França/Agressor de Macron condenado
a 4 meses de prisão efectiva
Bissau, 11 Jun
21 (ANG) - O homem que esbofeteou o Presidente Emmanuel Macron, numa visita à região do Drôme,
foi quinta-feira condenado a 4 meses de prisão efetiva, tendo admitido em
tribunal que lhe bateu de "forma violenta".
Os procuradores da República tinham pedido
18 meses, mas os juízes consideram 4 meses como castigo suficiente pela
agressão contra Emmanuel Macron.
Damien Tarel foi hoje ouvido em
tribunal e afirmou que o gesto contra o Presidente da República foi algo
que aconteceu de forma "surpreendente".
"Ele quis apertar-me a mão, eu hesitei. Disse-lhe 'Montjoie
Saint-Denis à bas la macronie' [expressão medievel francesa] e dei-lhe uma
estalada [...] Foi a surpresa de o ter visto a avançar para mim",
justificou o homem de 28 anos.
Damien Tarel é originário da região do
Drôme, no sul do país, e é um amante da época medieval e artes marciais. É próximo
do movimento dos "coletes amarelos", que entre 2018 e 2019 causaram
agitação social em França e são contra as políticas de Emmanuel Macron.
O agressor diz mesmo que foi o
descontentamento em França que o "legitimou" a bater "de forma
violenta" no Presidente.
"Senti-me legitimado pelo que
representam os coletes amarelos que tinham expulsos antes de o Presidente
chegar e pelo povo francês em geral", afirmou.
Damien não será militante de nenhum
partido, mas tem preferência pelas políticas de direita e extrema direita,
assim como um interesse particular por Hitler e pela negação do Holocausto.
Também o seu amigo, Arthur C. foi detido
em ligação a este episódio, por ter filmado o que aconteceu e aparentemente
conhecer as intenções de Damien. Na casa de Arthur C. foram encontrados livros
antigos de guerra, assim como uma edição do livro Mein Kampf, da autoria
de Adolf Hitler.
Os dois homens continuam detidos de forma
a que as autoridades consigam apurar todos os detalhes sobre as suas vidas e as
suas motivações para terem agredido o Presidente da República.
O Governo já veio desvalorizar o incidente
considerando que foi "um acto isolado" cometido por indivíduos
"ultra-violentos", mas que deve ser julgado e combatido de forma
severa já que o Presidente é um dos símbolos da República.
Também as forças políticas da esquerda à
direita condenaram este ato violento. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário