Garantidos 420 milhões de euros para investimentos em
países africanos lusófonos
Bissau, 09 nov 18 (ANG) - O governo português acautelou 400 milhões de
euros de garantias no Orçamento do Estado para 2019 para alocar a projectos em
quatro países africanos lusófonos, anunciou na África do Sul a secretária de
Estado dos Negócios Estrangeiros.
Segundo a Lusa,Teresa Ribeiro falava quarta-feira na cerimónia
de assinatura da iniciativa multilateral de investimento do Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD), que organiza, em Joanesburgo, o Fórum de Investimento
para África.
O acordo
de entendimento - "Compacto para os Países Lusófonos" - foi assinado
entre o BAD, Portugal e quatro países africanos de língua oficial portuguesa
(PALOP) - Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
A iniciativa pretende promover 65 projectos no sector privado
nos PALOP, assim como potenciais parcerias público-privadas (PPP), avaliados em
mais de cinco mil milhões de dólares, que poderão ser apoiados pelo Compacto
para os países lusófonos em África, segundo o banco.
Além da verba anunciada, o banco de desenvolvimento português
(Sofid) "prevê também garantir 20 milhões de euros para além do
instrumento financeiro de um aumento de capital que está em curso de
finalização, em linha com o compacto", disse a governante.
"Esse é um esforço muito grande da parte do governo
português, portanto as garantias podem ir até 400 milhões, porque podem não
haver projectos suficientes para essa dimensão em termos de garantias, mas há
aqui um forte compromisso de Portugal com este compacto", ressalvou a
secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
A governante sublinhou que a iniciativa representa uma
"extraordinária oportunidade" para o desenvolvimento dos países e
"para de uma forma consistente, coordenada e articulada, conseguirmos
também colocar as nossas empresas neste compacto, o que é naturalmente muito
importante para Portugal".
"Aquilo que queremos é que todo este movimento do compacto
se faça tendo como pólo o sector privado e, naturalmente a mobilização do
sector privado português, para investir nos países lusófonos do compacto, onde
obviamente já temos uma actividade muitíssimo relevante que é protagonizada
pelas nossas empresas", declarou à Lusa Teresa Ribeiro.
A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação
portuguesa adiantou que a mobilização e articulação de esforços de natureza
financeira "é decisivo para dar uma outra escala à internacionalização das
empresas portuguesas nos países lusófonos e desse ponto de vista, como aqui foi
dito hoje por vários ministros lusófonos, é um momento histórico".
"É algo que nos faz olhar com enorme optimismo para este
instrumento financeiro", comentou.
"Precisamos da ajuda ao desenvolvimento, sem dúvida
nenhuma, mas precisamos de investimento privado e precisamos de promover o
comércio, pois isso é a única maneira de propiciar desenvolvimento nestes
países", afirmou Teresa Ribeiro.ANG/Angop
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ResponderEliminarSe alguém me poder ajudar eu arranjo os computadores e patrocinio para pagar as despesas.
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