quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Líbia

 
Chefe do Exército Nacional recusa participar na Conferênia de Palermo

Bissau, 14 nov 18 (ANG) -  O marechal Khalifa Haftar, comandante do autoproclamado Exército Nacional líbio, recusou hoje (terça-feira) participar na Conferência de Palermo sobre a Líbia, apesar de se encontrar na cidade siciliana, noticiou a agência Lusa.
Khalifa Haftar, que controla o leste da Líbia através do autoproclamado Exército Nacional Líbio, recusa-se a participar na Conferência de Palermo afirmando que não vai estar presente no encontro, apesar de se ter deslocado à ilha italiana da Sicília.
Na noite de segunda-feira, à chegada à Sicília, foi recebido pelo presidente italiano, Giuseppe Conte.
Os serviços de imprensa da presidência italiana confirmam o encontro e difundiram uma fotografia da reunião.
De acordo com a delegação de Haftar, o marechal considera o extremismo islâmico uma "besta negra" e recusa-se, por isso, a sentar-se com alguns participantes que encara como próximos dos movimentos religiosos extremistas.
A conferência começou hoje de manhã na cidade de Palermo, estando presentes uma dezena de chefes de Estado e de Governo tendo como único ponto na agenda de trabalhos os "encontros com presidentes dos países vizinhos para discussão dos últimos desenvolvimentos, no plano nacional e internacional".
Entre outros, encontram-se na conferência representantes da Argélia, Tunísia, Egipto, Qatar, Arábia Saudita, Turquia, Marrocos, França, Alemanha, Grécia e Espanha.
A União Europeia é representada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e pela chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
Do lado líbio estão na conferência o chefe do governo da União Nacional, Fayez al-Sarraj, reconhecido internacionalmente, e Aguilla Salah, membro do Conselho de Estado (equivalente à Câmara Alta de Tripoli).
Representantes de algumas milícias líbias estão igualmente na Sicília.
O Governo italiano organizou o encontro na sequência da Conferência de Paris sobre a Líbia que se realizou no passado mês de Maio e apesar da tensão que marca as relações entre as várias facções em confronto na Líbia.
Por outro lado, vão ser analisadas as propostas das Nações Unidas, na mesma semana em que é esperada a apresentação de novas medidas pelo emissário da ONU para a Líbia, Ghassam Salamé. ANG/Angop


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