“Lei
de paridade corre risco de não ser aplicada na próxima legislatura”, afirma
deputada Suzi Barbosa
Bissau, 21 Nov 18 (ANG) - A
deputada do Partido Africano d Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
Suzi Barbosa afirmou hoje que o projecto-lei de Paridade corre o risco de não
ser aplicada na próxima legislatura devido a demora da sua aprovação final e
consequente promulgação.
A deputada do PAIGC falava à
margem da sessão marcada para discutir o Projeto-lei de Paridade e que acabou
por não se realizar por motivos de alguns imprevistos.
“É urgente que as mulheres
guineenses em geral deixem de aplaudir os partidos políticos, porque estes não
são capazes de resolver as nossas situações Assim sendo, temos que se empenhar
na luta pela igualdade do género para que possamos contribuir, ao lado dos
homens, no processo de desenvolvimento da nossa sociedade”, disse Barbosa.
Sublinhou que a lei de paridade
devia ser aprovada definitivamente e promulgada há muito tempo, tendo
acrescentado que o desenvolvimento de uma nação também precisa de trabalhos das
mulheres.
Suzi Barbosa disse que
aprovação de lei de paridade não é um favor, mas sim um direito que as mulheres
têm, e que por isso, os partidos políticos devem ter a consciência de que a
aprovação da referida lei é apenas um dever.
Apelou às mulheres no
sentido de trabalharem para que possam ter a voz ,uma vez que constituem 52 por
cento da população guineense, e que as suas decisões e contribuições devem ser
valorizadas.
Por sua vez, a 2ª
Vice-presidente do PAIGC, Maria Odete Costa Semedo disse que na realidade, as
mulheres devem disputar sempre os cargos ao lado dos homens por serem iguais perante a lei.
“A tarefa de uma mulher não
resume apenas em ser a esposa, mãe ou de cuidar da casa, mas sim de dar o seu
máximo no projecto de desenvolvimento de uma sociedade”, defendeu Costa Semedo.
A Lei de Cotas ou de
paridade determina que 36 por cento dos cargos de decisão em esferas políticas
devem ser ocupadas por mulheres.
ANG/AALS/ÂC//SG
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