Cultura/Secretário de Estado aponta construção
de um Palácio de Cultura como prioridade
Bissau, 14 jul 20 (ANG) – O
Secretário de Estado da Cultura disse que a sua prioridade das prioridades é a
construção de um Palácio de Cultura, de
forma a ajudar a resolver alguns
problemas que existem no sector.
Francelino Cunha que falava no ato de empossamento dos novos diretores da referida instituição afirmou que não existe nenhum país do mundo que não te
m um Palácio de Cultura, acrescentando que é inconcebível que a Guiné-Bissau, já com 46 anos da independência, e não tem nem um salão de espectáculo.“Depois do Palácio do
Governo e da Justiça já é tempo de construir o Palácio da Cultura. Se construirmos
essa infraestrutura, vai ajudar a resolver quase 90% dos problemas do sector,
porque o país passará a dispor de um espaço capaz de albergar salão de espectáculos, Instituto de Cinema bem como o
futuro Instituto de Línguas Nacionais que pensamos criar”, disse o governante.
Cunha adiantou ainda que, o
Palácio de Cultura irá dispor igualmente de salões de cinemas porque, o que
existia hà uns tempos na sede da União Desportiva Internacional de Bissau
(UDIB) deixou de funcionar.
O secretário de Estado da
Cultura disse que antes da construção do Palácio da Cultura pretendem recuperar,
de imediato, dois salões de espectáculos, nomeadamente o de antigo Terceiro
Congresso e o salão do Instituto Nacional do Cinema, para pôr à disposição da
juventude, sociedade e sobretudo dos artistas.
“A negociação está muito
avançada com o ministro das Finanças e com o aval do Primeiro-ministro, os
arquitétos já estão no terreno a fazer levantamento e avaliação para se criar
um projeto de reabilitação destes dois salões”, acrescentou Francelino Cunha.
Considerou que houve
retrocesso ao longo destes anos da independência no que diz respeito a cultura,
promentendo que a sua instituição ainda vai reabilitar a Escola de Música, e recuperar
o grupo Balet “Esta é a Nossa Pátria Amada”.
Sustentou que actualmente todas as actividades culturais
nomeadamente, de artistas plásticas,
escritores, entre outros, estão a funcionar, mas que não dá para se notar, acrescentando que é
preciso criar condições para que continuem a trabalhar.
O governante defendeu a recuperação do Conselho da Cultura que existia
e era presidido pelo então Presidente da República, Luís Cabral, justificando
que o referido órgão vai permitir a descentralização das acções culturais para que não fiquem só na Secretaria do Estado da Cultura.
Disse que permitirá englobar outros setores governamentais com ligação ao sector
da cultura, nomeadamente a Comunicação Social e o Turismo.
“Também pensamos desencadear uma ofensiva
diplomática no bom sentido para poder recuperar os parceiros nacionais e
internacionais da cultura. Já entabulamos muitos contatos com os nossos
parceiros da sub-região, Ásia, Europa e América”, disse.
Segundo Cunha, o país é rico
em todo o sentido, mas a maior riqueza é a sua cultura porque ali é que está a
sua identidade.
Prometeu criar um grupo Coral nacional que vai ser
constituído por 150 vozes.
Em nome dos empossados, o
Diretor-geral da Cultura, Queletche Na Isna prometeu lealdade ao secretário de
Estado para poder cumprir o programa de governação.
Na Isna disse que a cultura pode ser importante para sarar” feridas” que existem
porque o país está tão “fraturado politicamente”.
Tomaram posse, para além de Queletche Na Isna, o novo Presiente do Instituto Nacional de Cinema e Áudio Visual, Dembo Sissé .ANG/DMG/ÂC//SG
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