" Estado da Guiné-Bissau enriquece a custa
de estagiários", Diz Director
Geral de Administração Pública
Bissau, 30 Nov 18
(ANG) – O Director-geral de Administração Pública, Osvaldo Júlio da Silva disse
que administração pública da Guiné-Bissau tem vindo a se enriquecer a custa dos
estagiários que servem estado há muitos anos e sem contrato efectivo.
Em entrevista
exclusiva à ANG, Osvaldo Silva afirmou que desde que iniciou a sua função já há
4 meses deparou-se com muitos problemas nas instituições públicas guineenses, em
concreto, de funcionários em condição de estagiários que trabalham como
qualquer funcionário efectivo, mas que não têm vínculos com administração
pública.
Qualificou de injusto
os estagiários em exercício no aparelho de estado num período mais de seis
meses, cinco anos ou mais, sem nenhum vinculo contratual efectivo com
administração publica.
Segundo Osvaldo Júlio da Silva, o Ministério da
Reforma Administrativa, Função Pública e Trabalho já enviou um circular às
instituições estatais com problemas de estagiários ou de recrutamentos de funcionários,
para recorrerem ao ministério para acertarem o processo de concurso para
efetivação urgente, de acordo com as vagas disponíveis e com o aval do Ministério
das Finanças.
De acordo com
Osvaldo, estas instituições avisadas através de circulares, não estão a
respeitar as exigências feitas pelo ministério de função pública e continuam a
contratar e enviar processos de efetivações sem obedecer as regras, que é
concurso público, que segundo ele, é o único mecanismo legalmente admitido para
a entrada efectiva no aparelho de estado.
"Temos recebido
algumas solicitações e não muitos, que querem efectuar concursos para
efetivação dos seus funcionários de acordo com a vaga disponível", revelou.
Osvaldo Silva reconheceu entretanto que os procedimentos
legais para acesso à administração pública têm vindo a sofrer estrangulamentos,
por culpa dos partidos políticos, que partidarizaram as instituições públicas.
Referiu que agora basta
possuir um cartão de um certo partido para, automaticamente, garantir o acesso
à administração Pública, sem ter a mínima experiência para exercer uma função.
"Essas práticas
estão a promover a incompetência, o nepotismo, baixo dinamismo e falta de
qualidade de prestação de serviço nas instituições do estado" ressaltou.
Exorta à todas as
instituições de estado para não recrutar nenhum funcionário sem ter passado
pelo concurso público reconhecido pelo Ministério da Reforma Administrativa,
Função Pública e Trabalho.
ANG/CP//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário