“Sucessivos governos ignoraram estratégias da defesa militar do país”, diz o
CEMFA
Bissau,
14 Nov 18 (ANG) – O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), disse terça-feira que os sucessivos governos que
passaram no país, não têm pensado na defesa militar do país.
Ibraima
Papa Camará falava `imprensa nas vésperas da celebração dos 54 anos da fundação
das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP) que se assinala hoje.
Referiu
que anteriormente o país tinha meios
suficientes para a defesa integral do espaço aéreo nacional em todos as
vertentes, nomeadamente homens e materiais adequados para o efeito.
“Mas
hoje em dia, o país perdeu tudo, e não
está ainda a acompanhar as exigências das novas tecnologias militares”, disse o
Chefe de Estado Maior da Forca Aérea.
Camará
disse que, apesar do desaparecimento físico de alguns técnicos militares, a
força aérea ainda dispõe de quadros capazes de aplicar os seus conhecimentis
para o bem da pátria, caso forem criadas as condições para o efeito.
De
acordo com o Chefe da Força Aérea guineense, o país enfrenta um total
retrocesso em relação aos avanços tecnológicos militar .
“Quero
que todos saibam que a defesa militar de qualquer país do mundo nunca é
improvisado. Exige constantes treinamentos e reciclagens para permitir que as
nossas Forças de defesa estejam á altura de defender a nossa pátria”, sustentou.
Questionado
sobre a diferença que existe entre a Força Aérea antiga e a actual, aquele
responsável respondeu que dantes a Força
Aérea dispunha de condições incomparáveis com a actual.
“Recordo
que no passado, a Guiné-Bissau era alvo de ataque armado de algum país vizinho,
por motivo de exploração de petróleo, mas na altura as nossas forças militares
se encontravam fortemente equipadas com homens preparados para dar resposta, e posicionamos de imediato no local
para impedir a invasão da referida força inimiga”, recordou Camará.
Acrescentou
por outro lado que á actual Força Aérea tem apresentado aos sucessivos governos
as dificuldades que este sector militar enfrenta, mas nenhum deles mostrou a vontade de resolvê-las.
“É pena
que o nosso território nacional corre o risco de um dia ser invadido pelos vizinhos, concretamente nas
zonas fronteiriças, por falta de condições adequadas das nossas forças armadas ”, disse. ANG/LLA/ÂC//SG
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