviço para o atendimento dos pacientes.

“Há insuficiência dos medicamentos essenciais na Farmácia do Hospital Regional de Cacheu em Canchungo, por isso, os doentes são obrigados a irem comprar nas Farmácias privadas, que infelizmente acarreta um custo mais elevado”, lamentou aquele responsável.

Malú, revelou que, o mesmo Hospital depara com dificuldades financeiras para pagar o custo de consumo de energia privada, custo este que segundo ele, vária entre 170 mil francos CFA à 180 mil francos por semana.

De acordo com Estêvão, não têm problema no que tange o fornecimento da água potável, porque receberam o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD em uma motobomba, através da influência do Projeto Saúde e Vida do setor de Canchungo.

O Diretor do Hospital Regional de Canchungo prometeu acionar os mecanismos legais para que os funcionários do Hospital  possam cumprir com os seus direitos e deveres para o bem do povo e lutar para recuperar os estatutos do Hospital que outrora era de referência na zona Norte da Guiné-Bissau. ANG/AG/AALS/ÂC

Regiões/Ministério do Ambiente capacita mulheres e jovens em matéria de “alfabetização funcional e alterações climáticas”

Buba, 26 Nov 24 (ANG) – O Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática está a levar a cabo entre os dias 25 e 30 do corrente mês, em Buba, região de Quinara, Sul do país, um seminário de formação dos formadores no domínio da “alfabetização funcional e alterações climáticas”.

De acordo com o correspondente local da Agência de Notícias da Guiné (ANG), a formação tem como objetivo empoderar as comunidades e reforçar suas capacidades principalmente mulheres, jovens raparigas e rapazes, que querem aderir os trabalhos de alfabetização funcional.

A iniciativa visa levar as comunidades a conhecer melhor as questões das mudanças climáticas, género e alfabetização, para torna-las mais resilientes nas questões ligadas às mudanças climáticas.

Durante cindo dias segundo apurou o correspondente local da ANG, os cerca de duas dezenas de participantes  vindas das três regiões do país nomeadamente Oio, Quinará e Tombali, debaterão temas como género, mudanças climáticas e alfabetização para depois servirem como formadores e facilitadores nas suas comunidades.

A referida formação está inserida no âmbito do projecto de Reforço das Capacidades de Adaptação e Resiliência das comunidades vulneráveis da Guiné-Bissau (COASTAL) e é financiado pelo Fundo Global para Meio Ambiente (GEF) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) num valor de 12 milhões e meio de dólares e o projecto está na sua fase final ou seja iniciou em 2019 e vai terminar em 2025.ANG/RC/MSC/ÂC