“As
novas regras impostas nos quartéis dão mais seguranças às instituições do
Estado”, diz CEMGFA
Bissau, 16 Nov 18 (ANG) – O
Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), afirmou hoje que as
novas regras impostas nos quartéis, permitem que as instituições de Estado
funcionem em segurança.
Biaguê Na Ntan que falava no
acto da abertura da cerimónia de festejos dos 54 anos da fundação das FARP, disse
que depois da independência as Forças Armadas eram conhecidas como braço armado
de um partido, mas que, com o aparecimento do multipartidarismo em 1994, as FARP tornaram-se
apartidárias, passando a não pertencer à nenhuma
formação política.
“Apesar de se tornarem
apartidárias, em consequência da queda do artigo 4º, da Constituição da República
da Guiné-Bissau, as FARP não conseguiram escapar das influências nefastas políticas
partidárias que se fizeram sentir até meado de 2014”,acrescentou.
De acordo com Biaguê Na
Ntan, depois da sua nomeação como o chefe de Estado-Maior General das FARP, a
sua direcção se empenhpou em trabalhos de base de restruturação das FARP visando
a mudança de sua imagem negativa para positiva.
“Criamos escolas nas diferentes
unidades militares do país, promovemos formações dos soldados assim como
oficiais militares, fizemos acções de sensibilização dos nossos agentes militar
para se afastarem dos políticos e permanecerem nos quartéis, reabilitamos
quarteis de Amura assim como outros do país, criamos condições com os nossos
recursos próprios para que os militares passam
cultivar produtos alimentícios.
Vamos manter os contactos com os
parceiros para trazer mais benefícios para as nossas FARP”, disse Biaguê Na
Ntan.
Em nome das mulheres das FARP,
Maria Na Ncanha destacou que durante a
luta armada de libertação nacional, as mulheres estiveram ombro a ombro com os
homens.
“Muitas mulheres estiveram
na linha de frente assistindo os feridos de guerra, e aquelas que ficavam nas
tabancas também desempenhavam um importante papel porque não poupavam as suas
vidas e andavam quase por toda a parte para levar comidas aos combatentes”, referiu
a porta-voz das mulheres combatentes.
Maria Na Ncanha lamentou que depois da luta de libertação nacional, os
sucessivos governos desviaram as suas atenções sobre elas, esquecendo que ontem as mulheres
jogaram um papel muito importante para a libertar a Guiné-Bissau.
“Com tudo isso, pela
primeira vez, depois da nossa entrada à cidade de Bissau, fomos recebidos pelo
actual Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Biaguê Nan
Tan, e o gesto marcou-nos tanto e sentimos que existe alguém que reconheceu o nosso respeito
e valor como militar e combatente da liberdade da pátria”, sustentou Maria Na
Ncanha.
No final de tudo, as FARP
ofereceram 13 sacos de batatas para o Hospital Nacional Simão Mendes e 12 para o Hospital Militar, frutos da
colheita do campo de lavoura militar na zona leste do país.
ANG/LLA/ÂC
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